Estudo
não encontrou qualquer evidência de riscos relacionados ao cultivo ou ao
consumo de alimentos geneticamente modificados
Transgênicos
são seguros para a alimentação humana, animal e para o meio ambiente. Essa é a
conclusão de um novo estudo publicado nesta terça-feira (17) pela Academia
Nacional de Ciências, Engenharia e Medicina dos Estados Unidos. A instituição
reúne cientistas prestigiados e, desde 1863, serve de conselheira para as
decisões do governo norte-americano. Para compor o relatório, o comitê de
pesquisadores examinou mais de mil publicações acadêmicas sobre organismos
geneticamente modificados (OGM), ouviu mais de 80 manifestações em audiências
públicas e seminários e analisou mais de 700 comentários enviados pela
população. O texto afirma que os especialistas não encontraram diferenças que
apontem para um maior risco dos alimentos transgênicos quando comparados com
variedades convencionais.
De acordo com a
diretora-executiva do Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB) e Ph.D
em Ciências Biológicas, Adriana Brondani, o levantamento confirma o que décadas
de análises e experiência no campo já demonstravam. “Ao longo de 20 anos de
adoção de transgênicos no mundo, período em que esses produtos foram
rigorosamente testados, a biotecnologia agrícola trouxe benefícios agronômicos
e demonstrou potencial para resultar em outros ganhos para a sociedade”.
Além da
segurança para a alimentação humana e animal, o relatório analisa as
implicações do consumo de OGM para a saúde. O trabalho afirma que não há
evidências de que os transgênicos provoquem obesidade, diabetes, doenças
renais, doença celíaca, alergias, autismo ou câncer. No que diz respeito ao
meio ambiente, o levantamento também revela que não foram encontradas quaisquer
relações entre problemas ambientais e as culturas geneticamente modificadas
(GM).
Essa é a mais
recente publicação da Academia Nacional de Ciências, Engenharia e Medicina dos
Estados Unidos, entidade que reúne diversos pesquisadores independentes. Estudo
anterior, conduzido pela mesma instituição e divulgado em 2010, concluiu que a
engenharia genética trouxe benefícios para o meio ambiente e para os
agricultores americanos.
Sobre o CIB
O Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB), criado
no Brasil em 2001, é uma organização não governamental, cuja missão é atuar na difusão de informações técnico-científicas
sobre biotecnologia e suas aplicações. Na Internet, você pode nos
conhecer melhor por meio do site www.cib.org.br
e de nossos perfis no Facebook,
no Twitter e no Youtube.
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