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terça-feira, 25 de março de 2014
segunda-feira, 24 de março de 2014
GRAVIDEZ E PARTO: MULHERES BRASILEIRAS CONTINUAM
MORRENDO SEM ATENDIMENTO
Doze anos depois, família de Alyne da Silva Pimentel será
indenizada, mas baixa qualidade dos serviços mantém o Brasil na liderança das
mortes maternas na América Latina
Nesta terça-feira, dia 25 de março, às 15h, na Secretaria de Direitos
Humanos, em Brasília (DF), o Estado brasileiro cumprirá parte de seus
compromissos perante o Comitê para Eliminação de todas as Formas de
Discriminação Contra Mulheres (CEDAW/ONU) e fará o pagamento da reparação à mãe
de Alyne, reconhecendo o direito a uma maternidade segura e sua
responsabilidade pela morte de Alyne e, em consequência, pelos óbitos de
centenas de outras mulheres por morte materna no país a cada ano. Mulheres
brasileiras grávidas, especialmente as de renda mais baixa, continuam morrendo
por falta de atendimento adequado na rede pública de saúde brasileira da mesma
forma como aconteceu com Alyne da Silva Pimentel há mais de uma década.
“Diante do acordo firmado entre o governo do Brasil e o
Comitê CEDAW, cabe perguntar: a morte de Alyne teria sido em vão? O que o
Estado brasileiro está realmente fazendo para garantir que mais mulheres em
idade reprodutiva, em particular as negras, pobres e que vivem longe dos
grandes centros urbanos tenham acesso aos serviços de saúde de qualidade que garantam
sua integridade durante a gravidez, parto e pós-parto?”, questionou Beatriz
Galli, Relatora Nacional do Direito Humano a
Saúde Sexual e Reprodutiva da Plataforma Dhesca Brasil.
Em sua decisão final, o Comitê
CEDAW/ONU fez recomendações firmes ao Estado
brasileiro: garantir o direito das mulheres à maternidade segura e ao acesso à
assistência médica emergencial adequada, proporcionar formação profissional adequada para os trabalhadores da
área de saúde, especialmente sobre os direitos reprodutivos das mulheres e
assegurar o acesso a medidas eficazes nos casos em que os direitos das mulheres
à saúde reprodutiva tenham sido violados, que as instalações de assistência
médica privada satisfaçam as normas nacionais e internacionais em saúde reprodutiva,
que as sanções adequadas sejam impostas a profissionais de saúde que violem os
direitos de saúde reprodutiva das mulheres além de reduzir as mortes maternas
evitáveis implementando o Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade Materna
nos níveis estadual e municipal.
“O caso de Alyne jogou luz sobre as
violações sistemáticas dos direitos humanos fundamentais das mulheres que
afetam desproporcionalmente as mulheres mais pobres e de minorias” disse
Mónica Arango, diretora regional para a América Latina e o Caribe do Centro de
Direitos Reprodutivos. “O Estado brasileiro está dando um passo importante ao
reconhecer que o sistema de saúde falhou com a Alyne, mas deve agir rapidamente
para que sejam pagas as reparações financeiras à filha de Alyne e para que
sejam criadas políticas públicas que melhorem os serviços de saúde materna para
todas as mulheres e uma vez por todas”, destacou.
Porque elas morrem
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 800 mulheres
morrem todos os dias em decorrência de complicações causadas pela gravidez em
todo o mundo. Dados do DataSUS de 2012 mostram que, enquanto a redução na razão de mortalidade materna
mundial foi de 3,6% por ano, no Brasil o ritmo de queda foi de apenas 0,6%. Isto situa o
país atrás da meta a ser cumprida no quinto Objetivo de
Desenvolvimento do Milênio (ODM). Outras estatísticas
também são alarmantes: um quarto de todas as mortes maternas da América Latina
acontece no Brasil, 90% delas poderiam ser evitadas com cuidados no pré-natal. As
principais causas da mortalidade materna são a hipertensão arterial, a
hemorragia, as complicações decorrentes do aborto realizado em condições
inseguras, a infecção pós-parto e as doenças do aparelho respiratório. O risco
de morte materna está diretamente relacionado ao nível socioeconômico e os
dados mostram que há discriminação racial e de gênero na assistência. Mulheres
negras, pobres e que vivem nas regiões rurais e longe dos centros urbanos são
as que mais morrem.
Caso Alyne
Há doze anos, a família de Alyne da Silva Pimentel
espera por justiça. Ela foi vítima da falta de atendimento médico na rede
pública e conveniada de saúde do Rio de Janeiro, em 2002. Mulher negra, com 28 anos, casada e grávida de seis meses do seu segundo filho, ela deu
entrada sentindo náuseas, na Casa de Saúde N. S. da Glória, uma maternidade
contratada pelo SUS do município de Belford Roxo como prestadora de serviços de
atenção ao parto. Embora já naquele momento ela apresentasse sinais de gravidez de alto risco, recebeu alta e foi orientada
a retornar para fazer exames adicionais, sendo medicada apenas com remédios
para náuseas, cremes vaginais e vitaminas. Dois dias depois, Alyne voltaria à
mesma clínica, já bastante debilitada e com vômitos. Na ultrassonografia, o
veredito: o feto estava morto. Foi feita uma indução de parto e cinco horas depois veio à luz o natimorto.
Somente 14 horas após o parto foi feita a cirurgia de curetagem para retirada
de restos de placenta. Neste momento Alyne já tinha hemorragia extrema, vômito
com sangue, pressão sanguínea baixa, desorientação prolongada e fraqueza física
aguda com incapacidade para ingerir. Mesmo assim passaram-se oito horas sem
cuidados adequados, antes que uma ambulância
removesse Alyne para o Hospital Geral de Nova Iguaçu (conhecido como
Hospital da Posse), onde poderia receber uma transfusão de sangue, procedimento
não disponível no hospital em que estava internada. Ela foi transportada sem a
ficha médica e sua via crucis continuou na emergência do Hospital da
Posse, já que não havia leito disponível. Alyne entrou em coma e morreu, cinco
dias depois de procurar o primeiro atendimento médico.
Ingestão de OTC sem orientação
pode levar à hemorragia gastrointestinal ou à insuficiência hepática
Entidade médica americana lança
campanha pelo uso seguro de OTC
Medicamentos
para tratar sintomas de dor e febre geralmente são Medicamentos Isentos de Prescrição – MIPs/OTC.
O termo OTC vem do idioma
inglês e significa "over the counter", ou seja, "sobre o
balcão". São aqueles medicamentos que podem ser comercializados sem a
necessidade de prescrição médica. No Brasil, estes produtos são conhecidos como
MIP, sigla que significa Medicamentos Isentos de Prescrição.
No
entanto, muitos consumidores não estão cientes das graves lesões hepáticas ou
gastrointestinais que podem ser resultantes da superdosagem ou do uso excessivo
desses medicamentos que se destinam a aliviar a dor. Visando conscientizar a
população americana, a Associação Americana de Gastroenterologia (AGA) lançou
uma campanha educativa para que os adultos façam o uso seguro desses
medicamentos.
A
mensagem central da campanha é sintetizada num vídeo
que destaca a importância de ler e seguir as instruções dos rótulos dos
medicamentos OTC.
O
gastroenterologista Silvio Gabor (CRM-SP 47.042) gostou muito da iniciativa da
associação médica americana, pois a campanha é focada num problema muito sério:
a automedicação e suas consequências para a saúde gastrointestinal. “Muitos
adultos supõem que como os medicamentos OTC não necessitam de receita médica,
eles podem ser tomados casualmente, sem ao menos a leitura da bula. Mas isso
não é verdade. A ingestão inadequada e/ou o abuso na ingestão desses
medicamentos de venda livre podem resultar em hemorragia gastrointestinal ou
insuficiência hepática, dependendo do princípio ativo do medicamento. Aqui no
Brasil, nós também precisamos aumentar a conscientização da população sobre a
importância da utilização segura desses medicamentos, capacitando as pessoas a
usá-los com segurança", diz o médico.
O
vídeo de dois minutos da campanha
americana é muito esclarecedor, pois demonstra vários cenários que podem levar
os adultos à overdose ou ao uso excessivo dos medicamentos OTC para a dor.
“Tomar mais do que um medicamento com a mesma substância ativa ou uma mistura
de princípios ativos pode causar danos e, em alguns casos, até mesmo a morte.
Os medicamentos para dor mais comuns são o paracetamol e os AINEs (anti-inflamatórios não-esteroides), que podem ser encontrados em
centenas de formas de produtos OTC. O perigo é que muitos adultos tomam
diversos medicamentos contra a dor, ao mesmo tempo, visando aliviar dores de
cabeça, dores de dente, dores musculares e dores crônicas”, alerta Silvio
Gabor, que também é professor assistente de Cirurgia Geral e do
Trauma da Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro (UNISA).
O
vídeo também inclui duas animações em
3-D que ilustram os danos causados ao fígado relacionados com o princípio ativo
do medicamento e o sangramento gastrointestinal. Nos Estados Unidos, a AGA
estima que, a cada ano, 26 mil internações e mais de 400 mortes no país estão
ligadas à overdose relacionadas com o paracetamol, enquanto que cerca de
100.000 hospitalizações e 16.500 mortes resultam de complicações
gastrointestinais relacionadas com o uso de AINEs.
Leitura das bulas é vital
Para
evitar esses riscos, a entidade médica americana incentiva que os adultos
leiam, sigam a bula e conheçam o princípio ativo dos medicamentos de venda livre.
“Em caso de dúvidas, os pacientes devem falar com o médico ou o assistente do
médico para aprender sobre as doses certas a tomar do medicamento e quais são
os princípios ativos presentes naquele OTC, bem como as opções alternativas que
devem ser consideradas”, explica Gabor.
Para
o médico, as principais recomendações da campanha americana devem ser aplicadas
aqui também em relação ao uso seguro de OTCs, dentre as quais, destacam-se:
· Ler a
bula;
· Seguir as
recomendações de dosagem, não ultrapassando-as por conta própria;
· Tomar um
OTC de cada vez;
· Só tomar
um produto de cada vez que contenha paracetamol e/ou AINEs (anti-inflamatórios não-esteroides);
· Falar com
o médico sobre o uso de medicamentos e outras opções para gerenciar sua dor.
Além
do vídeo, um infográfico e outros recursos
educacionais para a população podem ser acessados em http://gutcheck.gastro.org/
.
sexta-feira, 21 de março de 2014
Tuberculose,
a segunda doença infecciosa que mais mata no mundo
Dia 24 de março é a data internacional para conscientizar a população sobre a enfermidade.
No ranking brasileiro de mortes causadas por males infecciosos, o quarto lugar pertence à tuberculose. A doença também está entre as dez que mais causam internações hospitalares. De acordo com o Ministério da Saúde (MS), aproximadamente 36 pessoas a cada 100 mil habitantes no Brasil possuem tuberculose. Em dados internacionais, a Organização Mundial de Saúde (OMS) destaca que a enfermidade está em segundo lugar entre as doenças infecciosas mais mortíferas, atrás apenas do HIV. Por isso, para diminuir os números alarmantes, a OMS e a União Internacional Contra Tuberculose e Doenças Pulmonares estipularam, em 1982, o dia 24 de março como o Dia Mundial de Combate à Tuberculose.
Já em Santa Catarina, há uma taxa de mortalidade de apenas 0,7, graças a trabalhos mais efetivos em diagnóstico e tratamento precoce, de acordo com o pneumologista do Hospital Dia do Pulmão, dr. Ricardo Albaneze. “Blumenau é exemplo no tratamento da tuberculose, realizando 100% de seus tratamentos de maneira diretamente observada e tendo índice de cura acima de 80%”, explica. Mesmo assim, o médico destaca a importância de conscientizar a população sobre a gravidade da doença.
O principal sintoma da doença é a tosse, o que, segundo o pneumologista, comumente confunde os portadores por ser considerada um mecanismo de defesa, que com frequência está associada a alergias ou doenças respiratórias, como gripes ou resfriados. Entretanto, o médico alerta que quando o sintoma persiste por mais de três semanas é preciso investigar melhor suas causas.
Albaneze ressalta que os sintomas que merecem atenção e cuidado especiais são: tosse que perdura além de três semanas, podendo ser acompanhada de secreção e sangue; mal estar; dor no peito; perda de peso; suor e febre. Causada pelo Bacilo de Koch (BK), a tuberculose geralmente afeta os pulmões, mas também pode atingir qualquer outra área do corpo. É uma doença que tem cura, porém possui um tratamento longo e que não deve ser interrompido.
“Se o paciente para de tomar os antibióticos antes do período recomendado, as bactérias remanescentes tornam-se resistentes, agravando o quadro e proliferando a doença com formas mais difíceis de controle. Logo no início do tratamento, quando há um bom quadro de melhora, muitos pacientes acreditam que já estão curados e interrompem o acompanhamento médico, e isso não pode acontecer”, esclarece.
Contaminação e prevenção
O pneumologista explica que o contágio se dá por meio da inalação das gotículas que contêm o bacilo de KocK, provenientes da tosse dos pacientes portadores da Tuberculose Pulmonar e que ficam em suspensão no ar ambiente por período curto. A melhor forma de se prevenir contra a tuberculose é a vacinação ainda na infância. Outra medida importante de prevenção é evitar o contato com pessoas contaminadas.
Atendimento
O diagnóstico precoce é fundamental para um tratamento eficaz. Por isso, o pneumologista orienta que em caso de tosse constante ou algum dos outros sintomas da doença, o melhor a ser feito é buscar orientação médica. O Hospital Dia do Pulmão, por exemplo, em Blumenau, é uma das 12 instituições no Brasil certificadas pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) em Laboratório de Função Pulmonar e possui atendimento especializado para problemas respiratórios, como a tuberculose. Mais informações sobre a doença e sobre tratamento podem ser obtidas pelo site www.hospitaldopulmao.com.br.
Dia 24 de março é a data internacional para conscientizar a população sobre a enfermidade.
No ranking brasileiro de mortes causadas por males infecciosos, o quarto lugar pertence à tuberculose. A doença também está entre as dez que mais causam internações hospitalares. De acordo com o Ministério da Saúde (MS), aproximadamente 36 pessoas a cada 100 mil habitantes no Brasil possuem tuberculose. Em dados internacionais, a Organização Mundial de Saúde (OMS) destaca que a enfermidade está em segundo lugar entre as doenças infecciosas mais mortíferas, atrás apenas do HIV. Por isso, para diminuir os números alarmantes, a OMS e a União Internacional Contra Tuberculose e Doenças Pulmonares estipularam, em 1982, o dia 24 de março como o Dia Mundial de Combate à Tuberculose.
Já em Santa Catarina, há uma taxa de mortalidade de apenas 0,7, graças a trabalhos mais efetivos em diagnóstico e tratamento precoce, de acordo com o pneumologista do Hospital Dia do Pulmão, dr. Ricardo Albaneze. “Blumenau é exemplo no tratamento da tuberculose, realizando 100% de seus tratamentos de maneira diretamente observada e tendo índice de cura acima de 80%”, explica. Mesmo assim, o médico destaca a importância de conscientizar a população sobre a gravidade da doença.
O principal sintoma da doença é a tosse, o que, segundo o pneumologista, comumente confunde os portadores por ser considerada um mecanismo de defesa, que com frequência está associada a alergias ou doenças respiratórias, como gripes ou resfriados. Entretanto, o médico alerta que quando o sintoma persiste por mais de três semanas é preciso investigar melhor suas causas.
Albaneze ressalta que os sintomas que merecem atenção e cuidado especiais são: tosse que perdura além de três semanas, podendo ser acompanhada de secreção e sangue; mal estar; dor no peito; perda de peso; suor e febre. Causada pelo Bacilo de Koch (BK), a tuberculose geralmente afeta os pulmões, mas também pode atingir qualquer outra área do corpo. É uma doença que tem cura, porém possui um tratamento longo e que não deve ser interrompido.
“Se o paciente para de tomar os antibióticos antes do período recomendado, as bactérias remanescentes tornam-se resistentes, agravando o quadro e proliferando a doença com formas mais difíceis de controle. Logo no início do tratamento, quando há um bom quadro de melhora, muitos pacientes acreditam que já estão curados e interrompem o acompanhamento médico, e isso não pode acontecer”, esclarece.
Contaminação e prevenção
O pneumologista explica que o contágio se dá por meio da inalação das gotículas que contêm o bacilo de KocK, provenientes da tosse dos pacientes portadores da Tuberculose Pulmonar e que ficam em suspensão no ar ambiente por período curto. A melhor forma de se prevenir contra a tuberculose é a vacinação ainda na infância. Outra medida importante de prevenção é evitar o contato com pessoas contaminadas.
Atendimento
O diagnóstico precoce é fundamental para um tratamento eficaz. Por isso, o pneumologista orienta que em caso de tosse constante ou algum dos outros sintomas da doença, o melhor a ser feito é buscar orientação médica. O Hospital Dia do Pulmão, por exemplo, em Blumenau, é uma das 12 instituições no Brasil certificadas pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) em Laboratório de Função Pulmonar e possui atendimento especializado para problemas respiratórios, como a tuberculose. Mais informações sobre a doença e sobre tratamento podem ser obtidas pelo site www.hospitaldopulmao.com.br.
De olho nos ovos de páscoa!
Já é possível encontrar diversas opções de chocolates pelos
supermercados e muitos consumidores comparam os valores de ovos de páscoa, com
as versões em tabletes ou bombons. Ao comparar o preço médio dos produtos é
possível ter uma variação de até 84%, entre caixas de bombom, barras e ovos de
número 15, considerando os preços médios por 100 gramas dos produtos.
A
caixa de bombons é a alternativa mais econômica para quem deseja gastar menos,
seguida das barras de chocolate e por último os ovos. A indústria
justifica a disparidade nos valores dizendo que o chocolate passa por
tecnologias diferentes no processo de fabricação. Mas os métodos produtivos não
justificam essa variação tão grande.
Para
aqueles que não abrem mão dos famosos ovos, cuidado: é recomendado olhar o peso
descrito na embalagem e não o número. Podem ser encontrados ovos com a mesma
numeração, mas pesos diferentes. Atenção também aos brindes, que estão cada vez
mais sofisticados, você acaba pagando por eles, um ovo com brinde chega a
custar pelo menos três vezes e meia a mais do que uma barra do mesmo chocolate.
Outros
pontos que merecem ser analisados:
- Quando
o produto estiver quebrado/estragado, ou o brinde não funcionar, o consumidor
tem o direito de troca ou devolução da quantia paga. Caso a empresa se negue a
fazer o ressarcimento/troca, cabe ação contra a mesma, com pedidos de dano
material, com valor do ovo, mais indenização por danos morais – suportados pela
frustração do ocorrido.
-
Para aqueles que fazem compras na internet, saiba que o consumidor terá o
direito de retorná-lo em caso de descontentamento, após a entrega do produto.
Isso vale se o mesmo não atender a expectativas do consumidor, pois ele foi
visualizado virtualmente e sua realidade pode não condizer com o que realmente
é. Mas se previna, o prazo para essa devolução é de 7 dias. Caso o ovo chegue quebrado/estragado,
não seja entregue ou chegue depois da páscoa, cabe ação compensatória, da mesma
forma descrita no primeiro item.
-
Se o ovo estiver em perfeito estado e o próprio consumidor quebrá-lo ou
estraga-lo, a empresa/fabricante não pode ser responsabilizada.
Com todas
essas dicas, a atenção deve ser redobrada na hora da compra. O alerta também
vale para as propagandas. Em caso de dúvidas, procure um advogado e os órgãos
de defesa do consumidor da sua cidade.
Dr. Luciano Duarte
Peres - especialista em direito bancário e presidente do Instituto
Brasileiro de Defesa do Consumidor Bancário
No Dia Mundial da Infância
Sociedade Brasileira de Patologia alerta sobre câncer infantojuvenil
Dia 21 de março, é
celebrado o Dia Mundial da Infância. O câncer entre crianças e jovens é o
principal motivo de morte por doença entre pessoas de 1 a 19 anos. Mesmo com a
alta probabilidade de cura, o câncer infantojuvenil, quando descoberto tarde, é
tão nocivo quando acomete um adulto.
Dados do
Observatório da Saúde da Criança e do Adolescente da Faculdade de Medicina da
UFMG mostram que o diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil ainda é o
principal agravante da doença entre os jovens. A pesquisa, com jovens entre
2004 e 2012, mostrou que 42% dos casos confirmados eram de tumores do sistema
nervoso central, que só foram identificados entre quatro e seis meses depois dos
sintomas. Para tumores de partes moles (vísceras e epiderme), o tempo foi de
sete meses. Há casos que o diagnóstico demora até oito anos para ser
confirmado.
“Nos tumores
do Sistema Nervoso Central pacientes mais jovens podem ter o atraso diagnóstico
justificado pela incapacidade da criança em descrever sintomas como cefaleia ou
alterações visuais. Os sintomas inespecíficos podem confundir o quadro clínico
e contribuir para o atraso do diagnóstico. Técnicas modernas de neuroimagem,
como a tomografia computadorizada e ressonância nuclear magnética, devem ser
usadas precocemente em pacientes com sintomas suspeitos”, comenta o
patologista e membro da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP), Ricardo
Artigiani Neto.
Os
patologistas são determinantes no diagnóstico definitivo dos cânceres.
Participam desde a determinação exata do seu diagnóstico (existem dezenas de
diagnósticos diferenciais com sintomas semelhantes), estabelecem subtipos
prognósticos (muito comum em tumores pediátricos a divisão em diversos subgrupos
de diagnóstico e tratamento) e pesquisando na amostra tecidual retirada
marcadores (muitas vezes moleculares) relacionados a tratamento e prognóstico.
“O
diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil é mais complicado, pois na criança
há maior dificuldade de diagnóstico de câncer pela superposição de diagnósticos
(tipos de câncer) com características semelhantes, comuns nesta idade, maior
velocidade de crescimento tumoral e sintomatologia menos evidente. Além disso,
na criança dificilmente observamos a presença de lesões pré-malignas. Neste
grupo etário usualmente o diagnóstico se faz com o câncer já instalado”,
comenta o patologista.
Segundo o médico, deve-se ficar atento as alterações
clínicas das crianças e jovens. “O câncer infantil é um grupo muito heterogêneo
de tumores, que se originam desde o Sistema Nervoso Central até tumores
hematológicos, ósseos e viscerais. Esta grande variação de localização e
variedade de tumores prejudicam e muito métodos de detecção precoce. O que se
deve fazer é observar alterações clínicas que indiquem o mais precocemente
possível a existência destes tumores”, completa o Neto.
De olho nos ovos de páscoa!
Já é possível encontrar diversas opções de chocolates pelos supermercados e muitos consumidores comparam os valores de ovos de páscoa, com as versões em tabletes ou bombons. Ao comparar o preço médio dos produtos é possível ter uma variação de até 84%, entre caixas de bombom, barras e ovos de número 15, considerando os preços médios por 100 gramas dos produtos.
Para aqueles que não abrem mão dos famosos ovos, cuidado: é recomendado olhar o peso descrito na embalagem e não o número. Podem ser encontrados ovos com a mesma numeração, mas pesos diferentes. Atenção também aos brindes, que estão cada vez mais sofisticados, você acaba pagando por eles, um ovo com brinde chega a custar pelo menos três vezes e meia a mais do que uma barra do mesmo chocolate.
- Quando o produto estiver quebrado/estragado, ou o brinde não funcionar, o consumidor tem o direito de troca ou devolução da quantia paga. Caso a empresa se negue a fazer o ressarcimento/troca, cabe ação contra a mesma, com pedidos de dano material, com valor do ovo, mais indenização por danos morais – suportados pela frustração do ocorrido.
Com todas essas dicas, a atenção deve ser redobrada na hora da compra. O alerta também vale para as propagandas. Em caso de dúvidas, procure um advogado e os órgãos de defesa do consumidor da sua cidade.
Dr. Luciano Duarte Peres - especialista em direito bancário e presidente do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor Bancário
quinta-feira, 20 de março de 2014
Termogênico para
emagrecer pode cegar
Venda livre pela internet de termogênico com efedrina e dinitrofenol
pode causar catarata e glaucoma, além de comprometer a saúde.
Emagrecer sem fazer dieta pode até
ser possível com suplementos termogênicos, mas o uso é muito arriscado para a
saúde. De acordo com o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio
Queiroz Neto, os termogênicos podem cegar e causar aquecimento letal no corpo.
Outros efeitos colaterais são lesões na pele, comprometimento do fígado, queda
da imunidade, aumento da frequência cardíaca e risco de AVC (acidente vascular
cerebral) popularmente conhecido como derrame.
Os termogênicos mais perigosos,
ressalta, são os que contêm efedrina e dinitrofenol (DNP). No Brasil e EUA é
proibido comercializar cápsulas com estas substâncias, mas pela internet é
possível encontrar ofertas. Por isso, estes suplementos são a mais nova mania
nas academias, principalmente entre fisioculturistas que para ganhar definição
muscular precisam perder peso rápido.
Não é para menos. Um estudo feito na
Universidade de Stanford mostra que o dinitrofenol (DNP) faz o metabolismo
ficar 50% mais rápido e permite perder de 1,5 a 2 quilos/semana. Ficou animado? Calma.
Recentemente a OMS (Organização Mundial da Saúde) contabilizou 60 mortes no
mundo causadas por esta substância. Os pesquisadores de Stanford também relatam
que sete mulheres na faixa etária de 45 a 55 anos desenvolveram catarata bilateral
depois de tomar DNP.
Segundo Queiroz Neto, não há estudos
sobre a efedrina, mas os efeitos no organismo são bastante similares aos do
DNP. O problema é que por serem substâncias proibidas, geralmente são tomadas
sem supervisão médica.
Efedrina predispõe ao glaucoma
Este foi o caso de um paciente que
por indicação de um amigo começou a usar termogênico para perder peso. Depois
de emagrecer 3 quilos em duas semanas chegou ao consultório reclamando de visão
embaçada. Segundo Queiroz Neto, o exame oftalmológico mostrou que independente
da quantidade de luz a pupila se mantinha dilatada. “Esta condição diminui o
ângulo entre a íris (parte colorida do olho) e a córnea. Isso predispõe ao
súbito aumento da pressão intraocular característico do glaucoma de ângulo
fechado” afirma. A doença é a maior
causa de perda irreversível da visão e não apresenta sintomas. Quem tem
glaucoma de ângulo fechado geralmente só percebe a doença em uma crise aguda
caracterizada por dor intensa nos olhos, queda visual, enxergar halos ao redor
da luz, náusea e vômito. Para prevenir
a evolução do glaucoma o paciente teve de interromper o uso do termogênico, mas
ainda assim ficou com alguma sequela visual.
Como se forma a catarata
O especialista afirma que a sequela
visual é comum porque os termogênicos impedem a formação da energia proveniente
dos alimentos. Invés disso gera calor e acelera a morte das células. Isso explica a formação da catarata que torna
o cristalino do olho opaco. Não existem medicamentos capazes de recuperar estas
células. O único tratamento é a cirurgia em que o cristalino opaco é retirado e
substituído por uma lente intraocular. A boa notícia é que hoje esta cirurgia é
feita inteiramente a lazer e por isso é mais precisa e segura.
quarta-feira, 19 de março de 2014
Associação das
Advogadas, a ASAS, quer as Delegacias de Defesa da Mulher abertas
ininterruptamente em todo o Estado de SP
Entidade diz
que a violência contra a mulher não cessa nos finais de semana quando as DDMs
ficam fechadas
A ASAS – Associação das Advogadas,
Estagiárias e Acadêmicas do Estado de São Paulo – impetrou oficio junto à
Secretaria de Segurança Pública do Estado solicitando que determine o
funcionamento ininterrupto das Delegacias de Defesa da Mulher, as conhecidas
DDMs que estranhamente permanecem fechadas durante os finais de semana.
A presidente da entidade, a advogada
Rosana Chiavassa, classifica como absurda e inexplicável o sistema de trabalho
das DDMs. “A mulher não sofre violência nos finais de semana”, pergunta Chiavassa.
“A mulher é vitima ou corre risco de segunda a segunda”, afirma.
Já está comprovado estatisticamente
que alguns tipos de crimes contra a mulher, tais como estupro, atentado
violento ao pudor, sedução e outros, são cometidos à noite e de madrugada e
majoritariamente nos finais de semana. “Justamente quando as DDMs estão de
portas fechadas”, enfatiza a presidente da ASAS. Como consequência, a mulher
agredida e humilhada fica sem a devida e necessária assistência e o agressor
livre, literalmente. “Não podemos permitir a continuidade desta situação. Urge
que o secretario de segurança tome providências e determine que as DDMs fiquem
abertas também aos sábados e domingos”, explica Chiavassa.
A ASAS, como entidade que defende os
direitos de igualdade das mulheres e luta contra a violência de que são
vitimas, sobretudo em seus lares e não raro de seus próprios companheiros,
reconhece a importância e, consequentemente, a papel da DDMs também como
instrumento preventivo, por isso insistirá junto as autoridades para que estas
delegacias atuem de forma ininterrupta. “Acreditamos que o Secretario da
Segurança Pública reconhecerá como justa a nossa solicitação e deferirá o nosso
pedido”, afirma a presidente da ASAS.
Estimativa
do reajuste médio nos medicamentos é de aproximadamente 3,5 %
Novos
preços devem ser mantidos até 2015 e ABCFARMA luta para a desoneração dos
remédios
Todos
os anos, no final de março, habitualmente os medicamentos sofrem reajuste. O aumento é determinado pela Câmara de Regulação de
Medicamentos (CMED). Segundo estimativas da Associação Brasileira de Comércio
Farmacêutico (ABCFARMA), a expectativa é que em 2014, os preços fiquem, em
média, 3,5% mais caros. Na lista de medicamentos estão 16775 itens, não entram os fitoterápicos, homeopáticos e
algumas classes com alto nível de competição, mas os genéricos, que
correspondem a 4695 apresentações, também poderão sofrer reajuste. Em
contrapartida, sabendo da importância dos fármacos para a manutenção da saúde
da população, a ABCFARMA junto com outras entidades do setor está apoiando a
desoneração dos medicamentos.
Segundo, o diretor executivo da ABCFARMA, Renato Tamarozzi,
os reajustes de preços dos remédios não acompanham os custos das farmácias e
drogarias. “Os índices apresentados não
acompanham os reajustes de salários e o aumento dos custos das empresas que
atuam no comércio farmacêutico e as microempresas do segmento são as que mais
sentem o impacto”, diz.
ABCFARMA
A
Associação Brasileira do Comércio Farmacêutico (ABCFARMA) é uma entidade civil, de
fins não lucrativos, constituída na cidade do Rio de Janeiro - RJ, em 30 de
outubro de 1959, para a prática de estudos, coordenação, informação, proteção e
representação da categoria econômica do comércio de medicamentos, produtos
farmacêuticos e correlatos, bem como, de seus integrantes, com sede em São
Paulo –SP.
terça-feira, 18 de março de 2014
Ginástica laboral integra rotina de colaboradores do Hospital Amaral Carvalho
Para
prevenir e minimizar os efeitos do trabalho repetitivo, há quatro anos,
o Hospital Amaral Carvalho (HAC), por meio do setor de Fisioterapia,
promove sessões de ginástica laboral entre os colaboradores.
A fisioterapeuta da instituição, Evelize De Callis Brandão Almeida
Prado, é responsável pelas atividades que envolvem relaxamento e
alongamento. “A ginástica se tornou rotina para profissionais do HAC que
realizam movimentos repetitivos, como digitação”, explica.
Há trabalhadores que participam da ginástica laboral semanalmente e
recebem orientações da fisioterapeuta de exercícios que devem ser
repetidos pelo menos uma vez ao dia.
Os exercícios são leves e não sobrecarregam o colaborador. Evelize
afirma que esse tipo de atividade é de baixa intensidade e rápida – leva
de 10 a 15 minutos. De acordo com a profissional, são trabalhados os
grupos musculares mais acometidos: membros superiores, coluna cervical e
lombar (veja dica de exercícios). “A melhora é notável logo nos
primeiros dias de prática da ginástica laboral. O desconforto causado
pela tensão, dores no pescoço, costas, braços e pernas são os primeiros
sintomas que desaparecem”, relata.
E os benefícios não param por aí: alívio do estresse, disposição,
melhora da postura, prevenção de lesões e de doenças ocupacionais são
algumas das vantagens aos funcionários que praticam ginástica laboral.
Série
de alongamentos traz benefícios: desconforto causado pela tensão, dores
no pescoço, costas, braços e pernas são os primeiros sintomas que
desaparecem
Dia 22 de março - Dia mundial das águas
Saiba como as Ciências Biológicas
podem contribuir para a despoluição das águas
O planeta apresenta cerca de 2/3 de sua superfícies coberta por água, substância indispensável para os seres vivos, já que representa 70 a 95% de sua constituição. O ambiente aquático é altamente complexo e diverso, compreende vários tipos de ecossistemas entre eles os rios, lagos estuários, mares e oceanos que podem ser contaminadas de muitas maneiras, tal como o acúmulo de lixo e detrito junto as fontes, poços e cursos de água, lançamento de esgoto doméstico e efluentes industriais contendo altos níveis de matéria orgânica e, ou substâncias tóxicas, além de agrotóxicos que são arrastados pelas chuvas para os rios e lençóis d'água no subsolo. Outra forma de contaminação pode se dar por acidentes com navios petroleiros ou plataformas oceânicas, que podem causar o derrame de milhares de toneladas de petróleo.
Até alguns poluentes atmosféricos podem poluir ambientes aquáticos, pois reagem com o vapor de água na atmosfera e retornam à superfícies sob forma de chuvas. Os contaminantes podem passar por diversos processos de degradação, enquanto outros podem ter maior resistência, persistindo no ambientes por longos períodos.
A cidade de São Paulo conta com os rios Pinheiros e Tamanduateí que cortam a cidade e sofrem com a poluição de suas águas. Isso ocorre principalmente porque o esgoto doméstico e industrial são lançados no rio sem tratamento prévio. Atualmente a Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp) coleta 84% do esgoto doméstico e trata 70% desse volume coletado.
O tratamento do esgoto doméstico tem como objetivo principal reduzir a concentração dos seus constituintes (Sólidos em suspensão, material orgânico biodegradável, nutrientes, especialmente fósforo e organismos patogênicos de tal maneira que sua disposição final esteja de acordo com a lei vigente.
As ciências biológicas representadas por biólogos são muito importantes para conservação e melhoria dos recursos hídricos. "O Biólogo tem papel fundamental, por exemplo, no monitoramento da qualidade das águas no Estado de São Paulo. Esse monitoramento, que é realizado pela CETESB, acompanha a evolução da qualidade do meio aquático, elabora diagnósticos e prognósticos fornecendo informações e planos de ação, além de subsidiar processos decisórios. A atuação dos biólogos ocorre em diversas fases do monitoramento, desde seu planejamento, coleta análise laboratoriais e elaboração de relatórios técnicos. Dentre os ensaios laboratoriais podemos citar Ecotoxicológicos, Microbiológicos/Parasitários e Hidrobiológicos", explica a Profª. Drª. Márcia Augusta da Silva, Coordenadora do Curso de Ciências Biológicas do Centro Universitário São Camilo.
Em janeiro de 2013, o Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES) liberou empréstimos à Sabesp para o Programa Projeto
Tietê. Em dezembro do mesmo ano o governador do Estado de São Paulo, Geraldo
Alckmin assinou convênio com o presidente da França, François Hollande, para
ajudar a despoluir o Rio Tietê, utilizando a mesma tecnologia que foi usada
para limpar o Rio Sena, em Paris. De acordo com a Sabesp, no ano de 2025 o Rio
Tietê estará despoluído.
Dia Mundial da Infância: os direitos de uma criança com
hemofilia
Em 21 de março é comemorado o Dia Mundial da Infância. A data
proporciona uma reflexão sobre o exercício dos Direitos da Criança no Brasil. A
Federação Brasileira de Hemofilia (FBH) alerta que todas as crianças devem
exercer os direitos básicos como brincar, praticar exercícios físicos e
frequentar a escola todos os dias. A luta da instituição junto ao Ministério da
Saúde e demais órgãos é para que todas as crianças com hemofilia tenham acesso
a profilaxia, tratamento preventivo que permite a esta criança uma vida normal
e plena, sem dores e sequelas articulares causadas pelas hemorragias, a
principal de todas as características da patologia.
A hemofilia é um transtorno genético que
afeta a coagulação do sangue. Há alguns anos, no Brasil, o cuidado dos
pais era excessivo com as crianças, pois qualquer queda ou mínimo trauma
poderia ocasionar uma hemorragia externa ou interna que, além de sequelas
ortopédicas como as artroses – destruição óssea precoce, provocada
pelo sangramento na cavidade articular - poderia levar a morte.
“Hoje, o quadro é completamente diferente. O Brasil
dispõe de tratamento semelhante ao de países de primeiro mundo em relação ao
quantitativo de Fatores de coagulação disponíveis no Ministério da Saúde. A FBH
lutou junto ao Ministério da Saúde, ao Tribunal de Contas da União, Ministério Público Federal e Comissão de
Direitos Humanos para que houvesse aumento na compra e distribuição gratuita de
fatores coagulantes a estes pacientes, permitindo assim o tratamento preventivo
do transtorno, que garante a qualidade de vida a todas as pessoas com
hemofilia”, explica Tania Pietrobelli, presidente da FBH, que passou a atuar
pela causa ao descobrir que o filho, que tem hemofilia, poderia ter uma vida
normal, se tivesse acesso ao tratamento adequado: o tratamento profilático.
Para Gustavo Amora, pesquisador
tecnologista em Assuntos Educacionais no Brasil, a primeira infância,
caracterizada até os seis primeiros anos de vida, é o período crucial para a
vida de uma pessoa, pois é o momento que se desenvolvem a infraestrutura
psicológica, neurológica e social que poderá ser definidora do restante de sua
vida. “Ao brincarem as crianças estão aprendendo a conviver em sociedade e
o mais importante: desenvolvem autonomia, pois é uma das poucas, senão a única
atividade na qual a criança é autônoma, define regras, como quando começa,
quando termina e como se dará a brincadeira. Inclusive o direito ao ócio como
forma de brincar”, explica.
Nesse Dia
Mundial da Infância o questionamento é: Onde fica o brincar para as crianças
que não têm acesso à profilaxia, já que o Ministério da Saúde distribui
mensalmente 50 milhões Unidades Internacionais de Fator VIII aos estados
brasileiros para tratamento das pessoas com hemofilia, porém estas
medicações não chegam a muitos pacientes que têm direito ao
tratamento preventivo. O Brasil é o terceiro maior país do mundo em pessoas com
coagulopatias, tem um excelente protocolo de tratamento e utiliza verba federal
para compra e distribuição dos medicamentos mas, por falta de melhor
administração dos Centros de Tratamento de Hemofilia nos estados e falta de
prescrição médica o tratamento não chega ao maior interessado e exclusivo
beneficiário: o paciente.
Aumenta expectativa de vida
de pessoas com síndrome de Down
A
data de 21 de março marca o Dia Internacional da síndrome de Down. De acordo
com o Ministério da Saúde, o Brasil possui 300 mil pessoas com a alteração
genética. No passado, sua expectativa de vida era, em média, de 20 anos, mas,
em virtude do avanço dos tratamentos médicos, hoje existem casos de indivíduos
que chegam e ultrapassam os 60 anos.
De acordo a Dra. Sandra Cristina Fonseca Pires, professora instrutora do curso de Fonoaudiologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, uma das principais causas da morte precoce era a cardiopatia, disfunção no coração que acomete 60% dos nascidos com síndrome de Down. "Antigamente não se tinha condições de operar casos de cardiopatias que tem necessidade de intervenção no primeiro ano de vida, com o avanço tecnológico e científico, hoje essa prática é rotina e dá condições de melhor expectativa de vida. Soma-se também toda qualidade de vida que hoje se consegue promover com ações melhores na área da saúde como um todo", afirma.
A síndrome de Down é uma alteração genética resultante da presença de um cromossomo a mais, o de número 21, por isso, também é conhecida como trissomia 21. A maioria das pessoas com o problema apresenta a denominada trissomia 21 simples, o que significa que um cromossomo extra está presente em todas as células do organismo, devido a um erro na separação dos cromossomos 21 em uma das células dos pais. Esse fenômeno é conhecido como trissomia simples ou não-disjunção. Existem outros mecanismos que levam à ocorrência da trissomia do cromossomo 21: mosaicismo, que ocorre quando a trissomia está presente somente em algumas células e, por translocação, quando o cromossomo 21 extra está unido a outro cromossomo.
Segundo a doutora, pessoas com síndrome de Down devem ter o acompanhamento de um médico clínico (pediatra), endocrinologista, oftalmologista, fonoaudiólogo, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, dentista, entre outras especialidades que podem ser necessárias. A reabilitação acompanhada por terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo e fisioterapeuta, quando iniciada logo nos primeiros meses, é essencial para favorecer melhores condições de vida, "não se deve esperar as dificuldades e atrasos surgirem para se pensar na intervenção". "O psicólogo também é importante, principalmente no suporte familiar, tanto na necessidade de se reformular expectativas, como também para ajudar o paciente na passagem para a adolescência e posteriormente para a fase adulta", diz.
A professora explica que pessoas com síndrome de Down podem ter filhos, porém, há uma preocupação entre os especialistas sobre como o déficit cognitivo da pessoa com síndrome de Down pode interferir nesse processo. "Não existe a compreensão plena das responsabilidades, pois, pelo prejuízo intelectual, eles podem não apresentar a maturidade necessária para terem um relacionamento sexual com os seus devidos cuidados, nem a percepção clara das responsabilidades de se gerar um filho", analisa.
No que diz respeito ao mercado de trabalho, a Dra. Sandra informa que as empresas estão abrindo espaços para eles e há relatos de pessoas que chegaram a cursar faculdade. "Há muitas oportunidades profissionais, porém com algumas restrições nas atividades a serem exercidas, em muitos casos. É necessária mais divulgação e, sobretudo, investimento nessa área. Com o aumento da expectativa de vida e melhores condições de reabilitação e educação, a profissionalização é uma das maiores demandas nos dias de hoje", conclui.
De acordo a Dra. Sandra Cristina Fonseca Pires, professora instrutora do curso de Fonoaudiologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, uma das principais causas da morte precoce era a cardiopatia, disfunção no coração que acomete 60% dos nascidos com síndrome de Down. "Antigamente não se tinha condições de operar casos de cardiopatias que tem necessidade de intervenção no primeiro ano de vida, com o avanço tecnológico e científico, hoje essa prática é rotina e dá condições de melhor expectativa de vida. Soma-se também toda qualidade de vida que hoje se consegue promover com ações melhores na área da saúde como um todo", afirma.
A síndrome de Down é uma alteração genética resultante da presença de um cromossomo a mais, o de número 21, por isso, também é conhecida como trissomia 21. A maioria das pessoas com o problema apresenta a denominada trissomia 21 simples, o que significa que um cromossomo extra está presente em todas as células do organismo, devido a um erro na separação dos cromossomos 21 em uma das células dos pais. Esse fenômeno é conhecido como trissomia simples ou não-disjunção. Existem outros mecanismos que levam à ocorrência da trissomia do cromossomo 21: mosaicismo, que ocorre quando a trissomia está presente somente em algumas células e, por translocação, quando o cromossomo 21 extra está unido a outro cromossomo.
Segundo a doutora, pessoas com síndrome de Down devem ter o acompanhamento de um médico clínico (pediatra), endocrinologista, oftalmologista, fonoaudiólogo, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, dentista, entre outras especialidades que podem ser necessárias. A reabilitação acompanhada por terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo e fisioterapeuta, quando iniciada logo nos primeiros meses, é essencial para favorecer melhores condições de vida, "não se deve esperar as dificuldades e atrasos surgirem para se pensar na intervenção". "O psicólogo também é importante, principalmente no suporte familiar, tanto na necessidade de se reformular expectativas, como também para ajudar o paciente na passagem para a adolescência e posteriormente para a fase adulta", diz.
A professora explica que pessoas com síndrome de Down podem ter filhos, porém, há uma preocupação entre os especialistas sobre como o déficit cognitivo da pessoa com síndrome de Down pode interferir nesse processo. "Não existe a compreensão plena das responsabilidades, pois, pelo prejuízo intelectual, eles podem não apresentar a maturidade necessária para terem um relacionamento sexual com os seus devidos cuidados, nem a percepção clara das responsabilidades de se gerar um filho", analisa.
No que diz respeito ao mercado de trabalho, a Dra. Sandra informa que as empresas estão abrindo espaços para eles e há relatos de pessoas que chegaram a cursar faculdade. "Há muitas oportunidades profissionais, porém com algumas restrições nas atividades a serem exercidas, em muitos casos. É necessária mais divulgação e, sobretudo, investimento nessa área. Com o aumento da expectativa de vida e melhores condições de reabilitação e educação, a profissionalização é uma das maiores demandas nos dias de hoje", conclui.
Dia do Consumidor, nesta quarta, deve movimentar R$200
milhões
Com descontos de mais de 60%, 'black friday brasileira' deve
ser o grande dia do semestre para as lojas virtuais e atrairá mais consumidores
à Internet
O Dia Mundial do Consumidor, que será celebrado nesta quarta-feira (19), é um bom motivo para a criação de uma promoção. Para contemplar o consumidor nacional, habituado a compras online, diversos e-commerces trazem descontos durante toda a semana e a expectativa é que o mercado movimente cerca de R$200 milhões durante o período, além de atrair novos consumidores. No Brasil, 51,3 milhões de consumidores já fazem compras pela Internet.
A "black friday brasileira", como foi apelidado o Dia do Consumidor em sua edição virtual, será sempre celebrada na primeira quarta-feira seguinte ao dia 15 de março a partir de 2014. Esta passará a ser a data da primeira grande promoção anual na Internet brasileira e a expectativa é de sucesso já na primeira edição. Lojas virtuais de todos os segmentos irão participar, com o objetivo principal de trazer mais consumidores para a Internet.
Esse tipo de promoção movimenta o mercado online e é atraente para lojistas e consumidores. Temos a expectativa de que aumente em até 300% a venda das lojas virtuais de nossos clientes e que o mercado movimente R$200 milhões durante a semana”, avalia Diego Ivo, CEO da Conversion, empresa que administra o posicionamento em busca orgânica de mais de 30 sites, a maioria lojas virtuais.
Segundo pesquisa do e-bit, os segmentos que mais geraram vendas na Internet brasileira no ano passado foram os de Moda & Acessórios, seguido de Cosmeticos & Perfumaria, categorias que serão contempladas com certeza neste Dia do Consumidor. Entre e-commerces que oferecerão descontos consideráveis nesta data estão a Decathlon (www.decathlon.com.br), multinacional de produtos esportivos que promete produtos com até 60% de descontos; a loja virtual Shop dos Cabelos (www.shopdoscabelos.com.br), especializada em produtos profissionais com o diferencial de vender também para pessoa física; e ainda o site Cupons de Mercado (www.cuponsdemercado.com.br), que reúne as principais ofertas das lojas virtuais brasileiras.
Dia Mundial da Água: Projeto aposta em professores de escolas
públicas para a preservação das águas
Projeto Rios Voadores quer conscientizar crianças e adolescentes de todo o País sobre a importância de preservar as florestas para proteger as águas
O
fenômeno denominado “rios voadores”, massas de ar úmido que trazem vapor de
água da Amazônia para outras regiões do Brasil e da América do Sul, é a
inspiração de uma nova campanha educacional que será lançada pelo Projeto
Rios Voadores na próxima sexta (21/3), na Escola da Natureza, em
Brasília (DF). A iniciativa, patrocinada pela Petrobras, através do Programa
Petrobras Socioambiental, consiste em transformar conteúdo científico e ambiental
em material de fácil compreensão do público jovem e infantil por meio da
capacitação de professores da rede pública de ensino. A distribuição de
material didático específico conta com uma novidade: o livro Rios que voam,
de Yana Marull. O objetivo é despertar a conscientização de crianças e
adolescentes sobre o papel das florestas – e de cada árvore – na preservação
das águas doces do Brasil. No dia 22 de março é comemorado o Dia Mundial da
Água.
O
projeto teve início em 2007, com a ideia de aproximar o público em geral aos
resultados de pesquisas científicas (em curso há três décadas) sobre a floresta
amazônica e o regime de chuvas no Brasil. Numa parceria com cientistas
brasileiros renomados, como os professores Enéas Salati e Antonio Nobre, o piloto
aventureiro Gérard Moss percorreu principalmente a Amazônia e o Centro-Oeste
coletando amostras de vapor de água em um pequeno avião adaptado. A análise das
amostras no Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena) teve o objetivo de
levantar mais dados técnicos sobre os rios voadores oriundos da Amazônia,
conhecidos assim devido ao enorme volume de água que transportam na forma de
vapor. A umidade provem da evapotranspiração das árvores da floresta amazônica
(com 5,5 milhões de km²), e tem forte impacto no clima do Brasil.
Educação ambiental
Segundo
o piloto e ambientalista Gérard Moss, diretor do Projeto Rios Voadores que
promove oficinas de formação para professores de escolas públicas sobre o tema
desde 2011, o interesse em assuntos ambientais começa com crianças cada vez
menores. Justamente para abraçar também o público infanto-juvenil, o projeto
vai capacitar professores com materiais exclusivos direcionados às crianças.
Através dos professores, o projeto multiplica o conhecimento e gera esperança
na conservação das florestas e das águas do Brasil. Serão beneficiados alunos
desde a educação infantil até o ensino médio. Nestas primeiras oficinas, cerca
de 200 professores (das disciplinas de ciências e geografia) serão capacitados
no DF em parceria com a Escola da Natureza.
“Com
o lançamento do livro Rios que voam, temos agora um material colorido e
cativante para as crianças pequenas. Nossa meta é alcançar milhares delas,
principalmente nas regiões Norte e Centro-Oeste, mas também em outras regiões
do Brasil. Nossa intenção é que até mesmo os pequenininhos entendam e sejam
mais conscientes da importância da floresta, e mesmo da árvore em frente à sua
casa, que também faz sua parte para fornecer vapor de água para a atmosfera”,
diz Gérard, que acompanhou o treinamento de 625 professores em ações anteriores
do projeto, os quais repassaram a matéria para mais de 80 mil alunos nos
últimos três anos.
País de água
Para
o aventureiro suíço, naturalizado brasileiro, que ficou conhecido em todo
Brasil por ser o primeiro piloto a dar a volta ao mundo em um motoplanador,
apesar da decepção com a falta de comprometimento do mundo com a Rio+20, o
Brasil possui vantagem em relação à sustentabilidade. No entanto, é preciso
mais informação e conscientização entre seus próprios cidadãos.
“O Brasil é o país campeão
de chuvas no mundo (com o volume de 15.200 km³ de água por ano) graças à
existência de dois elementos: a Floresta Amazônica e a Cordilheira dos Andes. A
evapotranspiração das árvores da floresta lança vapor de água para a atmosfera.
As massas de ar úmido, ou rios voadores, são empurradas ao oeste e encontram a
barreira natural da cordilheira, onde são desviadas rumo ao sul.”, explica.
“Da mesma forma que todos
conhecem as peculiaridades climáticas da sua respectiva região (época das
chuvas ou da estiagem), é importante que entendam a dinâmica que influencia o
clima do país e sua sustentabilidade. O Brasil é um país de água, mas em certas
regiões, não podemos nos dar o luxo de desperdiçá-la. Onde não há água
suficiente, pelo motivo que for, precisamos dar mais valor e respeito a ela e à
vegetação”, avalia Gérard, ao destacar que uma árvore de grande porte da
Floresta Amazônica é capaz de produzir mais de mil litros de água por dia.
Para o piloto de 58 anos,
o Dia Mundial da Água significa não somente refletir sobre o uso da água, mas
comemorar a existência da Floresta Amazônica, que funciona como uma imensa
bomba d’água. “Temos que reconhecer o papel da floresta no conforto das nossas
vidas, mesmo para quem vive bem longe da Bacia Amazônica. No Brasil, temos o
luxo de abrigar a maior floresta tropical do mundo no nosso quintal, e vale a
pena refletir sobre as consequências sérias que seria perdê-la para sempre”,
comenta.
“A agricultura em outros países grandes, como a China e os Estados Unidos, não é sustentável porque depende bastante de água do subsolo, bombeada de profundidades cada vez maiores, para irrigar o cultivo. No Brasil, apenas 5% da agricultura usam irrigação mecanizada e 95% se beneficiam das chuvas que caem gratuitamente do céu. Devemos dar mais valor à abundância de chuva que temos no Brasil, pensando no futuro e preservando a floresta que fornece uma boa parte da umidade que se transforma em precipitações. Vale a pena derrubar as árvores para eventualmente, um dia, ficar com escassez de água? Acho que o Brasil é o único país do planeta que, em longo prazo, seja capaz de fornecer alimentos para países como a China e a Índia, com acelerado crescimento populacional e sem os recursos de água que nós temos.”, conclui.
Aprendizado lúdico
Para
a diretora da Escola da Natureza, Lêda Bhadra, a parceria com o projeto tem
sido satisfatória tanto para alunos quanto para professores de Brasília. Segundo
ela, a iniciativa faz toda a diferença no aprendizado. Desde 1997, a escola é
voltada para o atendimento de professores, alunos e projetos ligados ao tema
ambiental, com atividades diárias.
“Com
esse tipo de iniciativa o professor se sente mais seguro e com mais propriedade
para trabalhar, e de forma diversificada e lúdica com seus alunos. É uma
oportunidade de trabalhar de forma diferenciada e sair um pouco do comum, com
um material que é bastante rico”, afirma.
Livro Rios que Voam
O
livro infanto-juvenil Rios que Voam traz em suas 24 páginas
ilustrações divertidas e textos enxutos que explicam o fenômeno dos rios
voadores e seu impacto na relação com o ser humano e a natureza. Escrito e
ilustrado pela jornalista Yana Marull, que possui experiência na cobertura de
matérias comportamentais e sobre o meio ambiente, a obra também conta com
colaboração de Margi Moss. Além de reflexões sobre a conservação da água e das
florestas, o livro traz ainda curiosidades diversas como, por exemplo, como
ocorre o processo de evaporação da água, a formação das nuvens e da chuva.
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