Fisioterapia com
neuromodulação é indolor e não-invasiva e recomendada por médicos
O mês de
abril lembra a importância do diagnóstico precoce
e os diferentes tratamentos disponíveis para quem sofre com o Mal de
Parkinson e outras doenças relacionadas ao sistema nervoso. O dia 4 de
abril é o Dia do Parkinsoniano, e dia 11 de abril é Dia Mundial de
Conscientização da Doença de Parkinson.
No campo da
fisioterapeuta, os profissionais do Centro de Excelência em
Recuperação Neurológica (CERNE) comemoram os resultados positivos na
recuperação motora e principalmente na maior estabilidade postural de pacientes
que enfrentam a doença de Parkinson.
Esses resultados
são possíveis graças ao investimento na neuromodulação, técnica recomendada por
médicos e fisioterapeutas, que consiste na aplicação de um campo elétrico
ou magnético que modifica e modula o Sistema Nervoso Central ou Periférico.
Pacientes com
depressão, um dos sintomas do Parkinson, também têm manifestado bons resultados
com o uso da técnica. Segundo a fisioterapeuta e sócia do Centro de Excelência
em Recuperação Neurológica (CERNE) Mariana Carvalho Krueger, ela também é
utilizada no tratamento de pacientes com dores crônicas, Acidente Vascular Encefálico
(AVE), traumatismo raquimedular e traumatismo cranioencefálico, esclerose
múltipla, paralisia cerebral e autismo.
Em nenhum dos casos
é preciso raspar o cabelo do paciente. A prática se dá por meio da aplicação de
corrente contínua de baixa intensidade sobre o crânio, a qual é capaz de gerar
excitabilidade ou inibição cortical e, assim, interferir no desempenho de
diferentes funções neurológicas. Desta forma, o procedimento pode influenciar
as funções motoras, sensoriais e cognitivas. Já os efeitos dependem
principalmente da polaridade de corrente aplicada, da intensidade, do tempo de
aplicação, da área estimulada e da densidade dessa corrente.
Saiba a diferença:
A Estimulação
Transcraniana por Corrente Contínua (ETCC) consiste na aplicação de correntes
contínuas de baixa intensidade (de 1 a 2 mil ampéres) por meio de eletrodos
colocados sobre o couro cabeludo, para aumentar ou inibir a atividade elétrica
de determinadas áreas do cérebro e, desta forma, modular a
excitabilidade cortical e interferir no desempenho de diferentes funções.
O aparelho é constituído basicamente por quatro componentes principais:
eletrodos (ânodo e cátodo), amperímetro (medidor de amplitude de corrente
elétrica), potenciômetro (componente que permite a manipulação da amplitude
da corrente) e baterias para gerar a corrente aplicada. “A técnica é indolor, o
paciente sente apenas um leve formigamento no local”, destaca a fisioterapeuta.
Já a Estimulação
Magnética Transcraniana (EMT) utiliza os princípios da indução eletromagnética
para produzir correntes iônicas focais no cérebro de indivíduos conscientes. A
corrente induzida tem a capacidade de despolarizar neurônios ou modular a
atividade neural.
O estimulador
magnético é composto por duas unidades principais, uma bobina e um gerador de
corrente. Para interferir na atividade neuronal, a bobina deve ser posicionada
sobre o escalpo do indivíduo e direcionada para a área de interesse. A mudança
constante da orientação da corrente elétrica dentro da bobina é capaz de gerar
um campo magnético, induzindo correntes elétricas em áreas corticais, as quais
podem despolarizar neurônios e gerar potenciais de ação que fazem a
neuromodulação.
CERNE - O Centro de Excelência em
Recuperação Neurológica
Avenida Getúlio Vargas, 4.390, em
Curitiba. Fone (41) 3092-6366.
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