Ortopedista explica como o uso da Ozonioterapia pode curar a doença
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
revelam que aproximadamente 5,4 milhões de pessoas sofrem de hérnia de disco no
Brasil e cerca de 300 mil pacientes recorrem a cirurgia por ano. O que esses
mesmos dados não revelam é que cerca de um terço dos casos operados (cerca de
100 mil/ano) não apresentam resultados satisfatórios que resultam da evolução
natural da doença, ou por complicações do ato cirúrgico. Para os casos de
hérnia de disco, as técnicas de reabilitação física de eleição do médico
assistente devem ser prontamente iniciadas, porém, em 10% dos casos essas
medidas não são suficientes, e então os ortopedistas recomendam a cirurgia.
Desde 2013, para a Colaboração Cochrane (entidade científica de renome
mundial e sem fins lucrativos, que estuda a medicina baseada em evidências)
a ozonioterapia medicinal
oferece vantagens evidenciadas por métodos científicos, quando comparada com as
técnicas habitualmente empregadas para corrigir o problema (fisioterapia,
cirurgia endoscópica, cirurgia aberta e radiofrequência). Segundo o ortopedista
Dr. Maurício Marteleto, Chefe da Clínica Pro Movimento em São Paulo, modernas técnicas vêm
sendo desenvolvidas para tratamento da hérnia discal. Um destes métodos é o
procedimento não invasivo, conhecido por cirurgia minimamente invasiva,
conceito de cirurgia no qual, por meio de pequenas incisões cirúrgicas, são
retiradas as hérnias de disco, aliviando a compressão do nervo. Considerado uma
alternativa segura no tratamento da hérnia de disco, o procedimento oferece
diversas vantagens quando comparado com outros tratamentos. Ele utiliza novas
técnicas que permitem uma abertura menor da pele, proporcionando menor
movimentação das estruturas ao redor da coluna, um tempo de cirurgia mais
rápido e menor risco de complicações, como sangramento e infecção.
De acordo com o Dr. Maurício, durante a cirurgia minimamente invasiva
é realizado um corte único de no máximo 3 mm na pele do paciente. Em seguida,
um cateter guiado por vídeo, introduzido no espaço entre a vértebra e as
meninges, permite a visualização das raízes e das meninges e uma exaustiva
lavagem aspirativa da área inflamada é realizada com anestesia local e sedação
que resulta ao longo de poucas semanas na cura do processo inflamatório e seus
efeitos deletérios sobre as raízes nervosas, evitando os potenciais riscos à
raiz nervosa vistos nas abordagens diretas realizadas pelas técnicas
endoscópicas, além de evitar a piora da instabilidade mecânica vista nas
cirurgias abertas.
O Dr. Maurício afirma ainda que a remoção do fragmento herniário é tão importante
quanto a correta limpeza local necessária à cura do processo doloroso. O
paciente recebe alta no mesmo dia. Em 15, 20 dias ele pode retornar às suas
atividades normalmente. Já com a cirurgia tradicional, o paciente precisa de
anestesia geral e o tempo de recuperação pode levar dois meses. “Por esse
procedimento o médico abre o músculo, faz uma janela no osso, afasta o nervo e
tira a hérnia. Há maiores riscos de piora da estabilidade por conta da retirada
de elementos de sustentação mecânica da coluna, tem que ficar alguns dias
internado e os riscos de infecção são maiores”, complementa o especialista.
Alguns planos de saúde já oferecem o procedimento, que dura cerca de
30 minutos para ser finalizado. Segundo o Dr. Maurício, a operação custa em
torno de R$ 20 a 30 mil. Apesar de a técnica englobar quase todos os tipos de
hérnias de disco, cabe ao médico avaliar, individualmente, se o procedimento é
indicado para o paciente.
Dr. Maurício Martelletto Filho - médico
ortopedista formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo,
membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia - SBOT. Há
mais de 10 anos atua na área de cirurgia da coluna vertebral, sendo membro
efetivo da Sociedade Brasileira de Coluna (SBC), Sociedade Brasileira de
Patologia da Coluna Vertebral (SBPCV), da Sociedade Brasileira de Cirurgia
Minimamente Invasiva da Coluna Vertebral e da Sociedade Norte Americana de
Coluna (NASS). www.mauriciomarteleto.com.br
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