Sintoma comum a várias doenças, a dor no peito é o principal sinal do
infarto agudo do miocárdio. Saiba como identificar e prevenir.
A
dor no peito é um sintoma que pode afetar pessoas de todas as idades, e muitas
doenças cardíacas têm esse sintoma como principal manifestação.O incômodo
deve sempre ser valorizado, porém, nem sempre este sinal significa um problema
cardíaco: entre 15% e 20% das dores torácicas atendidas nos Pronto-Socorros
adultos são, de fato, decorrentes de obstrução das coronárias, sendo que em
torno de 5-8% são decorrentes de Infarto Agudo do Miocárdio. Condições como a gastrite, o refluxo gastroesofágico, além
de pleurisia e embolia pulmonar e até mesmo ataques de pânico podem provocar a
dor no peito.
“Toda
pessoa frente a um sintoma como este deve procurar atendimento médico o quanto
antes”. A afirmação é do Dr. Rogério Marra, cardiologista do Hospital
Samaritano de São Paulo. “O tempo de atendimento é o maior diferencial no êxito
do tratamento, é um fator determinante no grau de sequelas e até no risco de
morte”, completa o médico.
Isso porque
o infarto do miocárdio ocorre quando células do coração morrem e comprometem
seu funcionamento. Essa morte se dá por uma isquemia decorrente do processo
chamado de aterosclerose. Basicamente, as placas de gorduras acumuladas nas
artérias coronárias, que irrigam o coração, podem comprometer o fluxo sanguíneo
e, consequentemente, deixar de alimentar células do órgão. Por isso, é
fundamental que a desobstrução? seja feita o quanto antes, comprometendo menos
possível a saúde do órgão.
Sintomas
O principal
sinal de um infarto é a dor torácica - em alguns pacientes, a dor não se
manifesta, como nos idosos e diabéticos - mas essa dor é um sintoma muito comum
a diversas doenças. Existem outros sinais que podem potencializar o alerta para
um quadro de infarto: “No caso específico do infarto agudo, a dor é do lado
esquerdo, podendo se estender para o braço ou ombro esquerdo, trazendo uma
sensação de opressão, acompanhada de náuseas e sudorese fria, quadro que vai
aumentando de intensidade com o passar das horas”, explica o especialista
Prevenção
Hipertensão,
diabetes, colesterol elevado e tabagismo são algumas das condições que aumentam
a propensão a desenvolver a aterosclerose e, futuramente, um possível infarto.
Prevenir o infarto é, na verdade, prevenir a própria aterosclerose. “Ter uma
vida saudável com atividade física regular e uma alimentação equilibrada mantém
estes fatores de risco sob controle”, afirma do médico.
O mesmo
vale para pessoas que têm histórico familiar de alguns desses fatores. Nesses
casos, é necessária ainda mais precaução e devem procurar avaliação médica. Um
bom acompanhamento, com uma avaliação por volta dos 30 anos, pode controlar melhor
as alterações metabólicas, evitando o acúmulo de gordura nas artérias e,
consequentemente, o próprio infarto.
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