Fogos de artifício
colocam pets em risco, pois os bichinhos podem entrar em pânico e tentar
escapar do local a qualquer custo; o especialista em comportamento animal, Cleber Santos, lista dicas de como ajudar os pets nesse quesito
Com a
chegada das comemorações de final de ano, é quase impossível encontrar um lugar
em que não existam pessoas soltando fogos de artifício como uma maneira de
celebrar. Mas os que acabam se prejudicando são os pets, pois a audição dos
animais é bem mais aguçada que a dos humanos, e muitos costumam sofrer com medo
excessivo do barulho dos fogos.
O
adestrador e especialista em comportamento animal Cleber Santos, proprietário
da ComportPet, explica
que os cães entram em um estado de estresse intenso com o som alto dos
fogos, ficando desesperados e podendo tentar fugir por janelas, sacadas ou
portões, o que coloca a segurança deles em risco. Por isso, os fogos de
artifício são um perigo em potencial muito grande para muitos cachorros.
“Nessas
horas, nem todos sabem como agir para tentar acalmar os bichinhos e, por falta
de informação, podem acabar até mesmo agravando o estresse do animal. É
fundamental que os tutores estejam preparados para proteger seu cão da
exposição ao barulho dos fogos”, completa.
Uma das
dicas essenciais para cuidar do pet nessa época, é aprender a condicionar o seu
cão ao som alto dos fogos diariamente. Dessa forma, o estresse do animal com o
ruído será cada vez menor. Uma boa estratégia é fazer com que o cão se alimente
ouvindo o som de fogos. Assim, ele irá associar os fogos a uma coisa positiva.
“Esse treinamento
pode ser feito em casos de filhotes e de animais que não apresente um nível de
estresse tão alto com o barulho. Toda vez que o dono ligar o som, ele ganhará
comida. Essas associações tornam mais fácil fazer com que o cão perca o medo do
barulho”, explica.
Outro ponto importante é que deixar o animal
sozinho em casa nos momentos em que o barulho dos fogos tende a ser mais
intenso, não é recomendável. “Quando o cão fica com muito medo, pode entrar em
pânico e tentar fugir. Caso o tutor precise se ausentar, o ideal é recorrer a
um hotel para cães, que tenha uma equipe especializada para dar suporte aos
animais”, recomenda.
Cleber Santos -
Especialista em comportamento animal, atua como adestrador de cães há 12 anos,
quando cuidava do canil de treinamento durante o serviço militar. Trabalhou
para grandes canis do interior de São Paulo, treinando cães de policiais de
todo o Brasil. Além da experiência profissional, fez diversos cursos, estágios
e especializações, inclusive em outros países - Canadá, Estados Unidos,
Argentina, Chile e Alemanha. Desde 2010, está também à frente da ComportPet,
centro que oferece consultoria comportamental, adestramento e serviços de
hotelaria e creche, além de atendimento veterinário, estética animal e terapias
alternativas para pets, como a musicoterapia. É um dos únicos profissionais do
Brasil que também adestra gatos, e vem sendo requisitado como adestrador de
pets de famosos, entre eles o DJ Alok
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