21 de março é o Dia Nacional da Síndrome de Down e o
Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP) orienta sobre a
importância de cuidados odontológicos específicos
Pessoas com Síndrome de
Down possuem alteração genética por conta de material extra do
cromossomo 21 (trissomia). Essa variação resulta em algumas características
na anatomia e fisiologia bucal, exigindo cuidados odontológicos especiais.
A atenção com a saúde bucal da
pessoa com a síndrome deve começar bem cedo e acompanhar os demais
tratamentos médicos. “O profissional da Odontologia deve estar inserido na
equipe multidisciplinar de acolhimento ao paciente com Síndrome de Down, para
assim, proporcionar uma boa saúde geral”, explica a cirurgiã-dentista Adriana
Zink, presidente da Câmara Técnica de Odontologia para Pacientes com
Necessidades Especiais do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo
(CROSP).
Os problemas bucais mais comuns
nesses pacientes são cárie, doença periodontal e alteração salivar, causados
muitas vezes por maus hábitos alimentares. A respiração bucal, o posicionamento
da língua e a hipotonia muscular (diminuição da força muscular) também podem
levar à má oclusão dentária.
As visitas frequentes ao(a)
cirurgião(ã)-dentista serão essenciais para cuidar e prevenir esses problemas,
pois o profissional poderá montar um programa preventivo regular para controlar
a dieta alimentar do paciente, incentivar a higiene bucal diária e em alguns
casos, fazer a aplicação tópica de flúor.
Prevenir é sempre o melhor
remédio
Medidas diárias são fundamentais
para manter uma boa saúde bucal, pois “em média, 40% das pessoas com Síndrome
de Down apresentam cardiopatias, o que intensifica mais ainda a necessidade da
manutenção da saúde bucal,” afirma Adriana Zink. A higienização feita
corretamente em toda a cavidade oral, ao acordar e após todas as refeições é o
primeiro cuidado básico. Se for necessário, o paciente pode utilizar recursos
para facilitar, como escovas com adaptadores e passa fio.
Em alguns casos, os pacientes não
possuem coordenação motora suficiente para realizar a limpeza bucal de forma independente
e correta. O(A) cirurgião(ã)-dentista poderá educar e conscientizar os pais e
responsáveis para a necessidade de manter a saúde bucal em dia desses
pacientes, pois essa participação durante esses cuidados podem prevenir
possíveis problemas e trazer sucesso ao tratamento odontológico.
Conselho Regional de Odontologia
de São Paulo (CROSP)
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