No dia 03
de abril a profissão de esteticista foi finalmente regulamentada no Brasil por
meio da Lei 13.643/18. Dividida em esteticista e cosmetólogo com nível superior
e técnico em estética, é uma profissão que apresenta crescente ascensão – entre
2010 e 2015, o número de registros de microempreendedores individuais (MEIs)
nessa área teve um incremento de 567%, passando de 72.309 para 482.455 em
janeiro de 2016, segundo dados do Sebrae.
É cada
vez maior a penetração desse tipo de serviço em todas as classes sociais,
principalmente dentro de uma nova tendência que visa não só a beleza, mas
também a saúde e o bem-estar. O brasileiro – tanto mulheres como homens – está
cada vez mais preocupado com sua aparência e qualidade de vida, além de
interessado em alternativas preventivas para que haja um envelhecimento
saudável. O público masculino, inclusive, já representa uma fatia bem
importante desse mercado: os homens estão, sim, mais vaidosos, buscando opções
estéticas para redução de medidas e procedimentos de rejuvenescimento, por
exemplo.
Todos
esses aspectos corroboram para uma expectativa positiva nos próximos anos,
fazendo com que não haja, até o momento, nenhuma previsão de saturação desse
mercado que, com a nova regulamentação, ganha muito mais força e abrangência.
Bom para os profissionais atuantes, para os futuros, para o consumidor
interessado nesses serviços e para a economia de uma forma geral.
Tempos
atrás essa era uma profissão cuja atuação era considerada “de fundo de
quintal”, carente de capacitação, de formação e de prática. Esse cenário mudou
de forma muito rápida e consistente, a ponto de hoje termos grandes
universidades e centros acadêmicos produzindo conteúdo de altíssima qualidade e
formando excelentes profissionais. Além disso, a tecnologia de ponta das
indústrias vem permitindo a redução de preços dos serviços e produtos utilizados
nos tratamentos, possibilitando o acesso a classes sociais que, até então, não
eram exploradas.
E
justamente por termos perspectivas tão positivas e relevantes na área, é
crescente também, ano após ano, o número de alunos nos cursos técnicos,
tecnólogos e de graduação. A atuação do esteticista é ampla e diversificada;
são inúmeras as possibilidades de carreira, seja como autônomo, empregado ou
empreendedor. Mas, independentemente do caminho, acredito que todo profissional
tem que ter em mente uma única questão: “de que forma posso levar bem-estar
para o meu cliente com ética, seriedade e paixão?”. Essa deve ser a missão da
nossa profissão.
Para quem
pretende iniciar uma carreira de esteticista, para aqueles que estão começando
nessa profissão tão promissora ou para quem já atua na área e quer crescer
junto com todas essas oportunidades, aqui vão meus aprendizados: busque um
alicerce profundo, ou seja, uma formação integral e diversas ferramentas de
aprendizagem; estude a fundo todas as regulamentações desse setor; construa sua
carreira com tempo, buscando oportunidades de estágio e aperfeiçoamento
constante em congressos, simpósios e eventos da área; faça benchmarking:
pesquise sempre as melhores práticas; faça networking e parceiros,
principalmente em áreas que você não conhece e que são complementares; cuidado
com a exposição de clientes em mídias sociais - ética sempre em primeiro
lugar!; formalize sempre seu negócio, pois formalização gera oportunidades; e,
por fim, defina exatamente qual o tipo de cliente que quer atender e, com base
em um conhecimento profundo desse público e das suas necessidades, formate seu
plano de negócio.
Estamos
na era das experiências em todos os setores. Os clientes querem vivenciar algo
especial por meio dos serviços – e na área de estética isso não é diferente.
Portanto, os profissionais que se especializarem em uma atuação
multidisciplinar que integre saúde, beleza e bem-estar e que fundamentarem seu
negócio em pilares como ética, paixão, profissionalismo e dedicação, fatalmente
irão surfar esse “oceano azul”, colhendo ótimos frutos.
Maria
de Fátima Lima Pereira - diretora da Esthetic Pro & Cosmetologia,
professora do bacharelado em estética da Universidade Anhembi Morumbi e
consultora técnica de diversas empresas nacionais e internacionais. É
organizadora do livro “Gestão de Negócios em Estética”, recém-lançado pela
Difusão Editora e Senac Rio, e da série “Curso de Estética”.
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