Com a
chegada do verão, os cuidados para evitar doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti precisam ser redobrados. O
uso de repelentes de pele é um aliado importante para evitar dengue, zika e chicugunya e outras doenças
graves. Mas, eles não são todos iguais. Saber escolher o repelente adequado e
utilizá-lo corretamente é o que determina estar ou não protegido.
Fique atento ao princípio ativo
Todos os
repelentes de mosquitos da espécie Aedes
aegypti que possuem registro na Anvisa têm eficácia comprovada. No entanto,
esses produtos são compostos por três substâncias diferentes: DEET, Icaridina e
IR3535. Cada uma delas apresenta características específicas que vão determinar
se podem ou não ser usadas por gestantes e idosos, por exemplo.
Tempo de proteção
Cada uma dessas
substâncias tem um período de proteção, que pode ser reduzido em caso de suor
ou contato da pele com a água. Portanto, é importante observar no rótulo da
embalagem qual é o princípio ativo e a frequência de aplicação indicada pelo
fabricante. Os que são a base de DEET
protegem de 2 a 8 horas; Icaridina, de 5 a 10 horas; e os que utilizam
o IR3535, de 4 a 8 horas, podendo chegar
a 9 horas.
Toxidade
Entre os
repelentes os que são à base do IR3535 apresentam menor toxidade, seguido pela
citronela, Icaridina e DEET.
Ainda considerado
uma novidade no Brasil, o IR3535 é utilizado há mais de 30 anos em repelentes
fabricados na Europa. Sua segurança é atestada por várias autoridades
internacionais como a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Agência Americana
de Proteção Ambiental (EPA). Sua eficácia também é comprovada como repelente do
mosquito transmissor da malária, o Anopheles
aquasalis.
Crianças, idosos e portadores de necessidades
especiais
Sempre é
importante conversar com um médico antes de utilizar repelentes em crianças
(especialmente entre seis meses e dois anos), idosos, gestantes e portadores de
necessidades especiais. Bebês com até dois anos e grávidas não devem usar
repelentes à base de DEET. Os produtos com Icaridina são indicados para
gestantes; e os repelentes à base de IR3535 são indicados para gestantes e
crianças de seis meses a dois anos.
Aplicação
A maneira de
passar o repelente é determinante para garantir sua eficácia. É preciso que o produto esteja bem espalhado
para que toda a pele esteja protegida, cuidado a ser tomado principalmente quando se usa sprays. Além
disso, é importante dar atenção a algumas partes do corpo como nádegas, pés
tornozelos, cotovelos e parte interna das coxas, que costumam ser esquecidas.
Especialmente no
caso de grupos de risco, como pessoas que não podem ser vacinadas, a proteção
pode ser complementada com o uso repelente para ser aplicado em tecidos como
roupas, lençóis e cortinas, com durabilidade que pode chegar a três meses. O
repelente de tecidos pode ser usado na cama, no sofá, nas roupas e pode ser
também uma alternativa para quem não gosta de aplicar cremes na pele.
Fernanda Checcinato - engenheira química pela Universidade
Federal de Santa Catarina; doutora e mestre em Ciência e Engenharia de
Materiais; mestre em materiais particulados e cerâmica do pó; e doutora em polímeros.
Fez doutorado no Laboratório CNRS da Universidade de Lyon, França, de
onde já saíram três ganhadores do Prêmio Nobel, e também desenvolveu pesquisas
científicas na Japan International Cooperation Agency. É criadora do Protec,
repelente de insetos para ser aplicado a tecidos, que não passa para a pele e
único do mundo a combater o mosquito Aedes aegypti; do Microbac,
fungicida e bactericida para ser aplicado a tecidos e superfícies, que também
não passa para a pele; e do Fly, primeiro biorepelente de insetos do mundo para
ser aplicado na pele, que dura até 9h contra o mosquito Aedes
aegypti, podendo ser aplicado em
crianças a partir de seis meses, idosos e gestantes. É CEO e fundadora da Aya Tech. www.ayatech.com.br
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