De acordo com o otorrinolaringologista e especialista em medicina do sono do Hospital Edmundo Vasconcelos, Fernando Oto Balieiro, esse costume, classificado como padrão polifásico- por ser composto por períodos de sono curtos e distribuídos ao longo do dia, não é aconselhável. Isso porque, a rotina pode interferir no fluxo de alguns hormônios.
"O sono é composto por ciclos que duram em média 1h30 e, quando não são concluídos por conta deste hábito, é possível que comprometa a secreção de hormônios que ocorrem durante o sono, como o hormônio do crescimento e o cortisol. Muitas vezes isso implica em sonolência, ganho ponderal de peso e irritabilidade", complementa o especialista.
Além dessa interferência, esses cochilos não são reparadores e podem deixar o sono noturno desregulado dependendo da sua extensão. O otorrinolaringologista alerta, portanto, para o tempo dessa soneca. "É importante ressaltar que mesmo que não haja um padrão, esses cochilos nunca devem passar de 40 minutos".
Para uma vida saudável,
Balieiro esclarece que a quantidade de sono é algo individual. "O
recomendado de 8 horas diárias foi estabelecido a partir de uma média
populacional, mas há quem precise de 4 a 6 horas sem prejuízos à saúde, assim
como outras que necessitam de 10 a 12 horas", finaliza.
Hospital Edmundo
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