Embora os princípios sobre Disciplina Positiva datem da
primeira metade do século 20, apenas de alguns anos para cá esse assunto se
popularizou entre os pais do mundo inteiro como uma forma mais afetiva,
democrática e respeitosa de ensinar os filhos sobre o certo e o errado.
Aplicada, normalmente, com crianças e adolescentes, a DP também pode, e deve,
ser usada com bebês. Mas com algumas adequações.
A seguir, a consultora materna Bia Rangel, explica em 10 dicas como a Disciplina Positiva pode ser abordada com os bebês desde os primeiros dias de vida.
1- Evite dizer a palavra "Não". Bebês ainda não conseguem discernir o certo do errado, são impulsivos e curiosos e estão descobrindo o mundo. Se os pais ficarem dizendo “Não faça isso”, “Não faça aquilo”, o bebê irá direcionar a atenção dele exatamente para o que não deve fazer.
2- Embora alguns pais costumem dizer “meu filho finge que não entendeu o que falei”, na maioria das vezes o bebê não consegue entender mesmo os limites e organizar isso na mente dele. Ele é muito pequeno, tudo está se formando na cabecinha do pequeno;
3- Sempre reforce o certo mostrando ao bebê o que deve ser feito. Se você não quiser que ele pule no sofá, por exemplo, mostre a ele que o sofá é lugar de sentar e que no tapete ele pode pular. Demonstre o que você quer que ele faça e não foque no que não é para fazer;
4- A disciplina positiva funciona igualmente para todos – bebês, crianças, adolescentes e adultos. Mas a dinâmica de ensinar será, obviamente, diferente. A disciplina positiva não é um método engessado. É preciso perceber o outro para mostrar a importância de respeitar as regras, da organização etc. É necessário entender as necessidades de cada um, mas sabendo que cada um tem seu espaço e merece ser repeitado por isso. Com as crianças e bebês, especificamente, temos a função de ajudá-las a se desenvolver por meio do respeito, guiando-as com firmeza e gentileza;
5- Cada criança é única e perceber as suas necessidades individuais também deve fazer parte da dinâmica ao aplicar a DP. Entender o perfil do seu bebê é fundamental.
6- Alguns bebês são mais curiosos e insistem em repetir coisas perigosas, como subir em móveis, bater no vidro etc, com um comportamento mais “teimoso”. É preciso preparar o ambiente para que ele possa explorar livremente, mas com segurança e observação atenta sempre. Quando o bebê realizar algo perigoso, retire-o e diga brevemente , com poucas palavras, qual é a função daquele local e rapidamente o redirecione para outra atividade bem legal e “desafiadora”, mas que não o coloque em risco;
7- Não pense em momento algum que o comportamento do seu bebê é para te desafiar. Eles não possuem essa capacidade de pensar em desafiar o cuidador. Eles agem por impulso. Lembre-se que eles ainda não possuem controle emocional de suas ações. Então, por mais que eles saibam que não devem fazer algo, a vontade é muito maior do que o controle, ou seja, dificilmente ele irá controlar o impulso de fazê-lo;
8- Fique calmo. Sempre pense antes de agir e saiba que você é o adulto, é você que tem que ser racional e não se deixar levar pela emoção da raiva e do nervosismo. Além disso, quando os pais perdem o controle, toda a situação sai totalmente dos eixos;
9- Não espere um comportamento de adulto do seu filho – se nem os adultos conseguem se controlar emocionalmente sempre, imagina um bebê?;
10- Evite deixá-lo estressado. Coisas como fome e sono deixam qualquer pessoa estressada. Um bebê estressado dificilmente irá ouvir o que qualquer pessoa tem a dizer.
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