Dermatologista do Hospital América de Mauá alerta a
população sobre a prevenção e o diagnóstico do câncer de pele
Em 2019, segundo o
Instituto Nacional do Câncer (INCA), estimam-se, no
Brasil, 85.170 novos casos de câncer de pele não melanoma entre homens e 80.410
entre mulheres. Esses valores correspondem a aproximadamente 82,53 casos a cada
100 mil homens e 75,84 a cada 100 mil mulheres. O câncer de pele é um
tumor de pele maligno, provocado pelo crescimento anormal e descontrolado das
células que compõem a pele. “A radiação ultravioleta é a principal responsável
pelo desenvolvimento de tumores cutâneos, e a maioria dos casos está associada
à exposição excessiva ao sol ou ao uso de câmaras de bronzeamento”, explica
Dra. Thaiz Santos Ochôa, dermatologista e prestadora de serviços no Hospital
América de Mauá.
Existem
três tipos de câncer de pele: “O carcinoma basocelular, mais frequente e
com alto percentual de cura; o carcinoma espinocelular, de incidência
média; e o melanoma, o tipo mais grave e mais raro. Em qualquer um
desses casos, a doença é curável se detectada em estágio inicial”, esclarece a
especialista.
De
acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), os erros mais
frequentes na prevenção do câncer de pele são não usar filtro solar
diariamente, não o reaplicar durante o dia, achar que em dias nublados ou
chuvosos ele não é necessário ou usar maquiagens que contenham filtro e
acreditar que sejam suficientes para se proteger dos raios solares. “Outros
erros comuns são usar o filtro solar só no rosto e se esquecer do corpo, se
expor ao sol para se bronzear, fazer bronzeamento artificial e não ir ao
dermatologista regularmente. O sol não é um vilão, mas a exposição solar
indiscriminada, desprotegida e intermitente pode fazer mal, já que os raios
solares são o principal fator de risco para o câncer da pele”, lembra a
doutora.
O
autoexame no espelho e a consulta com o dermatologista são a melhor forma de
detectar lesões e prevenir o câncer. “Na consulta, realizamos o exame físico da
pele. Junto com o exame físico, também usamos uma técnica chamada dermatoscopia
para avaliar as lesões. Com o dermatoscópio, que é uma lente de aumento
especial com fonte de luz própria, observamos a lesão e, se houver indicação,
realizamos a biópsia da pele”, explica Ochôa.
Somente
o exame clínico ou uma biópsia, ambos feitos pelo dermatologista, podem
diagnosticar o câncer de pele, mas é importante estar sempre atento aos
seguintes sintomas: “Lesão na pele que possua aparência elevada e brilhante,
translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida, com crosta central
e que sangre facilmente; alguma pinta preta ou castanha que mude de cor,
textura ou torne-se irregular nas bordas e cresça de tamanho; mancha ou ferida
que não cicatriza e que continue a crescer, apresentando coceira, crostas,
erosões ou sangramento”, pontua a médica.
Além
do uso do filtro solar, existem diversas formas de proteger a pele do corpo
todo contra os raios UVA e UVB do sol. “É importante ressaltar que a proteção
solar deve ser feita tanto em momentos de lazer quanto no caso de pessoas que
trabalham sob o sol. No caso do trabalhador que exerce atividades ao ar livre,
equipamentos de proteção individuais, como chapéus de abas largas, óculos
escuros, roupas que cubram boa parte do corpo e protetor solar, são itens
obrigatórios no dia a dia, para evitar que a exposição prolongada cause
problemas de saúde”, finaliza.
Dra.
Thaiz Santos Ochôa - dermatologista e prestadora de serviços no Hospital
América de Mauá | Membro Titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia | CRM
121336
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