Ginecologista
da Organização Social de Saúde CEJAM ressalta que tratamento adequado pode
fazer os sintomas desaparecerem
A endometriose atinge
milhões de mulheres no Brasil e no mundo, e se caracteriza pelo incorreto
diagnóstico de cólica menstrual. No entanto, a causa, os sintomas e as
consequências desta doença, se não tratada adequadamente, são muito mais
graves, podendo provocar até infertilidade.
Devido à gravidade, surgiu a
campanha Março Amarelo, que pretende conscientizar as mulheres quanto aos
riscos da endometriose, que é caracterizada pela presença de células do
endométrio fora do útero, em órgãos como ovário, intestino, bexiga, rins ou
pulmão.
A doença pode ser
assintomática, mas também causa cólica menstrual intensa, dor durante a relação
sexual, alteração intestinal no período menstrual, sangramento nas fezes, dor
para urinar e, em alguns casos, infertilidade.
De acordo com a
ginecologista Denise Martins Galvão, do Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João
Amorim (CEJAM), o diagnóstico é feito por meio de observação dos sintomas,
exame de toque vaginal e identificação de lesões nos exames de imagem. “O
tratamento pode ser clínico, com uso de medicamentos para retardar a evolução
da doença e inibir a produção de hormônios, ou cirúrgico, para retirada das
lesões. Tais procedimentos irão permitir uma melhora da qualidade de vida com
diminuição ou extinção da dor e retorno da fertilidade em grande parte das
mulheres.” A ginecologista do CEJAM aponta que, egundo a Federação Brasileira
das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), cerca de 50% das
mulheres com endometriose têm dificuldade para engravidar. E isso se deve a
fatores como obstrução das trompas e aderências e alterações inflamatórias que
causam distúrbio na ovulação.
“Algumas mulheres precisam
de tratamento cirúrgico e, às vezes, técnica de reprodução assistida para
engravidar, como a inseminação artificial ou fertilização in vitro”, afirma
Denise Martins Galvão.
Segundo a Associação
Brasileira de Endometriose, após a menopausa, os ovários param de produzir o
estrogênio. Com isso, o endométrio não é mais estimulado e tende a não
proliferar. A menstruação também é interrompida e com isso, os sintomas da
doença podem diminuir ou desaparecer. Em muitos casos, não há mais necessidade
de tratamento.
Vale lembrar que a
endometriose, apesar de ter a capacidade de se disseminar pelo corpo, não tem
relação com o câncer. É uma doença benigna, porém, crônica, ou seja, sem cura
definitiva. Porém, o tratamento adequado permite a melhora da qualidade de vida
e o retorno da fertilidade, na maior parte dos casos.
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