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terça-feira, 1 de abril de 2025

Dia da Mentira: Mentiras que você acredita sobre ciclismo urbano

Desmistificar ideias pode ajudar pessoas a descobrir os benefícios e a pedalar sem medo por aí

 

Apesar do Dia da Mentira ser uma data propícia para brincar e contar histórias bem-humoradas, a data também é uma oportunidade de revisitar alguns mitos que foram perpetuados por tempo demais. Apesar da maioria das crenças serem inofensivas, algumas delas podem impactar a escolha das pessoas e até mesmo sua qualidade de vida. Isso acontece quando as pessoas acreditam em mitos sobre a prática do ciclismo urbano e, consequentemente, podem manter um estilo de vida sedentário, por exemplo. 

Com objetivo de fazer com que as pessoas decidam experimentar o ciclismo, Thiago Boufelli, Chief Operations Officer da Tembici, elencou algumas mentiras sobre a atividade que devem ser superadas.


1. Praticar ciclismo é caro

Não é exagero afirmar que é possível encontrar bicicletas que custam o preço de uma moto. Porém, tais valores não são tão comuns como se imagina. Além disso, costumam ser encontrados em modelos específicos para competições e para atletas profissionais. Assim, quem quer pedalar por hobby ou exercício físico pode encontrar uma ampla gama de opções mais baratas. É importante ressaltar que a prática do ciclismo urbano não depende unicamente da aquisição de um modal. O sistema de bicicletas compartilhadas surge como uma alternativa mais econômica e prática em comparação com os investimentos necessários na aquisição e manutenção de uma bicicleta própria. De acordo com informações da Tembici, 66% dos usuários brasileiros do sistema não possuem uma bike.


2. Bicicletas não podem trafegar na rua

Apesar das ciclovias e ciclofaixas serem os melhores espaços para os ciclistas pedalarem, engana-se quem pensa que as bikes devem ficar confinadas em tais áreas. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, as bicicletas podem ser conduzidas em ruas, assim como outros meios de transporte. Na verdade, a orientação é que, em espaços sem infraestrutura cicloviária, a bicicleta deve trafegar nas ruas e não nas calçadas. Dessa forma, os ciclistas também precisam seguir uma etiqueta de trânsito. Em tais vias, é importante sinalizar com as mãos a mudança de direção do modal e manter uma velocidade e a direção compatíveis com a determinação local. Além disso, o uso de celular e fones de ouvido devem ser evitados. O ideal é ter foco total no trânsito.
 

3. Ciclismo é apenas para jovens

A crença equivocada de que o ciclismo é uma atividade que apenas pessoas mais jovens devem praticar anda de mãos dadas com outro mito de que é impossível aprender a pedalar depois de adulto. Pedalar é uma prática democrática e acessível para um público de uma ampla faixa etária e é importante que adultos e idosos não se desmotivem com crenças etaristas que podem fazer com que percam a chance de experimentar um hobby novo ou de se exercitar. Além disso, opções de bicicletas elétricas, modelo disponível em alguns sistemas de bikesharing, podem ser um primeiro contato interessante com o ciclismo urbano. Por fim, tanto jovens quanto pessoas mais velhas devem se atentar aos limites individuais quando começarem a pedalar ou a praticar qualquer outro esporte.

 

Tembici
imprensa@tembici.com


Tendinite: se ignorar, piora!

Não ignore os sinais de tendinite
Freepik

A doença é decorrente de uma inflamação dos tendões e, caso não cuidada, pode evoluir para condição crônica - como LER e DORT

 

Você já sentiu aquela dor incômoda ao mover uma articulação? Pode ser um sinal de tendinite, uma inflamação que afeta os tendões e que, se ignorada, pode se tornar uma condição crônica. O último levantamento da Pesquisa Nacional de Saúde apontou que 2,5% das pessoas com 18 anos têm algum problema nos tendões. Nas médias e grandes empresas há políticas e condutas que amenizam o surgimento ou agravamento de lesões, porém são os trabalhadores domésticos os mais afetados por Lesões por Esforços Repetitivos (LER) e Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT). 

Ignorar sinais ou sequer ter orientação adequada para prevenção é a realidade de muitos pacientes que procuram por ajuda tardiamente. O especialista em Fisioterapia Ortopédica e Mestre em Ciências da Reabilitação, Claudio Magalhães, explica que a tendinite é caracterizada pela inflamação do tendão e, atualmente, as alterações morfológicas são denominadas tendinopatias. "Os sintomas da tendinite são dor e edema localizados no tendão", disse. Essa condição não é exclusividade de uma faixa etária específica, mas é propensa a ser mais frequente em indivíduos jovens – “enquanto as tendinoses acometem mais indivíduos acima de 40 anos", complementa. 

O dia a dia mais agitado, tecnológico e de múltiplas telas, somado ao estilo de vida (por vezes, sedentário) pode ocasionar no crescimento de casos de tendinite. Segundo Cláudio, que leciona na Una Sete Lagoas (do ecossistema Ânima), diariamente ele acompanha "não só jovens, mas indivíduos de qualquer idade que fazem o uso excessivo das mãos, que estão em risco. Atividades repetitivas, como digitar no computador ou usar celulares, podem evoluir para lesões como LER e DORT”. 

Para prevenir a tendinite, o fisioterapeuta recomenda aumentar a capacidade física com exercícios supervisionados e regular a carga de trabalho ocupacional. "As pausas, por exemplo, são super importantes para descansar e recuperar o corpo", ressalta ele.

 

Já tem sintomas?

Caso os sintomas já estejam presentes, o tratamento inicial deve ser medicamentoso e fisioterapêutico. "É fundamental iniciar a fisioterapia o mais rápido possível após o início dos sintomas", alerta. 

Ignorar os sinais de dor pode levar à evolução da tendinite para uma condição crônica. "Se você sente dor em algum tendão ou músculo, não hesite em procurar um especialista da área ortopédica para obter orientação adequada. Toda condição crônica é de manejo clínico mais difícil do que condições agudas ou subagudas", conclui.

 

Una


BOLETIM DAS RODOVIAS

Tarde com congestionamento no sentido interior da Raposo Tavares


A ARTESP - Agência de Transporte do Estado de São Paulo informa as condições de tráfego nas principais rodovias que dão acesso ao litoral paulista e ao interior do Estado de São Paulo no início da tarde desta terça-feira (1°).

 

Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI)

Tráfego normal, sem congestionamento.

 

Sistema Anhanguera-Bandeirantes

Tráfego normal, sem congestionamento.

 

Sistema Castello Branco-Raposo Tavares

Congestionamento no sentido interior da Raposo Tavares (SP-270), entre o km 104 e o km 106. Sentido capital, o tráfego é normal. Na Castello Branco (SP-280), há lentidão do km 21 ao km 24 do sentido interior e tráfego normal no sentido capital.

 

Rodovia Ayrton Senna/Carvalho Pinto

Tráfego normal, sem congestionamento.

 

Rodovia dos Tamoios

Tráfego normal, sem congestionamento.


No Dia da Mentira, conheça alguns dos maiores mitos sobre planos de saúde


A data de 1º de abril é conhecida como o Dia da Mentira. Esta é uma ocasião propícia para alertar sobre os principais mitos que envolvem os planos de saúde. Limitação de atendimento, impedimento de contratação e penalização ao cancelar um plano são alguns dos grandes mitos que envolvem o tema.

A advogada Natália Soriani, especialista em Direito Médico e de Saúde e sócia do escritório Natália Soriani Advocacia revela algumas das mentiras e respectivas verdades que confundem a cabeça do consumidor ou beneficiário de um plano de saúde. Confira:


Uma pessoa pode ser impedida de contratar um plano de saúde.

A informação é falsa. Nenhuma operadora pode negar a contratação de um plano de saúde com base em idade, condição de saúde ou qualquer tipo de deficiência. Esses quesitos não eximem a obrigação da operadora em aceitar o beneficiário, caso ele opte por sua contratação.

Contudo, a operadora pode solicitar um exame médico admissional e, caso identifique uma doença pré-existente, poderá ela aplicar um período de carência.

“Agora, vale destacar que a operadora não pode cobrar valores adicionais por isso, assim como o custo do exame deve ser arcado pela empresa”, alerta Natália.


O plano de saúde pode limitar a quantidade de sessões de psicoterapia.

Outra mentira comum na relação contratante e beneficiário. Apenas o médico especialista pode determinar a quantidade de sessões necessárias. O plano de saúde não tem o direito de limitar a quantidade desse tratamento.


O consumidor é penalizado em caso de saída do plano a qualquer momento.

Não existe multas. O beneficiário pode solicitar o cancelamento do plano de saúde a qualquer momento, sem qualquer penalidade. Para o cancelamento, basta formalizar o pedido por escrito.


O consumidor pode sofrer retaliações ao processar o plano de saúde.

Mentira. No direito brasileiro, o consumidor tem total amparo para buscar a justiça sempre que se sentir lesado. No caso dos planos de saúde, a relação entre o consumidor e a operadora é regida pelo Código de Defesa do Consumidor e pela Lei dos Planos de Saúde. Ambos garantem que essa relação seja justa, protegendo o consumidor contra práticas abusivas por parte das operadoras.  

“Definitivamente, não existe previsão legal para que o consumidor seja punido por acionar judicialmente uma operadora de plano de saúde. Ao contrário, o sistema jurídico incentiva que os direitos sejam buscados e defendidos em juízo. A legislação que trata das relações de consumo é clara ao estabelecer mecanismos de proteção ao consumidor. Não sem razão, frequentemente o Judiciário se posiciona em favor do acesso à justiça e da defesa dos direitos dos consumidores”, afirma Natália Soriani.


Dia Mundial de Conscientização do Autismo (2/4): como promover a inclusão escolar e profissional de autistas

Para a Academia Brasileira de Neurologia, a data é fundamental para difundir informações sobre o autismo e assim reduzir a discriminação e o preconceito que cercam as pessoas afetadas pelo transtorno

 

Estabelecido desde 2007, o Dia do Mundial de Conscientização do Autismo traz à tona uma série de questões sobre o transtorno, que afeta crianças e adultos no mundo todo. Estimar o número exato de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) no Brasil é desafiador devido à falta de dados epidemiológicos abrangentes.

 

No entanto, com base em estudos internacionais e na prevalência estimada pelo Centers for Disease Control and Prevention (CDC) de 1 em 36 crianças, estima-se que haja aproximadamente 6 milhões de pessoas com TEA no Brasil.

 

Um dos principais desafios diante dessa população é a inclusão escolar e profissional de autistas. De acordo com a Dra. Ana Carolina Coan, vice-coordenadora do Departamento Científico de Neurologia Infantil da Academia Brasileira de Neurologia, a inclusão escolar de alunos com TEA deve ser planejada e adaptada às necessidades individuais.

 

“Isso envolve a elaboração de um Plano Educacional Individualizado (PEI), adaptações curriculares, uso de recursos de comunicação alternativa, e a promoção de um ambiente escolar acolhedor que favoreça a interação social e a aprendizagem", diz a médica.

 

Professores e escolas podem se qualificar por meio de cursos de formação continuada, workshops e palestras sobre o Transtorno de Espetro Autista (TEA). “É fundamental que os educadores compreendam as características do transtorno, estratégias de ensino inclusivas e formas de manejar comportamentos desafiadores, promovendo um ambiente educativo que respeite as diferenças e potencialize as habilidades dos alunos com TEA.”


 

Autismo em adultos: desafios da inclusão profissional

 

O termo "autismo tardio" não é oficialmente reconhecido, mas há casos em que o diagnóstico de TEA ocorre na vida adulta. Isso pode acontecer quando os sintomas foram sutis na infância ou mascarados por estratégias de compensação. O aumento da conscientização e a ampliação dos critérios diagnósticos permitem que mais adultos busquem e obtenham o diagnóstico adequado.

 

Pessoas com TEA podem trabalhar e contribuir significativamente em diversas áreas profissionais. A adequação do ambiente de trabalho às necessidades individuais, o respeito às particularidades sensoriais e sociais, e a valorização das habilidades únicas de cada indivíduo são fundamentais para o sucesso profissional.

 

A inclusão profissional envolve a adaptação do ambiente de trabalho, flexibilização de rotinas, oferta de treinamentos específicos e promoção de uma cultura organizacional inclusiva. Programas de mentoria e suporte contínuo também são importantes para auxiliar na integração e no desenvolvimento profissional de pessoas com TEA.

 

 

Tire suas dúvidas sobre o Transtorno do Espectro Autista

 

O que é o TEA?


O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é uma condição neurológica e de desenvolvimento que afeta a maneira como uma pessoa percebe o mundo e interage com os outros. Caracteriza-se por dificuldades persistentes na comunicação social e na interação, além de padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades.

 

 

Como é diagnosticado?


O diagnóstico do TEA é clínico e se baseia nos critérios estabelecidos pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, Quinta Edição (DSM-5). Os critérios incluem déficits persistentes na comunicação e interação social em múltiplos contextos e a presença de comportamentos restritos e repetitivos. Profissionais de saúde realizam entrevistas e observações comportamentais para avaliar os sintomas.

 

 

Houve um aumento no número de diagnósticos ou o diagnóstico ficou mais preciso?


Estudos indicam um aumento significativo no número de diagnósticos de TEA nos últimos anos. Esse aumento é atribuído a uma maior conscientização sobre o transtorno, mudanças nos critérios diagnósticos com a introdução do DSM-5 e melhor acesso aos serviços de saúde. Esses fatores contribuíram para diagnósticos mais precisos e abrangentes.

 

 

A partir de qual idade o TEA pode ser identificado?


Os sinais do TEA podem ser detectados já nos primeiros anos de vida. Embora algumas crianças apresentem sintomas logo após o nascimento, na maioria dos casos os sinais tornam-se mais evidentes entre 12 e 24 meses de idade, à medida que as demandas sociais aumentam.

 

Quais os principais sintomas?


Os principais sintomas do TEA incluem:


Dificuldades na reciprocidade socioemocional, como dificuldade em manter uma conversa ou compartilhar emoções.


Déficits na comunicação não verbal, incluindo contato visual reduzido e dificuldade em compreender gestos.


Padrões de comportamento, interesses ou atividades restritos e repetitivos, como movimentos motores estereotipados ou adesão inflexível a rotinas.


Hiper ou hiporreatividade a estímulos sensoriais, como resposta intensa a sons ou texturas específicas.

 


Quais são os principais desafios do tratamento?

Os principais desafios do tratamento do TEA incluem a necessidade de abordagens individualizadas, a disponibilidade limitada de profissionais especializados e a integração de diferentes terapias para atender às necessidades específicas de cada indivíduo. Além disso, garantir o acesso contínuo aos serviços e o envolvimento da família são aspectos cruciais para o sucesso do tratamento.

 


O TEA pode ser tratado no SUS?


Sim, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece atendimento para pessoas com TEA, incluindo diagnóstico e intervenções terapêuticas. Os serviços são disponibilizados por meio de Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) e outros programas de saúde mental. No entanto, a disponibilidade e a qualidade dos serviços podem variar conforme a região.



ABN  - maior e mais importante associação dos neurologistas do Brasil. É uma sociedade civil, sem fins lucrativos, de duração indeterminada, congregadora dos que exercem e/ou cultivam a Neurologia e ciências afins no Brasil.




Autismo leve em adultos: como identificar os sinais e entender o diagnóstico tardio

 Unsplash
No Brasil, a Comissão de Direitos Humanos aprova PL que incentiva o diagnóstico de autismo em adultos e idosos


Abril Azul é o período dedicado à conscientização sobre o autismo, uma condição que faz parte da vida de milhões de pessoas, e uma dessas reflexões é sobre o tema do autismo em adultos. Ser diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA) na vida adulta pode trazer tanto alívio quanto novos desafios. A revelação pode esclarecer dificuldades enfrentadas ao longo dos anos, mas também desperta novas questões: como assimilar essa nova identidade? Quais caminhos seguir a partir daqui?

Reconhecer o TEA na vida adulta proporciona uma compreensão mais profunda de si mesmo, facilita a busca por estratégias para uma melhor qualidade de vida e fortalece o autoconhecimento – um dos maiores benefícios do diagnóstico tardio.

Segundo dados da Answer ThePublic, os termos “autismo” e “autismo e TDAH” são pesquisados aproximadamente 6.600 vezes por mês, refletindo um interesse crescente por informações e suporte sobre o Transtorno do Espectro Autista. 

No passado, a falta de conhecimento sobre o TEA resultava em diagnósticos equivocados ou até mesmo na ausência de identificação da condição. Hoje, com o avanço das pesquisas e campanhas de conscientização, como o Abril Azul, há um movimento mais forte para garantir diagnósticos precoces e ampliar a inclusão – temas essenciais quando pensamos em crianças e bebês no espectro, um público que ainda enfrenta desafios significativos no acesso a terapias e planos de saúde.

No último ano, a Comissão de Direitos Humanos no Brasil aprovou o projeto de lei (PL 4540/2023) que incentiva o diagnóstico do TEA em adultos e idosos. Apesar de ainda aguardar apreciação no Senado Federal, a iniciativa reforça o crescente interesse pelo tema e a demanda por informação.


Compreendendo os diferentes níveis do autismo

Cada vez mais, personalidades e famosos em todo o mundo têm compartilhado o diagnóstico de autismo nível 1 na vida adulta, também chamado popularmente como “autismo leve”. Isso tem gerado curiosidade do público sobre as classificações do TEA.

O autismo apresenta uma ampla variedade de manifestações, que variam em intensidade e nas áreas afetadas. O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) categoriza o autismo em três níveis de necessidade de suporte:

  • Nível 1: necessidade de pouco apoio;
  • Nível 2: necessidade moderada de apoio;.
  • Nível 3: muita necessidade de apoio substancial.

O chamado “autismo leve”, ou autismo de nível 1, é caracterizado por desafios na comunicação social, padrões de comportamento repetitivos e interesses restritos. Embora essas dificuldades estejam presentes, a necessidade de suporte diário tende a ser menor em comparação com os outros níveis.

É importante ressaltar que os termos leve, moderado e severo são uma forma simplificada e acessível de descrever o diagnóstico para muitas famílias. No entanto, a terminologia mais adequada é falar em níveis de necessidade e suporte.

“Pessoas nesse espectro costumam ter habilidades verbais e cognitivas próximas ao padrão neurotípico, mas enfrentam desafios sutis que impactam relacionamentos, trabalho e rotina”, explica a Terapeuta Ocupacional da Genial Care,  Tamyres Furtado.


Como é o comportamento de uma pessoa com autismo leve?

Pessoas com autismo de nível 1 geralmente preferem atividades solitárias e possuem um interesse intenso por temas específicos, dedicando-se profundamente a eles. Também podem apresentar rigidez em suas rotinas, o que pode gerar ansiedade diante de mudanças inesperadas. Além disso, tendem a ter dificuldade em interpretar emoções alheias, embora sejam capazes de demonstrar empatia cognitiva, compreendendo racionalmente os sentimentos dos outros.

“O autismo é um espectro, e cada pessoa apresenta características únicas. Nem todos os autistas nível 1 se comportam da mesma forma; por isso, é essencial procurar um profissional especializado para avaliar os sinais e confirmar o diagnóstico”, aponta Tamyres;


Como acontece a confirmação do diagnóstico?

O diagnóstico do TEA é feito por uma equipe multidisciplinar, que pode incluir psicólogos, psiquiatras e neurologistas. O processo envolve avaliação clínica, entrevistas e testes padronizados, que analisam o histórico de desenvolvimento e os padrões comportamentais do indivíduo.

“Muitos adultos são diagnosticados tardiamente, pois os seus sintomas não tiveram um impacto significativo na infância. No entanto, a intervenção precoce é fundamental, pois quanto antes começar, melhor o desenvolvimento, devido à neuroplasticidade do cérebro”, explica a Terapeuta Ocupacional.

O autismo não é uma limitação, mas uma parte fundamental da identidade. Entender e aceitar essa característica pode abrir portas para uma vida mais alinhada às necessidades individuais. O diagnóstico na vida adulta marca o início de uma jornada de autoconhecimento e bem-estar.



Genial Care
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Mentirinha inofensiva? Entenda os efeitos do ato na saúde física e mental

Psicóloga da Hapvida explica o impacto da mentira e quando o hábito se torna um transtorno

 

Compartilhar histórias inusitadas, criar situações fantasiosas e pregar peças nos amigos é um hábito comum para celebrar o Dia da Mentira, comemorado em 1º de abril em todo Brasil. No entanto, mentir vai muito além das brincadeiras dessa data e pode ter impactos profundos na saúde mental e física, podendo estar associado a transtornos psicológicos. Segundo a psicóloga Irenilza Moura, da Hapvida, existem diversas razões que levam alguém a mentir, desde a busca por aprovação social até traumas emocionais. Saiba porque o ser humano romantiza a mentira e até que ponto pode ser considerado normal. 

Segundo profissionais, a mentira pode ser motivada por vários fatores, como evitar conflitos, proteger-se de uma situação embaraçosa ou buscar aceitação em algum grupo. “Muitas pessoas mentem por um desejo de aprovação social, porque percebem que estão fora de um contexto e querem se encaixar”, explica Moura. Outro fator relevante são os padrões de comportamento aprendidos. “Crianças que crescem em ambientes onde a mentira é frequente podem adotá-la como um hábito natural na vida adulta. Há também aspectos evolutivos envolvidos: algumas pessoas começam com pequenas mentiras e, com o tempo, desenvolvem o hábito de enganar de maneira sistemática”. 

A mentira afeta tanto quem a conta quanto quem é enganado. Para quem mente, o estresse e a ansiedade se tornam comuns, pois a pessoa vive em estado de alerta, com medo de ser descoberta. Isso pode gerar sentimentos de culpa e vergonha, além de impactar a autoestima. “Pessoas que mentem frequentemente têm dificuldade em estabelecer relações autênticas e saudáveis, o que pode levar ao isolamento social”, aponta a psicóloga. Já para quem é vítima de uma mentira, as consequências podem ser igualmente prejudiciais. A perda da confiança, a insegurança e o desenvolvimento de transtornos como ansiedade e depressão são efeitos comuns. Em casos mais graves, a desconfiança gerada por experiências passadas pode prejudicar relacionamentos futuros, resultando em dificuldades emocionais duradouras. 

Mentir pode até ser um hábito socialmente aceitável em algumas situações, mas quando se torna compulsivo e incontrolável, pode indicar um transtorno psicológico. A mitomania, ou pseudologia fantástica, é uma condição na qual a pessoa mente de maneira recorrente e sem necessidade, muitas vezes acreditando nas próprias invenções. Segundo a psicóloga, a condição pode ocorrer isoladamente ou estar associada a transtornos, como o de personalidade antissocial, o histriônico e o narcisista ou à síndrome de Munchausen (quando alguém finge estar doente para chamar atenção). O principal sinal de alerta é quando a pessoa continua mentindo mesmo diante de consequências negativas, prejudicando sua vida pessoal, profissional e social.

 

Impacto além da saúde mental

A mentira não afeta apenas a nossa mente, mas também o corpo. Quando um indivíduo mente, o sistema nervoso entra em estado de alerta, aumentando a produção de níveis de cortisol, considerado o hormônio do estresse. Esse efeito pode levar o aumento da frequência cardíaca, pressão arterial, tensão muscular e até problemas digestivos. “Mentir constantemente pode gerar impactos físicos significativos, pois o corpo reage a esse estado de tensão contínua”, afirma Moura. Assim, além dos prejuízos emocionais, a mentira pode contribuir para o desenvolvimento de problemas de saúde a longo prazo. 

Para aqueles que sentem dificuldade em controlar a compulsão por mentir, o primeiro passo é reconhecer o problema. Para Irenilza o autoconhecimento é essencial para entender os gatilhos emocionais que levam à mentira e buscar maneiras mais saudáveis de se expressar. Ela destaca que o apoio emocional de pessoas de confiança pode ser fundamental nesse processo. Além disso, buscar ajuda profissional, como terapia psicológica, pode auxiliar na identificação e no tratamento das causas subjacentes da compulsão pela mentira.

 

Hapvida

 

Qual é o melhor tratamento para varizes em pessoas idosas?

Especialista em cirurgia vascular, explica as melhores alternativas para o público 60+

 

A saúde vascular precisa estar em dia em todos os momentos da vida. O número de casos de varizes na população brasileira é preocupante. De acordo com a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), mais de 38% da população sofre com varizes. 

Além disso, o risco aumenta com a idade: 70% das pessoas acima dos 70 anos podem desenvolver varizes."Os fatores de risco são muitos: idosos com diabetes, hipertensão arterial, obesos, fumantes e com um alto nível de colesterol. Os sintomas variam de caso a caso, mas costumam ser inchaços, vermelhidão, dores e formigamento. Neste período ainda há uma diminuição da massa muscular, o que se torna um outro agravante”, ressalta o Dr. Márcio Steinbruch, especialista em cirurgia vascular pela Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular e membro efetivo da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular. 

Esta etapa da vida exige ainda mais cuidados e atenção aos sinais do corpo. Para o Dr. Márcio Steinbruch, o acompanhamento médico regular é essencial. “Conforme envelhecemos, temos que tomar certos cuidados que não tomávamos antes, como cuidar da saúde vascular. Sem esse cuidado, o paciente pode desenvolver varizes, e outros problemas relacionados”, comentou.  

Como prevenir e tratar? 

Entre as principais opções de tratamentos não cirúrgicos e minimamente invasivos para tratar as varizes sem deixar cicatrizes, destacam-se a escleroterapia com laser transdérmico e o laser endovenoso. 

A escleroterapia com laser transdérmico é uma técnica indicada para tratar pequenos vasos e telangiectasias (os populares vasinhos). O procedimento funciona através da aplicação de feixes de luz que atravessam a pele e aquecem o sangue dentro da veia, promovendo sua contração e oclusão. "As principais vantagens desse tratamento é que não requer cortes ou anestesia e realizamos no consultório. O laser transdérmico é ideal para complementar outros tratamentos", conta o médico.

Já o laser endovenoso é um tratamento voltado para varizes de maior calibre. Nesse procedimento, um cateter com fibra óptica é inserido dentro da veia afetada, emitindo energia térmica que promove o fechamento completo do vaso. "Diferente da escleroterapia, o laser endovenoso é realizado sob anestesia regional ou local, mas sem a necessidade de cortes ou pontos. A principal vantagem desse procedimento é a recuperação mais rápida do que a cirurgia tradicional, reduzindo os riscos cirúrgicos de complicações, como infecções", esclarece Steinbruch.

Ainda sim, a principal forma de prevenção contra as varizes é o acompanhamento de um cirurgião vascular, que pode tratar a doença antes que ela se torne grave.

"Existem outros cuidados que podem ajudar na prevenção, como a utilização de meias de compressão, elevar as pernas, evitar ficar longos períodos em pé e também movimentar as pernas enquanto estiver sentado, caso seja por muito tempo. E, em caso de surgimento de qualquer sintoma nas pernas, é fundamental buscar a opinião de um especialista", finaliza o cirurgião.

 

Dr. Márcio Steinbruch – formado pela Universidade de São Paulo (USP), é médico com especialização em cirurgia vascular pelo Hospital das Clínicas da FMUSP, além disso, possui título de especialista pela Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular e é membro efetivo da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular. Curta as redes sociais do médico: Instagram: @livredevarizes e Facebook.com/marcio.steinbruch e acesse o site: www.livredevarizes.com.br/

 

Por que sentimos dores na coluna?


Neurocirurgião da Unimed Araxá comenta sobre esta e outras dúvidas

 

As dores na coluna estão atualmente entre as principais queixas relatadas nos consultórios médicos. Para o neurocirurgião, Guilherme Augusto Leonel de Magalhães, a explicação é lógica. “As dores na coluna existem desde que o ser humano adotou a posição ereta. Estudos indicam que as dores na coluna estão entre as principais causas de afastamento do trabalho e aposentadoria precoce em todo o mundo, o que levou especialistas a buscar formas de aliviar seus sintomas”, explica.

 

Ainda segundo o médico, os tratamentos clínicos evoluíram consideravelmente. Além deles, foram criadas diversas opções cirúrgicas, principalmente na última década. “Se os resultados cirúrgicos, atualmente, são considerados bastante satisfatórios, a indicação cirúrgica, pode-se dizer com toda segurança, ainda se constitui o elemento fundamental no sucesso do tratamento”, ressalta.


 

Por que sentimos dores de coluna?

 

A coluna vertebral abriga em seu interior a medula espinhal e as raízes nervosas que dão origem aos nervos espinhais, através dos quais o sistema nervoso central se comunica com as estruturas periféricas. Os discos intervertebrais são estruturas de natureza fibrocartilaginosas que separam as vértebras, absorvendo cerca de 70% a 80 % dos impactos na coluna e permitindo movimentos de flexão e extensão, além de inclinação lateral.

 

Em determinadas circunstâncias, os discos intervertebrais podem comprimir os elementos neurais, mais frequentemente as raízes nervosas e, em alguns casos, até mesmo a medula espinhal. “Essa condição recebe o nome genérico de hérnia de disco, podendo ocorrer em qualquer região da coluna, sendo mais comum na cervical e lombar. Apesar da hérnia de disco ser uma causa comum de dor de coluna, estenoses, infecções, tumores, artroses, osteoporose devem ser consideradas”, destaca Dr. Guilherme.

 

Com o passar dos anos a coluna naturalmente tende a sofrer anormalidades estruturais e alterações degenerativas que podem ser exacerbadas com o trabalho pesado, obesidade e sedentarismo. Diversos trabalhos demonstram uma forte ligação entre peso corporal, estatura baixa, sedentarismo e dores na coluna. Fatores psicológicos como depressão, distúrbios somáticos, fibromialgia, alcoolismo, divórcio e baixa renda associam-se com dores do tipo crônica. A degeneração do disco é influenciada por algumas profissões, pois o trabalho pesado pode acelerar em até dez anos este processo.


 

Procure ajuda


Doenças de coluna, dores e cirurgias da coluna devem ser avaliadas por um neurocirurgião, desde que este profissional possua capacitação, conhecimento e experiência tanto nos tratamentos clínicos quanto nos tratamentos cirúrgicos, quando indicados. “A cirurgia da coluna vertebral, motivo de medo para vários pacientes devido ao risco de sequelas permanentes, se constitui uma cirurgia rotineira com o risco de todas as outras em geral, desde que bem indicada e realizada por um especialista com experiência na área”, explica o médico.


Toda dor na coluna deve ser bem avaliada para um diagnóstico correto na sua causa. A partir do diagnóstico da causa da dor na coluna, define-se o tratamento, que pode ser conservador — com repouso, medicação analgésica e anti-inflamatória — ou cirúrgico. A fisioterapia deve ser individualizada para cada paciente, incluindo hidroterapia, reeducação postural e pilates. Ela é recomendada tanto no tratamento conservador quanto no pós-operatório. “Quando bem avaliada com um exame neurológico detalhado e tratada corretamente, a dor na coluna tem grande chance de alívio dos sintomas”, finaliza.



Problemas de sono são a realidade de 72 milhões de brasileiros

Uso de canabinoides para a melhora do sono se tornou uma escolha para o tratamento destes pacientes e também uma alternativa às medicações tradicionais que podem levar a efeitos colaterais 

 

Todos nós já passamos por uma noite em que não foi fácil dormir ou o sono não foi reparador, mas há pessoas que sofrem constantemente com a insônia, seja leve, moderada ou grave e essa condição precisa ser investigada e tratada.

Demorar para pegar no sono, acordar várias vezes durante à noite ou perder o sono e não voltar a dormir pode levar a problemas que vão desde ficar cansado e sonolento ao longo do dia à irritação, ansiedade, problemas de concentração e problemas de memória.

Problemas de sono são um fator de risco para doenças cardiovasculares e, de acordo com a American Heart Association, em publicação recente, noites mal dormidas podem levar até adolescentes ao risco de pressão alta. Além destes, distúrbios do sono estão relacionados a uma piora no diabetes, nas alterações de humor e no ganho de peso.

A investigação sobre as causas da insônia são o principal passo para debelá-la, mas para algumas pessoas o problema se torna crônico e só resolvido através do uso de medicamentos. E para isso é indispensável a procura de um médico para ajudar na identificação das causas e possíveis tratamentos.

Uma revisão crítica publicada em 2022 no Chest Journal (Isobel Lavender et al) resume as evidências atuais para o uso de canabinoides como tratamento para distúrbios do sono e fornece uma visão geral da modulação endocanabinoide dos ciclos sono-vigília, bem como dos efeitos moduladores do sono de canabinoides derivados de plantas, como tetrahidrocanabinol, canabidiol e canabinol.

O THC melhora a fragmentação do sono e as formulações com canabinoides raros atuam nos receptores que podem agir na causa da insônia. Além disso, a associação de canabinoides com os óleos essenciais da cannabis levam ao efeito entourage, em que cada um atuará em um alvo terapêutico, modulando o estado hiperalerta, ansiedade, relaxamento e a ação combinada deles potencializa o efeito terapêutico, melhorando os sintomas, levando a um sono reparador e completo. Sua interação acontece pelo sistema endocanabinoide, presente em todos os organismos vivos e responsável por estabelecer a homeostase e equilíbrio de processos fisiológicos do corpo humano.







Glossário

Canabinoides: compostos com benefícios terapêuticos de cannabis medicinal

THC: tetrahidrocanabinol, a principal substância psicoativa da planta cannabis.

CBN: canabinol, substância responsável pela ativação do sono, da planta cannabis.

Terpenos: terpenos são substâncias químicas naturais presentes em quase todos os vegetais, que são responsáveis pelo aroma e sabor das plantas.

Sistema endocanabinoide: receptores do nosso corpo responsáveis por funções fisiológicas como memória, humor, controle motor, comportamento alimentar, sono, imunidade e dor.

Homeostase: capacidade de um organismo de manter o equilíbrio interno, apesar das alterações do ambiente externo.



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Reações alérgicas a cremes dentais

A alergia a cremes dentais existe, sim. Embora seja rara, pode causar bastante incômodo. Ela pode ser causada por diferentes ingredientes da fórmula, como conservantes, corantes, essências, lauril sulfato de sódio, flúor (inclusive fluoreto de estanho) ou até óleos essenciais.

 

Os sintomas mais comuns de alergia a cremes dentais são:

 

Na boca e lábios:

·        Ardência ou queimação na língua, bochechas ou gengivas

·        Inchaço ou vermelhidão na mucosa bucal

·        Feridas parecidas com aftas

·        Descamação da parte interna da boca

·        Lábios rachados, secos ou com feridinhas nos cantos (queilite angular)

 


Na pele ao redor da boca:

·        Coceira

·        Vermelhidão

·        Descamação

·        Bolinhas ou pequenas erupções

 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu a comercialização do creme dental da marca Colgate após consumidores relatarem reações alérgicas como inchaço (amígdalas, lábios e mucosa oral), sensação de ardência, dormência nos lábios e na boca, boca seca, gengiva irritada e vermelhidão.

Os especialistas da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) estão à disposição da imprensa para explicar a reação alérgica causada pelo creme dental.

 



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