No período das férias escolares os pais
aproveitam para viajar em família ou curtir ao máximo o tempo disponível em
parques, piscinas, shoppings. Não resta dúvida de que, com a proximidade do verão,
os programas favoritos costumam ser ao ar livre para aproveitar o clima. Em
razão disso, alguns cuidados com os olhos são importantes para evitar alergias
e irritações.
Neste período é muito comum o aparecimento de
alergias e irritações na região dos olhos, principalmente por conta do cloro
presente na água das piscinas e do contato com filtros solares. A exposição
prolongada dos olhos ao sol também pode causar doenças sérias, como catarata e
câncer de pele nas pálpebras, além de lesão na retina.
“O cloro presente na água da piscina pode
causar conjuntivite química e também reação alérgica, gerando forte irritação e
vermelhidão”, explica o oftalmologista Hilton Medeiros, da Clínica
de Olhos Dr. João Eugenio. Segundo ele, o cloro também seca as lágrimas,
deixando as pálpebras ressacadas. Por isso, recomenda-se lavar o rosto quando
sair da piscina.
A água do mar e a maresia carregam muitas
impurezas e também podem irritar os olhos. O sal pode desidratar a
superfície do olho, podendo levar a um ressecamento e maior exposição
do olho. “A água do mar pode diluir ou anular funções e fisiologia da
lágrima, devido à alteração dos meios de proteção e nutrição da córnea”, alerta
o médico.
Uma boa alternativa para amenizar os efeitos
da alergia causada pelo cloro ou pelo sal da água do mar é usar colírio
lubrificante, mais conhecido como “lágrimas artificiais”. Compressas com água
filtrada gelada ou com soro fisiológico sem conservante também promovem o
alívio dos sintomas.
Na hora de passar o filtro solar, as
pálpebras também devem ser protegidas, mas é preciso tomar cuidado para o
produto não escorrer para dentro dos olhos. Caso escorra, lave bem a região. Se
ainda assim o produto causar reação e o efeito não passar, recomenda-se
procurar um médico, pois pode ser necessária a prescrição de antialérgicos.
Outros problemas mais graves podem surgir em
função da exposição prolongada dos olhos ao sol. “Nesta época do ano a
intensidade da luz solar aumenta muito e a exposição prolongada ao sol aumenta
a chance do desenvolvimento de cataratas, pterígio ou “carne no olho”,
câncer de pele nas pálpebras e lesões na retina, além de poder causar
complicações para alguns tipos de cirurgias refrativas corneanas”, afirma
Hilton Medeiros, que é especialista em retina e vítreo.
Quando a pessoa se expõe a quantidades
excessivas de radiação UV, sem proteção, por um curto período de tempo, ela
pode sofrer ceratite. “É como se fosse uma ‘queimadura’ da córnea, causando
dor, vermelhidão, lacrimejamento, fotofobia e sensação de areia
nos olhos”, alerta o médico.
Os efeitos da radiação UV sob a pele são
cumulativos. É aconselhável, sempre, o uso de óculos escuros de boa
qualidade e que ofereçam proteção adequada aos olhos. Os óculos
escuros devem bloquear entre 99-100% as radiações UV-A e UV-B; não devem
distorcer imagens ou mudar as cores e devem ter lentes cinzas, verdes ou
marrons, capazes de filtrar entre 75-90% da luz visível. Os óculos de grau
também devem ter proteção UV. Bonés, viseiras e chapéus oferecem proteção adicional.
Hilton Medeiros - Oftalmologista
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