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sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

Janeiro Branco destaca a importância da saúde mental no início do ano

Campanha destaca estratégias para promover bem-estar emocional e enfrentar desafios cotidianos, na busca por autocuidado, equilíbrio emocional e apoio profissional


Com o início de um novo ano, o Janeiro Branco surge como uma campanha para ampliar a conscientização sobre a saúde mental, tema que afeta milhões de pessoas globalmente. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), quase um bilhão de pessoas viviam com algum transtorno mental em 2019, incluindo 14% dos adolescentes no mundo. O suicídio, por exemplo, foi responsável por mais de uma em cada 100 mortes no mesmo período, destacando a necessidade de um olhar atento para o bem-estar emocional.

A psicóloga hospitalar supervisora Virginia Tavares Bonon, do Hospital Mater Dei Santa Clara, em Uberlândia (MG), destaca que muitos ainda associam saúde mental à ausência de doenças psíquicas, uma visão limitada e influenciada por questões históricas e culturais. “Saúde mental não é uma linha reta. Assim como a batida do coração tem altos e baixos, o mesmo vale para o bem-estar emocional. É um estado de equilíbrio que envolve componentes físicos, mentais e sociais”, afirma. Ela reforça que práticas como atividade física, alimentação saudável, redes de apoio, qualidade do sono e momentos de lazer são fundamentais para a saúde mental, muito além do que buscar ajuda apenas em momentos de crise.


Quando buscar ajuda profissional?

Identificar a necessidade de apoio psicológico ou psiquiátrico ainda enfrenta barreiras culturais e estigmas, segundo Virginia. Muitos recorrem a outras especialidades médicas antes de considerar a saúde mental, adiando um tratamento adequado. “É essencial buscar ajuda sempre que algo persistente interfere no cotidiano, como dificuldades em realizar tarefas habituais, bloqueios emocionais ou pensamentos suicidas. Psicólogos e psiquiatras atuam de maneira complementar, cada um em sua especialidade, para oferecer suporte eficaz”, explica a psicóloga.

Além disso, eventos traumáticos, lutos e situações de estresse intenso também são sinais para procurar profissionais da área. A profissional alerta que esses especialistas ajudam não apenas na superação de dificuldades, mas também no fortalecimento emocional, em momentos de mudança ou desafios.


Relacionamentos e autoconhecimento: chaves para o bem-estar

A construção de relacionamentos saudáveis é um pilar importante para a saúde mental. Segundo Virginia, desde a infância, relações interpessoais moldam nossa autoestima, senso de pertencimento e capacidade de lidar com o estresse. “Precisamos de uma rede de apoio, pessoas com quem podemos ser autênticos. O autoconhecimento também é essencial para compreender quais conexões são saudáveis e contribuem para o nosso bem-estar”, explica.

Esse processo, ela acrescenta, pode ser trabalhado ao longo da vida, especialmente em momentos de reflexão, como o início do ano, quando muitos reavaliam metas e prioridades.


Cuidados básicos e expectativas realistas

Virginia chama atenção para a busca de um equilíbrio entre autocuidado e as demandas da vida moderna. Ela destaca que práticas simples, como manter uma boa alimentação, um sono adequado e realizar exercícios físicos, devem ser prioridades. Contudo, é importante evitar a idealização de metas perfeitas, especialmente no início de um novo ciclo. “A saúde mental não é linear. Ter dias bons e ruins faz parte da experiência humana. Não há um caminho rígido e perfeito a ser seguido”, afirma.

A psicóloga também alerta contra a pressão de estabelecer objetivos excessivamente rigorosos na virada do ano, um momento culturalmente associado à renovação e planejamento. “Metas precisam ser flexíveis e alinhadas à realidade, sem cobranças inatingíveis que gerem frustrações e sobrecargas emocionais”, conclui.


Saúde mental como prioridade

Com a campanha Janeiro Branco, a sociedade é convidada a olhar para a saúde mental como parte integral da qualidade de vida. Adotar estratégias de autocuidado, buscar apoio profissional, quando necessário, e promover relações saudáveis são passos fundamentais para começar o ano com mais equilíbrio emocional. A mensagem central é clara: cuidar da mente é tão importante quanto cuidar do corpo, e ambos estão profundamente conectados.


Saúde mental no tratamento oncológico: pacientes emocionalmente amparados são mais propensos a seguir os protocolos médico

Suporte emocional e psicológico na jornada contra o câncer é essencial para fortalecer o enfrentamento da doença e melhorar os resultados terapêuticos

 

O diagnóstico de câncer marca um divisor de águas na vida do paciente, trazendo à tona desafios físicos, emocionais e até espirituais. Além do impacto do tratamento no corpo, a mente também é profundamente afetada, com muitos pacientes enfrentando ansiedade, depressão e medo do futuro. Reconhecer e tratar essas questões é essencial para garantir a qualidade de vida e melhorar a resposta às terapias oncológicas. 

Um estudo publicado na Frontiers¹ revela que 25% dos pacientes com câncer apresentam sintomas de depressão, e até 45% relatam níveis elevados de ansiedade. Esses transtornos não apenas reduzem a qualidade de vida, mas também interferem diretamente na adesão ao tratamento. "A saúde mental não é um elemento acessório; ela é uma parte essencial do cuidado integral do paciente oncológico," ressalta Cristiane Bergerot, líder nacional da especialidade equipe multidisciplinar da Oncoclínicas. 

O suporte psicológico permite ao paciente enfrentar o processo terapêutico com maior resiliência, fortalecendo a comunicação com a equipe médica e favorecendo a adesão às terapias. Psicólogos especializados desempenham um papel crucial, ajudando a gerenciar emoções, criar estratégias de enfrentamento e até orientar familiares no suporte ao paciente.
 

Psicoterapia ainda é desafio no Brasil

Apesar de sua relevância comprovada na melhoria da qualidade de vida, a psicoterapia enfrenta barreiras consideráveis no Brasil, impedindo que muitos pacientes tenham acesso a esse recurso essencial. O Índice Instituto Cactus-Atlas de Saúde Mental² destaca que apenas 5,1% dos brasileiros recebem acompanhamento psicoterapêutico regular, enquanto 16,6% fazem uso de medicamentos psiquiátricos sem apoio complementar, uma prática que pode limitar a eficácia do tratamento. 

A psicoterapia também enfrenta o estigma cultural, muitas vezes vista como desnecessária ou como um "luxo". Esse preconceito, aliado à falta de informação sobre os benefícios do acompanhamento psicológico, leva muitos pacientes a desconsiderar essa opção, mesmo quando apresentam sinais claros de sofrimento emocional. 

Outro entrave significativo está na baixa integração da saúde mental ao cuidado oncológico. Faltam profissionais especializados disponíveis para atender a demanda crescente, além de uma coordenação mais eficaz entre psicólogos, oncologistas e outros profissionais da saúde para oferecer um atendimento multidisciplinar. 

"Precisamos desmistificar questões como essas. O câncer não afeta apenas o corpo; ele impacta o indivíduo de forma holística, e a abordagem terapêutica deve refletir essa complexidade," acrescenta Bergerot.
 

Corpo, mente e espírito: a espiritualidade no cuidado oncológico

A espiritualidade surge como um componente indispensável no enfrentamento do câncer, complementando abordagens terapêuticas e psicológicas. Segundo Clarissa Mathias, a espiritualidade tem o poder de ressignificar a experiência do paciente, oferecendo conforto, equilíbrio e propósito mesmo nos momentos mais desafiadores. "Ela permite ao paciente encontrar forças internas para lidar com a jornada, promovendo bem-estar e serenidade em meio às adversidades", destaca Clarissa Mathias, oncologista da Oncoclínicas. 

Diferente da religiosidade, que envolve dogmas e práticas específicas de uma fé, a espiritualidade pode ser vivenciada de diversas formas, como por meio da meditação, do contato com a natureza ou de reflexões pessoais. Essas práticas auxiliam na redução do estresse e contribuem para uma visão mais ampla e integrada da saúde mental, conectando corpo, mente e espírito. 

No entanto, integrar a espiritualidade à prática médica ainda enfrenta obstáculos significativos. Falta de capacitação dos profissionais, tempo restrito nas consultas e o receio de impor crenças pessoais ao paciente são algumas das barreiras apontadas. "A medicina contemporânea precisa enxergar o paciente em sua totalidade, compreendendo que o cuidado vai além do biológico e inclui aspectos emocionais e espirituais. Essa abordagem mais humanizada é essencial para oferecer suporte completo," afirma a oncologista. 

Iniciativas que promovem a espiritualidade como parte do cuidado oncológico têm mostrado impactos positivos, reforçando que a saúde integral não se limita ao físico, mas inclui a dimensão emocional e espiritual. Essa visão holística está alinhada com a busca por práticas mais humanizadas na medicina e no acompanhamento de pacientes oncológicos.
 

Benefícios do acompanhamento psicológico

  • Adesão ao tratamento: pacientes emocionalmente amparados são mais propensos a seguir os protocolos médicos;
  • Redução do estresse: técnicas como mindfulness e terapia cognitivo-comportamental ajudam a equilibrar as emoções;
  • Fortalecimento da rede de apoio: psicólogos podem orientar familiares a prestar suporte de maneira mais eficaz;
  • Melhora na qualidade de vida: reduzir os sintomas de depressão e ansiedade proporciona mais momentos de bem-estar durante a jornada oncológica;


Caminhos para melhorar o cenário

Garantir uma abordagem integral no cuidado oncológico, que contemple saúde mental e espiritualidade, exige uma série de transformações estruturais e culturais. Entre os passos mais urgentes estão o fortalecimento de políticas públicas, o investimento em educação profissional e a ampliação do acesso a serviços especializados de saúde mental e espiritualidade.
 

1. Políticas públicas robustas e financiamento adequado
O fortalecimento de políticas públicas de saúde mental é fundamental para garantir o acesso a terapias psicológicas e cuidados integrativos no contexto oncológico. Isso inclui financiamento direcionado para a contratação de psicólogos especializados, além da inclusão de práticas integrativas e complementares.
 

2. Educação e capacitação de profissionais de saúde
A formação dos profissionais da área médica deve ser revisada para incluir competências sobre saúde mental e espiritualidade, promovendo uma visão mais humanizada do cuidado. Cursos e treinamentos poderiam abordar técnicas de abordagem emocional, como anamnese espiritual e comunicação empática. Essa formação ajudaria médicos, enfermeiros e psicólogos a oferecer um suporte mais completo, reduzindo barreiras de tempo e desconhecimento.
 

3. Campanhas de conscientização pública
Campanhas voltadas ao público geral têm papel estratégico na desmistificação da psicoterapia e no incentivo ao cuidado integral. Essas iniciativas poderiam abordar temas como o impacto da saúde mental na adesão ao tratamento oncológico e o papel da espiritualidade no enfrentamento da doença, promovendo maior aceitação e busca ativa por suporte.
 

4. Integração entre suporte psicológico e espiritual
Modelos de atendimento integrativo, que aliam psicoterapia a abordagens de espiritualidade, têm mostrado resultados promissores. Parcerias com comunidades religiosas ou organizações que oferecem apoio espiritual podem criar redes de suporte mais amplas e acessíveis. Além disso, tecnologias como aplicativos de meditação e plataformas de suporte emocional podem ser ferramentas viáveis para complementar o atendimento presencial.
 

5. Pesquisa e inovação
Investir em pesquisas sobre os impactos da saúde mental e da espiritualidade no tratamento oncológico é crucial para embasar políticas e práticas clínicas. Estudos que avaliem a eficácia de abordagens integrativas, como terapias baseadas em mindfulness e grupos de apoio espiritual, podem reforçar sua inclusão no cuidado padrão.
 

"A verdadeira luta contra o câncer vai além da doença; é uma jornada pela dignidade, pelo equilíbrio e pelo bem-estar do paciente. Precisamos de uma medicina que enxerga o ser humano em sua complexidade, unindo corpo, mente e espírito para alcançar melhores resultados terapêuticos," conclui Cristiane Bergerot.
  



Referências

1. Habimana S, Biracyaza E, Mpunga T, Nsabimana E, Kayitesi F, Nzamwita P, et al. Prevalence and associated factors of depression and anxiety among patients with cancer seeking treatment at the Butaro Cancer Center of Excellence in Rwanda. Frontiers Public Health. Disponível em: Link

2. Panorama da saúde mental. Disponível em: Link



Oncoclínicas&Co
www.grupooncoclinicas.com


Aproveite as férias com saúde

 Crianças e adultos precisam usar
 protetor solar regularmente
Evitar a exposição solar excessiva, adotar medidas preventivas contra o HPV e praticar hábitos saudáveis são essenciais para um verão livre de preocupações


As férias de verão são um período de lazer e descanso, próprio para atividades ao ar livre, banhos de mar, jogos na areia e esportes náuticos. Aproveitar esses momentos com a família e os amigos é muito importante, no entanto, ninguém deve esquecer os cuidados com a saúde, principalmente com a pele que, se for exposta em demasia aos raios ultravioletas, pode sofrer queimaduras solares, manchas e até câncer. 

“Albinos, pessoas com pele e olhos claros, vitiligo e histórico familiar da enfermidade ou que fazem uso de medicamentos imunossupressores devem redobrar os cuidados com a pele”, afirma a médica oncologista Camila Jappour Naegele, da Oncologia D’Or. 

Para quem quer namorar bastante nas férias, o ideal é fazer sexo com proteção. Além de evitar doenças sexualmente transmissíveis, o sexo seguro evita a transmissão do Papilomavírus Humano, o HPV, que causa vários tipos de câncer como cabeça e pescoço e colo do útero.


Câncer de pele: exposição consciente e prevenção

O câncer de pele é o tipo mais frequente no Brasil, representando 30% dos casos de câncer registrados no país. O Instituto Nacional de Câncer (INCA)1 estima um crescimento de 24,5% no número de casos em 2024, sobre os de 2022. Serão 220.940 novos casos, ante os 177 mil registrados a dois. 

O aumento pode ser atribuído à maior exposição aos raios ultravioletas, ao envelhecimento da população e aos avanços nos métodos de diagnóstico”, explica a médica Camila Jappour Naegele. Entre as medidas preventivas estão evitar o sol entre 10 horas e 16 horas, utilizar protetor solar regularmente e usar proteção física, como chapéus e roupas leves. 

Em caso de lesões suspeitas, é possível utilizar o autoexame pelo método ABCDE para tirar qualquer dúvida. Os sinais suspeitos podem ser identificados analisando-se a assimetria, bordas irregulares, cores variadas, diâmetro acima de 6 mm e evolução de pintas.

O tratamento depende do tipo de câncer de pele. Enquanto os casos de melanoma exigem intervenção cirúrgica e, em estágios avançados, imunoterapia, o câncer não melanoma costuma ser tratado apenas com cirurgia.

Pessoas de pele clara devem ficar mais
 atentas às medidas preventivas


Câncer de cabeça e pescoço: o risco do HPV

O HPV é um grupo formado por mais de 200 subtipos de vírus. Aqueles transmitidos por contato sexual são divididos em dois grupos: baixo e alto risco. Embora não sejam responsáveis pelo câncer, os subtipos de baixo risco podem causar verrugas nos órgãos genitais, ânus, boca e garganta. Dos 14 subtipos de alto risco, dois deles – 16 e 18 – respondem por sete a cada dez casos de câncer associados a esse vírus. 

A infecção por HPV é muito comum. Quase todas as pessoas sexualmente ativas são infectadas por esse vírus meses ou anos após a iniciação sexual. Entretanto, a maioria das infecções é combatida pelo sistema imunológico. Apenas em um pequeno porcentual de pessoas, o HPV de alto risco persiste por muitos anos no organismo, levando a alterações celulares, que resultam em câncer, em especial no colo uterino e na região da cabeça e pescoço. 

“A prevenção contra o HPV, por meio da vacinação e do sexo seguro, é essencial para reduzir a incidência do câncer de cabeça e pescoço, o quinto tumor quinto mais comum no Brasil”, afirma a oncologista Rafaela Pozzobon, da Oncologia D’Or. A vacina está disponível no SUS para meninos e meninas de 9 a 14 anos e para adultos em situações específicas. Na rede privada, pode ser aplicada até os 59 anos, sob orientação médica. 

O HPV é responsável por 80% dos casos de câncer de orofaringe. Sintomas como feridas na boca que não cicatrizam, caroços no pescoço, rouquidão persistente e dificuldade para engolir devem ser investigados. Já os sintomas mais comuns do câncer do colo são sangramento e dor durante relação sexual, sendo frequentemente assintomático nos casos iniciais. Quarto tipo de câncer mais comum nas mulheres, a doença pode ser prevenida com a sexo seguro e a vacinação contra o HPV. O Ministério da Saúde2 recomenda a realização regular do exame Papanicolau é em mulheres entre 25 e 64 anos.

 

Confira agora algumas dicas para ter um verão saudável:

  1. Mantenha uma dieta equilibrada, rica em frutas, verduras e legumes
  2. Beba bastante água ao longo do dia
  3. Evite o consumo excessivo de bebidas alcóolicas
  4. Não fume, nem cigarros eletrônicos
  5. Durma o necessário para acordar bem disposto
  6. Evite o sol entre 10 horas e 16 horas e passe protetor solar
  7. Use roupas leves e chapéus para se proteger do sol
  8. Pratique sexo seguro e mantenha a vacinação contra o HPV em dia
  9. Realize o autoexame na pele regularmente e, se houver lesões suspeitas, procure um médico
  10. Faça consultas regulares com dermatologistas e dentistas.

 

Oncologia D'Or

Chutou o balde nas festas de fim de ano? Veja 5 dicas para retomar uma rotina saudável após os excessos

Nutricionistas compartilham estratégias para recuperar o equilíbrio, sem recorrer a dietas restritivas ou se privar de alimentos

 

As celebrações de fim de ano são momentos de alegria e confraternização, mas também um convite para exageros gastronômicos. Entre refeições fartas, sobremesas irresistíveis e brindes festivos, muitas pessoas acabam sentindo os impactos no corpo e na saúde. A boa notícia é que com pequenas mudanças, é possível recuperar o equilíbrio e começar o ano de forma saudável e revigorante. 

No entanto, segundo Brian Sumner, nutricionista da clínica Atma Soma, “o primeiro passo é trabalhar com metas realistas, evitando possíveis frustrações ou possíveis desistências”. Então, não se culpe! Deixe o exagero no passado, foque no presente e comece adotando pequenos processos.
 

Sinais de um corpo sobrecarregado 

Após os dias de excessos, o corpo pode dar indicativos claros, como:

  • Inchaço e retenção de líquidos: causados pelo consumo elevado de sódio e baixa hidratação.
  • Problemas gastrointestinais: como constipação ou diarreia, decorrentes da ingestão abundante de gorduras e álcool.
  • Cansaço e falta de disposição: resultado da má qualidade do sono e do excesso de açúcar.
  • Ansiedade e alterações de humor: associadas a alterações de rotina, padrão alimentar, sono e manejo de estresse.

Dicas para retomar o equilíbrio 

Para reverter esse cenário, nutricionistas destacam 5 dicas práticas para retomar uma rotina saudável após as festas de fim de ano:
 

1- Hidrate-se

Beber água é o primeiro passo para desinchar e reequilibrar o organismo. Intercalar um copo de água para cada bebida alcoólica consumida, como vinho ou cerveja, é uma boa prática. “Isso porque o álcool desidrata o organismo, aumentando a frequência urinária e levando à perda significativa de líquidos. Sem reposição adequada, o corpo retém mais água, resultando em inchaço e desconforto”, afirma Luisa Macedo Nunes, nutricionista da Atma Soma. 

Além disso, segundo a especialista, chás como cavalinha, carqueja, hibisco e chá verde também ajudam a combater a retenção de líquidos. “Lembrando que o indicado é não adoçar, seja com açúcar ou adoçante”, pontua. 

Para Brian Sumner, aumentar a hidratação, principalmente durante períodos de excesso alimentar, também é importante para a saciedade e ajuda a equilibrar a sensação de uma fome falsa.
 

2- Aposte em alimentos naturais

Voltar para uma alimentação rica em nutrientes é essencial. Inclua alimentos ricos em fibras, saladas, legumes, frutas e grãos, que ajudam na regulação do trânsito intestinal e proporcionam maior saciedade, e combine com fontes de proteína, que também auxiliam no equilíbrio nutricional. 

“Sempre aposte em comida de verdade. O famoso descasque mais e desembale menos. Evite refrigerantes e todas as bebidas adocicadas. Para potencializar a recuperação, considere adotar o jejum noturno, se possível, ou restringir a alimentação à noite, optando por fracionar melhor as refeições ao longo do dia, evitando exageros mais tarde”, aponta a nutricionista.
 

3- Se exercite

A prática de atividades físicas aeróbicas, como caminhadas e corridas, ajuda a eliminar líquidos e queimar calorias, promovendo a recuperação do corpo. Além disso, a combinação com exercícios de força é importante, pois, durante os excessos, a falta de atividade física pode levar à perda de massa muscular.
 

4- Priorize o sono

Segundo a especialista, o álcool mexe com o sono e não permite que você durma profundamente. “Dormir bem é crucial para restabelecer os níveis de energia. Por isso, estabeleça horários regulares e evite estimulantes antes de dormir, como café e bebidas energéticas”.
 

5- Cuide do intestino

Após as festas, os problemas gastrointestinais são comuns, como dificuldade para ir ao banheiro ou excesso de evacuações. “A constipação pode ocorrer devido à ingestão inadequada de água, baixa ingestão de fibras e o consumo de alimentos pouco saudáveis, o que pode resultar em fezes mais duras. Por outro lado, o consumo excessivo de gorduras e o álcool podem ter o efeito contrário, acelerando o trânsito intestinal e causando diarreia”. 

Além disso, o álcool pode afetar o intestino e desequilibrar os sinais digestivos, resultando em má digestão, azia e distensão abdominal. “Muitas pessoas percebem que, apesar de acordar com o abdômen mais plano, ele se torna inchado e mais 'globoso' no final do dia, com excesso de gases e sensação de desconforto”, pontua Luisa.
 

Como lidar com a sensação de privação 

Comer com moderação é sempre desafiador, especialmente quando temos alimentos palatáveis à disposição, como durante as festas de fim de ano. Porém, existem estratégias eficazes e conscientes para aproveitar os banquetes de final de ano. 

“A dica que sempre dou é comprar porções menores. Se você deseja comer uma torta, por exemplo, compre uma fatia, ou se for panetone, opte pelo menor. Dessa forma, você pode desfrutar dos alimentos típicos da temporada sem exagerar, pois a quantidade limitada ajuda a evitar excessos”, orienta Brian.

Ele ainda orienta sobre as dietas restritivas, destacando que, embora funcionem em um curto período de tempo, elas nem sempre são eficazes a longo prazo: "O importante é ser realista sobre o que você está disposto a enfrentar. Essas dietas podem até funcionar para algumas pessoas, mas é essencial saber o que é sustentável para você e não usar os outros como parâmetro, pois cada corpo reage de forma diferente. Até porque, restrição excessiva geralmente leva à compulsão, então, na maioria dos casos, não é recomendada”, finaliza.
 



Atma Soma


Quem cuida do cuidador?

Em muitas famílias que têm um membro com Alzheimer, ou com alguma condição de dependência, invariavelmente, alguém precisa assumir o papel de cuidador. Esses indivíduos desempenham um papel vital, oferecem suporte emocional, físico e prático a quem mais precisa. Mas, quando o cuidador precisa de cuidados, será que alguém está atento a eles? Principalmente quando o papel de cuidador é entregue a um familiar, este invariavelmente sofre e, por mais que se dedique, não consegue reduzir as perdas do enfermo, principalmente dos portadores de Alzheimer. Este cenário descrevo O que me falta..., com base em experiências pessoais com a doença. 

Mesmo que os cuidadores sejam profissionais de saúde ou assistentes sociais, todos enfrentam desafios significativos. O desgaste do cuidador, ou Síndrome de Burnout, é uma realidade preocupante. Longas horas de trabalho, responsabilidades emocionais e a constante pressão para proporcionar o melhor podem levar à exaustão física e mental. Sem um suporte adequado, os cuidadores correm o risco de negligenciar a própria saúde e bem-estar. 

O primeiro passo para apoiar o cuidador é reconhecer a importância do autocuidado. Isso envolve práticas diárias que promovem a saúde física e mental, como alimentação equilibrada, exercícios regulares e momentos de descanso. Além disso, é crucial que eles reservem um tempo para atividades que tragam prazer e relaxamento, seja ler um livro, caminhar no parque ou meditar. 

Uma rede de suporte robusta é essencial. Isso pode incluir familiares, amigos e colegas de trabalho que compreendam as dificuldades enfrentadas diariamente. Grupos de apoio e comunidades online também desempenham um papel importante ao oferecer um espaço para compartilhar experiências e trocar conselhos. A sensação de não estar sozinho nessa jornada pode fazer uma diferença significativa. 

O acesso a serviços profissionais de saúde mental é fundamental. Psicólogos, terapeutas e conselheiros podem oferecer orientação e estratégias para lidar com o estresse e as emoções complexas que acompanham o trabalho de cuidado. Sessões regulares de terapia podem proporcionar um espaço seguro para que os cuidadores expressem suas preocupações e encontrem mecanismos de enfrentamento eficazes. 

Empresas e instituições de saúde têm a responsabilidade de implementar políticas que apoiem os cuidadores. Isso pode incluir programas de bem-estar no local de trabalho, horários flexíveis, e iniciativas de reconhecimento e valorização. Políticas públicas que garantam acesso a recursos financeiros e serviços de apoio também são cruciais para assegurar que possam continuar seu trabalho essencial sem sacrificar a própria saúde. 

Cuidar de quem cuida é uma responsabilidade coletiva. Reconhecer suas necessidades, oferecer suporte e implementar políticas eficazes são passos fundamentais para garantir que aqueles que dedicam suas vidas a dar suporte aos outros recebam o apoio que merecem. Somente assim podemos construir uma sociedade mais equilibrada e compassiva, onde todos, inclusive os cuidadores, possam prosperar. 

 

Mário Cezar da Silveira – escritor, especialista em acessibilidade e autor de "O que me falta".


10 dicas para manter a escova de dentes higienizada

Item essencial à saúde bucal pode esconder perigos e precisa ser transportada corretamente nas viagens de férias

 

A contagem regressiva para as férias de verão já começou e fazer as malas pode ser um desafio. Na lista de itens indispensáveis – que vai de remédios de uso contínuo ao protetor solar, óculos de sol e boné – está a escova de dentes.

 

Aliada da saúde bucal, a escova de dentes precisa ser transportada e higienizada adequadamente para evitar contaminação. As bactérias da flora bucal que se instalam nas cerdas úmidas podem sobreviver por 24 horas. Além disso, deixar a escova exposta na pia, sem proteção, aumenta o risco de contaminação e proliferação de microrganismos.

 

Coordenador pedagógico do curso de Odontologia do UniCuritiba, o cirurgião dentista Leonardo Luiz Muller explica que as bactérias da flora bucal, em equilíbrio, não são um risco. O problema é que, quando transmitidas à escova dental, elas podem formar colônias e se tornar patogênicas, assim como os vírus e fungos do ambiente que se alojam nas cerdas e desencadeiam problemas como gengivite, periodontite, cárie e até diarreia.

 

Depois de utilizar a escova é importante lavá-la em água corrente e secá-la com batidinhas na pia. “Não é indicado passar os dedos nas cerdas ou retirar o excesso de água com a toalha de rosto ou de banho”, ensina o especialista.

 

O local e a forma de armazenamento ou de transporte também merecem atenção. Na mala ou na bolsa, a recomendação é usar estojos ou capas de proteção para as cerdas, mas esses recipientes devem ser individuais. Além disso, ao chegar no destino, é importante retirar a escova do estojo, evitando que permaneça úmida.

 

O professor do UniCuritiba, Leonardo Muller, reforça que a escova de dente é de uso individual e não deve ser compartilhada ou armazenada junto com outras que estejam sendo utilizadas por membros da família. O ideal é que sejam mantidas na posição vertical, para facilitar a secagem, e a pelo menos um metro de distância do vaso sanitário (que deve se fechado após o uso e antes da descarga).

 

As descargas dos vasos sanitários liberam gotículas que chegam a seis metros de altura e permanecem no ambiente por horas. “O mais indicado é que as escovas nem fiquem na pia do banheiro, mas em um recipiente individual, higienizado e em local arejado. Elas também não devem ficar jogadas em gavetas ou no fundo da bolsa”, orienta o cirurgião dentista.

 

Como transportar a escova de dentes de modo higiênico

1.   Use um porta-escova de viagem individual para proteger as cerdas e evitar contato com superfícies sujas.

2.   Não coloque todas as escovas da família no mesmo recipiente, pois os germes alojados nas cerdas podem “migrar” de uma escova à outra.

3.   Escolha estojos feitos de materiais resistentes, impermeáveis e fáceis de limpar, como plástico ou silicone.

4.   Certifique-se de que o porta-escovas tenha aberturas para a circulação do ar, mesmo dentro da mala.

5.   Lave bem as mãos antes e depois de manusear a escova de dentes, em especial durante a viagem.

6.   Para evitar a proliferação de bactérias, certifique-se de que a escova esteja completamente seca antes de guardá-la na mala.

7.   Troque a escova de dentes a cada três meses (ou antes, se perceber necessidade) ou após uma doença.

8.   Utilize um nécessaire com compartimentos separados para organizar seus itens de higiene.

9.   Na mala, guarde o kit de higiene bucal em uma bolsa separada da roupa para evitar a contaminação.

10. Não compartilhe sua escova de dentes com outras pessoas, mesmo que seja um familiar próximo. Opte por cores e modelos diferentes para evitar confusão na hora do uso.

 

UniCuritiba


Dicas de saúde para o verão: como cuidar do corpo e da pele na estação mais quente do ano

Especialistas do Hospital Alemão Oswaldo Cruz compartilham orientações sobre hidratação, alimentação, proteção solar, prática de atividades físicas e cuidados com a pele

 

O verão é um convite para aproveitar a praia, piscina e viagens, mas exige cuidados especiais com a saúde para evitar que problemas como desidratação, insolação e queimaduras solares estraguem os momentos de lazer. 

Se manter hidratado é essencial, com consumo regular de água e líquidos, como água de coco, sucos naturais e água, enquanto bebidas alcoólicas e cafeinadas devem ser evitadas. Durante os horários de sol mais forte, entre 10h e 16h, é importante reduzir atividades físicas intensas e buscar locais frescos e bem ventilados. 

Na alimentação, priorize alimentos leves e frescos, como frutas, saladas e carnes magras, evitando frituras e alimentos perecíveis que podem causar desconforto ou intoxicação alimentar. Além disso, lavar bem os alimentos e conservá-los adequadamente são medidas indispensáveis para a segurança alimentar.

"Os alimentos vendidos por ambulantes na praia podem apresentar riscos à saúde se não forem armazenados ou preparados de forma adequada, podendo causar contaminações microbiológicas e problemas como diarreia e febre. Para evitar esses riscos, é importante estar atento às condições de armazenamento dos produtos e priorizar alimentos frescos e bem acondicionados. Em dias quentes, reforçar a hidratação é fundamental para prevenir a desidratação. Água, água de coco e chás gelados são boas opções, assim como alimentos ricos em água, como melancia, melão e pepino, que ajudam a manter o corpo hidratado e bem nutrido", explica Tarcila Campos, nutricionista do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. 

Ao consumir água na rua, em viagens ou locais de grande circulação de pessoas, opte por adquirir produtos de boa procedência, observe se as tampas das garrafas e copos estão devidamente lacradas. Se possível, lave ou higienize com álcool em gel esses recipientes antes do contato com a boca. 

Ao viajar, leve um kit de primeiros socorros. Ainda que a gripe seja mais associada ao inverno, vírus respiratórios circulam no verão, especialmente em ambientes fechados. Lavar as mãos, manter os ambientes ventilados e evitar aglomerações são práticas preventivas eficazes.

 

Doenças de pele 

No verão, problemas de pele como micoses, alergias ao sol, reações a protetores solares e alimentos cítricos, além de queimaduras causadas por água-viva, tornam-se mais comuns. 

Para prevenir essas condições, recomenda-se o uso de produtos hipoalergênicos, testar o protetor solar em uma pequena área da pele antes da aplicação e evitar alimentos que possam desencadear alergias. Em casos de queimaduras ou irritações, é importante lavar a área afetada com água corrente, aplicar compressas frias e procurar orientação médica, se necessário. 

"Durante essa estação, é essencial adotar medidas preventivas para minimizar riscos de queimaduras. Optar por protetores solares adequados para cada tipo de pele, com fator de proteção solar igual ou maior que 30, e reaplicar o produto a cada duas ou três horas é fundamental. Além disso, usar roupas com proteção UV, chapéus e bonés são aliados indispensáveis para proteger a pele e o couro cabeludo", orienta a dermatologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Dra. Larissa Montanheiro. 

Para prevenir picadas de insetos, é recomendado aplicar repelente sobre o filtro solar e vestir roupas protetoras em situações de longa exposição. Caso ocorra uma picada, evite coçar a área afetada e procure assistência médica, se necessário. Para aliviar a coceira, pode-se utilizar cremes ou pomadas antialérgicas, cobrir a lesão com um curativo e proteger a área com protetor solar e hidratante.

 

Hospital Alemão Oswaldo Cruz
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O Fim da Era dos Hormônios

Após proibição da venda e uso do Chip da Beleza, especialistas alertam sobre cuidados na busca pela perfeição estética no verão


O verão chegou e o período de férias se aproxima. Junto, a busca incessante por estratégias para alcançar o “corpo ideal” em tempo recorde. Contudo, a recente regulação da ANVISA com proibição do uso de hormônios para fins estéticos trouxe um alerta importante: priorizar a saúde em vez de atalhos arriscados.

A testosterona, hormônio central nas discussões sobre saúde sexual, estética e performance, revela-se como um duplo agente na jornada de homens e mulheres em busca de aperfeiçoamentos. Vital para diversas funções do organismo masculino, pode ser um adversário na vida humana quando utilizado de forma errado.

 

A proibição e seus motivos

Em uma era em que a busca pela perfeição estética atinge novos patamares, uma tendência surgiu: o chip da beleza. O dispositivo subcutâneo que liberava doses de testosterona e outros hormônios ao longo do tempo, envolvia a administração contínua dessas substancias a homens e mulheres, visando aprimorar a estética e energizar o corpo. Por trás dessa promessa de beleza, os perigos quase invisíveis foram descobertos e seu mau uso foi proibido através de uma regulamentação da Anvisa em novembro de 2024, após alerta do Conselho Federal de Medicina e demais entidades.

Originalmente desenvolvido para tratamentos médicos específicos, tem sido adotado para potencializar resultado de treinos em academias proporcionando aumento de energia e potencial estético.

Durante anos, o uso indiscriminado de hormônios para fins estéticos ganhou força, mas também resultou em graves consequências para a saúde. A decisão de proibir essa prática reflete a urgência de proteger a população.

Segundo o andrologista e urologista, Tiago Cesar Mierzwa, “os implantes subcutâneos aqui no Brasil eram utilizados de maneira inadvertida, com manipulação de diversas substâncias e para objetivos que não eram os recomendados pelas sociedades médicas. O uso de hormônios sem orientação adequada pode provocar alterações severas, complicações cardiovasculares, infertilidade e até mesmo óbito, por isso mesmo a consulta médica e o acompanhamento profissional são tão essenciais para equilibrar os resultados que são desejados para o uso de qualquer medicamento”, reforça o especialista.

 

Um alerta para o verão

Com a estação mais quente do ano no horizonte, muitos ainda são seduzidos por promessas de resultados rápidos. Porém, o Dr. Tiago Mierzwa reforça que não existe atalho quando se trata de saúde: “O foco deve estar em estratégias saudáveis e sustentáveis, com atenção total ao bem-estar.”

 

Cinco passos para um corpo saudável e seguro

Ao invés de recorrer a práticas prejudiciais, Dr. Mierzwa sugere cinco alternativas que promovem saúde e boa forma:

  1. Alimentação equilibrada:Investir em uma dieta rica em nutrientes, com frutas, verduras, proteínas magras e grãos integrais com o acompanhamento de um nutricionista.
  2. Atividade física regular:Combinar exercícios aeróbicos com musculação para a melhora do condicionamento físico e mental, pois atividade física não é só para o corpo.
  3. Hidratação constante:Beber água regularmente é essencial, especialmente no verão. A hidratação nos previne de vários outros problemas.
  4. Sono reparador:Dormir bem regula os níveis hormonais e promove a recuperação física, o que ajuda no corpo, na mente e na qualidade de vida.
  5. Acompanhamento médico:Consultar especialistas permite um cuidado individualizado e seguro, com as dosagens certas do que é realmente necessário para estar em dia. Se não há horário na agenda dos seus médicos agora, espere para começar adequadamente algum tratamento: sua segurança é mais importante.

 

“É fundamental que as pessoas abandonem a busca por soluções rápidas e assumam o compromisso com a saúde. A andrologia oferece caminhos seguros para homens que desejam cuidar do corpo e mente, sem os riscos do uso inadequado de hormônios e sem prejudicar planejamento familiar e o desempenho sexual no relacionamento, por exemplo”, explica o Dr. Mierzwa.





Dr. Tiago Mierzwa - - Urologista e Andrologista - Especialista em medicina sexual e reprodutiva do homem - Mestre em Clinica Cirúrgica pela Universidade Federal do Paraná - Coordenador dos Serviços de Andrologia do Hospital Nossa Senhora das Graças e Hospital Universitário Cajuru - Membro Professor do Departamento de Andrologia da Sociedade Brasileira de Urologia - Membro da Sociedade Brasileira de Urologia/ American Urological Association/ International Society for Sexual Medicine/ Sociedade LatinoAmericana de Medicina Sexual/ ABEMSS/ Confederación Americana de Urologia/ Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida - Semanalmente produz conteúdos ligados à saúde sexual e reprodutiva do homem em suas redes sociais, site e canal no Youtube.


Dr. Tiago Cesar Mierzwa - Urologista e Andrologista especialista em medicina sexual e reprodutiva do homem
IG: @drtiago.urologia
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Ginecologista explica a importância do ultrassom para o diagnóstico de infertilidad

Especialista em diagnóstico por imagem, Marianna Brock
 Divulgação
Marianna Brock diz que o exame é capaz de encontrar anormalidades estruturais que podem interferir na implantação do embrião


Cerca de 1,7% da população adulta global, o equivalente a 1 em cada 6 pessoas, enfrenta dificuldades relacionadas à infertilidade, conforme aponta um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS). As causas podem variar, incluindo fatores como idade, alterações hormonais, problemas no útero, endometriose, Síndrome do Ovário Policístico (SOP), entre outros.

A especialista em saúde da mulher e diagnóstico por imagem, Marianna Brock, explica que o recomendado para o diagnóstico preciso de infertilidade é o exame de ultrassonografia.

“O exame de ultrassom é uma ferramenta essencial no diagnóstico da infertilidade, pois permite a avaliação anatômica e funcional do sistema reprodutivo feminino e, em menor escala, masculino. No exame é possível monitorar o crescimento folicular no ovário e identificar se há ovulação, por exemplo. Também podemos identificar irregularidades como ausência de ovulação (anovulação) ou formação de cistos persistentes”, explica Brock.

A médica ainda destaca que a ultrassonografia é capaz de encontrar anormalidades estruturais como miomas uterinos, que podem interferir na implantação do embrião, e pólipos endometriais. Malformações uterinas, como útero septado ou bicorno e adenomiose também podem ser identificados.

“O exame de imagem do endométrio também é fundamental nesse processo de investigação da infertilidade. Conseguimos medir a espessura e a aparência do endométrio ao longo do ciclo menstrual. Um endométrio muito fino ou com padrão inadequado pode dificultar a implantação embrionária”, enfatiza.

A especialista também destaca a importância do exame para a avaliação dos ovários, reserva ovariana e a possibilidade de obstrução tubária.

“A avaliação da reserva ovariana é fundamental, observando o número de folículos antrais. Importante observar também a presença de líquido nas tubas uterinas (hidrossalpinge), que pode indicar obstrução tubária, que é uma causa comum de infertilidade, alerta a médica.

Marianna Brock também menciona a Histerossonografia, que é ultrassom específico em que soro fisiológico é introduzido no útero para avaliar mais detalhadamente a cavidade uterina e as tubas uterinas.

“O ultrassom é uma técnica não invasiva, acessível e extremamente informativa, sendo frequentemente combinado com outros exames laboratoriais e de imagem para um diagnóstico mais completo das causas da infertilidade”, observa.

Para homens, o ultrassom com Doppler pode avaliar a presença de varicocele, alterações anatômicas ou lesões nos testículos.

 

Contagem folicular

A Contagem Folicular Antral (CFA) é um exame realizado por ultrassonografia transvaginal que mede o número de folículos antrais presentes nos ovários no início do ciclo menstrual (geralmente entre o 2º e o 5º dia).

“Os folículos antrais  contêm óvulos imaturos, e sua quantidade é um indicador da reserva ovariana, ou seja, o número de óvulos disponíveis para fertilização”, detalha a médica.

A especialista em diagnóstico por imagem ainda explica que o CFA é um parâmetro importante na avaliação da fertilidade feminina. Dependendo do número de folículos antrais identificados, ela pode fornecer informações sobre a capacidade reprodutiva da mulher.

“Uma contagem inferior a 8 folículos indica uma reserva reduzida. Isso pode dificultar a concepção espontânea e reduzir a eficácia de tratamentos de Fertilização In Vitro (FIV). Já a contagem Folicular Normal, de 8 a 20 folículos no total, sugere uma boa reserva ovariana e, geralmente, um bom prognóstico reprodutivo. Mulheres com contagem normal, têm maiores chances de sucesso em tratamentos de reprodução assistida”, esclarece.

A médica também orienta que a segurança de uma gestação está mais relacionada às condições de saúde da pessoa grávida e aos cuidados médicos disponíveis do que apenas à idade, no entanto é preciso estar atenta a algumas possíveis complicações.

“A idade ideal para engravidar é entre 20 e 35 anos, quando o corpo está biologicamente preparado, os óvulos têm melhor qualidade e há menor risco de complicações obstétricas, como hipertensão e diabetes gestacional. Acima de 35 anos, aumentam os riscos, mas muitas mulheres conseguem ter gravidez saudável, no entanto, há riscos de abordo espontâneo, maior chance de aneuploidias fetais (ex.: síndrome de Down). Há possibilidade de complicações obstétricas, como pré-eclâmpsia ou parto prematuro”, explica.

A especialista destaca que a idade por si só não define completamente a segurança da gestação. “O importante é ter uma boa avaliação médica antes de engravidar, independentemente da idade. Realizar um acompanhamento pré-natal rigoroso. Estar atenta à saúde geral, incluindo controle de doenças crônicas, se houver, além de uma boa alimentação e práticas de atividades físicas”, conclui.


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