Reconhecidos
por cuidarem das duas maiores epidemias da saúde, obesidade e diabetes, especialidade
vive momento preocupante
Uma
sexta-feira especial para a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e
Metabologia (SBEM). Em 1º de setembro é comemorado o Dia do Endocrinologista.
Há algum tempo que a SBEM vem batalhando pela oficialização da data, cujo autor
do Projeto de Lei é o Deputado Jorginho Melo (Nº 6566 de 2016) que institui
oficial o Dia Nacional do Endocrinologista. O projeto foi aprovado na Comissão
de Cultura, agora está na Comissão de Constituição e Justiça esperando
designação de relator, Última fase do processo. Depois de passar pela comissão
ele tramitará na Câmara e, depois de aprovado, o projeto vai ao Senado.
A
data coincide com a fundação da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e
Metabologia, que em 1º de setembro completa 67 anos de história. Terceira no
mundo em sua especialidade, a entidade conta com cerca de quatro mil associados
no país. Reconhecidos por cuidarem de doenças como obesidade e diabetes
mellitus – as duas maiores epidemias do mundo –, os médicos endocrinologistas
vivenciam uma crise ética, com o exercício ilegal da profissão. Além de
comprometer o trabalho de profissionais sérios, a realidade coloca em risco a
saúde da população.
História
Fundada
sob o nome de Sociedade de Endocrinologia e Metabologia do Rio de
Janeiro em 1º de setembro de 1950, a SBEM foi transformada
em Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia após
démarches entre a Sociedade do Rio de Janeiro e Endocrinologistas de São Paulo,
com nome sendo adotado oficialmente em 1954. O Paraná havia fundado em 1957 a
Sociedade de Endocrinologia e Nutrição do Paraná e foi posteriormente
incorporada como Regional, tendo seu nome alterado oficialmente para SBEM-PR em
1965. A SBEM nacional seguiu sua expansão com as regionais Rio Grande do Sul (1958),
Pernambuco (1958), Minas Gerais (1958) e Bahia (1965).
Atuação
profissional
No
consultório os endocrinologistas são reconhecidos por cuidarem de doenças como
obesidade e diabetes, mas a área de atuação desses profissionais é bem mais
ampla. Alterações menstruais, doenças da tireoide, reposição hormonal masculina
e feminina, colesterol e triglicerídeos, osteoporose, excesso de pelos,
distúrbios relacionados ao crescimento e desenvolvimento da criança são algumas
das muitas doenças que o endocrinologista trata.
O
endocrinologista é o profissional habilitado para diagnosticar, tratar e
acompanhar as doenças que afetam o metabolismo, sendo capaz de interpretar as
variações hormonais que acontecem durante a vida, atuando na prevenção de
muitas doenças. “A avaliação do endocrinologista pode evitar o uso
indiscriminado de hormônios, dietas e tratamentos farmacológicos que podem
colocar em risco a saúde dos pacientes”, afirma a endocrinologista Silmara
Leite, presidente da SBEM-PR.
Crise
ética
Se
por um lado o dia 1º de setembro é dedicado à comemoração, o momento é delicado
para a especialidade. A SBEM-PR revela-se preocupada com aspectos que fogem à
ética profissional, como o exercício ilegal da profissão, a prescrição
indiscriminada de hormônios para pacientes sem indicativo de insuficiências ou
doenças hormonais, além da popularização de cursos rápidos ensinando
profissionais de outras áreas da saúde como prescrever hormônios a pacientes
que buscam por melhoras estéticas, desconhecendo os riscos que isso pode trazer
à sua saúde. “A SBEM Paraná criou a Comissão de Ética e de Defesa Profissional
- CEDEP para investigar, tratar e penalizar estes casos, ao lado do setor
jurídica da SBEM-PR e vem denunciando ao Ministério Público, para que possamos
dar um fim às aberrações que tem acontecido nessa área”, destaca Silmara Leite.
Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – Regional Paraná | SBEM-PR
E-mail: sbempr@endocrino.org.br
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