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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Soft skills, trabalho flexível e transparência com salários são algumas das tendências de recrutamento para 2019



Estudo ‘Global Talent Trends’ do LinkedIn foi feito com mais de 5 mil recrutadores e gestores de diversos países , incluindo profissionais do Brasil


O LinkedIn, maior rede social profissional do mundo, publicou nesta segunda-feira (28) a versão 2019 de seu relatório sobre Tendências Globais de Talento (em inglês, Global Talent Trends). O estudo revela as maiores tendências, desafios e soluções que estão moldando o relacionamento entre funcionários e empregadores nos dias atuais.
 
As quatro tendências mapeadas para este ano são: uma procura maior pelas soft skills (ou habilidades comportamentais), possibilidades de trabalho flexível, transparência nos salários e políticas anti-assédio nas empresas. A pesquisa foi feita com mais de 5 mil profissionais de recrutamentos e talentos de 35 países¹, incluindo respondentes do Brasil. 

 
O auge das soft skills

O relatório deste ano mostra que, apesar das chamadas hard skills (ou habilidades técnicas) ainda serem importantes, há uma procura cada vez maior por empregadores pelas habilidades comportamentais para identificar os candidatos mais alinhados à vaga. Como aponta o levantamento, uma linguagem de programação pode deixar de ser utilizada em anos, no entanto, a capacidade de trabalhar em equipe ou uma boa comunicação serão sempre valiosas na escolha de um candidato.

 
Segundo o estudo, 95% dos profissionais de recursos humanos entrevistados veem a importância das soft skills para o futuro do recrutamento, ficando atrás apenas do México (96%) e lado de Índia, Itália, sudeste da Ásia e Espanha. Além disso, 80% dos respondentes do todo mundo acreditam que as habilidades comportamentais são importantes para o sucesso de uma empresa.
 
O estudo ainda apontou quais são as soft skills que as companhias precisam, mas têm dificuldade em encontrar. A primeira é a criatividade, seguida de persuasão, colaboração, adaptabilidade e gerenciamento de tempo.

 
Trabalho flexível: não mais um privilégio, uma necessidade

As empresas parecem estar acordando para exigir dos funcionários e candidatos que trabalhem de forma mais flexível em diferentes locais e em momentos diferentes – não por requisitos, mas porque as companhias já entenderam que a flexibilidade é uma necessidade para o equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
 
De 2016 a 2018, o LinkedIn registrou em sua base um aumento de 78% em postagens que mencionam flexibilidade no trabalho. No caso das mulheres, a flexibilidade é vista com um pouco mais de importância ao considerar um emprego, com 36% das respondentes. A faixa etária de 36 a 45 anos é com mais representatividade entre as mulheres, por estar associada em muitos casos, ao período da maternidade. Já para os homens, 29% dos entrevistados afirma considerar flexibilidade como um fator importante.
 
Quando questionados sobre a importância do trabalho flexível no futuro do recrutamento, os profissionais de talento do Norte da Europa são os que mais acreditam na tendência, com 85% dos respondentes. O Brasil registrou o percentual de 66%, na frente apenas do Norte da África e Oriente Médio (65%), México (64%) e China (52%).

 
Políticas e cultura anti-assédio

Em uma análise no conteúdo compartilhado no LinkedIn, o estudo percebeu um aumento de 71% de publicações sobre assédio no local de trabalho em 2018, em relação ao ano anterior. Os empregadores estão cada vez mais preocupados com a questão e por isso, já perceberam que é preciso ter políticas anti-assédio e acima disso, uma cultura que garanta cada vez que episódios do tipo não aconteçam.
 
A maioria dos profissionais de talento (75%) observou alguma mudança de comportamento nos funcionários nos últimos dois anos. Eles se tornaram mais vocais e abertos sobre questões de assédio e menos tolerantes com o mau comportamento. O Brasil é o terceiro país (78%) com recrutadores que veem mais importância em políticas anti-assédio na contratação de talentos, ficando apenas atrás do México (81%) e da Índia (87%).
 
Quando questionados sobre as políticas anti-assédio adotadas no último ano em suas empresas, os profissionais de talento citaram, entre as mais comuns, "destacar as políticas existentes" (37%), "promover formas para reportar com segurança" (37%), "adicionar ou melhorar políticas" (35%) e "estabelecer política de zero tolerância” (34%).

 
Transparência com salários

Salário sempre foi um assunto confidencial no local de trabalho. Alguns empregadores temem que a divulgação de informações a respeito possa causar disputas salariais, limitar sua capacidade de negociar e incentivar os concorrentes a levar seus talentos.
 
Atualmente, 27% dos profissionais de talento afirmam que sua empresa é transparente quanto ao pagamento. Desses 27%, 67% deles compartilham faixas salariais com os candidatos no início do processo de contratação, 59% compartilha faixas salariais entre os empregados e 48% compartilha faixas salariais em anúncios de vagas. No Brasil, 55% dos recrutadores entrevistados já vê a importância da transparência de pagamentos no futuro.
 
A tendência da transparência ganha impulso e ainda é esperado que os números cresçam mais, já que 22% dos entrevistados disseram não divulgar informações de salários, mas gostariam. Cerca de 51% dos profissionais de talentos afirmaram que não compartilham tais dados em suas companhias, e têm pouca probabilidade de começar a divulgar.

“O profissional de recursos humanos de uma organização tem papel essencial neste cenário, seja para propor essas tendências em sua organização, ou ainda, aprimorar políticas e culturas já existentes”, comenta Milton Beck, diretor geral do LinkedIn para a América Latina. “Do lado do candidato, o relatório serve também como termômetro, tanto para saber o que as empresas já estão esperando de um talento, como as soft skills; ou ainda, que tipo de mudanças cobrar das organizações”, completa o executivo.

 
¹ A pesquisa Global Talent Trends 2019 foi feita com 5.164 profissionais de recrutamento e talento que trabalham em empresas de RH ou departamentos, além de gerentes que possuem algum tipo de autoridade na contratação, em 35 países do mundo. O estudo foi conduzido entre setembro e outubro de 2018, por questionário via e-mail.




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