Pesquisar no Blog
terça-feira, 18 de junho de 2019
Quando dizer não
Na agenda sobrecarregada dos pais há cada vez menos espaço para o convívio com os filhos. Como forma de compensação por essa ausência, evitam decepcioná-los impondo regras ou exigindo que as cumpram quando elas já existem. Mas essas compensações podem resultar em problemas.
No dia a dia é comum as crianças reagirem com choros, discussões e birras quando são contrariadas ou não têm seus desejos atendidos. Essas reações muitas vezes assustam os pais, que têm dificuldades em administrá-las e acabam cedendo à pressão exercida pelos filhos.
No entanto, vivenciar experiências de frustação faz parte do processo de crescimento e amadurecimento das crianças. Aprender a esperar o momento certo para comer doces, a chegada do aniversário para ganhar o tão esperado brinquedo, a hora certa para assistir à TV ou jogar videogame e cumprir as regras existentes no convívio familiar e na escola são aprendizados importantes. Todas essas obrigações desenvolvem a tolerância e a capacidade de conviver em grupo, competências necessárias para que a criança seja aceita e não sofra exclusões nos diferentes espaços em que circula fora do ambiente familiar.
Na escola, local de convívio diário, no qual se estabelecem a maioria das relações, os processos acontecem de forma coletiva. É preciso dialogar, negociar e colaborar, exercícios necessários para aquisição da resiliência. Um adulto emocionalmente saudável é resiliente, ou seja, é capaz de lidar com problemas, adaptar-se às mudanças, superar obstáculos ou resistir à pressão em situações difíceis. Essa habilidade é adquirida a partir da infância, por meio das situações vividas e da qualidade dos processos de mediação.
Acolha os desejos da criança, mostrando que a compreende, mas que naquele momento não poderá satisfazê-los. Procure manter a calma e não discutir, ela precisa compreender que você está no controle da situação e que independentemente da forma como reagir, você sabe o que é importante para ela; assim, sua decisão será mantida e despertará no pequeno a necessidade de acomodação de suas frustrações e de reprogramação para novas atitudes diante dos “nãos” que receberá ao longo de sua vida.
Jacqueline N. G. Teixeira - especialista em Dificuldades de Aprendizagem e coordenadora do Ensino Fundamental Anos Iniciais do Colégio Marista Criciúma (SC).
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Posts mais acessados
-
O uso exagerado de aparelhos eletrônicos e a falta de sono já são considerados marcas registradas das novas gerações. Mas será que ambo...
-
Nova linha combina a tecnologia patenteada Enerjuve ™, ingredientes botânicos e fragrâncias exclusivas A Amway, maior empresa ...
-
Desafio 1- Inclua 12 minutos de exercícios físicos na sua rotina Muita gente acredita que deve entrar na nova rotina saudável &...
-
As empresas devem dar primordial atenção e cuidado no oferecimento de um ambiente de trabalho saudável para os seus empregados, sob pena de ...
-
Especialista lista medidas que podem ser tomadas para combate-la É interessante como essa síndrome acontece cada vez mais com os...
Nenhum comentário:
Postar um comentário