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quinta-feira, 2 de outubro de 2025

Black Friday: vença a concorrência com campanhas lucrativas, éticas e sustentáveis

 

A Black Friday vem aí! Mas participar dela sem planejamento é trabalhar a operação com expectativas irreais: clientes aguardam descontos agressivos, operação exige agilidade extra e o mercado pressiona por resultados imediatos. Sem preparo, o que poderia ser uma grande oportunidade se transforma em frustração, com margens corroídas, equipes sobrecarregadas e a marca exposta a riscos que comprometem a confiança do consumidor no longo prazo. 

Mas um vilão oculto é o ego corporativo. Quantas vezes ouvimos frases como “Se a gente não fizer, o concorrente ganha”, “Precisamos mostrar força no mercado” e “A marca não pode ficar de fora”. Mas ninguém responde à pergunta essencial: “Qual é o custo emocional, operacional e financeiro dessa escolha?”. 

O medo de parecer pequeno faz empresas agirem como grandes. E empresas que se comportam como gigantes, sem estrutura, quebram como castelos de cartas. Tudo isso porque existe uma falsa dicotomia: ou participa ou perde. E isso é uma grande mentira. 

Você não precisa da Black Friday para se posicionar. Você precisa de clareza, estratégia e coragem para criar uma narrativa própria. Enquanto todos gritam preço, sua empresa deve gritar valor, enquanto todos despejam estoque, entregue experiência e enquanto todos brigam por centavos, eduque pelo diferencial. 

É comum vermos manchetes exaltando recordes de vendas, mas raramente vemos a imprensa questionar se o lucro acompanhou esse crescimento. É mais confortável exaltar o faturamento do que mostrar que lucro real exige coragem, estratégia e negação de modismos. 

A imprensa muitas vezes prefere o espetáculo da fila na loja aos bastidores do rombo no fluxo de caixa. Mas quem sobrevive no mercado não é quem aparece no jornal da sexta-feira. É quem ainda consegue pagar o décimo terceiro em dezembro. 

Talvez esteja na hora da mídia — e do mercado — abrirem espaço para uma nova conversa: menos números de fachada, mais realismo estratégico. 

Por isso, você, varejista, faça uma Black Friday que funcione:

 Planeje com margem: não caia na armadilha do “preço psicológico” sem base de custo.

  1. Selecione produtos que você quer girar, não os que você quer se livrar.
  2. Crie campanhas baseadas em clusters de clientes reais, não em massa genérica.
  3. Prepare o pós-venda com o dobro da força: vender é só o começo.
  4. Monitore em tempo real: ajuste rotas, cancele promessas, se necessário.
  5. Esteja disposto a dizer não: o cliente que reclama do seu preço, talvez não seja seu cliente. 

Tome muito cuidado com frases-lenda que podem viralizar, como “Desconto sem margem é autoflagelo”, “Toda Black Friday tem duas opções: crescer ou sangrar”, “Não é sobre vender muito. É sobre vender certo”, “A única Black que sua empresa deveria temer é a do fluxo de caixa negativo”, “Faturamento é vaidade. Margem é sanidade. Lucro é verdade” e “O cliente certo entende valor. O errado cobra frete grátis”. 

Empresas precisam parar de participar da Black Friday por medo de parecerem fracas, consumidores precisam parar de comprar por ansiedade emocional e líderes precisam parar de tratar o fim do ano como palco de heroísmo. 

A verdadeira força está em não saber dizer não, mas em construir campanhas lucrativas, éticas e sustentáveis, além de vender com propósito e margem. E em olhar para o DRE sem vergonha no rosto. Black Friday 2025 será o divisor de águas. Ou você lucra com verdade, ou desaparece com desconto.

  


Anderson Ozawa - CEO da AOzawa Consultoria, especialista em Prevenção de Perdas e Governança, consultor com mais de 40 programas de prevenção de perdas implantados com sucesso, palestrante, professor da FIA Business School e autor do livro “Pentágono de Perdas: Transformando Perdas em Lucros”


AOZAWA CONSULTORIA
www.aozawaconsultoria.com.br


Entre pedras e encantos: Vila Velha revela a magia dos encontros com a fauna dos Campos Gerai

Avistar animais silvestres entre os arenitos transforma a visita ao parque em uma experiência inesquecível e aproxima visitantes de todas as idades da natureza viva do Paraná


Quem passa pelos caminhos entre os arenitos gigantes de Vila Velha sabe: cada trilha pode reservar uma surpresa da natureza. Não é raro se deparar com um veado-campeiro espreitando na relva, ouvir o canto discreto do mutum ou cruzar o olhar curioso de um bugio nas copas das árvores. Em pleno coração dos Campos Gerais, o Parque Estadual de Vila Velha é palco de encontros mágicos com animais silvestres — momentos únicos, seguros e emocionantes, que ficam gravados na memória de quem visita.

“A experiência de ver um animal em seu habitat natural é sempre emocionante, mas aqui ela ganha outro significado. Cada encontro desses reforça o quanto somos apenas visitantes desse cenário e quanto precisamos respeitá-lo”, destaca Leandro Ribas, gestor da Soul Vila Velha, empresa concessionária do Parque. “Recebemos relatos de famílias inteiras encantadas por ver um lobo-guará cruzando o horizonte, ou crianças fascinadas ao avistar um tatu-canastra de perto. São momentos que conectam as pessoas ao parque de uma forma genuína, e é importante lembrar que todos esses avistamentos são absolutamente seguros, sem risco para quem visita: só encanto e aprendizado.”

Além dos famosos arenitos, das furnas e da Lagoa Dourada, o parque é um verdadeiro santuário para espécies típicas do Cerrado e da Mata Atlântica. Tamanduás, seriemas, tatus, gambás, ouriços, raposas, corujas e aves raras fazem parte deste mosaico de vida selvagem que habita o entorno das trilhas. Com sorte e discrição, alguns visitantes já tiveram o privilégio de avistar um lobo-guará — símbolo da fauna dos Campos Gerais — e até mesmo sinais da onça parda (sussuarana), o maior predador terrestre da região, cuja presença reforça o equilíbrio e a riqueza do ecossistema local.

Entre tantas experiências, a observação de pássaros se destaca de maneira singela. Dos galhos mais altos ao chão das trilhas, são dezenas de espécies que preenchem o parque com sons, cores e movimentos sutis, um convite para quem deseja contemplar o lado mais delicado da fauna local, câmera ou binóculo em mãos.

Com manejo ambiental rigoroso e equipes preparadas para orientar os visitantes, Vila Velha estimula a observação respeitosa, sem alimentar, perseguir ou interferir no comportamento dos animais. “O mais bonito é ver as crianças tentando ficar em silêncio só para ouvir o som dos bichos ou avistar alguma ave rara. Essas experiências são uma lição de respeito e encantamento que levamos pra vida”, comenta Ribas.

No mês de aniversário do Parque, o espaço convida o Brasil inteiro a viver essa conexão com a natureza. Entre trilhas, arenitos e encontros inesperados, Vila Velha prova que a maior aventura nem sempre está nos cartões-postais, mas nos detalhes de cada visita.


Sobre o Parque Estadual de Vila Velha

Localizado em Ponta Grossa-PR, a apenas uma hora de Curitiba, o Parque Estadual de Vila Velha é o primeiro parque estadual criado no Paraná, em 1953, e atualmente é uma concessão do Governo do Estado do Paraná, por meio do Instituto Água e Terra, à Soul Vila Velha, uma empresa do Grupo Soul Parques.

As bilheterias funcionam até as 15 horas. O parque indica, a chegada ainda pela manhã, para que os visitantes possam conhecer seus atrativos – Trilha Arenitos Unimed, Furnas e Lagoa Dourada – se deliciar com as diversas opções gastronômicas e ainda aproveitar as atrações de aventura – Tirolesa, Arvorismo e Cicloturismo.

https://parquevilavelha.com.br/


A urgência de um novo plano vintenário para o Brasil

  Já se passaram seis décadas desde que Juscelino  Kubitschek encerrou seu mandato como presidente do Brasil. Desde então, o país nunca mais experimentou um processo de desenvolvimento socioeconômico tão robusto em um único governo. 

  Juscelino assumiu em 1956 com o lema “50 anos em 5”, prometendo a modernização e a industrialização do Brasil em ritmo acelerado. A História mostrou que o discurso desenvolvimentista de JK não era mera retórica nem promessa vã, típica das campanhas eleitorais. 

  Para atingir seu objetivo, JK concebeu o Plano Nacional de Desenvolvimento, um conjunto de 30 metas a serem alcançados em cinco anos, prioridade absoluta de seu governo, anunciadas a todos os brasileiros na primeira reunião ministerial. De tão importante, o presidente não delegou a nenhuma pasta a execução da ideia, mantendo a gestão vinculada diretamente a si. 

  O governo de Juscelino concentrou-se em consolidar a industrialização pela instalação da indústria pesada – notadamente a automobilística, a multiplicação de siderúrgicas, no desenvolvimento da construção naval,  no fortalecimento do potencial energético, e no forte investimento em transportes e na produção agrícola. 

  A somatória de todas as iniciativas, coordenadas, resultou em extraordinária mudança para o país. A produção industrial subiu 80%; a média de crescimento anual do PIB Brasileiro saltou para inéditos 8,06% ao ano; a produção de equipamentos de transportes cresceu mais de 600% e a política agrícola acusou expressivo crescimento na produção de alimentos e grãos, impulstinada também pela fabricação nacional de de tratores. A potência energética aumentou mais de 60% e o número de rodovias asfaltadas foi quintuplicado. 

  Das 30 metas de seu Plano, JK cumpriu integralmente 80%, sem se descuidar das metas fiscal e de inflação, cruciais para o equilíbrio da economia. O 31º objetivo acrescido ao plano inicial foi a construção de Brasília, transferindo a capital federal para o planalto central, marco da interiorização do desenvolvimento e essencial para o desenvolvimento daquela região do país. Não foi promocao pessoal, mas sim o cumprimento do quanto estabelecido desde a Constituiçao de 1891, previsto em seu artigo 3º (que detalhava até a area).  

Não há dúvidas de que os cinco anos do governo JK construíram uma ponte indestrutível entre o velho e novo Brasil. Em 1960, as bases do desenvolvimento estavam consolidadas e, com elas, criadas as condições para os avanços nas próximas décadas. A visão de futuro de JK foi um marco para o fantastico agrobusiness brasileiro na região centro-oeste 

A verdade é que, 60 anos depois, período no qual o Brasil superou turbulento período político, alcançou a redemocratização e conseguiu estancar a vertiginosa inflação com o Plano Real – que estabilizou a moeda -, a nação não mais voltou a experimentar uma fase tão benéfica.  

Os avanços registrados desde então foram incapazes de reduzir as desigualdades sociais e regionais, de sustentar o ritmo de desenvolvimento e, ainda, de oferecer condições de vida digna à maior parte da população. 

Eleição após eleição, governo após governo, o país segue patinando apesar de seu enorme potencial econômico. Boa parte disso se explica pela ausência de um plano vintenário, de caráter socioeconômico-ambiental, voltado a ações de estado (não de governos) definidas para induzir o desenvolvimento sustentável, de forma planejada, crescente, com segurança jurídica, exploração responsável de suas imensas riquezas naturais, e ampliação e diversificação de seu parque industrial. 

É inegável que, há décadas, os governos têm-se dedicado a apresentar soluções espasmódicas para problemas graves, obviamente com resultados meramente paliativos. Não é de se estranhar, portanto, que mesmo se colocando entre as 10 maiores economias do mundo o Brasil continue apresentando indicadores medíocres na mensuração da qualidade de vida da população. 

O maior exemplo desse terrível paradoxo está no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), no qual o Brasil ocupa apenas a 84ª posição no ranking das Organizações das Nações Unidas (ONU), tendo caído 11 posições nos últimos três anos. Mas não é só. Em 2024, nosso país atingiu o maior nível internacional de desigualdade entre 56 nações analisadas, segundo o coeficiente Gini, utilizado para medir a disparidade na distribuição de renda ou riqueza de uma população, conforme divulgado pelo Relatório Global de Riqueza 2025. 

Essas são apenas duas marcas negativas – entre tantas -, de um país que mergulhou em um poço aparentemente sem fundo de privilégios e impunidade, com verdadeiras castas cada vez mais bem remuneradas graças a penduricalhos que furam o teto remuneratório constitucional e muitas vezes são isentos de Imposto de Renda. Enquanto isso, mais de um terço (35,6%) da população sobrevive com renda inferior a 1 salário mínimo/mês, em situação de acentuada pobreza. Não se pode ignorar que o salário mínimo nacional é o 2º menor entre os 9 países da América do Sul, superando apenas o da trágica Venezuela 

Para deixar, de uma vez por todas, de ser o “país do futuro” para ser uma nação justa e solidária, o Brasil precisa ser repensado, voltando-se os olhos para a realidade nua e crua dos brasileiros de todas as regiões. É fundamental ter vontade de ver e de ouvir, sensibilidade para captar, humildade para primeiro admitir e  depois corrigir os erros, capacidade para gerenciar, firmeza para a tomada de decisões, inteligência para definir um plano de ações a longo e médio prazo, e coragem para executá-lo ainda que os obstáculos sejam muitos. 

Há um bom exemplo na história para guiar nossos governantes, o Brasil está ansiosamente aguardando que a eleição que se avizinha agora em 2026 traga um novo Estadista a deixar um legado como Juscelino, alguém que pense além do seu mandato e não em reeleição. Sempre lembro do conselho do imortal Ariano Suassuna “O otimista é um tolo. O pessimista, um chato. Bom mesmo é ser um realista esperançoso.” 


Samuel Hanan é engenheiro com especialização nas áreas de macroeconomia, administração de empresas e finanças, empresário, e foi vice-governador do Amazonas (1999-2002). Autor dos livros “Brasil, um país à deriva” e “Caminhos para um país sem rumo”. Site: https://samuelhanan.com.br

 

O que a Oktoberfest e a Copa do Mundo 2026 têm em comum além das multidões? A resposta está na I

 

Divulgação

Com mais de 700 mil visitantes esperados para a Oktoberfest de Blumenau em 2025 e mais de 5 milhões de turistas projetados para circular pelas cidades-sede da Copa do Mundo de 2026, a segurança se torna uma operação complexa, estratégica e cada vez mais digital. Nos bastidores, a inteligência artificial já atua como aliada silenciosa para prever riscos, evitar aglomerações perigosas, identificar comportamentos suspeitos e proteger o público antes mesmo que algo aconteça.

Na edição de 2024 da Oktoberfest, o uso de câmeras inteligentes e patrulhas robotizadas resultou na redução de furtos de celulares e melhoria da resposta a incidentes. Já nos preparativos para a Copa do Mundo, estádios e centros urbanos se tornam laboratórios de tecnologias de IA embarcada, drones de vigilância, análise de fluxo em tempo real e integração de dados de múltiplas fontes.

O que une esses dois eventos, tão distintos em natureza e escala, é a urgência de um novo modelo de segurança: preditivo, conectado e automatizado.


O fim da vigilância apenas reativa

Tradicionalmente, a segurança em eventos se baseava em monitoramento manual por câmeras, agentes posicionados em locais estratégicos e uma lógica reativa. A IA mudou esse paradigma. Hoje, sistemas inteligentes são capazes de:

  • Detectar movimentações fora do padrão;
  • Identificar objetos abandonados em áreas sensíveis;
  • Prever zonas de colapso de fluxo com base em densidade e velocidade de circulação;
  • Emitir alertas automatizados em tempo real para as equipes de segurança.

Com aprendizado contínuo e dados históricos, esses sistemas reconhecem padrões típicos do evento e sinalizam desvios com precisão. O resultado é uma resposta mais rápida, direcionada e eficiente, otimizando inclusive o uso de recursos humanos no campo.

Da festa à final: o que eventos de massa têm a ensinar 

Blumenau vem se destacando como campo de testes para essas tecnologias. Em 2024, os visitantes já vivenciaram a presença de robôs patrulheiros e câmeras com algoritmos de IA no parque da Vila Germânica. Para 2025, o plano é ampliar essa rede, integrando todos os dados em uma central inteligente de comando.

Essa experiência, embora local, oferece aprendizados preciosos para eventos como a Copa do Mundo, em que a interoperabilidade entre sistemas, a análise preditiva e a coordenação entre segurança pública, privada e emergencial serão determinantes. Estádios, zonas de transporte, hospedagem e fan fests precisam dialogar tecnologicamente, e é a IA que permitirá isso.

Lembrem-se: o desafio está na implementação, não mais na tecnologia

A pergunta, hoje, já não é mais se a inteligência artificial será usada para garantir segurança em grandes eventos. Ela já está sendo usada e com bons resultados. A questão central agora é como essas soluções serão implementadas com responsabilidade, respeitando privacidade, auditabilidade dos algoritmos, ética no uso de dados e clareza sobre sua função.

A experiência brasileira em eventos de massa pode, e deve, servir de modelo. O que vem sendo desenvolvido em Blumenau, por exemplo, tem potencial de escalar, inspirar e até exportar boas práticas. A IA na segurança não substitui o fator humano, ela o potencializa. Quando bem aplicada, transforma a gestão de risco em ação antecipada. Resta saber se organizadores e autoridades estarão dispostos a levar essa transformação a sério.  


            

Gustavo Napomuceno - arquiteto de soluções da Mouts TI.


quarta-feira, 1 de outubro de 2025

Dia Internacional do Café: como aproveitar a bebida sem prejudicar dentes e gengivas

Reprodução internet

Dra. Paula Fusetto esclarece mitos sobre o consumo de café e cuidados essenciais com a saúde bucal

 

Hoje, 1º de outubro, é comemorado o Dia Internacional do Café, bebida presente na rotina de milhões de brasileiros. Além de despertar e trazer prazer, o café também levanta dúvidas sobre seus efeitos nos dentes. 

“Vamos quebrar alguns tabus: tomar café em jejum não tem problema nenhum. O que realmente pode prejudicar é o excesso de açúcar, então o ideal é reduzir ou eliminar o açúcar adicionado”, explica a dentista especialista em periodontia e reabilitação estética funcional, Dra. Paula Fusetto. 

A profissional ressalta que fatores como esmalte mais poroso ou com pequenas trincas favorecem o acúmulo de pigmentos do café, mas o simples consumo da bebida não é determinante para o escurecimento dos dentes. “O que escurece mesmo é a falta de higiene regular. O biofilme ou placa bacteriana que se acumula sobre os dentes acaba absorvendo os pigmentos, e é aí que o manchamento aparece”, afirma. 

Outro mito que Dra. Paula esclarece é sobre o momento da escovação. “Não é necessário esperar 30 minutos para escovar os dentes. Escovar logo após ajuda a remover o biofilme e evita que os pigmentos se fixem, protegendo o esmalte.” 

O consumo equilibrado do café, segundo a especialista, não causa problemas sérios na estética dental. “O importante é combinar prazer com cuidado: reduzir o açúcar, manter higiene bucal regular e visitar o dentista periodicamente.” 

Assim, é possível saborear seu café sem culpa e manter o sorriso saudável. Neste Dia do Café, aproveite a bebida, mas não descuide dos cuidados com os dentes!

 

Dia Mundial do Idoso: diagnóstico e tratamento do TDAH são fundamentais para qualidade de vida na terceira idade

Data é celebrada em 1º de outubro; estudos indicam que pessoas com TDAH têm risco três vezes maior de desenvolver Alzheimer7

 

De acordo com o Censo Demográfico, em nove anos, o número de pessoas com mais de 60 anos no Brasil cresceu quase 40%¹. Entre 2012 e 2021, o país passou de 20,5 milhões para 31,2 milhões de indivíduos nessa faixa etária, representando 14,7% da população atual¹. Esse aumento, aliado a maior expectativa de vida, evidencia um desafio essencial: não apenas viver mais, mas viver melhor, com foco na saúde e qualidade de vida. Nesse cenário, o diagnóstico de Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) na terceira idade representa um desafio para especialistas, já que seus sintomas podem ser confundidos com declínio cognitivo, ansiedade ou depressão. 

Estudos recentes alertam que pessoas com TDAH têm risco três vezes maior de desenvolver Alzheimer. Uma pesquisa sueca com aproximadamente 3,6 milhões de participantes revelou que pacientes com o transtorno apresentam até seis vezes mais chances de enfrentar problemas de memória e atenção na terceira idade, reforçando a importância de atenção dedicada a esse grupo⁷. 

O TDAH é um transtorno neurobiológico de origem genética, que surge na infância e frequentemente acompanha o indivíduo ao longo da vida. Embora associado a crianças e jovens adultos, ele pode persistir após os 50 anos, quando os sintomas podem ser confundidos com outras condições comuns do envelhecimento, como comprometimento cognitivo leve, depressão ou ansiedade⁵ Na terceira idade, as manifestações do TDAH se alteram: a hiperatividade típica da infância costuma dar lugar a uma inquietação interna, como agitação e fala excessiva, enquanto a desatenção permanece constante. ⁶


Além disso, o TDAH em idosos frequentemente ocorre junto com outras condições psiquiátricas, como depressão e ansiedade, e problemas físicos comuns na idade avançada, como hipertensão e fibromialgia. Essa combinação pode agravar o quadro clínico e impactar a cognição e afetar diretamente o bem-estar emocional. Por isso, é importante diferenciar o TDAH de outras doenças geriátricas, como demência e comprometimento cognitivo leve, para assegurar um tratamento eficiente e preservar a qualidade de vida na terceira idade⁵.


Diagnóstico

Denominado ASRS-18, o questionário para diagnóstico do TDAH, validado no Brasil, foi desenvolvido por pesquisadores em colaboração com a Organização Mundial da Saúde e serve como ponto de partida para identificar possíveis sintomas primários do distúrbio. O diagnóstico preciso deve ser feito por meio de uma anamnese detalhada conduzida por um profissional médico especializado (psiquiatra, neurologista ou pediatra), já que muitos sintomas podem estar associados a outras comorbidades ou condições clínicas e psicológicas.

A escala de avaliação é dividida em duas partes:

Parte A

1. Com que frequência você comete erros por falta de atenção em projetos difíceis ou repetitivos?

2. Com que frequência tem dificuldade para manter a atenção em trabalhos tediosos?

3. Com que frequência se distrai com o que as pessoas dizem, mesmo quando estão falando diretamente com você?

4. Com que frequência deixa um projeto pela metade depois de concluir as partes mais difíceis?

5. Com que frequência tem dificuldade para realizar tarefas que exigem organização?

6. Quando precisa de concentração intensa, com que frequência evita ou adia o início da atividade?

7. Com que frequência coloca objetos fora do lugar ou tem dificuldade para encontrá-los em casa ou no trabalho?

8. Com que frequência se distrai com atividades ou barulho ao redor?

9. Com que frequência tem dificuldade para lembrar compromissos ou obrigações?


Parte B

1. Com que frequência se mexe na cadeira ou balança mãos e pés quando precisa permanecer sentado(a) por muito tempo?

2. Com que frequência se levanta da cadeira em reuniões ou outras situações que exigem permanência sentada?

3. Com que frequência se sente inquieto(a) ou agitado(a)?

4. Com que frequência tem dificuldade para relaxar ou sossegar durante o tempo livre?

5. Com que frequência se sente excessivamente ativo(a), como se tivesse “um motor ligado”?

6. Com que frequência fala demais em situações sociais?

7. Com que frequência termina as frases das pessoas antes delas concluírem?

8. Com que frequência tem dificuldade para esperar sua vez?

9. Com que frequência interrompe os outros quando estão ocupados?


O diagnóstico de TDAH não pode ser feito apenas com base em sintomas isolados. É essencial identificar critérios adicionais: os sinais devem estar presentes desde a infância (antes dos 12 anos), causar prejuízos em pelo menos dois contextos distintos (como trabalho, estudo ou vida social), gerar dificuldades evidentes e não serem explicados exclusivamente por outros transtornos, como depressão ou psicose².


Tratamento

O tratamento do TDAH, com ou sem medicação, deve ser contínuo e prolongado o suficiente para controlar os sintomas e minimizar impactos na vida escolar, profissional, familiar e social. Como mencionado, o transtorno pode persistir em alguns casos até a vida adulta. A atomoxetina (Atentah®), um inibidor da recaptação da noradrenalina, é o primeiro medicamento não estimulante indicado para o TDAH disponível no Brasil, comercializado desde o final de 2023 e nos Estados Unidos desde 2002. Atentah® representa uma opção terapêutica importante para pacientes que não respondem aos psicoestimulantes ou que apresentam determinadas comorbidades clínicas4.

  

Apsen
https://www.apsen.com.br

 


Referências:

1. Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC). Crescimento da população idosa traz desafios para a garantia de direitos. 2023. Disponível em: https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/2023/outubro/crescimento-da-populacao-idosa-traz-desafios-para-a-garantia-de-direitos. Acesso em: 29 set.2025.

2. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO DÉFICIT DE ATENÇÃO – ABDA. O que é TDAH. Disponível em: https://tdah.org.br/sobre-tdah/o-que-e-tdah/. Acesso em: 29 set. 2025.

3. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO DÉFICIT DE ATENÇÃO – ABDA. Diagnóstico em adultos. Disponível em: https://tdah.org.br/diagnostico-adultos/. Acesso em: 29 set. 2025.

4. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade na adolescência. Documento Científico Nº 203, 06 de maio de 2025. Disponível em: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/24802d-DC_TDAH_na_adolescencia.pdf. Acesso em: 29 set. 2025.

5. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS. Perfil de idosos portadores de TDAH atendidos em ambulatórios de geriatria: uma série de casos. Campinas, 2022. Disponível em: https://www.fcm.unicamp.br/comau/sites/default/files/2022-08/PERFIL%20DE%20IDOSOS%20PORTADORES%20DE%20TDAH.pdf. Acesso em: 29 set. 2025.

6. TORGERSEN, Terje; GJERVAN, Bjorn; LENSING, Michael B. Optimal management of ADHD in older adults. Neuropsychiatr Dis Treat, v. 12, p. 79–87, 2016. Disponível em: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC4712975/. Acesso em: 29 set. 2025.

7. DOBROSAVLJEVIC, Maja et al. Attention-deficit/hyperactivity disorder as a risk factor for dementia and mild cognitive impairment: a population-based register study. European Psychiatry, v. 65, n. 1, p. 1-19, 2021. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/34924079/. Acesso em: 29 set. 2025.


Estação da Luz da CPTM recebe ação de prevenção ao HIV e outras ISTs nesta quinta-feira (2)

Divulgação CPTM
Durante a atividade, que acontece das 14h às 18h, serão distribuídos autotestes de HIV e oferta de PrEP


Nesta quinta-feira (02/10), a Estação da Luz da CPTM recebe, em parceria com o Programa Estadual de IST/Aids da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo, uma ação de saúde com foco na prevenção do HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis (IST).

Das 14h às 18h, os técnicos realizarão testes rápidos, distribuição de autotestes de HIV e profilaxia pós-exposição (PrEP), para pessoas que possam ter sido expostas por meio de relações sexuais.

O objetivo da ação é oferecer diagnóstico precoce para quem não tem conhecimento de seu status sorológico, além de prevenir a disseminação da doença.


Serviço

Testagem IST's e PrEP
Local: Estação da Luz (linhas 7-Rubi, 10-Turquesa, 11-Coral e Expresso Aeroporto)
Data: quinta-feira (02/10)
Horário: das 14h às 18h

 

Envelhecimento saudável: psicólogo alerta para cuidados com a saúde mental no Dia Nacional do Idoso

Freepik

Nesta quarta-feira, 1º de outubro, é celebrado o Dia Nacional do Idoso, data que chama a atenção para a importância da qualidade de vida na terceira idade. O psicólogo e especialista em saúde mental, Alexander Bez, destaca que, além da saúde física, é fundamental adotar hábitos que preservem o bem-estar emocional, já que a depressão é uma das condições clínicas mais frequentes entre idosos. 

“É importante entender que nem todas as pessoas desenvolverão depressão ao envelhecer. Porém, em pacientes que já tiveram a condição, o processo de envelhecimento pode funcionar como gatilho para recaídas. Mudanças de rotina, perdas e até a aposentadoria podem provocar sentimentos de tristeza, impotência ou solidão. Por isso, a preparação para essa fase é essencial”, explica Bez. 

Segundo o especialista, a solidão é um dos fatores mais perigosos para a saúde mental do idoso. “A solidão é potencialmente fatal, funcionando como um ‘açúcar autodestrutivo’ para a depressão. Ela vai consumindo gradativamente a pessoa, que passa a apresentar déficits cognitivos, de sono, de alimentação e, principalmente, de vontade de viver”, alerta. 

Bez orienta que a manutenção de bons hábitos é essencial para prevenir o declínio emocional e promover bem-estar. A seguir, algumas estratégias descritas pelo especialista para preservar a saúde mental na terceira idade: 

  • Praticar exercícios físicos, como musculação e atividades aeróbicas, que estimulam a liberação de serotonina e dopamina;
  • Evitar o consumo excessivo de notícias negativas, que aumentam a melancolia;
  • Manter uma alimentação equilibrada, rica em nutrientes e pobre em gorduras e açúcares;
  • Moderar o uso de álcool e evitar drogas ilícitas;
  • Valorizar boas noites de sono, fundamentais para disposição e motivação;
  • Investir em vínculos sociais, seja com familiares, amigos, clubes, cursos, voluntariado ou até mesmo de forma online;
  • Respeitar os próprios limites e encontrar atividades prazerosas, como passeios, viagens ou a companhia de um animal de estimação;
  • Seguir corretamente o tratamento médico, incluindo psicoterapia e medicações quando prescritas.


O psicólogo reforça que o segredo do envelhecimento saudável está no equilíbrio entre cuidado físico e mental. “A cada perda existencial, como a de um amigo ou parente, o impacto emocional pode ser devastador. Mas, com acompanhamento médico, atividades sociais e hábitos saudáveis, o idoso consegue viver essa fase de forma mais leve e significativa”, conclui.

 


Queda de patentes vai ampliar a fabricação de remédios genéricos no Brasil

Especialista fala sobre os benefícios dos genéricos e da abertura de mercado; desde que começaram a ser vendidos no Brasil, consumidores economizaram R$ 366 bilhões 

 

Nos próximos cinco anos, o mercado farmacêutico brasileiro passará por uma transformação significativa. Cerca de 1,5 mil patentes - vinculadas a aproximadamente mil medicamentos usados no tratamento de 186 doenças – vão expirar. 

A lista inclui terapias essenciais contra câncer, diabetes, doenças cardiovasculares, neurológicas e infecções. Na prática, a mudança abre espaço para que versões genéricas desses fármacos sejam produzidas por diferentes indústrias, o que deve reduzir custos e facilitar o acesso da população. 

Segundo estimativas da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos e Biossimilares (PróGenéricos), a chegada dos novos genéricos pode aumentar em 20% a oferta desse tipo de medicamento no país. Atualmente, a produção nacional conta com 102 laboratórios, somando 4.859 apresentações registradas.

 

O que são e quais os benefícios dos medicamentos genéricos?

Os genéricos são versões de medicamentos inovadores, cujas patentes já expiraram. Eles foram introduzidos no Brasil em 1999, a partir da Lei nº 9.787. Desde então, tornaram-se um marco na democratização do acesso à saúde em virtude do preço mais baixo. 

De acordo com a PróGenéricos, 15 dos 20 fármacos mais prescritos no Brasil são genéricos. O desconto médio desses itens em relação ao medicamento pioneiro é de 35%. A economia acumulada entre 1999 e 2024 para o consumidor é estimada em R$ 366 bilhões. 

Regulamentados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os genéricos devem conter o mesmo princípio ativo do produto original, na mesma dosagem, forma farmacêutica, via de administração e comprovar bioequivalência, ou seja, oferecer os mesmos efeitos terapêuticos. Eles também devem ser identificados pela tarja amarela na qual se lê "Medicamento Genérico".

A coordenadora do curso de Farmácia do Centro Universitário Integrado de Campo Mourão (PR), Ana Carla Broetto Biazon, explica que “o genérico é intercambiável com o medicamento de referência. Isso significa que o paciente pode substituí-lo sem prejuízo ao tratamento, com a segurança de que terá a mesma eficácia e qualidade. No entanto, a substituição só pode ser realizada pelo farmacêutico responsável do estabelecimento que vende esses itens e deverá ser registrada na prescrição médica”.

15 dos 20 fármacos mais prescritos no Brasil são genéricos; medicamentos
são mais baratos e têm a mesma eficácia nos tratamentos de saúde  
Crédito da foto PróGenéricos

 Abertura de mercado


Quando uma indústria desenvolve um medicamento inovador, ela obtém a patente, que garante exclusividade de produção e venda por um período limitado; média de 15 anos. Quando essa licença acaba, outras indústrias podem fabricar versões genéricas. 

“Isso representa uma oportunidade para que outros laboratórios produzam versões genéricas desses fármacos. Isso aumenta a concorrência, reduz preços, amplia o acesso da população aos tratamentos, diminui o risco de desabastecimento e movimenta o mercado nacional”, explica Ana Carla. 

Entre os grupos mais relevantes impactados pela queda de patentes estão os medicamentos oncológicos, antidiabéticos, cardiovasculares, neurológicos e antibióticos. Esses remédios representam alto custo tanto para os pacientes, quanto para o Sistema Único de Saúde (SUS). Atualmente, 85% dos medicamentos do Programa Farmácia Popular são genéricos.

 

Segurança e qualidade garantidas

Apesar do preço menor, os genéricos não ficam atrás dos medicamentos de marca quando o assunto é eficácia. A legislação brasileira - reforçada por resoluções da Anvisa - exige que esses produtos passem por rigorosos testes de qualidade e bioequivalência antes de serem disponibilizados ao consumidor. 

“Todo medicamento genérico deve comprovar que possui a mesma concentração de princípio ativo, a mesma forma de administração e o mesmo efeito terapêutico. A única diferença está na embalagem, no nome e no preço”, reforça a coordenadora do curso de Farmácia do Centro Universitário Integrado de Campo Mourão (PR), Ana Carla Broetto Biazon.

 

Sobre o Centro Universitário Integrado

Localizado em Campo Mourão–PR, o Centro Universitário Integrado oferece, há mais de 25 anos, ensino superior de excelência reconhecido pelo MEC, com nota máxima no Conceito Institucional. Alinhado às demandas do mercado, a instituição busca promover uma formação voltada ao desenvolvimento de competências essenciais para os profissionais de hoje e do futuro.

Conta com infraestrutura moderna, laboratórios com tecnologia de ponta, metodologias de ensino inovadoras e um corpo docente com sólida experiência acadêmica e prática profissional. 

Em 2022, implementou o Integrow — Ecossistema de Inovação Integrado, voltado à promoção da cultura empreendedora, da pesquisa aplicada e da inovação. 

Atualmente, o Integrado oferece mais de 60 cursos de graduação nas modalidades presencial, semipresencial e a distância — incluindo áreas como Direito, Medicina e Odontologia — além de mais de 70 cursos de pós-graduação em diversas áreas do conhecimento.

 

Mais praticidade e segurança: o papel do anticoncepcional injetável no planejamento familiar

No Dia Mundial da Contracepção, médico reforça a importância de ampliar o acesso à informação e discutir alternativas seguras para a saúde reprodutiva

 

 

O dia 26 de setembro marca o Dia Mundial da Contracepção, uma data criada para conscientizar sobre a importância do planejamento familiar e do acesso a métodos contraceptivos seguros. A discussão vai além da prevenção da gravidez indesejada: trata-se de promover autonomia, saúde e qualidade de vida para mulheres em todo o mundo.

Entre as diversas opções disponíveis, o anticoncepcional injetável tem ganhado cada vez mais espaço por sua praticidade e eficácia. Diferente das pílulas, que exigem disciplina diária, a versão injetável pode ser aplicada mensalmente ou trimestralmente, dependendo da formulação, garantindo maior comodidade e reduzindo as chances de falhas associadas ao esquecimento.

Segundo o Dr. Carlos Alberto Reyes Medina, Diretor Médico da Carnot Laboratórios, essa modalidade oferece vantagens que vão além da praticidade. “O anticoncepcional injetável é uma alternativa segura e eficaz, especialmente para mulheres que têm dificuldade em manter a rotina diária da pílula. Além disso, elimina a preocupação do uso incorreto e garante mais tranquilidade para o planejamento familiar”, explica.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que mais de 214 milhões de mulheres em países de baixa e média renda ainda não têm acesso a métodos contraceptivos modernos. No Brasil, embora o uso da pílula continue sendo predominante, observa-se uma crescente busca por alternativas que se adaptem melhor ao estilo de vida e às necessidades individuais.

O Dr. Carlos ressalta que a escolha do método contraceptivo deve sempre ser feita em conjunto com um profissional de saúde. “Cada mulher tem um perfil diferente. Há situações em que a pílula é mais indicada, em outras, o injetável pode ser a melhor opção. O importante é que exista acesso à informação de qualidade para que a decisão seja consciente e adequada à realidade de cada paciente”, destaca.

No Dia Mundial da Contracepção, a mensagem é clara: investir em informação e ampliar o acesso a métodos contraceptivos é fundamental para garantir não apenas a prevenção de gestações não planejadas, mas também para promover saúde reprodutiva e autonomia feminina.

 

Carnot® Laboratórios

 

SBGG reforça importância do envelhecimento saudável no Dia Nacional e Internacional da Pessoa Idosa

Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia aponta práticas essenciais para manter independência e bem-estar na longevidade.

 

Amanhã, dia 1º de outubro, é o Dia Nacional e Internacional da Pessoa Idosa, data criada para conscientizar a sociedade sobre as questões do envelhecimento, a importância de proteger e cuidar da população idosa e garantir os direitos e participação plena na sociedade. Hoje, no Brasil, existem mais de 33 milhões de pessoas com mais de 60 anos. 

Projeção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indica que para as próximas décadas, a expectativa de vida deve chegar a 77,8 anos em 2030; a 79,7 anos em 2040; a 81,3 anos em 2050; a 82,7 anos em 2060 e a 83,9 anos em 2070. O fato é que o aumento da longevidade é consequência de uma série de fatores, como a melhoria na alimentação, a prática de exercícios físicos e os avanços da medicina. Em 2070, espera-se que 37,8% dos habitantes do país sejam idosos, mais do que o dobro de hoje. 

De acordo com o geriatra e presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), Dr. Leonardo Oliva, a longevidade não depende apenas de se evitar doenças, mas sim de preservar a funcionalidade, a autonomia e a qualidade de vida. Ele explica que os principais cuidados que a população 60+ deve ter com a saúde incluem manter um acompanhamento médico regular e tratar possíveis doenças crônicas, manter uma atividade física regular, cuidar da nutrição e do sono, cuidar da saúde mental, controlar o estresse, não beber e não fumar e manter vínculos sociais. “O aumento da expectativa de vida se dá por uma combinação de fatores que incluem desde a melhoria das condições sanitárias, avanços na medicina, especialmente relacionados às vacinas, antibióticos, controle de doenças cardiovasculares, controle e tratamento dos cânceres e maior conscientização sobre estilo de vida saudável”, comenta, ao revelar que esse aumento da expectativa de vida no Brasil provocou um envelhecimento populacional acelerado, dobrando a população idosa de 7% para 14% em pouco mais de duas décadas.

 

Quando procurar um geriatra?

Segundo Dr. Oliva, a idade certa para se procurar um geriatra é quando a pessoa decide que quer envelhecer bem. Ele afirma que não existe um marco etário para iniciar o acompanhamento geriátrico, mas que muitas pessoas imaginam que só podem ir ao geriatra após os 60 anos, o que não é verdade. “O geriatra tem um papel importante na saúde dos indivíduos mais jovens. Começamos a envelhecer por volta dos 30, 35 anos e para essa população o geriatra acaba ajudando a tomar decisões ao longo da vida, que influenciarão como essas pessoas chegarão à terceira idade”, diz, ao comentar que aproximadamente 20% de como a pessoa envelhecerá está relacionada com a parte genética e outros 20% pelo ambiente em que se vive e os outros 60% pelas escolhas tomadas com o auxílio do geriatra. “É importante entendermos que o envelhecimento é um processo heterogêneo. As pessoas envelhecem de maneira diferente e não existe um ‘pacote fixo’ de exames que devem ser realizados por todos. Existem os mais comuns e os chamados de rotina, a cada um ou dois anos, a depender da idade e das condições clínicas do paciente e do histórico familiar, que são importantes do ponto de vista da saúde cardiovascular e na detecção precoce de cânceres.” 

No entanto, para se ter uma longevidade bem-sucedida, é necessário um acompanhamento de outros profissionais da área da saúde, especialistas em gerontologia, como fisioterapeutas, nutricionistas, fonoaudiólogos, psicólogos, terapeutas ocupacionais, entre outros, cabendo ao geriatra o gerenciamento e a coordenação desses cuidados.


Trabalho em conjunto

A parte nutricional merece destaque especial. Afinal, o alimento tem um papel importante na longevidade. para se ter uma vida mais longeva, é preciso atenção. A nutricionista especialista em gerontologia e membro do conselho consultivo da SBGG, Dra. Simone Fiebrantz Pinto, explica que a hidratação é fundamental, mas que muitas vezes acaba sendo “esquecida”, o que não é o correto, segundo ela, já que não se pode esperar a sensação de sede para beber água, que é difícil de o idoso sentir. “Existe uma conta para se chegar à hidratação correta. São 30 mililitros multiplicados pelo peso da pessoa. Por exemplo, se ela pesa 75 quilos, precisa ingerir, ao longo do dia, dois litros e duzentos e cinquenta mililitros de líquidos, que podem ser água, água com gás, água saborizada com folhas de hortelã ou lascas de frutas, e chás”, revela a nutricionista, ao comentar que os alimentos mais recomendados são as proteínas animais (carnes, leite, ovos e peixes) e vegetais (leguminosas). Dra, Simone explica que elas podem ser distribuídas em todas as refeições, pensando em 30 gramas de proteína por porção. “Importante ressaltar que as proteínas precisam ser de 1,2 grama a 1,5 grama por quilo de peso. Assim, essa pessoa de 75 quilos, precisa consumir entre 90 gramas e 112 gramas por dia.” 

Para imunidade e garantir o melhor funcionamento do intestino, a nutricionista indica o consumo de 350 gramas a 500 gramas por dia entre frutas e legumes, além de consumir 30 gramas de sementes oleaginosas (nozes, castanhas, amendoim) também diariamente. “Comer bem é ter proteínas em todas as refeições, tendo uma boa variedade de alimentos no dia a dia, com a consistência estar adequada para cada necessidade”, diz, ao ressaltar que quando avaliado pelo nutricionista que não está atingindo o consumo adequado de micro e macro nutrientes, pode ser orientado a inclusão de suplementos. “O grande erro é usá-los por autoprescrição. Consultar um profissional é fundamental.” 

A fisioterapeuta e presidente do Departamento de Gerontologia da SBGG, Dra. Isabela Azevedo Trindade, explica que a longevidade depende de três pilares principais: manter-se fisicamente ativo; preservar vínculos sociais e cuidar da saúde e dentre as atividades físicas mais indicadas, ela cita a musculação, a caminhada, a hidroginástica, o pilates, o alongamento e os exercícios de equilíbrio. “O ideal é combinar atividades aeróbicas, de força e de flexibilidade, com prática de três a cinco vezes por semana, sempre com orientação profissional para evitar lesões.” 

Ela comenta também que a pessoa idosa deve se atentar para possíveis acidentes dentro e fora de casa. De acordo com ela, os maiores riscos estão relacionados a quedas. “Dentro de casa, geralmente, a queda é provocada por tapetes soltos, má iluminação e ausência de barras de apoio. Já no lado de fora, o problema está relacionado a irregularidades no piso, trânsito e aglomerações”, relata, ao afirmar que a pessoa idosa deve utilizar, se necessário, uma bengala ou andador para facilitar a locomoção, assim como ter a visão e a audição avaliadas regularmente e utilizar roupas confortáveis, que não limitem os movimentos, e sapatos fechados, antiderrapantes e firmes. “Interromper a prática de atividades físicas, automedicar-se, resistir a adaptações na casa e acreditar que envelhecer significa se isolar são os principais erros que a pessoa idosa costuma cometer”, comenta.

 

Atenção à saúde mental

Manejo do estresse, fortalecimento da autoestima e do sentimento de autoeficácia, por meio do aprendizado de coisas novas, manter vínculos de amizades, criar novas relações sociais e ter propósitos de vida, por exemplo, são fundamentais para longevidade, de acordo com a psicóloga especialista em gerontologia, Dra. Cecília Galetti, membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia seccional Paraná, que comenta que não cultivar as amizades ao longo da vida, não manter vínculos positivos com a família e não ter atividades de lazer são os principais erros cometidos, que prejudicam a saúde mental. “A família da pessoa idosa tem um papel importante nesse processo, mantendo uma dinâmica que gere o senso de pertencimento, valorização e reconhecimento do seu papel dentro da família, tratando esse idoso conforme suas capacidades, e não como incapaz, além de não o infantilizar”, explica, ao citar o idadismo, a desqualificação e a desvalorização da pessoa como as principais ameaças à saúde mental da população 60+.

  

Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia - SBGG


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