A economia brasileira vem melhorando aos poucos nos
últimos meses. Uma pesquisa feita pelo Itaú Unibanco, assinada pelo economista
chefe da instituição, Mário Mesquita, aponta a projeção de queda dos atuais
12,6% de taxa de desemprego, para 11,7% até o fim de 2018, e de 10,7% para
2019.
De 1% em 1%, as previsões são otimistas. O PIB
desse ano está previsto para 2,6% de crescimento, de acordo com o Banco
Central. De 2017 para 2018, a economia se expandiu 1%. São números ainda
modestos, mas positivos. A perspectiva de melhora deve retirar milhões de
brasileiros de uma situação extremamente complicada.
Porém, a recuperação
deverá ser lenta e gradativa. Ou seja, ainda haverá muito mais oferta de
profissionais do que de vagas. Nesse cenário de alta competitividade, como se
diferenciar? Que profissionais serão privilegiados pelas empresas que estão voltando
a contratar? Como se tornar um deles? É isso que quero ajudar a esclarecer.
Estar desempregado nunca é fácil, sempre surge uma
mistura de sentimentos, sobretudo quando ocorreu uma demissão. Contudo, esse é
um momento oportuno para se reposicionar e aproveitar as experiências que
poderão facilitar - e muito - a recolocação.
A primeira delas é manter-se em movimento. Estudar
e investir em atualização é fundamental. Isso também é importante para se
estabelecer novos relacionamentos que podem resultar em indicações, o famoso networking.
Os estudos podem ser dentro da sua área, em uma especialização, ou até mesmo em
novas línguas. Idioma é um grande diferencial no Brasil, pois o numero de
candidatos com fluência é muito baixo.
É importante ressaltar que existem muitos cursos
gratuitos e conteúdos sem custo na internet, e até mesmo em instituições. Basta
pesquisar. Sabemos que com a renda curta, sobra pouco para investir em si
mesmo, mas há maneiras de fazer isso sem gastar suas reservas.
Dependendo da sua área de atuação, manter um bom
portfólio também pode ser decisivo para o recrutador. Os resultados passados
sempre chamam a atenção das empresas, pois elas sabem que podem esperar boas
coisas daquele profissional.
Outra importante dica, que pode parecer meio óbvia,
é sempre manter seu currículo atualizado. É interessante que toda essa
movimentação seja registrada devidamente - sobretudo se você utiliza várias
plataformas de busca de vagas, como consultorias, sites e até na entrega
pessoalmente.
Online ou off-line, busque participar de grupos de
interesse e de influência, sobretudo em redes sociais como o LinkedIn. No
quesito offline, veja se consegue frequentar eventos do segmento em que
atua. Eles oferecem conhecimento e até mesmo certificações que ampliarão seu
currículo - sem contar no relacionamento intensificado com profissionais da sua
área.
Hoje as empresas se preocupam muito se o candidato
terá “aderência” à empresa. Elas buscam pessoas com engajamento, vontade de
crescer, dinamismo e interesse. É por isso que o comportamento é tão importante
quanto a experiência, e ajuda a destacar o profissional. Uma das competências
que mais se busca atualmente é se o candidato tem senso de “dono”, confiança e
capacidade para cumprimentos de prazo.
Por fim, é interessante buscar também conhecimento
em outras áreas. Muitos profissionais têm recorrido, por exemplo, ao teatro,
arte e dança para desenvolver a comunicação verbal e corporal. Os projetos
sociais também ajudam muito no desenvolvimento de liderança, trabalho em grupo
e engajamento. Essas atividades incentivam a criatividade e podem te ajudar a
se destacar na hora de uma entrevista. Esteja bem preparado e vá em busca de
sua recolocação profissional.
Marcia
Avelar - Diretora de DHO da NVH Talentos
Humanos, uma empresa do Grupo NVH.
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