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quarta-feira, 26 de abril de 2017

Pesquisa aponta método eficaz para combater hipertensão



Estudo testou uso de medicamentos para reduzir o risco de doenças cardiovasculares causadas por hipertensão


No Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, celebrado hoje (26 de abril), é importante ressaltar a importância da prevenção, explica o Dr. Alvaro Avezum, cardiologista e diretor da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP). O médico participou da pesquisa internacional, intitulada HOPE-3 (Heart Outcomes Prevention Evaluation), realizada também no Brasil, mostrou que pacientes considerados de risco cardiovascular intermediário.

A pesquisa avaliou homens acima de 55 anos e mulheres acima de 60 anos, com obesidade abdominal, glicemia elevada ou HDL colesterol baixo e fumante, que apresentam pressão arterial sistólica (máxima), acima de 140 mmHg. Os indivíduos apresentaram benefício na redução de eventos cardiovasculares quando receberam tratamento anti-hipertensivo. “Esta população habitualmente não é tratada com medicamentos, sendo indicado apenas melhoria no estilo de vida. Com os resultados do HOPE3 estes pacientes passam a ter indicação de receber tratamento anti-hipertensivo, o que auxilia na redução do ônus da doença cardiovascular em nosso país. Os pacientes que tinham pressão arterial sistólica abaixo de 140 mmHg não apresentaram redução de eventos cardiovasculares, sendo que nestes casos devemos manter melhoria no estilo de vida”, explica o pesquisador.

O cardiologista da SOCESP salienta que o Brasil é o primeiro país a iniciar o programa 25X25 da Federação Mundial de Cardiologia que almeja redução da mortalidade cardiovascular de 25% até 2025. Esta foi a declaração da Organização das Nações Unidas (ONU) e o Brasil é um dos signatários desta declaração. Para atingir este objetivo, a SOCESP trabalhará alinhada com o governo nos três níveis (Federal, Estadual e Municipal), juntamente com outras sociedades médicas, associações, iniciativa privada, universidades e hospitais no Brasil.

Os focos principais são:

1. Hipertensão Arterial: assegurar detecção de hipertensos, tratando e mantendo o controle dos níveis pressóricos. Atualmente o nível de pacientes hipertensos com PA sob controle é de apenas 10% no Brasil.

2. Tabagismo: redução das taxas de tabagismo em 25%.

3. Prevenção cardiovascular: em pacientes que já apresentaram um evento vascular (infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral) para reduzir a recorrência destes eventos.

Dentro desta plataforma e coalizão para redução de mortes cardiovasculares no mundo e, particularmente, no Brasil, medidas para redução do sedentarismo, alimentação saudável, controle do colesterol alto, controle do diabetes, também serão enfatizadas.

De acordo com a SOCESP, presume-se que ocorram 720 paradas cardíacas no Brasil todos os dias (registros americanos estimam 50 paradas cardíacas para cada 100 mil pessoas por ano). Em média, uma morte ocorre a cada minuto e meio.

O especialista ressalta que esse estudo é importante para conscientizar a população da importância de adotar alguns cuidados para reduzir os fatores de risco mesmo sem possuir doenças crônicas, como ir ao médico com frequência para diagnóstico precoce de alterações na pressão arterial e no colesterol, manter o peso ideal, ter bons hábitos alimentares, praticar atividades físicas e parar de fumar. “Grande parte dos pacientes de consultório se enquadram no perfil deste estudo. Uma boa avaliação do risco individual, interpretação correta dos níveis pressóricos e de colesterol podem indicar o uso de medicamentos e assim, ajudar na redução do risco cardiovascular”, alerta o cardiologista.






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