Cerca de 70% a
90% dos pacientes ainda não estão diagnosticados
Entre os dias 22 e 29 de abril acontece a Semana
Mundial de Imunodeficiências Primárias (IDPs), que traz como tema este ano
“Testar, Diagnosticar e Tratar”. Várias entidades pelo mundo estarão reunidas
nesta semana de conscientização, sendo no Brasil a Associação Brasileira de
Alergia e Imunologia (ASBAI) e o Grupo Brasileiro de Imunodeficiências (BRAGID)
assim como associação de pacientes. Diversos serviços de saúde que prestam
atendimento às IDPs farão trabalhos com a população para alertar sobre estas
doenças.
As IDPs ocorrem em pessoas nascidas com o sistema
imunológico deficiente em algum setor e manifesta-se por meio de infecções
"comuns", como otites, pneumonia, sinusites, entre outras. São mais
de 300 doenças diferentes e, por isso, a prevalência varia muito. “As mais
comuns são aquelas em que há defeitos na produção de anticorpos. Assim sendo, o
fundamental para o tratamento destas doenças é garantir aos pacientes o acesso
à reposição de imunoglobulina por via venosa ou subcutânea regularmente”,
explica a especialista da ASBAI Dra. Ekaterini Goudouris.
Chegar à conclusão de que uma pessoa tem IDP não é
tarefa simples. Atualmente, cerca 70% a 90% dos pacientes ainda não estão
diagnosticados. Para auxiliar os médicos no diagnóstico, foram listados os 10
principais sinais para crianças e adultos que podem caracterizar uma pessoa com
imunodeficiência primária. São eles:
Os 10 Sinais de Alerta para
Imunodeficiências Primárias em Adultos
· Duas ou mais novas sinusites no período de um ano, na ausência de alergia
· Uma pneumonia por ano
· Diarreia crônica com perda de peso
· Infecções virais de repetição (resfriados, herpes, verrugas)
· Uso de antibiótico intravenoso de repetição para tratar infecção
· Abcessos profundos de repetição na pele ou órgãos internos
· Monilíase persistente ou infecção fungica na pele ou qualquer lugar
· Infecção por micobactéria da tuberculose ou atípica
· História familiar positiva de imunodeficiência
Os 10 Sinais de Alerta para
Imunodeficiências Primárias em Crianças
· Duas ou mais pneumonias no ano
· Quatro ou mais otites no último ano
· Estomatites de repetição ou monilíase por mais
de dois meses
· Abcessos de repetição ou ectima
· Um episódio de infecção sistêmica grave
(meningite, osteoartrite, septicemia)
· Infecções intestinais de repetição/diarreia
crônica
· Asma grave, doença do colágeno ou doença
autoimune
· Efeito adverso ao BCG e/ou infecção por
micobactéria
· Fenótipo clínico sugestivo de síndrome associada
à imunodeficiência
· História familiar positiva de imunodeficiência
“Suspeita-se do diagnóstico das IDPs sempre que há
processos infecciosos graves ou difíceis de tratar e/ou muito frequentes e/ou
por agentes infecciosos não comuns. Febre, sinais de inflamação sem infecções
ou doenças autoimunes em crianças pequenas também são sinais de alerta”,
explica a Dra. Beatriz Tavares Costa Carvalho, especialista do Departamento
Científico de Imunodeficiências da ASBAI e membro do Jeffrey Modell,
instituição que apoia eventos sobre IDPs em todo o mundo.
Entre os desafios de se chegar ao diagnóstico de
imunodeficiência primária está o desconhecimento da própria classe médica sobre
estas doenças. Além disso, a dificuldade do acesso a determinados exames que
confirmam a doença e o ingresso no tratamento.
A Associação Brasileira de Alergia e Imunologia existe desde 1946. É uma associação sem finalidade lucrativa, de caráter científico, cujo objetivo é promover o estudo, a discussão e a divulgação de questões relacionadas à Alergologia e à Imunologia Clínica, além da concessão de Título de Especialista em Alergia Clínica e Imunologia a seus sócios, de acordo com convênio celebrado com a Associação Médica Brasileira. Atualmente, a ASBAI tem representações regionais em 21 estados brasileiros.
Sobre o BRAGID
O Grupo Brasileiro de Imunodeficiências foi criado para oferecer aos médicos acesso a informações sobre as Imunodeficiências Primárias, procurando promover educação continuada sobre seu diagnóstico e tratamento, desenvolver uma rede nacional de diagnóstico laboratorial e estabelecer uma rede de cooperação entre os centros de referência nacionais e da América Latina.
O Grupo Brasileiro de Imunodeficiências foi criado para oferecer aos médicos acesso a informações sobre as Imunodeficiências Primárias, procurando promover educação continuada sobre seu diagnóstico e tratamento, desenvolver uma rede nacional de diagnóstico laboratorial e estabelecer uma rede de cooperação entre os centros de referência nacionais e da América Latina.
Twitter: @asbai_alergia
Facebook: Asbai Alergia
www.asbai.org.br
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