Advogado
trabalhista Jonas Figueiredo conta que o trabalho de casa pode causar danos à
saúde quando aplicado de forma irresponsável
Por conta da pandemia, muitas empresas optaram por
enviar seus funcionários para casa com a condição de continuar as atividades em
home
office. No entanto, nem sempre o trabalho remoto é uma situação
simples de lidar, uma vez que se torna difícil separar o horário de trabalho do
horário de descanso, o que pode causar até mesmo casos de assédio.
O advogado especialista em Direitos do Trabalho,
Dr. Jonas Figueiredo, relata que o home office pode gerar conflitos de
opinião, uma vez que alguns defendem a modalidade pela facilidade do
colaborador realizar suas funções em um ambiente confortável e tendo mais tempo
de lazer, enquanto outros argumentam que a falta do contato com outras pessoas
pode prejudicar a saúde mental. “A mudança de rotina é marcante. Há alguns
meses era natural ir até o trabalho e encontrar os colegas, hoje muitos são
forçados a uma nova realidade”, ele relata.
Para as empresas, o home office pode
ser algo muito vantajoso, tendo em vista que reduz custos de transporte e
manutenção do ambiente de trabalho, mas pode ir além disso. Com o teletrabalho,
os colaboradores podem passar a realizar as atividades além do expediente e
muitas vezes não serem remunerados por isso. Por conta disso, o tempo após o
serviço que deveria ser prazeroso, passa a ser mais estressante.
O empregado que está trabalhando em casa também
está sujeito a perder a noção do tempo e exceder o dia de trabalho, que é
atualmente uma das maiores queixas dos trabalhadores. “Além dos casos em que o
colaborador se excede, também há relatos de empresas que instalaram câmeras de
segurança nos cômodos em que o funcionário trabalha, ferindo os princípios de
liberdade”, o advogado conta.
Independente de trabalhar em casa ou no escritório,
os funcionários devem, por lei, cumprir a jornada de trabalho diária e, mediante
o pagamento de hora extra, podem continuar em jornadas extraordinárias, mas o
ideal é evitar que o trabalho se misture aos momentos de lazer. “A solicitação
de respostas de e-mails, mensagens e ligações após o horário de trabalho
caracteriza a jornada extraordinária e, quando não remunerada, é abuso”, ele
esclarece.
O advogado também ressalta que não houve aumento de
ocorrências de assédio, mas em contrapartida, muitos trabalhadores adoeceram
por conta do serviço excessivo. “Nem sempre o adoecer é psicológico, mas também
podem ocorrer por conta de mesas, cadeiras e outros instrumentos de trabalho
inadequados que causam dores. Esses problemas influenciam nos pedidos de
afastamento, um benefício que foi muito procurado por empregados nos últimos
meses”, finaliza Figueiredo.
Jonas
Figueiredo de Oliveira - advogado especialista em Direito Trabalhista, com
foco em PJ, profissionais de Tecnologia e setor bancário. Sócio do Figueiredo
Sociedade de Advogados, auxiliando juridicamente trabalhadores e empreendedores
sempre de forma personalizada. Pós-graduado em Direito e Processo do Trabalho
pela EPD (Escola Paulista de Direito), MBA Direito do Trabalho e Direito
Previdenciário, possui formação em Técnicas de Negociação e Planejamento
Estratégico para Escritórios de Advocacia ambos pela Fundação Getúlio Vargas
(FGVSP). https://figueiredoadvogados.com.br/,
instagram @jonasfigueiredoadv,
facebook: https://www.facebook.com/figadvogados
linkedin figadvogados
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