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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

ANS abre Consulta Pública para avaliar incorporação de terapia-alvo para câncer de pulmão de não pequenas células avançado com fusão no gene RET

Agência vai receber opiniões da sociedade e relatos técnicos de especialistas por meio do seu site até dia 25 de fevereiro

 

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) abre hoje a Consulta Pública de número 150[1] para avaliar a incorporação, na rede privada de saúde, de selpercatinibe, da Eli Lilly do Brasil. Selpercatinibe é uma nova terapia-alvo para tratamento de pacientes com Câncer de Pulmão de Não Pequenas Células (CPNPC) avançado com fusão no gene RET1. Profissionais de saúde, pacientes e demais interessados podem participar da consulta pública aqui. 

Selpercatinibe foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o tratamento de CPNPC avançado com fusão no gene RET em pacientes adultos[2].

 

Sobre o Câncer de Pulmão

O câncer de pulmão é um dos mais incidentes[3] e, em 2020, foi a principal causa de morte por câncer no mundo[4]. Especificamente no Brasil, foram mais de 28,6 mil óbitos por esta causa[5]. No país, a taxa de incidência vem caindo, mas as estimativas de 2023 ainda apontam esse como o terceiro tipo de câncer mais comum em homens e o quarto em mulheres3. 

O câncer de pulmão é classificado em subtipos histologicamente distintos, sendo o Câncer de Pulmão de Não Pequenas Células (CPNPC) o mais incidente[6]. Para o triênio de 2023 a 2025, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima 32 mil novos casos de câncer de pulmão no Brasil, sendo que cerca de 85% deles correspondem ao subtipo CPNPC3.

 

Sobre biomarcadores acionáveis e medicina de precisão

Após o diagnóstico do CPNPC ainda é possível identificar biomarcadores acionáveis, pois existem diferentes mudanças ou alterações genômicas que podem causar o câncer. Uma alteração genômica oncogênica significa que em algumas células os genes mudaram e podem dar origem a células tumorais[7]. 

Aproximadamente 50% dos diagnósticos de CPNPC, ou seja, 1 em cada 2 pacientes são identificados com um biomarcador acionável. O RET (Rearranged during Transfection) está entre os biomarcadores e corresponde a cerca de 2% dos diagnósticos7 [8] [9] [10] [11]. 

A medicina de precisão oferece terapias alvo guiadas para alterações genômicas e permite que, hoje, os pacientes recebam o tratamento mais adequado para sua patologia, com ação diretamente no biomarcador3. 

Selpercatinibe é uma terapia alvo indicada para o tratamento de alterações do gene RET e funciona como um mecanismo de chave e fechadura1. A ativação do gene RET em uma célula causa proliferação celular desordenada, comparável a uma torneira aberta jorrando água sem controle. O selpercatinibe atua como um registro, fechando essa torneira e, consequentemente, interrompendo o problema de forma direcionada, interagindo especificamente com as células pulmonares que possuem essa alteração genética. 

“Por ser um medicamento altamente seletivo, selpercatinibe mostrou ser eficaz e seguro nos estudos clínicos de fase 1/2, dados que se confirmaram no estudo clínico de fase 3 (LIBRETTO-431). Mais especificamente, selpercatinibe reduziu em 53% o risco de progressão da doença ou morte, apresentando o dobro de tempo de sobrevida livre de progressão em relação ao tratamento padrão atual (quimioterapia associada a pembrolizumabe). Os estudos também comprovaram que essa nova droga atua estabilizando metástases cerebrais com um perfil de segurança adequado”, explica Cristiane Sedlmayer, diretora médica sênior de Oncologia da Eli Lilly do Brasil.[12][13] [14] 

 

Mecanismo de participação da sociedade em decisões importantes 

O contínuo avanço científico permite que médicos tenham um arsenal terapêutico cada vez mais amplo para cuidar dos pacientes e as Consultas Públicas fazem parte do caminho para ampliar o acesso a essas descobertas pela população. 

As Consultas Públicas são mecanismos que promovem e reafirmam a participação da sociedade em decisões da ANS, por meio de discussões abertas sobre temas relevantes. As opiniões recebidas subsidiam a tomada de decisão, tornando as ações governamentais mais democráticas e transparentes. Qualquer cidadão, membros de sociedades científicas, entidades profissionais, universidades, institutos de pesquisa e representantes do setor regulado, pode participar dessa e de outras consultas públicas abertas pela agência por meio do site da ANS.

  

Lilly
Para saber mais, acesse o site da Lilly do Brasil
Instagram, Facebook e LinkedIn.



Referências

[1] DOU. Ministério da Saúde/Agência Nacional de Saúde Suplementar. CONSULTA PÚBLICA ANS Nº 150, DE 3 DE FEVEREIRO DE 2025. Disponível em: Link Acesso em 06/02/2025.

[2] Retsevmo® (selpercatinibe). Disponível em: https://consultas.anvisa.gov.br/#/bulario/q/?nomeProduto=RETSEVMO. Acesso em 15/01/2025

[3] Pacheco FA, Paschol MEM, Carvalho MGC. Biomarcadores tumorais no câncer de pulmão: um caminho para uma terapia biológica. J Pneumol. 2002; 28(3):143-49

[4] Phase1/2 study of LOXO-292 in patients with advanced solid tumors, RET fusion-positive solid tumors, and medullary thyroid cancer  (LIBRETTO-001). Disponível em: https://clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT03157128 - Acesso em 09/01/2025

[5] Zhou C, Solomon B, Loong HH, et al. First-line selpercatinib or chemotherapy and pembrolizumab in RET fusion-positive NSCLC. N Engl J Med. 2023;389(20):1839-50

[6] Dorantes-Heredia R, et al. Transl Lung Cancer Res. 2016;5:401-412

[7] National Library of Medicine - https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC9971812/ - Acesso em Janeiro de 2024

[8] Drilon A, Hu ZI, Lai GGY, et al. Targeting RET-driven cancers: lessons from evolving preclinical and clinical landscapes. Nat Rev Clin Oncol. 2018;15(3):151-167

[9] Amatu A, Sartore-Bianchi A, Siena S. NTRK gene fusions as novel targets of cancer therapy across multiple tumour types. ESMO Open. 2016;1(2):e000023

[10] Vansteenkiste JF, Van De Kerkhove C, Wauters E, et al. Capmatinib for the treatment of non-small cell lung cancer. Expert Rev Anticancer Ther. 2019;19(8):659-671

[11] Hirsch FR, Scagliotti GV, Mulshine JL, et al. Lung cancer: current therapies and new targeted treatments. Lancet. 2017;389:299-311

[12] Phase1/2 study of LOXO-292 in patients with advanced solid tumors, RET fusion-positive solid tumors, and medullary thyroid cancer (LIBRETTO-001). Disponível em: Link - Acesso em janeiro de 2024

[13] ZHOU, C. et al. First-line selpercatinib or chemotherapy and pembrolizumab in RET fusion–positive NSCLC. The New England Journal of Medicine, 2023. - LIBRETTO 431

[14] HADOUX, J. et al. Phase 3 trial of selpercatinib in advanced RET-mutant medullary thyroid cancer. The New England Journal of Medicine, 2023. - LIBRETTO 531

PP-SE-BR-0153 – FEVEREIRO 2025


Descoberta Chocante Sobre o Alzheimer: Falta de Carnitina Pode Dobrar o Risco para Mulheres

 

Pesquisadores da UFRJ identificam a relação entre baixos níveis de carnitina no sangue e a maior incidência de Alzheimer em mulheres. A descoberta pode revolucionar o diagnóstico e o tratamento precoce da doença.

 

O Alzheimer é a forma mais comum de demência no mundo, afetando mais de 35 milhões de pessoas. Mas o que sempre intrigou os cientistas é por que as mulheres têm o dobro de chances de desenvolver a doença em comparação aos homens. Uma nova pesquisa da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) trouxe uma descoberta inovadora: baixos níveis da molécula carnitina no sangue podem estar ligados ao Alzheimer em mulheres. 

O estudo, realizado com 125 pessoas acima dos 60 anos, no Brasil e nos Estados Unidos, revelou que mulheres com perda de memória apresentavam níveis reduzidos de carnitina, uma substância essencial para a produção de energia no cérebro. “Essa descoberta não apenas ajuda a entender melhor os mecanismos da doença, mas também abre portas para novas estratégias de prevenção e diagnóstico precoce, que podem ser fundamentais para conter a progressão do Alzheimer.”, afirma o médico nutrólogo Dr. Gustavo de Oliveira Lima. 

Mas, afinal, o que é a carnitina, como sua deficiência pode impactar o cérebro e como podemos garantir níveis adequados dessa substância para proteger a saúde cognitiva?
 

O papel da carnitina no organismo e no cérebro

A carnitina é uma molécula produzida no fígado e nos rins e tem um papel fundamental no metabolismo energético do corpo. Sua principal função é transportar ácidos graxos para as mitocôndrias, onde serão transformados em energia. Esse processo é essencial para o funcionamento celular, especialmente nas células do cérebro, que demandam altos níveis de energia para operar corretamente. 

Além da produção natural pelo corpo, a carnitina pode ser obtida através da alimentação, estando presente em carnes vermelhas, ovos, laticínios e leguminosas. 

A pesquisa da UFRJ sugere que, em algumas mulheres, os níveis de carnitina podem ser insuficientes, prejudicando a produção de energia no cérebro e favorecendo processos neurodegenerativos. “Essa deficiência pode estar ligada a fatores hormonais, genéticos ou mesmo dietéticos, o que reforça a importância da alimentação na saúde cerebral.”, alerta o médico.
 

Baixa carnitina e alzheimer: qual a relação?

Os cientistas ainda estão investigando por que as mulheres são mais suscetíveis à deficiência de carnitina e como isso impacta diretamente o risco de Alzheimer. No entanto, já existem algumas hipóteses:
 

1. Déficit energético no cérebro

A carnitina é essencial para que as células do cérebro tenham energia suficiente para funcionar corretamente. Quando há deficiência dessa molécula, ocorre um déficit energético nos neurônios, o que pode levar à degeneração cerebral progressiva.
 

2. Ação protetora contra inflamação e estresse oxidativo

A carnitina tem propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, ajudando a reduzir o estresse oxidativo – um dos fatores-chave no desenvolvimento do Alzheimer. Mulheres com níveis reduzidos de carnitina podem estar mais vulneráveis ao dano celular causado pelos radicais livres.
 

3. Influência dos hormônios femininos

Os hormônios sexuais femininos, como o estrogênio, influenciam o metabolismo energético do cérebro. Após a menopausa, a queda desses hormônios pode impactar os níveis de carnitina, tornando as mulheres mais suscetíveis a problemas cognitivos.
 

Diagnóstico e tratamento: a nova fronteira contra o alzheimer

A descoberta sobre a carnitina pode ter um impacto significativo no diagnóstico precoce do Alzheimer. Com exames de sangue que avaliem os níveis dessa molécula, médicos poderão identificar pacientes em risco antes do surgimento dos sintomas mais severos. Quanto mais cedo o diagnóstico, maiores são as chances de intervenção eficaz.

Atualmente, o tratamento do Alzheimer se baseia no controle dos sintomas e na tentativa de retardar a progressão da doença. No entanto, a pesquisa da UFRJ abre um novo caminho para estudos que avaliem se a reposição de carnitina pode ser uma estratégia para proteger o cérebro e prevenir o avanço da doença em mulheres com predisposição.
 

Como aumentar os níveis de carnitina naturalmente?

Embora mais estudos sejam necessários para confirmar a relação entre suplementação de carnitina e prevenção do Alzheimer, garantir níveis adequados dessa substância na alimentação pode ser uma estratégia promissora para a saúde cerebral.
 

Aqui estão alguns alimentos ricos em carnitina que devem fazer parte da sua dieta:

  • Carnes Vermelhas (principalmente cordeiro e carne bovina)
  • Peixes (salmão e bacalhau)
  • Frango
  • Ovos
  • Leite e derivados (iogurte, queijo)
  • Leguminosas (feijão, lentilha, grão-de-bico)
  • Abacate (embora em menor quantidade, é uma fonte vegetal interessante)

Para mulheres vegetarianas ou veganas, pode ser interessante avaliar os níveis de carnitina com um profissional de saúde e, se necessário, considerar alternativas como a suplementação.
 

Prevenção: além da alimentação, o que mais pode proteger o cérebro?

Além de manter bons níveis de carnitina, outros hábitos podem ajudar a proteger o cérebro do envelhecimento precoce e reduzir o risco de Alzheimer:
 

Exercícios físicos regulares: Atividades aeróbicas aumentam o fluxo sanguíneo cerebral e ajudam a preservar a memória.

Sono de qualidade: Dormir bem é essencial para a regeneração das células do cérebro.

Controle do estresse: O estresse crônico aumenta a inflamação e acelera o declínio cognitivo.

Dieta anti-inflamatória: Além da carnitina, nutrientes como ômega-3, vitamina B12, cúrcuma e flavonoides das frutas vermelhas também ajudam a proteger o cérebro.

Exercícios cognitivos: Aprender novas habilidades, ler, fazer palavras-cruzadas ou tocar instrumentos musicais mantém o cérebro ativo. 

A pesquisa da UFRJ traz um avanço significativo para entender por que as mulheres são mais vulneráveis ao Alzheimer e como a carnitina pode ser uma peça-chave na prevenção e no diagnóstico precoce da doença.

Com essa nova informação, é possível pensar em estratégias personalizadas para a saúde das mulheres, desde a adoção de uma alimentação rica em carnitina até exames que monitorem seus níveis ao longo da vida.

“Se você deseja proteger sua saúde cerebral e reduzir os riscos de Alzheimer, comece agora a investir em hábitos saudáveis e consulte um profissional para avaliar suas necessidades nutricionais. O cérebro agradece!”, conclui Dr. Gustavo de Oliveira Lima.


 
Dr. Gustavo de Oliveira Lima - Médico CRM/SP 207.928. Nutrologia e Endocrinologia. Especialista em emagrecimento saudável e longevidade


Crianças consomem mais que o dobro da quantidade de açúcar recomendada pela OMS, alertam especialistas

 Endocrinologistas pediátricas chamam a atenção para o impacto do excesso de açúcar na saúde física, comportamental e cognitiva das crianças


O consumo diário de açúcar por crianças ultrapassa mais que o dobro do limite recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de menos de 5% das calorias totais- aproximadamente 25 gramas ou seis colheres de chá por dia. De acordo com Aline Cruz Boschini, endocrinologista pediátrica do Hospital e Maternidade Santa Helena, no ABC Paulista, esse hábito alimentar está diretamente ligado ao aumento da obesidade infantil e de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), além de impactar aspectos comportamentais e cognitivos da criança.

Para a especialista, o consumo excessivo de açúcar, como parte de uma alimentação inadequada, tem consequências duradouras. “Se não intervirmos cedo, esse padrão alimentar pode levar a complicações graves ainda na juventude. Por isso, é essencial um acompanhamento regular e multidisciplinar para garantir uma infância saudável, prevenindo complicações que podem persistir na vida adulta”, alerta a médica.

Entre os principais impactos do consumo excessivo de açúcar, a endocrinologista pediátrica destaca os seguintes:

  • Físicos: obesidade, diabetes tipo 2, alterações no colesterol e aumento de cáries;
  • Cognitivos e comportamentais: hiperatividade, dificuldade de concentração e distúrbios no sono.


Como reduzir o consumo de açúcar?

Aline sugere estratégias práticas para combater o excesso de açúcar, que incluem:

  • Substituir bebidas açucaradas por água ou sucos naturais;
  • Incentivar o consumo de frutas frescas em vez de doces industrializados;
  • Limitar a oferta de alimentos ultraprocessados.

Além disso, a médica reforça a importância de consultas regulares com diferentes especialidades, entre elas os endocrinologistas pediátricos, que tratam doenças metabólicas, como o diabetes, e distúrbios hormonais que afetam o crescimento e desenvolvimento infantil. “Embora muitos pais ainda optem por levar seus filhos apenas ao pediatra, o endocrinologista é fundamental para identificar essas alterações e considerar as especificidades de cada fase da criança, uma vez que qualquer desordem nesse período pode ter consequências graves”, ressalta Aline.
 

Quadro alarmante

A obesidade infantil, uma das principais consequências do consumo excessivo de açúcar, afeta milhares de crianças brasileiras. Dados do Observatório de Saúde na Infância, da Fiocruz, apontam que, em 2022, uma em cada 10 crianças menores de cinco anos e um em cada três adolescentes (na faixa de 10 a 18 anos) apresentavam excesso de peso. 

Para prevenir esse cenário, a operadora de planos de saúde Amil oferece o Programa Obesidade Infantil, focado no tratamento conservador da doença de forma multidisciplinar, promovendo mudanças alimentares e de estilo de vida, com acompanhamento psicológico, nutricional e endocrinológico. “O tratamento deve ser integrado, abrangendo os aspectos físicos, emocionais e comportamentais da criança, além de envolver ativamente a família”, explica Maria Inês Lioi, endocrinologista pediátrica do Amil Espaço Saúde.
 

Causas da obesidade infantil

A obesidade infantil, um problema de saúde de incidência global, possui múltiplas causas e exige a atuação de vários profissionais de saúde, além do apoio da família. Entre os fatores que elevam os riscos estão:

  • Genética e histórico familiar;
  • Consumo elevado de alimentos ultraprocessados, incluindo aqueles com alto teor de açúcar;
  • Sedentarismo e excesso de tempo de tela;
  • Falta de atividades físicas e ao ar livre;
  • Ansiedade.

Para a médica Maria Inês, o diagnóstico precoce e o tratamento integrado são fundamentais para prevenir e controlar a obesidade infantil e suas complicações, uma vez que a doença pode ser tratada e até mesmo evitada. “Com o apoio de profissionais especializados, como endocrinologistas pediátricos, e o envolvimento da família, é possível adotar um estilo de vida saudável e evitar complicações de saúde no futuro”, conclui.


Carnaval de rua: especialista ensina como se preparar para encarar a folia com resistência e disposição

Foliões tomam as ruas de Brasília para mais um dia de festa,
em um Carnaval que exige fôlego, hidratação e energia.
 Especialista alerta para os cuidados essenciais para
 manter o pique até o fim da folia.
 
Crédito: 
Joel Rodrigues/Agência Brasília

Nutrologista esportivo compara a maratona da folia a uma prova de resistência e dá dicas sobre hidratação, alimentação e preparo físico para curtir o Carnaval com saúde.

 

O Carnaval de rua é uma verdadeira maratona. Horas de dança, caminhada, calor intenso e pouco descanso fazem da folia um grande teste para o corpo, exigindo resistência física, hidratação adequada e uma alimentação equilibrada. De acordo com o nutrologista esportivo Dr. Felipe Xavier, da Clínica Neoliv, a festa pode ser comparada a uma corrida de longa distância – com a diferença de que, muitas vezes, os foliões negligenciam cuidados essenciais.  

“Um atleta se prepara para uma prova com planejamento adequado, enquanto, no Carnaval, muitos exageram no álcool, seguem dietas desbalanceadas e ignoram o descanso. Apesar disso, podemos adotar estratégias parecidas para minimizar o impacto sobre o organismo”, explica Xavier.  

Assim como ocorre em uma corrida de longa distância, os foliões passam por exposição prolongada ao esforço físico, exigindo do corpo resistência, hidratação e reposição de energia. Contudo, enquanto atletas realizam um planejamento focado na performance, muitos foliões acabam exagerando no álcool, seguem dietas desbalanceadas e ignoram o descanso adequado. 


Hidratação: essencial para manter o ritmo

Durante a folia, o corpo perde muitos líquidos devido ao calor e ao esforço físico, assim como acontece em corridas longas. Entre os foliões que consomem bebida alcoólica, essa perda é potencializada pela inibição da secreção do ADH, um hormônio que realiza a reabsorção de água pelos rins. Para evitar a desidratação, a recomendação é intercalar a ingestão de bebidas alcoólicas com água ou isotônicos.


Alimentação equilibrada para ter energia

A melhor estratégia é manter uma dieta equilibrada mesmo durante os dias de Carnaval. Além disso, estratégias da prática esportiva podem ser aplicadas, como o consumo de carboidratos e proteínas antes e depois das festas. Em eventos intensos e de maior duração, o consumo de carboidrato durante a folia também pode ser um aliado, semelhante à suplementação realizada durante provas de endurance.


Escolha de roupa e calçado influencia no desempenho

Assim como na prática esportiva, deve-se dar preferência para tecidos leves e respiráveis, evitando o superaquecimento e ajudando na evaporação do suor. Roupas confortáveis e soltas facilitam a mobilidade. O uso de tênis confortáveis e com amortecimento reduz o impacto das festas e da dança, prevenindo dores nos pés e articulações e diminuindo o risco de torções e quedas associadas ao uso de chinelos e calçados abertos.

 

Preparação pré-Carnaval faz a diferença

Os foliões podem adotar hábitos que ajudam a melhorar a resistência física e evitar fadiga excessiva. Treinos aeróbicos, como corrida, caminhada e dança, aumentam a resistência cardiovascular. Exercícios de fortalecimento, principalmente dos membros inferiores, ajudam a evitar dores musculares e lesões. Alongamentos e exercícios de mobilidade preparam articulações e músculos para o esforço prolongado. Na nutrição, assim como em provas de longa duração, aumentar o consumo de alimentos ricos em carboidratos fornece energia sustentada, enquanto a hidratação intensa antes da folia evita desidratação e câimbras.


Sono: descanso é fundamental

Tanto corredores quanto foliões precisam de descanso adequado entre os dias de atividade intensa para evitar o esgotamento e problemas musculares. Relaxamento e pausas estratégicas ajudam na recuperação muscular entre os dias de festa. Uma estratégia para os foliões é garantir boas noites de sono nos dias anteriores para minimizar o impacto da privação de descanso durante o Carnaval.


Proteção solar e insolação

A insolação é um problema sério que pode prejudicar a performance de atletas e foliões, causando fadiga extrema, tontura e até desmaios. Ocorre quando o corpo é exposto a altas temperaturas por muito tempo sem proteção e hidratação adequadas. Para evitar esse problema, é importante usar bonés, óculos escuros e protetor solar, além de realizar pausas estratégicas, procurando sombra nos momentos de descanso.


O impacto do álcool na performance

Uma grama de álcool contém 7 kcal, quase o dobro das 4 kcal por grama de carboidrato. O consumo excessivo pode levar a um aumento calórico significativo sem fornecer nutrientes essenciais, podendo causar ganho de peso e prejudicar o desempenho físico durante o Carnaval. Além disso, o abuso do álcool gera maior risco de fadiga e desidratação. Estratégias para equilibrar o consumo incluem alternar bebidas alcoólicas com água ou isotônicos para reduzir a ingestão excessiva de álcool e evitar a desidratação. Dar preferência a drinks menos açucarados também pode ajudar a reduzir a carga calórica e melhorar a digestão. Assim como atletas controlam a ingestão calórica para melhorar o desempenho, os foliões podem aplicar essas dicas para beber de forma equilibrada, garantindo mais energia e disposição para curtir o Carnaval sem exageros.

Dr. Felipe Xavier reforça que adotar essas estratégias pode ajudar os foliões a aproveitarem a festa de forma mais saudável e com mais resistência, sem comprometer o bem-estar e o rendimento físico.



Neoliv - Health Clinic
SHIS CL QI 7, Bloco B, Loja 104, Brasília, DF.
Instagram: @neolivhealthclinic


Spray Nasal: entenda os cuidados essenciais para evitar riscos e complicações à saúde

Especialista aponta os perigos do uso excessivo e orienta sobre a aplicação correta para garantir eficácia, a fim de impedir problemas respiratórios 

 

O spray nasal, uma solução líquida aplicada diretamente nas vias nasais, é um dos tratamentos mais utilizados para alívio de sintomas respiratórios, como congestão nasal, rinite alérgica e sinusite. No entanto, apesar de ser uma solução prática e eficaz, o uso inadequado desse medicamento pode causar problemas à saúde. 

De acordo com Margareth Cunha, farmacêutica e coordenadora do curso de Farmácia do Centro Universitário Braz Cubas, o uso indiscriminado e prolongado de sprays nasais pode levar a complicações, como a rinite medicamentosa, um tipo de dependência do medicamento que agrava a congestão nasal quando interrompido. Os sprays descongestionantes são os mais populares e têm como função aliviar a sensação de nariz entupido.  

O uso excessivo, principalmente de sprays descongestionantes, pode ser prejudicial. Muitas pessoas não têm consciência dos riscos e acabam usando o produto por mais tempo do que o recomendado”, aponta Margareth. Ainda, o uso prolongado pode causar ressecamento e irritação das mucosas nasais, sangramentos nasais e aumentar a pressão arterial, especialmente nos casos de vasoconstritores. 

A farmacêutica destaca que o uso de descongestionantes nasais deve ser feito de 3 a 5 dias consecutivos, no máximo. “Ultrapassar esse período pode fazer com que o medicamento perca a eficácia e o problema piore, criando um ciclo de dependência do produto”, afirma. 


Cuidados na aplicação 

Para garantir o uso correto e evitar complicações, Margareth Cunha recomenda que a solução líquida seja utilizada de acordo com a orientação médica. "Deve-se seguir as instruções da bula e, sempre que possível, consultar um profissional de saúde antes de iniciar o tratamento. Além disso, a aplicação deve ser feita com a técnica adequada: limpar o nariz antes de usar o produto e aplicar o spray enquanto inspira levemente, direcionando o jato para a lateral das narinas e não para o centro”, orienta.  

A farmacêutica também comenta a importância de não compartilhar o dispositivo com outras pessoas, já que, por entrar em contato direto com as vias respiratórias, isso pode aumentar o risco de transmissão de infecções. 

Embora seja eficaz no tratamento de problemas respiratórios, como rinite alérgica, sinusite e resfriados, vale lembrar que, sem a indicação adequada, trata-se de uma automedicação, o que nunca é recomendado. Evitar o abuso e seguir as recomendações de forma cuidadosa garante que os benefícios sejam aproveitados sem colocar a saúde em risco. "O uso consciente é fundamental, e a orientação médica pode ajudar a identificar a causa dos sintomas, além de evitar o uso inadequado do produto", frisa Cunha. 

 


Braz Cubas
www.brazcubas.br


Como prevenir e identificar os sinais iniciais das micoses que ocorrem com frequência no verão

Dermatologista da SBD-RS orienta sobre cuidados essenciais para evitar infecções e manter a saúde da pele durante o calor 

 

Com o verão, aumentam os casos de micoses, infecções de pele causadas por fungos, que se proliferam mais rapidamente devido ao calor e à umidade típicos da estação. Além do desconforto causado pelas micoses, essas infecções podem levar a complicações graves se não tratadas adequadamente. Para prevenir essas condições, a Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção do Rio Grande do Sul (SBD-RS) oferece dicas essenciais de cuidados com a pele e alerta para os sinais iniciais que exigem atenção.

De acordo com Dr. André Costa Beber, dermatologista da SBD-RS, os fungos se proliferam principalmente no calor e na umidade, ambientes propícios para o surgimento das micoses.

“Por isso, é fundamental evitar permanecer com roupas ou calçados molhados por longos períodos e usar calçados arejados, além de manter a pele seca”, explica.

Além disso, o uso constante de bonés ou de prender o cabelo ainda úmido pode contribuir para o surgimento das micoses, assim como dormir com o cabelo molhado. O calor também aumenta a produção de suor, que pode facilitar o aparecimento das infecções, inclusive em ambientes de trabalho, onde a exposição ao suor prolongado pode ser frequente.

Os primeiros sinais de micose incluem manchas vermelhas, acastanhadas ou brancas na pele, que geralmente surgem no peito, nas costas ou nas virilhas. Quando essas manchas são acompanhadas de prurido leve, é importante procurar orientação médica. Nas virilhas e pés, as micoses podem aparecer como assaduras ou bolhas com coceira intensa, que ao se romperem causam descamação.

“Se não tratadas, as micoses podem gerar fissuras e rachaduras, o que facilita o surgimento de infecções bacterianas secundárias, como a erisipela, especialmente em pessoas com diabetes, obesidade ou imunodeficiências”, alerta o dermatologista.

Em caso de suspeita de micose, é essencial procurar um dermatologista para diagnóstico e tratamento adequados. Os profissionais habilitados podem ser encontrados no site oficial da SBD-RS: www.sbdrs.org.br

 


Marcelo Matusiak

Revisão: Dra. Valéria Rossato

Sociedade Brasileira de Dermatologia - SBD


Diagnóstico e tratamento adequados aumentam a qualidade de vida de pessoas com epilepsia

No Dia Internacional da Epilepsia, 8 de fevereiro, especialista da BP explica a condição e ressalta a importância também do acolhimento

 

Caracterizada por predisposição a convulsões, a epilepsia é uma condição neurológica ainda cercada por estigmas. O Dia Internacional da Epilepsia, 8 de fevereiro, foi criado para conscientizar a sociedade sobre a importância do diagnóstico, tratamento adequado e acolhimento. 

O neurologista Guilherme Olival, da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, um dos principais hubs de saúde de excelência do país, explica que a epilepsia pode ser genética, hereditária ou adquirida, com chances de apresentar formas mais complexas e de difícil diagnóstico. As crises convulsivas podem ocorrer em pessoas que nunca haviam tido outros sinais ou sintomas. A recomendação é que seja procurado atendimento médico o quanto antes. 

As principais causas costumam ser cisticercose (doença parasitária causada pelo consumo de alimentos contaminados), aneurisma, tumor cerebral e trauma craniano. Na maioria dos casos, a condição é controlada com acompanhamento médico e medicamentos. 

Segundo o Guilherme Olival, embora a maior parte das formas de epilepsia seja crônica, algumas podem ser reversíveis, permitindo que o paciente interrompa o uso de medicamentos após um período. “Apesar de assustadoras para algumas pessoas, as crises epilépticas não são diretamente prejudiciais ao cérebro, mas podem resultar em riscos secundários, como quedas, por exemplo. Existem diferentes tipos de crises: as generalizadas, que afetam todo o cérebro, e as parciais, que se iniciam em uma área específica, provocando sintomas como formigamento, alteração de olfato ou visão, podendo levar à convulsão”, esclarece o médico. 

A condição pode causar também alterações na percepção, sensações frequentes de déjà vu e comportamentos semelhantes ao sonambulismo, além de alterações no humor, depressão e até mesmo transtorno bipolar. “A insegurança e o medo de uma crise podem impactar a qualidade de vida dos pacientes, fora a discriminação e o estigma, ainda muito presentes em nossa sociedade.” 

No entanto, os avanços da medicina, o acolhimento e os cuidados oportunos têm permitido respostas positivas cada vez maiores aos tratamentos, com menos efeitos colaterais e interações medicamentosas. “De forma geral, o acompanhamento adequado permite que a condição seja bem controlada, possibilitando aos pacientes levar uma vida normal”, finaliza Olival.


 

BP – Beneficência Portuguesa de São Paulo



Quando é hora de procurar ajuda para a incontinência urinária?

Entenda os cinco principais sinais de alerta que indicam a necessidade de consultar um uroginecologista e cuidar da sua saúde com confiança 

  

A incontinência urinária é uma condição que afeta milhões de pessoas em todo o mundo e, no Brasil, estima-se que cerca de 10 milhões convivam com o problema, segundo dados da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). Embora comum, a condição ainda é cercada de estigmas, levando muitas mulheres a adiarem a busca por tratamento. 

Pensando em conscientizar sobre o tema e quebrar barreiras, Plenitud®, marca de roupas íntimas descartáveis para incontinência urinária da Kimberly-Clark, contou com a orientação da dra. Lilian Fiorelli, especialista em uroginecologia, para destacar os sinais de alerta que indicam a necessidade de buscar ajuda médica. 

Os impactos da incontinência urinária vão além do desconforto físico. Pesquisas da International Continence Society (ICS), 2023, revelam que a condição pode reduzir significativamente a qualidade de vida de quem convive com o problema, afetando aspectos emocionais, sociais e profissionais. Além disso, estudos como o EPINCONT (Epidemiology of Incontinence in the County of Nord-Trøndelag), 1997, mostram que aproximadamente 70% das mulheres que apresentam sintomas de incontinência podem melhorar sua condição com diagnóstico precoce e tratamento adequado. No entanto, muitas postergam a busca por ajuda por vergonha ou por acreditarem que o problema é uma consequência inevitável do envelhecimento. “Não há motivos para se envergonhar. Procurar um especialista é um ato de cuidado e amor-próprio”, reforça a dra. Lilian. 

Confira os cinco principais sintomas de alerta que indicam a necessidade de buscar ajuda especializada, segundo a dra. Lilian:


1- Urgência para urinar 

A vontade de urinar surge de forma súbita e é difícil de controlar, muitas vezes levando a episódios de perda involuntária de urina. 

 

2- Sensação de esvaziamento incompleto da bexiga 

Mesmo após urinar, a sensação de que a bexiga não foi completamente esvaziada pode indicar problemas no funcionamento do sistema urinário. 

 

3- Acordar mais de uma vez para urinar durante a noite 

A necessidade de acordar várias vezes durante a noite para ir ao banheiro, chamada de noctúria, pode ser um sinal de que há algo errado e é hora de procurar orientação médica. 

 

4- Sintomas de infecção urinária sem infecção 

Sensações de ardor ao urinar ou necessidade frequente de urinar, mas sem a confirmação de infecção urinária, podem ser um indício de incontinência urinária. 

 

5- Perda de urina sem querer 

A perda involuntária de urina ao tossir, rir ou realizar atividades físicas pode ser um dos sinais mais evidentes e preocupantes de incontinência urinária. 

 

Para assistir ao conteúdo completo da dra. Lilian Fiorelli sobre os sinais de alerta da incontinência urinária, acesse link 

Para apoiar mulheres que enfrentam essa condição, Plenitud® desenvolve produtos que aliam tecnologia, conforto e discrição, ajudando a lidar com os desafios do dia a dia enquanto o tratamento está em andamento. A marca também tem como missão desmistificar o tema da incontinência urinária, promovendo a conscientização e oferecendo informações que empoderem as mulheres a buscarem soluções. Com uma história consolidada no mercado e reconhecida por sua inovação, Plenitud® é referência global em produtos para incontinência urinária. A marca reafirma seu compromisso em ajudar milhões de pessoas a viverem com mais confiança e plenitude, incentivando que a busca pela saúde comece com um simples passo: reconhecer os sinais e procurar ajuda médica. 

 

Plenitud®
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Libbs amplia acesso global à vacina contra a febre amarela com produção de 12,8 milhões de doses em 2024

Parceria com BioManguinhos permitiu que frascos fossem distribuídos para países da África e América Latina

 

A Libbs Farmacêutica, por meio de uma parceria com o laboratório público BioManguinhos, desempenha um papel fundamental no combate à febre amarela, envasando anualmente milhões de doses da vacina. Só em 2024 foram 12,8 milhões de doses. As unidades são distribuídas pela Unicef em países da África e pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) em países da América Latina. "Estamos levando vacina para países que não têm condições de fabricar suas próprias doses. O frasco que sai da fábrica da Libbs está chegando a populações carentes de acesso à saúde", destaca George Cassim, gerente de Relações Governamentais da Libbs. 

O processo é complexo e o produto extremamente sensível. Por isso, o envio da vacina para outros países exige a certificação de Boas Práticas de Fabricação da OMS (Organização Mundial da Saúde), concedida em junho de 2024. A vacina é manipulada no Rio de Janeiro pela BioManguinhos e, em seguida, transportado para a fábrica da Libbs, em Embu das Artes (SP), onde ocorre o envase dentro de uma “linha isolada”, a primeira da América Latina, garantindo qualidade e segurança para evitar contaminação. “São dez equipamentos que ficam conectados dentro desse isolador. É necessário um sincronismo muito grande entre todos eles, pois se um falhar, prejudica todo o restante do processo”, detalha Phelipe Miranda, gerente de produção. 

A parceria com a BioManguinhos para exportação iniciada em 2019 e com vigência até 2033, reforça a confiança na produção nacional e o compromisso da Libbs em ampliar o acesso à saúde no Brasil e no mundo. "Estamos em vias de assinar uma nova negociação. Anualmente, revisitamos o contrato para checar se precisamos ajustar a quantidade de doses envasadas anualmente na Libbs, contribuindo com a vacinação de milhares de pacientes no Brasil e no exterior", afirma Geraldo Martins, diretor de Negócios da Libbs.


Hidratação íntima: cuidados essenciais para a saúde vaginal

Divulgação
Conheça práticas simples e eficazes para manter a região íntima saudável e confortável

 

Com a crescente preocupação com a saúde e bem-estar da mulher, a importância da hidratação íntima como parte dos cuidados diários não fica para trás. Assim como a pele do rosto e do corpo necessitam de hidratação, a região vaginal também requer atenção especial para prevenir ressecamento, desconforto e possíveis infecções.

De acordo com a ginecologista Loreta Canivilo, a hidratação íntima é fundamental, especialmente em algumas fases da vida da mulher. “Alterações hormonais, como as que ocorrem durante a menopausa, puerpério e mesmo em momentos de estresse elevado, podem reduzir a umidade natural da vagina, causando ressecamento, coceira e desconforto nas relações sexuais”, explica Canivilo.

Para manter a hidratação íntima em dia a ginecologista Loreta Canivilo sugere pequenas mudanças.

Hidratantes específicos: o uso de hidratantes vaginais formulados com ácido hialurônico e outros agentes umectantes ajuda a restaurar a umidade da região;

Evitar produtos agressivos: sabonetes comuns, duchas vaginais e perfumes podem alterar a flora vaginal e agravar o ressecamento, causando alteração do pH natural da região;

Beber água: a hidratação do corpo como um todo reflete diretamente na saúde da pele e das mucosas;

Alimentação equilibrada: o consumo de alimentos ricos em ômegas e antioxidantes contribui para a manutenção da umidade natural;

Evitar roupas apertadas: o uso frequente de roupas muito justas pode dificultar a respiração da pele e aumentar a umidade local, favorecendo o desequilíbrio da microbiota vagina;

"Ao notar sintomas de ressecamento ou irritação, é fundamental procurar um ginecologista para avaliar a melhor conduta", reforça Loreta.

A ginecologista também alerta que a falta de hidratação adequada pode aumentar o risco de microfissuras na região, tornando a pele mais suscetível a infecções. "A saúde íntima feminina deve ser tratada com naturalidade e atenção, pois impacta diretamente a qualidade de vida e o bem-estar da mulher", conclui a ginecologista.

 

Dra. Loreta Canivilo - Médica ginecologista, obstetra e gineco endocrino Loreta Canivilo, é especialista em reposição hormonal feminina, estética íntima feminina e tratamentos de doenças do útero e endométrio. A profissional possui diversas pós-graduações em instituições de referência como: Reprodução, Ginecologia Endócrina no Hospital Sírio Libanês e Medicina em Estado da Arte no Hospital Albert Einstein. É especialista em Nutrologia e Endocrinologia pela Faculdade Primum, referência em educação em medicina. Nas redes sociais, Loreta já possui mais de 50 mil seguidores - @draloreta, e oferece conteúdo explicativo sobre assuntos relacionados à saúde da mulher, gestação, reposição hormonal e implantes. Loreta Canivilo também é idealizadora de projeto social, em parceria com o Instituto Primum – onde também ministra aulas -, que promove atendimento de saúde feminina gratuito a mulheres em situação de vulnerabilidade.

 

Alerta de Carnaval: álcool e gravidez não combinam

Gestantes e tentantes, curtam a folia com responsabilidade e protejam o seu bebê!


Gestantes ou mulheres que estão tentando engravidar têm uma importante questão, que não pode ser esquecida nos próximos dias, com a chegada do Carnaval. O consumo de bebidas alcoólicas durante a gravidez, em qualquer fase da gestação, pode trazer sérios riscos para a saúde do bebê. 

Nas próximas semanas, quando a maior festa popular brasileira será celebrada em todo o país, com muita animação, o Instituto Olinto Marques de Paulo (OMP), entidades médicas e organizações da sociedade civil reforçam a campanha permanente de conscientização sobre a SAF, ou Síndrome Alcoólica Fetal. A SAF é uma doença pouco conhecida e de difícil diagnóstico, caracterizada por uma série de manifestações físicas, comportamentais, emocionais, sociais e de aprendizagem, diagnosticadas na criança.  

Não existe quantidade segura de álcool para gestantes. Mesmo em pequenas quantidades, o álcool pode atravessar a placenta e chegar ao bebê ainda em formação, causando problemas de desenvolvimento físico e mental, aumentando o risco de parto prematuro e diversas outras complicações. 

No Brasil, não há dados oficiais, mas estudo realizado na periferia de São Paulo aponta que 38 a cada 1.000 nascidos sofriam de algum transtorno relacionado ao uso de álcool pela mãe. Este número pode ser ainda maior, visto que estimativas indicam que sequer 1% das crianças afetadas são diagnosticadas.  

Segundo Sara Assis, coordenadora de desenvolvimento institucional do Instituto OMP, “a principal causa da SAF é o consumo de álcool na gravidez, prática observada em cerca de 15% das gestantes, totalizando mais de 450 mil mulheres no Brasil”. 

Para as tentantes, é importante lembrar também que o excesso de bebidas alcoólicas pode prejudicar a fertilidade tanto da mulher como do homem, dificultando a gravidez.

 

Carnaval consciente

  • Se você está grávida, a melhor opção é não consumir nenhuma bebida alcoólica
  • Se você está tentando engravidar, evite o álcool para proteger a sua fertilidade e a saúde do seu futuro bebê
  • No Carnaval, aproveite para se divertir com outras bebidas não alcoólicas, como água, sucos e drinks sem álcool 

Lembre-se: a saúde do seu bebê está em suas mãos. Escolha um Carnaval seguro e sem álcool! 

Se você tiver dúvidas sobre o consumo de álcool na gravidez, converse com seu médico.

Para mais informações sobre a Síndrome Alcoólica Fetal:

 

https://www.instituto-omp.org.br/gravidezsemalcool


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