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sexta-feira, 8 de julho de 2016

EMPRESARIADO MANTÉM CONFIANÇA NO GOVERNO TEMER, APONTA PESQUISA LIDE-FGV




Fernando Meirelles, presidente do LIDE Conteúdo e professor titular da FGV-EASP
(Crédito/foto: Fredy Uehara/Uehara Fotografia)

A 115ª edição da Pesquisa Clima Empresarial LIDE-FGV, realizada com CEOs, presidentes e outros líderes corporativos presentes no Almoço-Debate realizado nesta quinta-feira (7), na capital paulista, revela que o empresariado mantém confiança na gestão do presidente interino Michel Temer. O índice, calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), é uma nota de 0 a 10, resultante de três componentes com o mesmo peso: governo, negócios e empregos.

Apresentado no final do evento, que contou com exposição do ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, o levantamento coordenado por Fernando Meirelles, presidente do LIDE Conteúdo e professor titular da Faculdade Getúlio Vargas (FGV-EASP), mostra que nesta edição de julho os governos obtiveram índice de eficiência gerencial de 3,7 para a esfera federal (em junho era 3,9, já com Temer, e em abril era 0,3, durante a gestão Dilma); 5,3 para estadual (no âmbito do Estado de São Paulo; ante 5,5 em junho) e 1,4 para a municipal (relativa à capital paulista, em junho era 1,5).

A pesquisa mostra, também, contínua elevação do índice de clima empresarial: 4,3 (ante 4,1 em abril, já na gestão do presidente interino Michel Temer, e frente à média de 2,2 obtida ao longo dos Almoços-Debates realizados em 2015, ao longo da gestão Dilma Rousseff). O levantamento também aponta ligeira melhoria no otimismo dos líderes empresariais quanto à situação atual dos negócios: para 36% dos empresários, ela piorou (em junho o índice era superior, 44%); para 45%, vai ficar igual (frente a 41% do mês anterior); e 19% disseram que haverá melhoras (ante 15% de junho).

Entre os fatores que impedem o crescimento das empresas, em julho o Cenário Político (59%) mantém os altos percentuais registrados no mês anterior (62%), seguido da Carga Tributária (23%), Nível de Procura (14%) e Taxas de Juros (4%). Questionados sobre qual a área que o Brasil mais precisa melhorar, os empresários apontaram a Política (34%), seguida de Educação (29%), Infraestrutura (20%), Segurança (11%) e Saúde (6%). Apesar da melhora dos índices de avaliação do governo federal, o Cenário Político se mantém como o tema mais preocupante na atual conjuntura (86%), inferior porém ao mês de junho (92%), seguido da Inflação (12%), Câmbio (1%) e Crise Internacional (1%).

Para 51% do empresariado, o Brasil somente voltará a crescer em 2018 (em junho, era 46%); 33% já em 2017 (38% no mês anterior), 7%, em 2019 (10% em junho); 7% em 2020 (3% no mês anterior); e 2%, ainda neste ano (ante 3% de junho). Quanto às contratações, 23% dos líderes empresariais pretendem empregar neste ano (em junho eram 21%); 55%, manter o quadro atual de empregos (no mês anterior, era 52%); e 23%, demitir (frente 27% de junho).

Questionados sobre o prazo de eventual condenação de Dilma Rousseff pelo Senado Federal, 75% dos empresários acreditam que será condenada em até 60 dias e 22%, em até 90 dias. Somente 3% acreditam que a presidente afastada será absolvida.

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