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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Como preparar a educação para o século XXI?



A escola como conhecemos hoje está fadada a deixar de existir. As recentes reformas, projetos e estudos realizados na área da educação buscam apenas uma coisa: encontrar um modelo escolar que atenda ao século XXI. Ainda tratamos o ensino no Brasil como se a demanda por cidadãos qualificados fosse a de um indivíduo do século XIX. Nossas escolas preparam alunos para um mundo que já não existe mais. 

Assim como ocorreu com a Revolução Industrial, quando o modelo de aprendizado era o de Mestre-Aprendiz e passou a ser o modelo de Escola Industrial, formando operários eficientes e não mais artesãos, mais uma vez o mundo demanda uma mudança de postura. Conforme muda o comportamento do consumidor e o do produtor, muda a demanda de mão de obra, e o conhecimento social demandado.

A mudança nunca parte da academia, mas vem de algo que transforma a sociedade. No nosso caso atual, esse “algo” é a internet. O compartilhamento de informação e a prática da coletividade, conexão e instantaneidade, alterarão como o jovem se porta e aprende. Consequentemente, muda a forma como ele pensa na hora de procurar um emprego. Vivemos a era do empreendedorismo, e estar estagnado na educação é um passo para trás.

Recentemente, no dia 6 de dezembro, foi divulgado o estudo PISA (Programa Internacional de Avaliação de Alunos). Considerado o mais importante estudo educacional do mundo, ele avalia estudantes de 15 anos em 70 países, em seus conhecimentos e aprendizado, em contraponto aos investimentos em educação realizados. Comparando os dados atuais com os da sua última edição, de 2012, o Brasil deu um salto de 10% nos valores investidos em educação. Entretanto, os resultados de aprendizado foram piores do que daquela época.

A pergunta que vem à mente é como ainda estamos para trás se o governo investe mais na educação do que investia antes? A resposta está acima. Ainda não houve uma mudança de paradigma no ensino. Não são só os números de investimentos que contam. Deve-se investir bem, com foco coerente com o que o mercado e a sociedade demandam. Além disso, é preciso observar como essas mudanças afetaram o comportamento de aprendizado do aluno.

A conectividade e a constante presença digital do jovem fazem com que cada vez mais alunos mostrem excelente adequação a educação à distância, e até ao aprendizado autodidata. A informação já é consumida, os alunos estão o tempo todo conectados, o mobile já tomou o lugar dos PCs, e se aprende até sem querer, apenas por estar conectado.

Não estou dizendo que ensinar à distância é a solução final para as escolas. Apenas que o modelo que considera a internet como chave para o aprofundamento do ensino é algo que melhor representa uma adequação educativa à capacidade de aprendizado atual dos alunos. A internet é, assim como os livros, um repositório de conhecimento, uma ferramenta. Como tal, ela deve ser usada da maneira que levará a uma obra positiva.

É preciso que os modelos de ensino se adequem, que busquem atender à demanda e que possibilitem evolução. Há a necessidade de reciclagem profissional por parte dos professores e o aumento de incentivos aos cargos. Há se se melhorar a infraestrutura. Mas, acima de tudo, precisamos alterar o mindset, o DNA industrial da nossa educação. Incluir a internet no cenário, ouvir o aluno e reconhecer seu potencial são os primeiros passos para elaborar um modelo que funcione de verdade.

Há 35 anos, a Finlândia sofria desse mal, e decidiram mudar. Hoje são o maior exemplo de educação mundial. Já estamos quase 40 anos atrasados, mas podemos fazer a diferença e estar prontos para nos adequar a essa mudança, além de estar pronto para a próxima grande revolução. Basta se mexer.





Ricardo Althoff - CEO da Seu Professor Empreendedor & Negócios.



MITOS E VERDADES SOBRE O USO DA BATERIA




Marcos Randazzo, engenheiro de aplicações da Johnson Controls, fabricante das Baterias Heliar, esclarece dúvidas sobre a utilização e descarte da bateria automotiva


Ar-condicionado ligado diminuiu a vida útil da bateria do carro? E usar aparelho de som? O que fazer com a bateria usada? Essas são algumas das dúvidas que muitos motoristas possuem em relação à bateria automotiva. 

Marcos Randazzo, engenheiro de aplicações sênior da Johnson Controls, fabricante da Baterias Heliar, esclarece mitos e verdades sobre o tema:


- Dar a partida gasta bateria? Sim, a partida consome mais corrente elétrica da bateria, o que aos poucos desgasta a capacidade dela em armazenar energia, porém esse desgaste não é muito grande. Manter o som ligado por muito tempo, por exemplo, é mais prejudicial do que a partida e, por isso, existe o alternador do veículo, que tem a função de manter todos os componentes elétricos ativos após a partida do motor do automóvel.


- Qualquer bateria serve? Esse é um mito que está se desconstruindo rapidamente. Quanto maior for a quantidade de eletrônicos instalada no automóvel, mais específica será a bateria utilizada, pois os veículos atuais costumam conter mais eletrônica embarcada e isso deve ser considerado na escolha do produto. “Por exemplo, um veículo com sistema Start/Stop não aceita qualquer bateria e os produtos que não atendam a essa necessidade podem fazer o veículo falhar ou até mesmo não funcionar”, afirma o engenheiro. 


- Ar-condicionado diminui a vida útil da bateria? Depende. A partir do momento em que o veículo está ligado e o aparelho também, não há problema. Porém, se o ar-condicionado estiver acionado no momento da partida, poderá causar problemas para ligar o motor, o que acarretará uma descarga maior da bateria. Se repetido frequentemente, acabará interferindo na vida útil do material. O mesmo raciocínio aplica-se aos demais eletrônicos, como aparelho de som e alarmes.


- O que fazer com a bateria usada? “Depois que a bateria perde a sua funcionalidade, o proprietário deve devolvê-la ao fornecedor. A entrega pode ser feira em qualquer revendedor de bateria”, esclarece Marcos Randazzo. Através do programa Ecosteps, da Johnson Controls, para cada nova bateria fabricada uma usada é reciclada com praticamente 99% de reutilização. Ou seja, todo o material é reaproveitado de forma correta.




Johnson Controls Power Solutions - http://www.johnsoncontrols.com/powersolutions ou siga-nos no twitter: JCI_BatteryBeat. http://www.johnsoncontrols.com - @johnsoncontrols no Twitter.





Jurimetria e as verdadeiras reformas




Podemos dizer que 2016 foi o ano mais importante na história da Jurimetria. Essa nova disciplina ganhou espaço em diversos centros acadêmicos e começa a ser incutida na mentalidade do estudante de direito desde a graduação.

Além disso, diversos projetos desenvolvidos em parceria com órgãos de governo e entidades representativas de classe ao longo dos últimos doze meses demonstraram o potencial que tem essa disciplina de jogar luz sobre debates relevantes do direito, que até então estavam encalacrados em posições políticas dogmáticas ou em discussões excessivamente teóricas.

Para ilustrar esse avanço e o seu efeito transformador sobre a sociedade, gostaria de citar iniciativas que, pela relevância dos temas e importância dos resultados, colocam o Brasil na vanguarda da pesquisa empírica quantitativa em direito.

Uma atividade que nos orgulhou muito foi a realização o primeiro curso de Jurimetria e gestão estratégica de tribunais no Brasil. O curso foi ministrado em Brasília e tratou de temas relevantes como extração e análise de dados, text mining, aplicações de análises estatísticas em decisões judiciais e recursos repetitivos e técnicas para formulação e edição de súmulas. Ali, pela primeira vez, foram reunidas as áreas de gestão estratégica da cúpula do Poder Judiciário brasileiro, incluindo STF, TST, TSE, CNJ, TJDF dentre outros.

No campo das pesquisas, também desenvolvemos um trabalho em parceria com o Instituto Sou da Paz para a Secretaria Nacional de Segurança Pública a respeito da Estratégia Nacional de Segurança Pública - ENASP e o processamento de homicídios em três unidades da federação. A pesquisa identificou os principais gargalos e quais fases processuais demandam mais tempo.

Outra pesquisa relevante foi realizada ao longo de 2016, em parceria com a Corregedoria do Estado de São Paulo, com o objetivo auxiliar o tribunal de justiça na criação de varas especializadas em direito empresarial. O estudo serviu de fundamento para a criação de três varas empresariais na capital, manteve as varas de falência e recuperação e inovou ao viabilizar, pela primeira vez, a estimação da carga de trabalho que será direcionada para essas varas.

Com o Instituto Não Aceito Corrupção – INAC - foi realizado um estudo na base de dados de condenados por improbidade administrativa do CNJ. Acre e Rondônia aparecerem com a maior taxa de condenados por 100.000 habitantes. Esse estudo é o primeiro passo de uma ampla pesquisa sobre os padrões da corrupção no país e um esforço para municiar os agentes públicos e a sociedade civil de elementos para combater.

Em parceria com o Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos - PLID, do Ministério Público de São Paulo, foi realizado um estudo sobre o perfil das pessoas desaparecidas no estado de São Paulo. Um resultante interessante é que o perfil de idade dos desaparecidos varia conforme o sexo, sendo que as mulheres costumam desaparecer na adolescência e os homens na adolescência e na meia idade. Uma suspeita é o envolvimento por tráfico.





Marcelo Guedes Nunes - presidente da Associação Brasileira de Jurimetria – www.abj.org.br






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