Com o objetivo de conscientizar sobre a importância da contracepção, em 26 de
setembro comemora-se o Dia Mundial da Contracepção, instituído por organizações
não governamentais e sociedades internacionais. Segundo relatório da
Organização das Nações Unidas (ONU) publicado em 2015, cerca de 216 milhões de
mulheres no mundo não têm acesso às formas de prevenção da gravidez.
Em apoio à causa, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) lançou em maio a campanha #VamosDecidirJuntos. Voltada às mulheres em idade reprodutiva e que já iniciaram sua vida sexual, a iniciativa proporciona o acesso à informação de diferentes métodos contraceptivos além de tornar mais clara a definição do procedimento mais adequado para cada uma, levando em consideração o perfil pessoal, histórico de saúde, necessidades e preferências individuais.
“No site www.vamosdecidirjuntos.com.br estão disponíveis diversas informações gerais para as mulheres tirarem suas dúvidas, deixando para esclarecer com o ginecologista questões específicas e tornar assim a consulta mais eficiente. Acredito que o ponto alto desta campanha é promover informação às mulheres sobre a existência de mais métodos contraceptivos, porque a grande maioria só conhece a pílula anticoncepcional e a utiliza de modo irregular, levando a uma taxa de falha maior” explica Ilza Maria Urbano Monteiro, vice-presidente da Comissão de Contracepção da Febrasgo.
Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece sete opções de métodos contraceptivos: diafragma, camisinha, pílula anticoncepcional combinada, injeção combinada, minipílula, pílula de emergência e dispositivo intrauterino (DIU). Há também os procedimentos cirúrgicos e definitivos, como a laqueadura tubária e a vasectomia. Segundo o Ministério da Saúde, a Lei sobre Planejamento Familiar permite a realização da laqueadura em mulheres com mais de 25 anos ou que tenham mais de dois filhos.
Outras alternativas são as técnicas naturais, que constituem-se basicamente na tabelinha, no método de muco cervical e de temperatura basal, chamados de sintotérmico. No método cervical, a mulher identifica a partir do toque o muco que está sendo produzido no colo do útero. Já o de temperatura basal ocorre quando é feita a medição da temperatura do corpo todos os dias pela manhã.
Luciano de Melo Pompei, coordenador científico de ginecologia da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (SOGESP), dá mais detalhes. “A técnica de temperatura basal consiste em observar a temperatura corpórea que deve ser mensurada diariamente, pois ela aumenta em torno de 0,3 a 0,5 graus Celsius após a ovulação. Os métodos naturais têm uma taxa de falha maior, por serem menos eficazes do que os hormonais ou de barreiras”, diz o ginecologista.
Em apoio à causa, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) lançou em maio a campanha #VamosDecidirJuntos. Voltada às mulheres em idade reprodutiva e que já iniciaram sua vida sexual, a iniciativa proporciona o acesso à informação de diferentes métodos contraceptivos além de tornar mais clara a definição do procedimento mais adequado para cada uma, levando em consideração o perfil pessoal, histórico de saúde, necessidades e preferências individuais.
“No site www.vamosdecidirjuntos.com.br estão disponíveis diversas informações gerais para as mulheres tirarem suas dúvidas, deixando para esclarecer com o ginecologista questões específicas e tornar assim a consulta mais eficiente. Acredito que o ponto alto desta campanha é promover informação às mulheres sobre a existência de mais métodos contraceptivos, porque a grande maioria só conhece a pílula anticoncepcional e a utiliza de modo irregular, levando a uma taxa de falha maior” explica Ilza Maria Urbano Monteiro, vice-presidente da Comissão de Contracepção da Febrasgo.
Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece sete opções de métodos contraceptivos: diafragma, camisinha, pílula anticoncepcional combinada, injeção combinada, minipílula, pílula de emergência e dispositivo intrauterino (DIU). Há também os procedimentos cirúrgicos e definitivos, como a laqueadura tubária e a vasectomia. Segundo o Ministério da Saúde, a Lei sobre Planejamento Familiar permite a realização da laqueadura em mulheres com mais de 25 anos ou que tenham mais de dois filhos.
Outras alternativas são as técnicas naturais, que constituem-se basicamente na tabelinha, no método de muco cervical e de temperatura basal, chamados de sintotérmico. No método cervical, a mulher identifica a partir do toque o muco que está sendo produzido no colo do útero. Já o de temperatura basal ocorre quando é feita a medição da temperatura do corpo todos os dias pela manhã.
Luciano de Melo Pompei, coordenador científico de ginecologia da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (SOGESP), dá mais detalhes. “A técnica de temperatura basal consiste em observar a temperatura corpórea que deve ser mensurada diariamente, pois ela aumenta em torno de 0,3 a 0,5 graus Celsius após a ovulação. Os métodos naturais têm uma taxa de falha maior, por serem menos eficazes do que os hormonais ou de barreiras”, diz o ginecologista.
Mitos e verdades sobre a pílula anticoncepcional
Quando o assunto são pílulas anticoncepcionais, surgem na nossa cabeça todo tipo de dúvida. Para ajudar a esclarecê-las, Luciano Pompei diz o que é verdade ou mentira.
Pílula engorda?
“Os estudos, de uma forma geral, demonstram que não existe uma mudança significativa de peso nas usuárias de pílula. O que acontece é que tanto homens quanto mulheres vão aumentando de peso com o passar dos anos. Estima-se que as mulheres ganhem entre 300 a 500 gramas por ano de vida, então, é normal que aumente, mesmo que não tome pílula.”
Dão celulite?
“Também não temos essa comprovação. A celulite está relacionada à questão do aumento de peso, mas não podemos associar com o uso de pílula.”
Existe uma idade certa para começar a usar?
“Não existe idade certa para começar a usar. Tem que começar quando há necessidade do método anticoncepcional, desde que não haja contraindicação. Não existe nenhuma limitação apenas pela idade.”
Pode causar trombose?
“O termo correto não é se pode ou não causar trombose. Sempre falamos em fator de risco em relação à pílula anticoncepcional combinada (mistura de dois componentes: estrogênio e um derivado de progesterona). Essa combinação aumenta um pouco o risco de trombose, mas esse evento é considerado raro em mulheres em idade reprodutiva. A chance está entre 8 ou 9 a cada 10 mil mulheres ao longo de um ano. Enquanto os casos de mulheres que não utilizam pílula são entre 4 ou 5 também a cada 10 mil mulheres. O que poucas pessoas sabem é que a própria gravidez aumenta o risco de trombose, em torno de 30 ou 40 casos a cada 10 mil mulheres. É importante ressaltar que isso é para as pílulas anticoncepcionais combinadas e outros métodos combinados (dois hormônios associados, tais como anel e adesivo anticoncepcional). As pílulas que são apenas de progestagênio ou outros métodos que não contenham estrogênio não aumentam o risco.”
Alguns medicamentos podem cortar o efeito do anticoncepcional?
“Alguns medicamentos anticonvulsivantes usados para epilepsia, assim como poucos antibióticos e antirretrovirais, podem interferir na ação da pílula e diminuir o efeito, aumentando o risco de falha, assim como vice-versa.”
Fumantes não podem tomar pílula combinada?
“Para fumantes acima de 35 anos, as pílulas são consideradas contraindicadas. Abaixo de 35, o uso normalmente é liberado. Somente pílulas de progestagênio podem ser usadas por tabagistas independentemente da idade”.
Podem gerar depressão?
“Não existe nenhuma associação da pílula com a depressão.”
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