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terça-feira, 29 de maio de 2018

O corte na inovação e as consequências para o país


O orçamento para inovação em tecnologia e ciência de 2018 é o mais baixo da década. Ao longo da crise, o estímulo à inovação não foi prioridade do governo, acarretando em um corte de gastos nesta área muito importante para o desenvolvimento do país e até mesmo da população mundial.

Alguns países desenvolvidos destinam até 5% do PIB para áreas de inovações. Atitude louvável, pois o crescimento econômico de uma nação muito se baseia no que o país consegue produzir. Portanto, este “gasto” não deveria ser chamado como tal e sim considerado um investimento.

Um produto inovador pode trazer inúmeros benefícios à população, lembrando que, uma vez, até mesmo os carros, uma invenção que faz parte da rotina de milhares de brasileiros, foram considerados inovadores. Quando as fábricas começaram a se instalar no nosso país para a fabricação dos mesmos, que festa fizemos.

No Brasil, apesar do pouco investimento, muitas mentes já trabalharam para o desenvolvimento da população mundial. Como é o caso de Roberto Landell de Moura, inventor do rádio, da dona de casa Therezinha Beatriz Alves de Andrade, inventora do escorredor de arroz ou do eletrotécnico Nélio José Nicolai, inventor do identificador de chamadas.

Assim como eles, muitas outras pessoas têm ideias boas, até mesmo extraordinárias. É ultrajante que hoje em dia não tenhamos mais os mesmos incentivos em relação a isto. Atualmente, quem quer patentear uma nova tecnologia, não recebe mais tantos benefícios como de outrora.

Podemos agregar isto, também, à demora para conceder patentes por parte do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Hoje, quem quer patentear seu produto demora mais de 10 anos na espera. A morosidade do INPI é custosa de mais para as empresas.

Um país desenvolvido é um país que acredita na sua própria nação, afinal, quem não se sente orgulhoso ao ouvir falar de Roberto, Therezinha, Nélio ou de milhares de outros brasileiros que desenvolveram produtos notáveis? Infelizmente, o que nos falta não é incentivo e sim investimento.



Valdomiro Soares - Presidente do Grupo Marpa – Marcas, Patentes e Gestão Tributária



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