Todos
nós sofremos com problemas e imprevistos no cotidiano. Em momentos de extrema
dificuldade, um pedido de ajuda até funciona, mas isso tem limite. O fato é
que, muitas vezes, praticar o “coitadismo” para conseguir algo pode ser um
péssimo negócio.
Há
pessoas que confundem humildade com o péssimo hábito de bancar o coitado para
angariar simpatia. Essa atitude, se repetida, pega mal e costuma gerar o
efeito contrário, principalmente quando o outro percebe que é simplesmente uma
estratégia de negociação. Utilizar um problema para conquistar algo só é
aceitável diante de uma real necessidade!
Tão
ruim quanto a falsa humildade é abusar da autopromoção. Há gente
competente que gera antipatia gratuita por exagerar nos autoelogios. Para
exemplificar, qual seria sua reação se um palestrante tivesse uma hora para
discorrer sobre um tema e usasse metade desse tempo para falar de si, ou
quando em um livro, o autor exaltasse os próprios feitos em quase todas
as páginas?
É
claro que ter boas referências ou notoriedade é positivo e ajuda a conquistar a
admiração das pessoas, além de aumentar o poder da argumentação. No entanto, é
preciso tomar cuidado para que o tiro não saia pela culatra. Sua mensagem
deveria ter uma relevância maior que você, - a carta é mais importante que
o carteiro.
Nesse
sentido, é preciso diferenciar a arrogância da autoconfiança. Alguém que, de
fato, confia em si mesmo reconhece ter pontos fracos e consegue aceitar
críticas construtivas. Aliás, saber assumir erros ou descrever situações em que
poderia ter feito algo de maneira mais adeguada é sinal de que a pessoa
tem autocrítica, que é intelectualmente honesta e que consegue aprender com os
próprios erros. Por isso, é essencial saber destacar suas realizações
relevantes no contexto correto: uma reunião de apresentação de projetos; um
pedido de demonstração; uma pergunta sobre seus atributos ou qualquer outra
situação em que você seja convidado a falar sobre sua expertise.
Resumindo:
Seja respeitoso, aceite críticas justas e, ao mesmo tempo, demonstre confiança
naquilo que faz para conquistar autoridade moral e ser cada vez mais
respeitado. O elogio fica muito melhor quando vem da boca de outra pessoa.
Eduardo
Ferraz - consultor
em Gestão de Pessoas há mais de 25 anos e autor do recém-lançado Gente que convence – como potencializar seus
talentos, ideias, serviços e produtos, pela Editora Planeta.
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