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Dia 15 de março é a data que marca o Dia Mundial do
Sono, uma iniciativa global criada para conscientizar a população sobre a
importância do sono para a saúde e o bem-estar. Promovido pela Associação
Mundial do Sono, o dia destaca os benefícios de uma boa noite de sono, alertar
sobre os distúrbios do sono e incentivar práticas que melhorem a qualidade do
descanso.
Um dos distúrbios do sono mais comuns em todo o mundo é a insônia, que afeta uma parcela significativa da população global e brasileira. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 30% da população mundial sofre de insônia, sendo que 10% desses casos são classificados como insônia crônica. No Brasil, os números também são alarmantes. Um estudo epidemiológico publicado em 2021 na Sleep Epidemiology revelou que cerca de 73 milhões de brasileiros, o equivalente a 35% da população, relatam dificuldades recorrentes para dormir, com 15% desses casos atingindo níveis crônicos (Andrade et al., 2021).
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A condição não apenas compromete a qualidade de vida, mas também está associada a um aumento no risco de doenças físicas e mentais, como hipertensão, diabetes, depressão e ansiedade. Além disso, a insônia tem um impacto econômico significativo, reduzindo a produtividade no trabalho e aumentando os custos com saúde.
Para a Carla Fontana, de 61 anos, de
Brasília, a jornada de insônia é longa: há mais de décadas ela luta com o
problema. Após passar por tratamentos pesados, Carla encontrou na cannabis
medicinal uma nova esperança e renovou a qualidade de vida com as gotas à base
da planta.
Veja aqui o depoimento em
vídeo da Carla
“Meu diagnóstico é de insônia primária, aquela que
não adormecemos, e secundária, onde temos vários despertares noturnos. Já
cheguei a ficar cinco noites sem dormir e entrei em pânico. Iniciei um
tratamento com medicação pesada para dormir, porém, com a chegada aos 60 fiquei
com receio dos efeitos colaterais e de problemas como demências, por isso
busquei uma alternativa na cannabis medicinal”, conta Carla.
Ela ainda completa: “No início estava com muito
medo de usar cannabis, mas foi uma grata surpresa e, além do meu sono ter
melhorado muito, já estou fazendo o desmame dos remédios tradicionais”.
“É essencial pensarmos em estratégias de prevenção
e tratamento com abordagens inovadoras, como o uso de cannabis medicinal. Os
medicamentos à base da planta tem se mostrado promissores no manejo de
distúrbios do sono. No entanto, a conscientização sobre a gravidade da insônia
e o acesso a tratamentos eficazes ainda são desafios que precisam ser
enfrentados globalmente”, alerta a Dra. Mariana Maciel, diretora médica da Thronus Medical (@thronus.brasil).
De acordo com a médica, a cannabis medicinal tem sido estudada e utilizada para ajudar no tratamento da insônia, principalmente devido aos seus efeitos relaxantes, sedativos e ansiolíticos. Os dois principais compostos da cannabis que atuam no sistema nervoso são o tetraidrocanabinol (THC) e o canabidiol (CBD), que interagem com o sistema endocanabinoide do corpo, responsável por regular funções como sono, humor, apetite e dor.
CBD e THC: elimine as dúvidas
A ação do CBD contribui também com funções
neuroprotetoras, antidepressivas e ansiolíticas. Estudos mostram suas ações
benéficas em tratamentos de ansiedade, estresse, humor, psicose e sono. O CBD,
por exemplo, se mostrou útil na diminuição de ansiedade durante teste de
simulado de fala pública. Outro estudo demonstrou que doses mais baixas de CBD
tem melhor ação ansiolítica em ratos. Uma última pesquisa ligou o CBD com
aumento da duração do sono. É importante lembrar que, mesmo em estudos que
aplicaram uma dosagem considerada “absurda”, o canabinoide não apresentou
toxicidade.
Os produtos à base de THC também são uma opção
positiva no tratamento de depressão e ansiedade. “Isso acontece porque esse
canabinoide possui propriedades relaxantes e ansiolíticas, que podem induzir o
sono, melhorando os quadros de insônia. Ocorre uma importante redução da
ansiedade. A molécula se liga aos receptores endocanabinoides, afetando a
liberação de neurotransmissores que desempenham um papel importante na
regulação do humor e da ansiedade”, explica a médica.
Aumento do uso da cannabis
medicinal no Brasil
Este ano, o Brasil atingiu a marca de 672 mil
pacientes que se tratam com cannabis medicinal, número recorde e 56% superior
ao do ano passado. O dado é do anuário produzido pela consultoria Kaya Mind.
O relatório também mostra que os pacientes estão
espalhados por aproximadamente 80% dos municípios brasileiros e o segmento
movimentou R$ 853 milhões durante 2024.
Medicamentos que utilizam a nanotecnologia em sua
formulação, como o Bisaliv do laboratório Thronus Medical, são solúveis em
água, o que facilita a absorção do medicamento pelo organismo. Assim, agem mais
rápido, têm melhor custo-benefício e menos efeitos colaterais. Além disso, as
nanopartículas são facilmente absorvidas pelas células intestinais.
“A cannabis medicinal pode ser uma opção
eficaz para o tratamento da insônia, especialmente quando associada a outras
terapias e mudanças no estilo de vida, como higiene do sono e redução do
estresse. Lembrando que é essencial buscar orientação profissional para
garantir um uso seguro e adequado”, finaliza Dra. Mariana.
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