As
modalidades fazem parte do perfil do "novo normal"
Diante deste momento conturbado no qual cerca de 47,9
milhões de crianças e adolescentes brasileiros estão sem aulas presenciais,
segundo dados do Ministério da Educação, o EAD - Ensino a Distância - tem
ganhado protagonismo. Essa, também, é uma alternativa para manter e continuar
inserindo universitários no mercado de trabalho por meio do estágio.
Dessa forma, o jovem recebe uma bolsa-auxílio enquanto
estiver estudando, o incentivando a permanecer nas classes, mesmo virtualmente.
Apesar da pandemia, isso é possível. A legislação de estágio permite estagiar
em home office. Contudo, vale lembrar da necessidade um supervisor para a
orientação das tarefas, como recomenda a lei 11.788/2008.
Assim, o principal objetivo é estimular o acesso à
educação. Afinal, a opção é uma oportunidade para esses jovens voltarem para
sala de aula ou até mesmo continuarem seu processo de aprendizagem. Isso,
somado à chance de trabalharem e se desenvolverem profissionalmente com uma
carga horária reduzida, potencializa ainda mais a carreira desses indivíduos.
Essa possibilidade é muito importante, principalmente
frente à taxa de desocupação da população brasileira de 18 a 24 anos. Essa
passou de 23,8%, no 4º trimestre de 2019, para 27,1% no 1º trimestre deste ano,
de acordo com a Pnad Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). Aliás, um número bem acima da média geral de 12,2% do país
no período.
No Brasil, a maioria dos nossos estudantes precisa
trabalhar para pagar a faculdade. Ou seja, sem um ensejo no mundo corporativo,
muitos desistem dos estudos por falta de condições financeiras. Assim, o número
de inadimplência e, consequentemente, a evasão escolar aumentam
progressivamente como observamos o crescimento de 71,1% só na primeira quinzena
de abril, segundo o Instituto Semesp - Associação Profissional das Entidades
Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo. No
entanto, se esse grupo tivesse acesso ao estágio, essa realidade poderia ser
diferente.
Isso é uma visão de futuro também, pois quem possui
formação superior tem 54% menos chances de ficar desempregado, de acordo com
outra pesquisa do Semesp. Logo, o ensino garante mais portas abertas, seja
diante de uma crise ou não.
Portanto, a Abres está disposta a ajudar a juventude e os
empresários a passarem por esse momento turbulento. Isso mantém o
desenvolvimento da nossa nação. Vamos lutar pelo Brasil juntos!
Carlos Henrique Mencaci - presidente da Abres – Associação Brasileira de Estágios
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