17 cidades brasileiras terão ações de conscientização
sobre a síndrome que mata mais de 240 mil pessoas/ano no Brasil
A sepse no Brasil continua sendo responsável
por mais óbitos do que o câncer ou o infarto agudo do miocárdio. Estima-se
cerca de 15 a 17 milhões de casos registrados por ano no mundo. Em nosso país
são registrados anualmente mais de 400 mil casos, sendo que 240 mil vão a óbito.
No dia 13
de setembro, o ILAS – Instituto Latino Americano de Sepse mobilizará
17 cidades brasileiras, entre elas São Paulo, para ação de
conscientização da síndrome junto à população em locais de grande circulação,
como rodoviárias e terminais de ônibus e metrô. Na ocasião, serão distribuídos
materiais informativos sobre a síndrome, criados pelo ILAS. Nesse dia, também,
profissionais de saúde estarão à disposição da população para responder às
dúvidas.
O tema
desse ano será “Pense, pode ser sepse?”
O
presidente do ILAS, Dr. Luciano Azevedo, explica que “o reconhecimento precoce
da sepse é a chave para o tratamento adequado. Todas as instituições devem
treinar suas equipes, principalmente de enfermagem, para reconhecer os
primeiros sinais de gravidade e dar atendimento preferencial a esses pacientes
nos serviços de urgência. Por isso: pense, pode ser sepse?”
O médico
alerta ainda que o tratamento adequado nas primeiras seis horas tem clara
implicação no prognóstico e na sobrevida dos pacientes. “Medidas simples, como
coleta de exames, culturas, antibióticos na primeira hora e hidratação podem
salvar vidas”.
O grupo
de maior risco para o desenvolvimento da sepse é formado por crianças
prematuras e abaixo de um ano e idosos acima de 65 anos; portadores de câncer;
pacientes com AIDS ou que fazem uso de quimioterapia ou outros medicamentos que
afetam as defesas do organismo contra infecções; pacientes com doenças crônicas
como insuficiência cardíaca, insuficiência renal e diabetes; usuários de álcool
e drogas; e pacientes hospitalizados que utilizam antibióticos, tubos para
medicação (cateteres) e tubos para coleta de urina (sondas).
Mas
atenção: qualquer pessoa pode ter sepse. “Embora não existam sintomas
específicos, todas as pessoas que estão com infecção e apresentam febre,
aceleração do coração, respiração mais rápida, fraqueza intensa e, pelo menos,
um dos sinais de alerta, como pressão arterial baixa, diminuição da quantidade
de urina, falta de ar, sonolência excessiva ou ficam confusos (principalmente
idosos) devem procurar imediatamente um serviço de emergência ou o seu médico”,
esclarece Dr. Luciano Azevedo.
O
desconhecimento da população em relação aos primeiros sintomas e,
consequentemente o atraso na procura de auxilio, também é um dos entraves a
serem vencidos. Uma pesquisa realizada pelo ILAS, em parceria com o Instituto
Datafolha, demonstrou 86% dos entrevistados não sabem o que é sepse.
Para
mudar esse cenário é importante a organização de campanhas de esclarecimento
envolvendo sociedades médicas e imprensa. Pelo quinto ano consecutivo, O
ILAS participa do Dia Mundial da Sepse em 13 de Setembro. A ação reúne mais de
3 mil instituições em todo mundo e é comandada mundialmente pela Global Sepsis
Alliance (GSP). O objetivo da campanha é mudar o quadro cada vez mais
preocupante da incidência e mortalidade por sepse no mundo.
Cidades
participantes: Belo Horizonte, Blumenau, Brasília, Campo Grande, Curitiba,
Goiânia, João Pessoa, Maceió, Manaus, Palmas, Porto Alegre, Rio de Janeiro,
Salvador, São Luís, São Paulo, Teresina e Vitória
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