Fonoaudióloga
Raquel Luzardo explica porque é importante se atentar aos marcos da fala dos
bebês
Quando nasce uma criança,
nascem também as expectativas e sonhos dos pais. Qualquer movimento novo do
bebê é motivo da alegria. Quem não fica bobo ao ouvir “mamãe” e “papai” pela
primeira vez? Mas, nem sempre esses momentos acontecem na mesma idade para
todas as crianças e isso não quer dizer necessariamente que você precisa se
preocupar. A fonoaudióloga especialista em desenvolvimento infantil, Raquel
Luzardo, explica que cada indivíduo tem seu tempo e existem alguns meios de
descobrir se seu filho está ou não atrasado para falar.
Raquel explica que os
primeiros três anos de vida são os mais intensos na aquisição de habilidades de
linguagem e fala, mas que já nessa fase é possível que a criança apresente
algum atraso. “Não existe uma regra que diga quando é preciso levar a criança
para uma avaliação fonoaudiológica. O recomendado é não esperar para que
qualquer tipo de problema possa ser diagnosticado o quanto antes. ”, explica a
profissional.
Alguns marcos do
desenvolvimento podem ser um parâmetro para saber se seu filho está se
desenvolvendo bem ou se é necessário buscar ajuda profissional. “Entre o 6º e
9º mês é quando começam os balbucios. Com 18 meses é esperado que a criança com
desenvolvimento típico tenha um repertório amplo de palavrinhas. Aos dois anos,
no entanto, começam a surgir frases de duas palavras como ‘eu quero’, ‘quero
mamar’, ‘quero comer’. Já quando completam os três anos, a criança passa a
narrar como foi o dia na escola, respondem perguntas e tem os sons da fala
adquiridos quase em sua totalidade”, diz Raquel.
E, por falar em escola, a
especialista afirma que esta é uma das principais aliadas no desenvolvimento
dos pequenos. Para ela, mesmo que a criança ainda não tenha um vasto
vocabulário ou mesmo que ainda não fale, o contato com outros indivíduos da
mesma faixa etária e adultos diferentes é estimulante. “Quando está fora de
casa, com pessoas diferentes e que não atenderão a mímicas e gestos, a criança
é forçada a falar. Ela aprende que é falando que se demonstra qualquer
insatisfação ou vontade.”.
Como incentivar a
comunicação oral nas crianças
Um dos principais objetivos
dessa etapa de escolaridade é justamente ampliar a fala infantil em contextos
comunicativos. As frases ditas pelas crianças com trocas e discordâncias são
comuns na sala de aula. É ideal que, logo após os pequenos se expressarem, o
professor fale corretamente, oferecendo um modelo de resposta. Nessa troca
sutil, eles aprendem as palavras adequadas sem se intimidarem.
Alguns erros comuns
Diferentemente do que grande
parte dos adultos gosta de fazer, não é correto recorrer a diminutivos ou
termos infantilizados durante as conversas com os pequenos. Esse tipo de
atitude gera um diálogo artificial e se baseia no princípio de que eles não
entendem nada do que está sendo falado. Não se deve minimizar a capacidade
deles de participar desse mundo novo que se apresenta.
Raquel Luzardo -
fonoaudióloga, especialista em linguagem e desenvolvimento infantil, diretora
da Clínica FONOterapia, atua há mais de 18 anos em atendimento de crianças,
orientação familiar e assessoria escolar. Casada com o Yan e mãe do Gabriel,
acredita que a comunicação é a ferramenta para as relações acontecerem de forma
plena e feliz!
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