Saúde aproveita a data para incentivar doações e o
aleitamento materno; estoques tendem a cair de 10 a 30% durante o inverno e as
férias escolares
Em meio às comemorações ao Dia Mundial de Aleitamento Materno, no
dia 19 de maio, a Secretaria de Estado da Saúde divulga balanço que aponta
aumento significativo no número de doadoras de leite materno e na quantidade de
litros captados na rede de bancos de leite humano (BLH) do Estado.
De 2016 para 2017, houve crescimento
de 10,5% no número de doadoras e de 8,9% de captação de litros de leite
coletados. No ano passado, os BLHs paulistas tiveram 39.729 doadoras, 3.786 a
mais que no ano anterior. Consequentemente, foi possível coletar 51.225 litros
de leite materno, 4.187 litros a mais que em 2016.
Embora tenha ocorrido aumento no total anual, as
doações tendem a diminuir devido aos períodos de inverno e de férias escolares.
Com o objetivo de aumentar as doações, a pasta
convida as mães paulistas que estão amamentando para doarem o leite excedente
às maternidades e Bancos de Leite do Estado.
O Estado de São Paulo possui a maior
rede de bancos de leite do país. Conta, hoje, com 59 bancos de leite e 38
postos de coleta. Neste ano, comemora-se também o aniversário de 50 anos do
primeiro banco de leite inaugurado no Estado, que está localizado no Hospital
do Servidor Público Estadual – IAMSPE (Instituto de Assistência Médica ao
Servidor Público Estadual de São Paulo).
A rede paulista de BLHs possui duas
unidades coordenadoras, que são o Hospital Maternidade Leonor Mendes de Barros,
responsável pelas unidades da capital e Grande São Paulo, e o Hospital das
Clínicas de Ribeirão Preto, responsável pelas unidades do interior e litoral.
“Neste
inverno, contamos com a colaboração das mães em fase de amamentação e aptas
para doarem leite excedente, pois, apesar do aumento nos índices de coleta e
doadoras no último ano, o clima frio e as férias interferem na ida das
pacientes aos bancos, o que consequentemente pode diminuir nossos estoques”,
afirma a coordenadora do banco de
leite da maternidade Leonor Mendes de Barros, quem é uma das
principais referências estaduais, Andrea Spínola.
Como funciona a doação
O
principal critério para ser doadora é a mãe estar amamentando, saudável,
produzindo volume excedente de leite e não utilizar nenhum medicamento que
impeça a doação.
O
procedimento é simples: basta comparecer a um banco de leite, onde recebe as
orientações necessárias. As interessadas devem preencher um cadastro e
apresentar exames laboratoriais de sorologia realizados nos últimos seis meses.
Normalmente, os bancos oferecem serviços de busca em domicílio e também
disponibilizam um kit (com gorro, máscara e frascos de armazenamento) para
garantir a alta qualidade do alimento doado.
Para as
mulheres, a doação de leite evita empedramento das mamas e ajuda na recuperação
da forma física. Existem mais de 50 bancos de leite em todo o Estado de São
Paulo. A lista completa pode ser consultada no site http://www.redeblh.fiocruz.br.
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