- Especialista
do H.Olhos – Hospital de Olhos recomenda que alimentos ricos em vitaminas
A, C e E, zinco, ômega 3 e carotenoides devem ser consumidos com
frequência
- O abuso de açúcares, carboidrato e álcool pode trazer problemas
Há uma relação intrínseca entre alimentação e
saúde. Uma dieta rica e bem dosada contribui para uma vida mais saudável,
organismo equilibrado e maior disposição no dia a dia. Como partes fundamentais
do corpo, os olhos seguem a mesma regra e podem ser beneficiados por uma série
de nutrientes.
Alimentos que contêm vitaminas A, C e E, ômega 3,
zinco, entre outros, devem fazer parte das refeições. A frequência, contudo,
vai depender da substância e do tipo de deficiência que o indivíduo possui. “É
importante ressaltar que, em determinadas condições, a quantidade de nutrientes
necessários pode ser elevada. Nestes casos, é recomendado o uso de
suplementação com comprimidos”, explica o Dr. Ibraim Vieira, oftalmologista do
H.Olhos – Hospital de Olhos.
Abaixo, o médico traz uma lista dos principais
nutrientes e de suas fontes alimentícias.
- Retinol
ou vitamina A – Trata-se do nutriente mais importante para a visão. É essencial
no ciclo dos fotorreceptores, células da retina que possibilitam a visão.
Sua deficiência no organismo pode levar à xeroftalmia (olho seco), redução
da visão no escuro e, nos piores casos, à cegueira.
Onde encontrar: cenoura, abóbora, ovos, damasco e fígado.
- Carotenoides
(zeaxantina e luteína) – São as substâncias responsáveis pelos tons
entre amarelados e avermelhados na natureza. “Primos” da vitamina A, sua
ausência aumenta o risco de DMRI (Degeneração Macular Relacionada à
Idade), doença que ocorre em uma parte da retina chamada mácula e que leva
à perda progressiva da visão central.
Onde encontrar: milho, pequi, couve e na maioria dos vegetais amarelos, alaranjados, vermelhos e verdes.
- Ômega
3 – O
aumento do consumo deste tipo de gordura pode ajudar nos sintomas de olhos
seco e blefarite (inflamação da parte externa das pálpebras).
Onde encontrar: salmão, sardinha, atum, linhaça e chia.
- Vitaminas
C e E – Sua
ingestão também reduz o risco de DMRI.
Onde encontrar: limão, laranja, goiaba, brócolis (vitamina C); vegetais verde-escuros, castanhas, amêndoas, gema de ovo e fígado (vitamina E).
- Zinco
–
Mais uma substância que reduz o risco de DMRI.
Onde encontrar: carne de vaca, frango, peixes, feijão, grão-de-bico e castanhas.
O outro lado
Por outro lado, existem dietas que podem prejudicar
a saúde dos olhos, sobretudo quando associadas à ingestão em exagero ou em
pacientes com doenças prévias.
Segundo o Dr. Ibraim, a retinopatia diabética é uma
das principais causas de cegueira no mundo. O desenvolvimento da doença está
intimamente ligado ao consumo de determinados alimentos. “Para pessoas com
diabetes, a ingestão de açúcares e carboidratos em grandes quantidades tende a
gerar alterações retinianas que, em longo prazo, podem prejudicar a visão e até
cegar.”
O consumo de álcool em excesso também pode levar a
problemas oftalmológicos, como a neuropatia tóxica, que ataca os nervos
periféricos. A subnutrição, presente em muitos casos de alcoolismo, também
aumenta o risco de doenças na retina. O abuso de bebidas alcóolicas durante a
gravidez coloca em risco a formação dos olhos do bebê.
“A ingestão exagerada de algumas vitaminas e
suplementos também está relacionada ao aumento de patologias. Por isso, deve-se
priorizar uma dieta sensata. Em caso de dúvidas ou de deficiência de
nutrientes, a melhor solução é sempre conversar com um médico ou
nutricionista”, adverte.
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