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sexta-feira, 11 de maio de 2018

A diferença entre maternidade e maternagem

A semana do dia das mães é uma data muito oportuna para falarmos da importância da maternagem na prevenção de transtornos cerebrais psiquiátricos. Ser mãe é muito mais do que simplesmente dar à luz e exercer a maternidade, mas infelizmente nem todas as mães quando dão à luz estão emocionalmente bem para exercer aquilo que cientificamente foi denominado de “maternagem”.
O psiquiatra e pesquisador do Programa de Transtornos afetivos (GRUDA) do Hospital das Clínicas da USP, Dr. Diego Tavares explica que a maternagem é algo bem mais trabalhoso e exige estabilidade de humor para tal. Na natureza é possível perceber como o que é uma maternagem amorosa, calma, dedicada e afetiva. A mãe emocionalmente estável consegue olhar nos olhos, abraçar, aquecer, dar carinho e sorrir para a prole. A prole em desenvolvimento, por sua vez, quando recebe estes estímulos de maternagem ativam áreas emocionais que serão importantes para quando no futuro precisarem lidar adequadamente com emoções positivas ou negativas”, diz o médico.

Assim como na natureza animal, a estabilidade da mãe na gestação, amamentação e nos primeiros anos de vida de uma criança são muito importantes para a estabilidade emocional da criança quando se tornar adulta. “Muitas mães não são alertadas que estarem estressadas, deprimidas, irritadas, frias e insensíveis no período do pós-parto e nos anos iniciais de criação da prole pode afetar seus filhos profundamente”, alerta o psiquiatra.

Por isso, que o afeto e o carinho é fundamental na primeira infância e os reflexos são visto na vida adulta, tanto no aspecto positivo quanto no negativo. E àquelas mães que não se sentem bem emocionalmente após a gestação precisam ser acolhidas e auxiliadas. “Nenhuma mãe é biologicamente agressiva com a prole sem estar doente. Elas precisam de ajuda”, finaliza Dr. Diego Tavares.




Fonte: Improving maternal perinatal mental health: integrated care for all women versus screening for depression.
Laios L, et al. Australas Psychiatry. 2013.

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