A
grande diversidade dos problemas ambientais atuais é marcada por sua
complexidade e intensidade, envolvendo aspectos políticos, sociais e econômicos
de ampla relevância. Com vasta cobertura dos meios de comunicação, esses
problemas projetaram-se no cerne das preocupações públicas, construindo uma
nova cultura emblemática e inscrevendo-se, em definitivo, na agenda política
global. A inquietação com o tão debatido ideal de desenvolvimento sustentável,
suas limitações e possibilidades, representa uma oportunidade de garantir
adequadas transformações educacionais.
A
Política Nacional de Educação Ambiental – instituída pela Lei no 9.795/99 – e
seu decreto de regulamentação em 2002 – acelera o processo de
institucionalização da Educação Ambiental no país. Uns dos principais desafios
das políticas públicas de Educação Ambiental apontam para a necessidade da
construção de uma proposta político pedagógica de Educação para a
sustentabilidade, capaz de fomentar pessoas e coletividades responsáveis pela
melhoria em sua qualidade de vida, dos seus pares e das futuras gerações.
A
gestão pública por meio da Educação Ambiental necessita difundir o conceito de
futuras gerações, onde não se identifica o indivíduo nem o grupo que será
atingido com determinadas ações, mas se concebe todas aquelas pessoas que um
dia (futuro) usufruirão do patrimônio terrestre. Nomeados como direitos de
solidariedade e fraternidade, contemplam o rol de direitos fundamentais de
nossa Carta da República.
Esses
desafios e compromissos têm movimentado a administração pública, resultando em
políticas que estimulam a participação cidadã na prevenção e enfrentamento dos
riscos globais. As políticas públicas de Educação Ambiental, além de serem
compromisso legal, devem buscar visibilidade em grande escala, com vistas a
alcançar a totalidade da população, num círculo virtuoso de legitimidade de
ações transformadoras.
O
meio ambiente se constitui hoje um dos temas essenciais de política
governamental e uma das maiores preocupações dos cidadãos, seja em pequenas
comunidades distantes dos grandes centros, seja nos países com grande poder de
industrialização. A necessidade de consciência política e social neste assunto
é manifesta, e adiá-la só resultaria em amplos prejuízos.
Milena Kendrick Fiuza - gerente pedagógica do
Sistema Positivo de Ensino
Nenhum comentário:
Postar um comentário