Todo mundo quer ver seu dinheiro crescer, mas são
poucas as pessoas que sabem como atingir esse objetivo – segundo a Associação
Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), 62%
dos brasileiros não conhecem nenhum tipo de investimento.
É por isso que, nos últimos tempos, com o
agravamento da instabilidade econômica e política no Brasil e o aumento do
desemprego, especialistas em investimento têm proliferado no mercado, auxiliando
os cidadãos preocupados com o rumo, ou falta de rumo, de suas finanças.
No entanto, antes de recorrer aos experts, sejam
eles gerentes de banco, funcionários de corretoras ou agentes autônomos, o
futuro investidor precisa identificar seu perfil. É o primeiro passo a ser dado
por quem almeja ver suas aplicações renderem frutos, já que isso vai determinar
por qual caminho seguir.
O perfil do investidor está diretamente relacionado
à maneira como lidamos com o risco. Para identificá-lo, é preciso fazer uma
auto análise sincera sobre nossa relação com o dinheiro, nossos objetivos e o
tamanho da nossa ambição, termo usado aqui sem nenhuma conotação negativa.
Pense, por exemplo, numa corrida de cavalos. Você prefere apostar no azarão,
cuja improvável vitória trará grande retorno ao apostador, ou no favorito, uma
opção mais segura, com retorno menor, mas muito provável?
Voltando ao universo financeiro, os investidores
costumam ser classificados em três tipos: conservador, agressivo ou moderado. O
conservador é avesso ao risco e, portanto, prefere investimentos que não
representem ameaça ao seu patrimônio, ainda que ofereçam baixa rentabilidade,
como fundos de renda fixa.
Em outras palavras, não perder é tão importante
quanto ganhar. Normalmente são investidores "de primeira viagem", com
objetivos de curto e médio prazos.
No outro extremo, está o investidor
"agressivo". É um perfil corajoso, que na busca por altos ganhos,
arrisca bastante em ativos de renda variável (ações da Bolsa de Valores,
principalmente), ciente de que a longo prazo as oscilações do mercado
provavelmente terão saldo positivo. São pessoas, portanto, com bons
conhecimentos econômicos.
Já o investidor moderado é o perfil intermediário
entre o conservador e o agressivo. Como o próprio nome diz, não exagera no
risco, mas também não é tão cauteloso quanto o conservador, já que almeja
ganhos acima da média. Para isso, tem uma carteira de ativos diversificada.
Também é importante ter em vista, seja qual for o
perfil, que investir e poupar não são sinônimos. Investir é tentar multiplicar
o dinheiro, enfrentando a inflação (grande inimiga da poupança) e gerando uma
renda passiva. Envolve riscos, claro, mas são riscos que podem ser calculados e
que não devem ser considerados como obstáculos na busca pela segurança
financeira.
Raphael Swierczynski - especialista em finanças
pessoais e CEO da Ciclic, primeira fintech do mercado de previdência privada.
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