Telecomunicações
e pesquisa e desenvolvimento, respectivamente, 66% e 61% de aumento salarial
entre fevereiro de 2016 e fevereiro de 2017
Levantamento
recente da Catho revelou que nem tudo é notícia ruim no Brasil quando o assunto
é trabalho. No período correspondente entre fevereiro de 2016 e fevereiro de
2017, profissionais de alguns ramos viram seus salários aumentarem, mesmo
durante uma das maiores crises econômicas brasileira. É o caso de trabalhadores
do setor de telecomunicações e pesquisa desenvolvimento que, respectivamente,
tiveram aumento de 66% e 61% no período.
O
mercado de Telecom ganha cada vez mais espaço devido à expansão na cobertura
das redes fixas e móveis, e principalmente, devido ao uso de smartphones e
outros aparelhos conectados à Internet. Já o ramo de pesquisa e desenvolvimento
apresenta um enfoque bastante amplo. “A tendência de seu crescimento está justamente
ligada à necessidade de empresas em obter mais recursos inovadores para
melhoria de seus processos e negócios”, explica o diretor da Catho, Luís Testa.
Outros
setores também foram impactados positivamente. É o caso da educação, cujos
professores dos cursos profissionais de nível técnico e os de ensino superior,
pós-graduação e extensão universitária tiveram aumentos salariais de 46% e 39%,
respectivamente.
“O
ramo de educação segue a tendência mundial de valorizar a educação frente ao
mercado de trabalho cada vez mais competitivo. Vale lembrar, que o ensino
técnico ganha destaque e mostra que o mercado possui demandas para
profissionais técnicos”, finaliza Testa.
Alguns dos ramos de
atividade que tiveram maior variação salarial no último ano
RAMO
|
% CRESCIMENTO
|
Telecomunicações
|
66%
|
Pesquisa e Desenvolvimento
Experimental
|
61%
|
Educação Profissional de
Nível Técnico
|
46%
|
Educação Superior -
Pós-Graduação e Extensão
|
39%
|
Testes e Análises Técnicas
|
31%
|
Também
na pesquisa, que teve a participação de mais de 13.161 respondentes, e com base
no cruzamento de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED),
a Catho identificou os cargos que tiveram crescimento com consequente retomada
nas contratações no primeiro trimestre de 2017. E quais os cargos que tiveram
aumento de salário significativo no último ano.
Áreas que tiveram
crescimento e retomada nas contratações no primeiro trimestre de 2017
CARGO
|
MÉDIA
|
% CRESCIMENTO
FEV16/FEV17
|
Costureiro
|
R$ 1.285,86
|
13%
|
Engenheiro Agrônomo
|
R$ 6.248,37
|
14%
|
Técnico em Mineração
|
R$ 2.616,43
|
16%
|
Forneiro
|
R$ 1.468,15
|
17%
|
Mecânico de manutenção
|
R$ 2.429,49
|
20%
|
Químico industrial
|
R$ 4.846,33
|
23%
|
Montador de máquinas
|
R$ 1.849,25
|
28%
|
Norte
e Nordeste ainda pagam os menores salários do Brasil
A
mesma pesquisa também apontou que o Brasil não é menos desigual quando se
comparam os salários praticados nas diferentes regiões do País. O levantamento
apontou que as regiões Nordeste e Norte se mantêm na liderança em oferecer as
médias salariais mais baixas, seguidas do Centro-Oeste e Sudeste. O Sul do
Brasil tem a melhor média salarial do Brasil. Enquanto o salário médio no
Nordeste é de R$ 1.902,92, no Sul a média é de R$ 2.497,98, a única região com
média acima da brasileira, que é de R$ 2.310,80.
Média salarial das regiões brasileiras
|
|
REGIÃO
|
MÉDIA SALARIAL
|
Nordeste
|
R$ 1.902,92
|
Norte
|
R$ 2.023,22
|
Centro-Oeste
|
R$ 2.113,68
|
Sudeste
|
R$ 2.260,48
|
Sul
|
R$ 2.497,98
|
Brasil
|
R$ 2.310,80
|
Média de remuneração nos estados brasileiros
|
|
ESTADO
|
MÉDIA REMUNERAÇÃO
|
Ceará
|
R$ 1.861,43
|
Pernambuco
|
R$ 1.957,31
|
Goiás
|
R$ 1.981,99
|
Bahia
|
R$ 2.016,84
|
Minas Gerais
|
R$ 2.046,92
|
Mato Grosso Do
Sul
|
R$ 2.058,42
|
Pará
|
R$ 2.065,78
|
Espírito Santo
|
R$ 2.096,21
|
Mato Grosso
|
R$ 2.108,49
|
Amazonas
|
R$ 2.160,49
|
Rio Grande do
Sul
|
R$ 2.169,44
|
Paraná
|
R$ 2.287,78
|
Santa Catarina
|
R$ 2.333,45
|
Distrito
Federal
|
R$ 2.450,25
|
Rio de Janeiro
|
R$ 2.566,33
|
São Paulo
|
R$ 2.671,42
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário