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quarta-feira, 3 de novembro de 2021

Como minimizar o impacto das devoluções de produtos na Black Friday

                                                                           Freepik


O ideal seria evitar que essa situação ocorresse, mas se for inevitável, que seja uma boa experiência para o consumidor

 

Datas especiais para o varejo, como a Black Friday, quando as compras são movidas por descontos e feitas massivamente pela internet, têm como efeito colateral o grande volume de trocas e devoluções de produtos. Embora esse comportamento do consumidor seja esperado, nem todo lojista está preparado para lidar com a situação.

Vale lembrar que o desempenho de um negócio depende não só da sua produtividade, ou seja, do volume de vendas, mas também da eficiência em sua gestão. Nesse sentido, a devolução de mercadorias pode ter impacto negativo no fluxo de caixa, podendo gerar atrasos ou prejuízos, além de excessos no estoque. 

No último Natal, por exemplo, mais de 11 milhões de brasileiros compraram pela primeira vez pela internet. Uma tendência que deve permanecer neste ano, e que pode tornar a troca ou devolução de presentes ainda mais recorrentes. 

Pensando nisso, é preciso tentar se antecipar aos motivos que levam um consumidor a comprar mesmo sem vontade ou necessidade. A prioridade deve ser evitar a troca ou a devolução, mas se for inevitável, que seja uma boa experiência para o comprador, para não perder o cliente.


VENDER PARA NÃO DEVOLVER 

Para Melissa Orichio, advogada especializada em franquia e varejo, ser transparente, descrever seus produtos corretamente, transmitir segurança e evitar atrasos são ações essenciais aos lojistas para evitar maiores riscos de troca e devolução.

Ainda assim, muito clientes usam esses momentos de ofertas limitadas para suprir desejos e o sentimento de escassez, segundo a especialista. Com a segurança de que poderão ser estornados, compram sem pensar duas vezes.

Uma boa estratégia, segundo a especialista, é fazer um levantamento dos itens mais vendidos por dia, por semana, por quinzena ou por mês, e focar em criação de conteúdo. A dica de Melissa é fazer uma verdadeira maratona com esses itens nos Stories, mostrando como podem ser inseridos na rotina de diversas formas.

"A ideia é criar muito gatilhos para que o cliente receba a compra doido para experimentá-la, com muita segurança de que aquilo fará diferença em seu dia a dia, sem ter tempo de cogitar uma troca", diz.


BOA GESTÃO DE INSPEÇÃO DE PRODUTOS

Uma das principais razões para o alto índice de trocas e devoluções no varejo é a justificativa de falhas no produto. Um bom sistema de gestão e fiscalização pode organizar e garantir que esse problema não seja um motivo a ser acionado por seus compradores.

Eliminar queixas por defeitos pode evitar que boa parte das suas vendas refaça o caminho inverso por completo, ou seja, do consumidor final para o lojista.

"Quando um cliente faz a troca, acontece uma entrada no estoque, mas de um produto que já foi dado baixa e isso não trará dinheiro no caixa. Por isso, as trocas e devoluções trazem riscos ao controle de estoque e ao caixa", diz Melissa.


EXPLIQUE SEU PROCESSO DE REEMBOLSO

Decidir quais opções de reembolso sua loja vai oferecer também pode ser determinante para o consumidor no momento de compra ou devolução.

Alguns oferecem reembolso integral ou um crédito para novos pedidos. O mais indicado seria dar liberdade para o cliente escolher sua opção de preferência.

Além disso, pagamento em dinheiro, cartão de crédito e boleto bancário, cada um deles requer um procedimento distinto e os clientes precisam estar cientes disso.

Na hora do planejamento para efetuar a troca de um produto, deixe todos os prazos bem definidos e detalhados para cada caso em sua política de trocas e devolução. Essas informações são importantes e precisam ser encontradas facilmente pelo seu cliente. Crie formas de destacá-las.


INFORME AS REGRAS DE TROCA E DEVOLUÇÃO

Também é importante reservar um espaço - no site ou na loja física - para alertar sobre o prazo máximo para devoluções e regras.

Ações como reforçar a política de trocas e devoluções em um bate papo descontraído enquanto passa as compras no caixa, e enviar um e-mail com sugestões de uso do produto, segundo a advogada, podem minimizar transtornos. 

"Deixe a informação acessível e garanta que sua linguagem seja clara para que todos os clientes entendam a mensagem. Seja detalhista para melhorar o relacionamento dos clientes com sua loja, criando um ambiente mais seguro para todos".


USE ESSE MOMENTO COMO UMA OPORTUNIDADE

É importante encarar esse momento como uma oportunidade para os lojistas. Ao garantir uma boa experiência durante a troca ou cancelamento de uma compra, a loja mostra ao cliente que está preparada para oferecer processos simples e um bom serviço até em ocasiões adversas.

Essa percepção gera mais chances desse negócio ser lembrado no futuro, seja para uma nova compra do mesmo cliente ou como uma indicação.

Pesquisa recente realizada pela Ebit mostrou que 92% dos clientes voltariam a comprar em lojas com processos de devolução claro e simples.

Nas palavras de Melissa, quando uma loja recebe um pedido de troca ou devolução, vale tentar entender o que aconteceu e saber como é possível melhorar. Esse retorno é importante para melhorar o serviço e também entender a percepção do cliente sobre a marca. 

 

 

Mariana Missiaggia 

Repórter mserrain@dcomercio.com.br

 

Fonte: https://dcomercio.com.br/categoria/gestao/como-minimizar-o-impacto-das-devolucoes-de-produtos-na-black-friday


Defasagem para armazenar os grãos reacende alerta no campo

Falta de espaço para estocar a safra após a colheita é um problema recorrente e que gera grandes prejuízos para muitos produtores, mais recentemente os de Mato Grosso e que pode ser resolvido com soluções tecnológicas como a da Silox


O estado de Mato Grosso (MT) respondeu sozinho por 16,8% dos R$ 470,5 bilhões do valor da produção agrícola brasileira em 2020, com uma produção de cerca de 80 milhões de toneladas de soja e milho, segundo dados divulgados recentemente pelo IBGE. Essa grande produtividade tem gerado a cada ano, um grande problema de armazenagem com a falta de espaço para guardar os grãos. De acordo com a Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja), o Estado possui 22,2% da capacidade de armazenagem instalada no país, sendo 2.211 unidades, que juntas suportam 38 milhões de toneladas. Ainda assim, conforme destaca a entidade, apenas 30% dessas estruturas são de produtores rurais.

A situação ainda é agravada pelo péssimo escoamento e custos de transporte, que faz com que o agricultor muitas vezes tenha que “segurar” por mais tempo a produção em local seguro antes de comercializá-la. É aí que ele precisa encontrar alternativas para solucionar o problema. Uma das opções hoje disponíveis no mercado, é a utilização de silos-bolsa, uma estrutura de polietileno com alta tecnologia empregada e que é instalada na própria fazenda.

A estrutura tem como principal função ser uma barreira de oxigênio, formando um ambiente hermeticamente fechado, anaeróbico, impedindo o desenvolvimento de insetos como carunchos e pragas, mantendo a qualidade do produto armazenado. Podem ser utilizados grãos secos, úmidos e ainda pasto e capim.


Armazene onde quiser

Uma das principais vantagens da utilização de silos-bolsas é apontada por Rose Branco, gestora comercial da Silox, empresa com selo Nortène, que fabrica esse tipo de estrutura. “O produtor pode instalar a solução em qualquer lugar da fazenda. Em MT, por exemplo, muitos deles não cultivam em uma só propriedade e podem se deslocar e escolher onde vão querer fazer o armazenamento. Já com o tradicional silo metálico, além do alto investimento, uma vez que tenha escolhido o lugar, se por algum motivo, no decorrer dos anos, ele crescer a produção em outra unidade, fica complicado fazer essa logística de transportar o grão para onde foi instalado a estrutura”, explica a profissional.

Com o silo-bolsa a facilidade é grande, a cada dia, mês, ano, se o produtor optar por trocar o lugar de armazenagem, ele coloca em um veículo as caixas com o material da estrutura e leva para outro lugar. “Com essa ferramenta ele consegue segmentar os produtos, separar por lote, por data de produção e até por qualidade do grão, até escalonar a produção. Há uma liberdade que ele não tem em relação com outras opções”, pondera a gestora.


Mais benefícios

Outro ponto interessante dessa tecnologia é a questão da relação de custo-benefício. Com o aumento constante dos preços dos insumos principalmente no mercado internacional, outra vantagem é a possibilidade do produtor poder armazená-los no silo-bolsa. “O custo é muito inferior quando comparado ao do silo metálico. Além disso, temos a entrega entre 10 e 15 dias na sua fazenda ou no local escolhido, enquanto a maioria dos fabricantes de silo metálico trabalham com o prazo de 200 até 400 dias devido à falta de matéria-prima”, destaca a gerente.

Com essa rápida entrega, em qualquer lugar do Brasil, o silo-bolsa Silox vai de encontro a exatamente a necessidade de urgência do produtor, principalmente para aquele que tem algum imprevisto. “Infelizmente ainda vemos casos em que o milho e a soja ficaram no chão ou estocados em caminhões.  Isso acontece porque às vezes o produtor tem uma estimativa, mas se ele produz mais que o que tinha planejado, falta espaço”, relata Rose. Ou seja, com a silo-bolsa ele consegue rapidamente ter um plano B, entrando em contato com algum distribuidor na região mais próxima, seja em MT ou em outro estado.

Também é importante ressaltar a capacidade de armazenagem, pois o produto da Silox guarda até cinco toneladas a mais que os concorrentes de mercado e ainda não gera custos adicionais com manutenção. O tamanho máximo comercializado é de 100 metros que comporta até aproximadamente 340 toneladas, o equivalente a 5.400 sacas de 60kg. “Nossa garantia é de 18 a 24 meses. Também enviamos uma fita reparadora caso tenha algum problema externo com o produto. Basta seguir o que está no manual, respeitar o limite de estiramento máximo e escolher um lugar estratégico e limpo”, finaliza a profissional.

 

 

Silox

https://silox.com.br/

 

Grupo Nortène


Brasil é o 2º país que mais assiste filmes e séries online do mundo

Pesquisa revela os hábitos de consumo de streaming no Brasil e no mundo

 

Com a pandemia, a receita da grande maioria dos negócios caiu significativamente. Não foi o caso da Netflix.

Com o lockdown ocorrendo em grande parte do país, uma das poucas opções de lazer no confinamento das casas, eram assistir filmes e séries via streaming. Isso fez com que a receita da Netflix tivesse um forte crescimento, num valor de mais de 47% no último ano, totalizando mais de U$ 2,7 bilhões de dólares.

É o que revela um estudo realizado pela plataforma de desconto CupomValido.com.br que compilou dados da Statista e JustWatch sobre os serviços de streaming.

Os brasileiros estão em 2ª lugar entre os que mais utilizam serviços de streaming no mundo, somente atrás dos Estados Unidos. Em seguida ficam Reino Unido e Alemanha, em terceiro e quarto lugar, respectivamente.

 



As plataformas de streaming mais usadas no mundo

A Netflix é a plataforma de streaming mais usada no mundo, com 53,5% do total de usuários. No último ano, mais de 36 milhões de pessoas se tornaram assinantes da plataforma, que atingiu mais de 200 milhões de assinantes no total.

Em segunda posição fica o Amazon Prime Video, com 12,6%. Em seguida ficam as plataformas Hulu (6,3%), Apple TV+ (3,9%), HBO Max (3,6%) e Disney+ (3,6%).

O mais impressionante é que ao levar em consideração todos os 195 países do globo, o Brasil fica em 3º lugar como um dos países em que os serviços de streaming é o mais barato. Somente a Argentina e a Turquia possuem mensalidades mais baratas que no Brasil. Só para efeito de comparação, o custo da Netflix na Suíça, é mais que o triplo que os brasileiros pagam mensalmente.

 


 

As preferidas dos brasileiros

Segundo o estudo, a Netflix é a plataforma mais utilizada no Brasil, com 31% de participação de mercado. Em segundo lugar fica o Amazon Prime Videos (24%), e em terceiro lugar, a recente lançada Disney+ com 12% de participação de mercado.

Os 3 principais tipos de séries preferidos pelos brasileiros são: drama (47,8%), ação (18,3%) e comédia (16%).

Com relação ao preço, praticamente todas as plataformas trabalham com várias categorias, desde a mais básica até a mais completa. As diferenças vão desde a qualidade do vídeo, até a quantidade de dispositivos com acesso simultâneo.

Comparando somente os planos mais básicos os preços variam de R$9,90 a R$37,90. A Apple TV+ e o Amazon Prive Video são as plataformas com os preços mais competitivos, com o valor mensal de R$9,90 cada. Na Netflix o plano mais básico custa R$25,90 por mês.

Ao assinar um único serviço de streaming, o valor do plano é consideravelmente menor que os serviços de TV a Cabo. Porém, quem for assinar mais de um serviço, o valor total no mês pode pesar no bolso.

Quem desejar assinar todos os 11 principais serviços de streaming presentes no Brasil, vai ter que desembolsar o valor de R$ 221 por mês (nos planos mais básicos) e R$ 337,30 por mês (nos melhores planos).


Confira o infográfico: 

 


Fonte: Statista, CupomValido.com.br, JustWatch

 

Em 2021, pequenos negócios geraram mais de 71% de todas as vagas de emprego

Resultado confirma as MPE como as maiores responsáveis pela manutenção do nível de ocupação no país, com quase 1,2 milhão de vagas a mais que as médias e grandes empresas


As micro e pequenas empresas são as maiores responsáveis por mais de 71% dos 2,5 milhões de empregos gerados no Brasil, entre janeiro e setembro deste ano. Levantamento feito pelo Sebrae, a partir de dados do Caged, do Ministério da Economia, mostra que os pequenos negócios criaram, sozinhos, cerca de 1,8 milhão de novos postos de trabalho, ou seja, quase 1,2 milhão de vagas a mais que as médias e grandes empresas.

Setembro foi o quarto mês consecutivo em que foram criados mais de 300 mil novos empregos no Brasil, sendo que as micro e pequenas empresas responderam por 227,9 mil vagas desse total, o que corresponde a 72,5%. “Pelo nono mês consecutivo os pequenos negócios apresentam um saldo positivo e são os protagonistas por sete em cada 10 novas vagas de trabalho criadas no Brasil. As oportunidades de empregos estão nas micro e pequenas empresas”, afirma o presidente do Sebrae, Carlos Melles.

Quando analisado por setores da economia, apenas os pequenos negócios apresentam saldo positivo em todos, no mês de setembro. Entre as pequenas empresas, o segmento que mais criou vagas foi o de Serviços (103,4 mil), um dos mais afetados pela pandemia e que com o aumento da vacinação tem mostrado recuperação. “No acumulado do ano, o setor de Serviços também mostra a sua força sendo responsável por quase 30% das 2,5 milhões de novas vagas”, comenta o presidente do Sebrae.

Em segundo lugar entre os setores líderes na geração de novos postos de trabalho, no mês de setembro, está o Comércio, responsável por 54,4 mil vagas; seguido pela Indústria (37,6 mil), Construção (27,5 mil) e Agropecuária (3 mil). “O último mês de setembro apresenta o mesmo perfil observado em agosto, junho e maio. Todos os setores apresentaram saldo positivos na geração de emprego e o único saldo negativo foi registrado nas médias e grandes empresas da Construção”, analisou Melles.


EUA reabrem fronteiras e embaixada e consulados voltam a emitir e renovar vistos

Segundo destino internacional mais visitado pelos brasileiros, os Estados Unidos reabrirão as fronteiras no próximo dia 8 de novembro a todos os viajantes completamente imunizados e que junto com o comprovante de vacinação apresentem teste PCR ou antígeno negativo feito até três dias antes do embarque.   

Crianças e adolescentes de até 17 anos não precisam apresentar o comprovante de vacinação, mas devem ter o teste negativo realizado no mesmo período dos adultos que os acompanham.

Serão aceitas as vacinas aprovadas integralmente e para uso emergencial pela Food and Drug Administration (FDA) e Organização Mundial da Saúde (OMS), o que inclui todas as que são aplicadas no Brasil, sem exceção. O mix de vacinas também é válido, e em todos os casos a dose final deve ter sido administrada ao menos duas semanas antes da viagem. Tanto o comprovante da vacinação quanto o teste negativo dos passageiros devem ser apresentados no aeroporto, antes do embarque.


Emissão e renovação de vistos

Também foi anunciada para o dia 8 de novembro a retomada dos serviços de emissão e renovação de vistos na Embaixada e Consulados dos Estados Unidos no Brasil, localizados em Brasília, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo. Quem  tem visto vencido há no máximo 48 meses não precisa passar por entrevista. A nova regra que estendeu a facilitação do processo de 12 para 48 meses foi estabelecida durante a pandemia e tem validade até 31 de dezembro deste ano.

Vistos de estudantes estão sendo emitidos desde maio deste ano e continuam a ser prioridade para agendamento, mas outras necessidades e urgências podem ser avaliadas mediante comprovação. Para todos os demais tipos de vistos os serviços iniciarão de forma gradual a partir de 8 de novembro, mas serão intensificadas para maior adequação à velocidade do fluxo de solicitações.

A Embaixada e Consulados recomendam que os solicitantes de visto chequem regularmente o site de agendamento para acompanharem as atualizações, inclusive os que já tem data marcada para um período muito distante ou que não seja compatível com seus planos de viagem. A  antecipação  dessa agenda é possível desde que haja disponibilidade no sistema, em resposta à evolução dinâmica das vagas. Outra recomendação é de que os bilhetes só sejam comprados depois que o processo do visto estiver encaminhado. O prazo médio de retorno é de dez dias.

Para conferir todas as atualizações e obter o direcionamento para o agendamento acesse aqui.


segunda-feira, 1 de novembro de 2021

Riso: a linguagem universal


Em qualquer lugar do mundo, você é bem aceito se estiver sorrindo


No Brasil, o ato de dar risadas tem um dia só para ele: 6 de novembro. Até porque, uma boa risada é contagiante e não só demonstra, mas também estimula a felicidade

Rir fortalece o sistema imunológico, diminui a dor e evita o estresse. Quando o bom humor é compartilhado, ele libera hormônios que contribuem para a sensação de bem-estar. Em razão disso, não é para menos que a expressão popular “rir é o melhor remédio” existe. 

Porém, muitos ainda, por não saberem do poder do riso, se retraem com essa emoção tão importante. Vários fatores podem ser citados para explicar o que pode impedir a felicidade de alguém, como transtornos psicológicos, físicos, trabalho ou até mesmo, estudos.

“Para um indivíduo manter-se sempre com uma conduta positiva, é necessário ter autoconhecimento. Saber o porquê a tristeza domina e não a felicidade é crucial para haver a mudança nesse comportamento”, comenta o assessor de consciência, João Gonsalves

De acordo com Gonsalves, é possível levar a vida de um jeito mais leve quando se tem autoconhecimento. Isso porque, isto pode trazer sabedorias sobre si que nunca foram exploradas, por falta de estímulos. 

Além disso, conhecer a si mesmo também leva o indivíduo a testar novas possibilidades, novos lugares, novos costumes… que, por sua vez, é capaz de estimular a sensação de bem-estar e felicidade em uma pessoa. 

Outros benefícios do riso para a saúde física e mental podem ser citados, como:

  • Exercita o cérebro: Alivia a tensão e mantém os músculos relaxados por até 45 minutos;
  • Movimenta o corpo: A risada, mesmo que simples, pode exercitar até 80 músculos simultaneamente;
  • Faz bem ao coração: O fluxo sanguíneo aumenta durante o ato, o que ajuda no controle da pressão arterial;

Compartilhe a felicidade com outros, crie oportunidades para rir! Além de fazer bem a você mesmo, traz benefícios a um coletivo de pessoas também. Você já sorriu hoje?


Oniomania: 5 sinais de que comprar se tornou compulsão

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 8% da população mundial sofre de oniomania, compulsão por compras, também chamada de consumismo compulsivo e Transtorno do Comprar Compulsivo (TCC). A patologia é responsável pelo giro de mais de US$ 4 bilhões na América do Norte, por exemplo. Entre 80% e 94% dos compradores compulsivos são mulheres, cujo transtorno costuma surgir por volta dos 18 anos de idade. 

De acordo com a pesquisa Barometro Covid-19 sobre mudanças de hábitos, realizada pela consultoria Kantar com mais de onze mil pessoas de 21 países da América Latina, o Brasil é o país que registrou o maior aumento de compras online durante a pandemia: 30%. O percentual de latinos americanos que passaram a fazer esse tipo de compras foi de 24%, enquanto a média dos demais continentes foi de 27%. 

Segundo o Dr. Adiel Rios, Mestre em Psiquiatria pela UNIFESP e pesquisador no Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP; de fato, existe um prazer em adquirir bens que desejamos. “Quando conseguimos, há liberação de neurotransmissores que proporcionam sensação de prazer e bem-estar. O sentimento é normal, desde que esteja dentro de um contexto mínimo de realidade”. 

De acordo com o psiquiatra, na oniomania, o ato de comprar também desperta esta sensação, só que de uma maneira exacerbada. “As compras são feitas de forma impulsiva, na maioria das vezes, de bens supérfluos. Normalmente, envolve um padrão de pessoas que compram na tentativa de preencher um vazio, suprir carências ou aliviar algum problema psicológico. Pagam por produtos que geralmente nem usam, apenas para saciar a satisfação de comprar algo novo, que logo desaparece e se transforma em sentimento de culpa. Para compensar, a pessoa vai em busca de comprar outra coisa, tornando o ciclo vicioso, afirma Adiel Rios.

 

Sinais de alerta

É difícil para um comprador compulsivo perceber e admitir o próprio transtorno. Para auxiliar na identificação deste comportamento, Adiel Rios pontua os principais sinais da oniomania:

 

Descontrole financeiro

Vivemos uma era em que nem é preciso sair de casa para ter vontade de comprar. Isso porque as redes sociais, além de rastrearem nossa atividade dentro das próprias redes, conseguem identificar quais sites acessamos. Se esse site for uma empresa anunciante, provavelmente o produto que você pesquisou ou foi exposto em alguma loja online irá aparecer no seu perfil. 

Além das “armadilhas virtuais”, o consumo ganhou atratividade por meio de maiores facilidades de pagamento ou diversas ofertas pontuais, como a própria black friday. Hoje, há várias formas de um comprador compulsivo se enrolar financeiramente, seja pagando o mínimo do cartão de crédito, aderindo ao cheque especial ou contratando crediários.

 

Compras às escondidas

Para o indivíduo com oniomania, comprar sem ninguém saber e esconder os itens em casa já são parte do processo de compra. “Por ser considerada uma postura socialmente reprovável, o medo da censura e do julgamento explicam o comportamento de nutrir a compulsão em segredo”, diz Adiel Rios.

 

Peças repetidas, esquecidas ou nunca usadas

A pessoa chega a comprar roupas ou sapatos sem sequer experimentar. E, muitas vezes, compra itens praticamente iguais, pois nem se lembra do que tem no armário, já que a maioria das peças, muitas ainda com as etiquetas, nunca foram usadas. “Em um determinado momento, o indivíduo não tem nem mais espaço para guardar tanta coisa e acaba amontoando tudo no fundo do guarda-roupa, ficando esquecido por lá”, complementa o psiquiatra.

 

Abstinência

Irritabilidade, extrema ansiedade e oscilações de humor. Essas são algumas das manifestações clínicas durante os longos períodos sem consumo. Os sintomas decorrentes da abstinência podem ser similares aos da dependência do uso de substâncias químicas, ocasionando desespero, perda de autoestima, sintomas de humor deprimido e ansiedade.

 

Sensação de culpa após uma compra

Como em outros transtornos, após efetuar uma compra e vivenciar a sensação de prazer, vem depois o sentimento de culpa e sofrimento. Quando acaba aquele bem-estar, ocorre uma sensação de impotência diante do descontrole da compra. Logo, surge o ciclo de “prazer-luto”, sendo consequência da visão distorcida sobre a finalidade do consumo em nossas vidas.

 

Origem familiar e genética

Não há estudos definidos que comprovem as causas da doença, mas a literatura médica relaciona o transtorno a alguns fatores. Um deles está associado com a história comportamental da família do indivíduo. 

Um estudo sobre o tema (“Clinical Manual of Impulse-Control Disorders”), desenvolvido pelos pesquisadores Eric Hollander e Dan Stein, da Universidade Albert Einstein College of Medicine, em Nova York, revelou que famílias de compradores compulsivos mostram maior tendência a desenvolver outros transtornos como do humor, dependência química, transtornos alimentares e, é claro, compulsão por compras. 

“Além disso, outros estudos científicos mostram uma relação bastante próxima entre a oniomania com o transtorno obsessivo compulsivo e o transtorno bipolar. A soma destas patologias com as distorções sobre o ato de consumir motiva o comprador compulsivo a desenvolver uma suposta segurança por meio das compras”, pontua Adiel Rios, que também é integrante do Programa de Transtorno Bipolar do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (IPq-HCFMUSP).

 

Tratamento

Há inúmeras abordagens terapêuticas capazes de auxiliar quem sofre deste transtorno. Os tratamentos incluem o acompanhamento por fármacos (como ansiolíticos e antidepressivos), psicoterapias e até consultoria com um especialista em finanças pessoais. Há ainda grupos de apoio, como o Devedores Anônimos (www.devedoresanonimosonline.com.br/), onde outros compulsivos compartilham suas experiências. 

“Os tratamentos têm como objetivo atribuir um novo significado à relação gratificação-recompensa, mostrando que há outros caminhos para lidar com as dores e formas muito mais saudáveis de obter bem-estar e prazer na vida”, finaliza Adiel Rios.


Luto: quais as 5 fases e por que é importante vivê-lo?

Com a chegada do feriado de Finados (02/11), muitas famílias brasileiras voltam suas lembranças para entes queridos que faleceram. O mundo vem tendo que aprender a lidar com o luto e pensando nisso, os psicólogos da Eurekka falam sobre a importância de viver esse processo. O luto é um conjunto de reações naturais a perdas importantes, é um processo que se inicia no momento da perda e termina com a elaboração do sofrimento e o retorno à vida normal. É algo que faz parte da nossa capacidade de superação, além de ser algo positivo, nos ajudando a colocar as coisas em uma perspectiva diferente.

Ninguém quer falar sobre a morte, pensar ou ouvir sobre ela. Afinal, perder um ente querido é muito difícil, doloroso e nos traz sentimentos de medo e angústia. O problema é que a morte é muito comum e vai acontecer várias vezes nas nossas vidas. Quanto maior a dificuldade de falar sobre isso, mais temos que enfrentar o sofrimento sozinhos, sem preparo e com grande dificuldade de superação.

Ficamos de luto pela perda em várias situações diferentes na vida, não necessariamente só quando falamos de morte. Pode ser a perda de um relacionamento, da infância ou adolescência, de amizades, de um trabalho ou de um sonho - e isso tudo é normal!

No entanto, o luto só se torna um problema quando permanece e a pessoa acaba adoecendo. Por isso, é importante que estejamos preparados para esse momento inevitável e que saibamos lidar com ele quando acontecer.

Até o fim desse texto, você vai entender como funciona o processo de luto, pois ele acontece e como nós podemos lidar com ele de uma maneira mais saudável!


As 5 fases do luto

Os especialistas consideram que existem 5 estágios do luto, os quais todo mundo enfrenta quando vivencia a morte de um ente querido. No entanto, nem sempre as etapas acontecem em sequência e o tempo que as pessoas vivenciam cada uma delas pode variar.


1. Estágio de negação

Nessa fase, o indivíduo tem dificuldade de acreditar na perda, então tenta se afastar dessa realidade. Também sente uma dor intensa e não consegue suportar a ideia de um futuro sem o que perdeu. Por isso, age como se nada tivesse acontecido ou racionaliza muito a situação, como se não tivesse nenhuma emoção ligada a ela.


2. Estágio de raiva

Nessa fase, o indivíduo já entendeu a morte como uma realidade e começam a surgir sentimentos de revolta, ressentimento e injustiça, que podem ser expressados de forma agressiva. A pessoa pode dirigir a raiva para si mesma ou para outras pessoas - como para o médico, para Deus ou para a própria pessoa que faleceu.


3. Estágio de negociação ou barganha

Nessa fase, a pessoa começa a imaginar diferentes situações e a tentar negociar, com Deus, por exemplo, para que a perda não seja de verdade e para que a pessoa amada volte.


4. Estágio de depressão

Nessa fase, o indivíduo percebe que a morte é inevitável e que o objeto de perda não vai voltar. Assim, ela, por fim, sente tristeza, desmotivação, apatia e acredita que não vai conseguir superar essa situação.


5. Estágio de aceitação do luto

Por fim, na última fase, a pessoa já se acostumou mais com a ideia da perda e consegue falar sobre o assunto com mais facilidade. Aos poucos, a dor diminui e é substituída por saudade e carinho. É nessa fase que a pessoa enxerga a ideia de morte com mais naturalidade e sente que está na hora de seguir em frente.


Atitudes que podem ajudar um parente ou amigo em luto:

Lembre-se que não há maneira certa de sofrer. Algumas pessoas sofrem muito, de maneira muito rápida, enquanto outras sofrem pouco, mas por muito tempo. Assim, a primeira coisa que devemos saber é que cada um sofre de um jeito!


1. Pergunte "Como foi o seu dia?"

Mostre à pessoa que você se preocupa com ela e que está disponível para confortá-la. Portanto, quando não souber o que dizer, só diga: "sinto muito" ou "não consigo imaginar o que você deve estar sentindo". Essas são frases úteis, mas você também pode oferecer um abraço. Não saia abraçando; pergunte.


2. Abra mão do controle

Muitas vezes queremos sugerir planos e temos pressa para resolver a situação, mas às vezes pode ser mais útil só fazer companhia e ver um filme junto com a pessoa, por exemplo.


3. Leve um pet

Muitas pesquisas mostram que a companhia de um animal pode ajudar na melhora de pessoas enlutadas.


4. Entenda a diferença cultural de gêneros

Na cultura, os homens e as mulheres são ensinados a lidar com as emoções de formas diferentes. Enquanto as mulheres podem expressar mais os sentimentos, alguns homens tendem a se isolarem mais, recorrem ao álcool ou até mesmo ficarem mais irritados.


5. Esteja presente

Às vezes as pessoas passando pelo luto se isolam por não saberem bem como pedir ajuda. Contudo, no fim das contas, uma simples visita já faz bem!


Buscando ajuda médica e psicológica para lidar com o luto

Caso perceba que esse processo está te deixando doente (você sente dores, não consegue mais sair de casa, não consegue mais conversar com os seus amigos, sente crises de ansiedade várias vezes etc.), não deixe de procurar auxílio médico ou psicológico. Afinal, existem profissionais qualificados para lidar com situações específicas, como esta.

Além disso, o luto mal resolvido pode desencadear transtornos como a depressão, ansiedade, transtorno obsessivo compulsivo e, até mesmo, transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). Assim, na terapia, será disponibilizada uma escuta atenta e técnica para o sofrimento da pessoa, para que ela possa superar esse processo de uma maneira saudável.



Eurekka - hub de startups e scale-ups focado em saúde e bem-estar com forte atuação em psicoterapia e medicina.

 

Por que os palhaços assustam tanto?

Divulgação
Neurocientista com formação em neuropsicologia, Dr. Fabiano de Abreu explica o que há por trás do terror gerado pela icônica fantasia de palhaço

 

Aumento do batimento cardíaco, aceleração da respiração e contração muscular são reações comuns de quem se encontra em um estado de medo. A sensação de alerta extremo é importante para a sobrevivência dos seres e ocorre quando, por alguma razão, o indivíduo se sente ameaçado. O halloween é um momento interessante para a análise do medo, visto que nele, figuras aterrorizantes do imaginário humano são colocadas em evidência.

 

Além de vampiros, bruxas e fantasmas, no halloween, é fácil de encontrar pessoas vestidas de palhaços, seja a versão boa, que tem por objetivo causar risadas, ou a versão assustadora, que serve de inspiração para sucessos cinematográficos de terror no mundo inteiro. Afinal, por que temos tanto medo de palhaço? O neurocientista com formação em neuropsicologia, Dr Fabiano de Abreu acredita que a natureza ambígua do palhaço seja a responsável pelo terror causado por ele. “A figura do palhaço se enquadra no famoso ditado 'lobo em forma de cordeiro'. Pois, por não sabermos o que está por trás daquela máscara, o nosso cérebro ativa um sinal de alerta de perigo diante deles”, detalha.

 

O neurocientista também defende que o medo de palhaço pode ter raízes mais profundas que são alimentadas pela própria ideia de deboche e desconforto intrínsecas às atitudes de um palhaço. “São personagens espalhafatosos, que gostam de zombar das outras pessoas com brincadeiras que não inspiram conforto e segurança. Geralmente, eles acabam amedrontando as crianças com essas atitudes e se tornam um símbolo de terror”, afirma.

 

Para reverter a ideia de que o palhaço é um ser perigoso, é importante que as famílias ensinem às crianças a enxergarem o personagem como alguém divertido e que traz coisas boas. “Pode ser algo parecido com o que acontece com o Papai Noel no Natal. Mesmo com a fantasia, o cérebro traz aquela ideia de um bom velhinho, um idoso não vai fazer mal que não vai fazer mal”, exemplifica.

 

 

Fabiano de Abreu Rodrigues  - PhD, neurocientista com formações também em neuropsicologia, biologia, história, antropologia, neurolinguística, neuroplasticidade, inteligência artificial, neurociência aplicada à aprendizagem, filosofia, jornalismo e formação profissional em nutrição clínica. Atualmente, é diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito; Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International e membro da Federação Européia de Neurociências e da Sociedade Brasileira e Portuguesa de Neurociências.

*Coluna* 


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