A
clareza visual média, a sensibilidade ao contraste e a rapidez de jogadores de
futebol competitivos (tanto elitizados, quanto intermediários) foram significativamente
melhores que as de não-atletas.
As habilidades visuais de
jogadores de futebol competitivos são substancialmente melhores do que as de
não-atletas saudáveis, de acordo com a primeira avaliação
abrangente da função visual em jogadores ingleses da Premier League,
publicada na revista Science and Medicine in Football.
“A
clareza visual média, a sensibilidade ao contraste e a rapidez de jogadores de
futebol competitivos (tanto elitizados, quanto intermediários) foram
significativamente melhores que as de não-atletas. No entanto, os resultados
mostraram que não houve diferença na função visual entre os jogadores de elite
e os intermediários”, afirma o oftalmologista Virgílio Centurion, diretor
do IMO, Instituto de Moléstias Oculares.
Curiosamente,
os jogadores defensivos mostraram uma maior rapidez do que os jogadores
ofensivos. De acordo com os pesquisadores, essa função visual pode ser
particularmente útil para os responsáveis por garantir que a defesa do time não
seja quebrada e que precisam desviar rapidamente sua atenção
e, portanto, olhar fixo entre vários oponentes em
locais próximos e distantes.
No
estudo, pesquisadores da Liverpool John Moores University, no Reino
Unido, recrutaram 49 jogadores masculinos de elite de um clube de futebol da
primeira divisão inglesa, além de 31 intermediários masculinos (nível
universitário). Eles examinaram as funções visuais que são consideradas
críticas para o desempenho esportivo de jogadores de diferentes níveis de
habilidade e jogando em diferentes posições, usando o Nike SPARQ Sensory
Station.
As
avaliações incluíram clareza visual (capacidade de ver detalhes a uma
determinada distância), sensibilidade ao contraste (capacidade de detectar um
objeto contra um fundo), rapidez quase instantânea (capacidade de mudar o olhar
e atenção entre distâncias próximas e distantes) e capacidade de focalizar um
alvo. Os pesquisadores então compararam esses dados com aqueles de um estudo de
230 homens e mulheres não atléticos saudáveis usando o mesmo aparato.
“O
estudo destaca a importância da boa visão no futebol e o potencial para obter
uma vantagem competitiva através do apoio e do treinamento da visão. No
entanto, os autores ressaltam as limitações do estudo e a necessidade de mais
estudos para considerar as demandas visuais específicas da posição do jogador e
o papel dos exames oftalmológicos regulares”, afirma o oftalmologista Eduardo
de Lucca, que também integra o corpo clínico do IMO.
De acordo com Simon Bennett,
um dos autores do estudo: "embora esses resultados aumentem as evidências
crescentes de que um bom nível de visão é importante em esportes de invasão
dinâmica, estudos futuros precisam determinar a natureza precisa desse
relacionamento com o desempenho em campo".
IMO, Instituto de Moléstias
Oculares
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