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quinta-feira, 21 de março de 2019

Endometriose: saiba identificar os sintomas e tratar a doença, que causa infertilidade em mais de 50% das mulheres


 Ginecologista da Organização Social de Saúde CEJAM ressalta que tratamento adequado pode fazer os sintomas desaparecerem


A endometriose atinge milhões de mulheres no Brasil e no mundo, e se caracteriza pelo incorreto diagnóstico de cólica menstrual.  No entanto, a causa, os sintomas e as consequências desta doença, se não tratada adequadamente, são muito mais graves, podendo provocar até infertilidade.

Devido à gravidade, surgiu a campanha Março Amarelo, que pretende conscientizar as mulheres quanto aos riscos da endometriose, que é caracterizada pela presença de células do endométrio fora do útero, em órgãos como ovário, intestino, bexiga, rins ou pulmão.

A doença pode ser assintomática, mas também causa cólica menstrual intensa, dor durante a relação sexual, alteração intestinal no período menstrual, sangramento nas fezes, dor para urinar e, em alguns casos, infertilidade.

De acordo com a ginecologista Denise Martins Galvão, do Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim (CEJAM), o diagnóstico é feito por meio de observação dos sintomas, exame de toque vaginal e identificação de lesões nos exames de imagem. “O tratamento pode ser clínico, com uso de medicamentos para retardar a evolução da doença e inibir a produção de hormônios, ou cirúrgico, para retirada das lesões. Tais procedimentos irão permitir uma melhora da qualidade de vida com diminuição ou extinção da dor e retorno da fertilidade em grande parte das mulheres.” A ginecologista do CEJAM aponta que, egundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), cerca de 50% das mulheres com endometriose têm dificuldade para engravidar. E isso se deve a fatores como obstrução das trompas e aderências e alterações inflamatórias que causam distúrbio na ovulação.

“Algumas mulheres precisam de tratamento cirúrgico e, às vezes, técnica de reprodução assistida para engravidar, como a inseminação artificial ou fertilização in vitro”, afirma Denise Martins Galvão.

Segundo a Associação Brasileira de Endometriose, após a menopausa, os ovários param de produzir o estrogênio. Com isso, o endométrio não é mais estimulado e tende a não proliferar. A menstruação também é interrompida e com isso, os sintomas da doença podem diminuir ou desaparecer. Em muitos casos, não há mais necessidade de tratamento.

Vale lembrar que a endometriose, apesar de ter a capacidade de se disseminar pelo corpo, não tem relação com o câncer. É uma doença benigna, porém, crônica, ou seja, sem cura definitiva. Porém, o tratamento adequado permite a melhora da qualidade de vida e o retorno da fertilidade, na maior parte dos casos.


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