Escolha, instalação e manutenção corretas de equipamentos
contribuem para que o consumidor não tenha surpresas com o aumento do consumo
de energia elétrica durante a época mais fria do ano
As
temperaturas baixaram no Rio Grande do Sul nas últimas semanas, aumentando o
tempo que os aquecedores e ares-condicionados são mantidos ligados,
principalmente no início da manhã e à noite, para conservar a casa aquecida.
Mas como evitar surpresas indesejadas na conta de luz durante o inverno?
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A primeira recomendação é consultar no site da ASBRAV os manuais recém
lançados: “Guia de Climatização de Ambientes Fechados Não Residenciais” e “Guia
de Aquisição e Instalação de Condicionadores de Ar”, que orientam e informam o
mercado sobre pontos que devem ser observados para a aquisição de equipamentos
de climatização. Os manuais, desenvolvidos recentemente por voluntários
associados – profissionais ligados a indústria, universidade, consultoria
energética e de comissionamento, projetos e instalação – são considerados dois
documentos importantes para o setor HVAC - destaca o diretor técnico da
Associação Sul Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Aquecimento e Ventilação
– ASBRAV, Ricardo Albert.
Com
o crescente aumento dos custos de energia, a preocupação principal deve ser
concentrada na construção dos imóveis. Isso porque a utilização de soluções com
materiais isolantes, como paredes isoladas e vidros duplos, permite um melhor
condicionamento de ar.
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A segunda dica é ajustar o termostato que controla a temperatura para condições
de conforto mais próximas da temperatura externa, ou seja 24ºC a 26°C no verão,
e 19°C a 21°C no inverno – pontua Albert.
Para
uma operação eficiente, é preciso que os equipamentos tenham uma manutenção
adequada e constante, com a realização de limpeza de filtros, serpentinas etc.
Em se tratando de sistemas maiores, a manutenção preventiva é prevista em lei,
sendo obrigatória a orientação de um profissional qualificado para essa
atividade.
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A Lei n° 13.589/18, sancionada pelo presidente Michel Temer em janeiro, exige a
execução de um Plano de Manutenção, Operação e Controle (PMOC) de sistemas e
aparelhos de ar-condicionado em edifícios de uso público e coletivo, com o
objetivo de eliminar ou minimizar riscos potenciais à saúde dos ocupantes. A
Vigilância Sanitária será responsável por fiscalizar. A penalidade pode variar
de R$ 2 mil até R$ 1,5 milhão para quem descumprir a lei, que é destinada a
locais comerciais ou industriais que tenham soma total de 60 mil BTUs
instalados – finaliza Albert.
Para
a correta manutenção do equipamento, é importante procurar estabelecimentos
credenciados e habilitados a realizar essa atividade. Todo cuidado é válido
para garantir a segurança e a qualidade dos aparelhos utilizado pelos
consumidores.
Lilian Saldanha
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