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quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

Dezembro Laranja: com a chegada do verão, o momento é de tomar os cuidados para evitar o câncer de pele

Dermatologista da Rede Meu Doutor Novamed alerta para as orientações a serem seguidas na exposição ao sol, que fica mais forte nessa época do ano

 

Conforme dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o câncer de pele é um dos tipos mais comuns e, no Brasil. Dentro dessa categoria, o tipo “não melanoma” é o mais incidente entre todos os tumores malignos, representando 31% dos casos. São estimados 220 mil novos casos por ano no país, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Com o objetivo de reverter esse número, há dez anos foi criada a campanha Dezembro Laranja, voltada à conscientização e à prevenção do câncer de pele. Aproveitando a iniciativa e a proximidade do verão, a dermatologista, Livia Rodrigues, da rede de clínicas Meu Doutor Novamed (unidade de Santo André, em São Paulo), traz orientações importantes para os cuidados com a pele. 

O câncer de pele é caracterizado pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele, formando camadas e originando diferentes tipos de câncer. A Drª Livia Rodrigues alerta para a importância de observar alterações de lesões cutâneas, popularmente chamadas de “pintas”, verificando se elas estão presentes desde a infância ou se surgiram recentemente. “Isso vale para a pele e as unhas. Lesões com aspecto brilhante, translúcida, avermelhada ou acastanhada, lesões com crosta central e que sangram facilmente, lesões castanhas ou pretas com mudança na sua cor, textura e tamanho, e lesões que não cicatrizam, todos esses pontos merecem uma consulta com um especialista”, diz ela. 

Já é sabido que o sol é o grande vilão do câncer de pele. Por isso, a dermatologista reforça os cuidados básicos a serem tomados:

·         Evitar a exposição solar entre 10h e 16h;


·         Não se queimar e evitar bronzeamento; 


·         Usar roupas protetoras e chapéus; 


·         Procurar sombra sempre que possível;


·         Ter cuidado extra próximo a água, neve e areia;


·         Aplicar filtros solares tópicos a cada duas horas; 


·         Utilizar óculos de sol com proteção contra Radiação Ultravioleta. 

 

Segundo a Drª Lívia Rodrigues, indivíduos com tons de pele mais escuros possuem maior proteção em relação ao câncer de pele   devido à maior quantidade de melanina epidérmica. A melanina oferece um FPS natural de cerca de 13,4 nos indivíduos negros e filtra duas vezes mais a radiação ultravioleta, se comparada aos indivíduos de pele mais clara (caucasianos). No entanto, condições genéticas, como sardas, olhos claros, ter vitiligo e albinismo, também são consideradas fatores de risco: “Esses indivíduos têm pouca ou nenhuma quantidade de melanina o que os tornam mais suscetíveis a queimaduras e cânceres de pele”. 

A dermatologista chama atenção para que estes cuidados sejam tomados durante todas as estações do ano, não apenas no verão. “E valem para todas as idades, principalmente para bebês e crianças. Lembrando que o filtro solar só pode ser usado após o sexto mês de vida”, reforça a Drª Livia Rodrigues. Ela acrescenta: “Ir pelo menos uma vez ao ano ao dermatologista torna a proteção à pele ainda mais segura.”

 


Meu Doutor Novamed



Cuidados necessários para evitar intoxicação alimentar nas festas de fim de ano

Especialista orienta sobre práticas seguras de manipulação e armazenamento de alimentos nas celebrações de fim de ano

 

Com as festas de fim de ano se aproximando, o clima de confraternização e celebrações pode ser acompanhado de algumas preocupações relacionadas à segurança alimentar. Durante os grandes eventos, como ceias de Natal e Ano Novo, o risco de intoxicação alimentar aumenta devido à manipulação, armazenamento inadequado e consumo de alimentos contaminados. Por isso, é fundamental adotar medidas simples, mas eficazes, para evitar complicações de saúde e garantir uma refeição segura. 

A intoxicação alimentar é causada por alimentos contaminados por vírus, bactérias ou toxinas. Nos dias de festas, os tipos mais comuns de microorganismos responsáveis incluem a Salmonella, Escherichia coli (E. coli) e Staphylococcus aureus, que proliferam em alimentos mal conservados ou manipulados de forma inadequada. Além disso, as altas temperaturas e o armazenamento impróprio podem favorecer o crescimento dessas bactérias. 

De acordo com a professora de nutrição da Estácio, Rebeca Beraldo, as festas de fim de ano, com grandes volumes de comida e maior tempo de exposição à temperatura ambiente, criam condições ideais para a proliferação de patógenos. “A manipulação correta dos alimentos é essencial para evitar riscos de contaminação, principalmente em eventos como ceias e festas em que os alimentos ficam muito tempo fora da geladeira. É fundamental atentar para o armazenamento adequado, a higiene dos utensílios e a separação de alimentos crus e cozidos para prevenir infecções alimentares e proteger a saúde de todos os convidados”, explica a docente.
 

Dicas para Evitar Intoxicação Alimentar 

Para as festas de fim de ano, é crucial estar atento a algumas práticas que podem minimizar o risco de intoxicação alimentar. Confira as principais recomendações:
 

Armazenamento Adequado 

Mantenha alimentos refrigerados (abaixo de 5°C) e evite deixá-los à temperatura ambiente por mais de 2 horas. 

Guarde as sobras em recipientes herméticos e leve à geladeira imediatamente após a refeição.
 

Preparação e Cozimento Adequado 

Certifique-se de que carnes, aves e frutos do mar estão bem cozidos. Utilize um termômetro culinário para garantir que a temperatura interna das carnes atinja pelo menos 75°C.

Evite o consumo de maionese caseira ou de alimentos preparados com ovos crus, devido ao risco de salmonella.
 

Higiene e Manuseio

Lave bem as mãos antes de manusear alimentos e após tocar em superfícies que possam estar contaminadas.

Higienize utensílios, tábuas de corte e superfícies de preparo de alimentos com frequência.
 

Cuidado com Sobras 

Reaqueça as sobras até que estejam bem quentes, com a temperatura interna acima de 75°C. 

Evite reaquecer alimentos mais de uma vez, para prevenir a proliferação de bactérias.
 

Consumo Responsável 

Evite consumir alimentos de vendedores ambulantes ou fontes duvidosas, que podem não seguir as práticas corretas de segurança alimentar. 

Grupos como crianças, gestantes, idosos e pessoas com o sistema imunológico comprometido devem redobrar a atenção. Essas pessoas estão mais suscetíveis a complicações graves derivadas de intoxicações alimentares.
 

Sinais de Intoxicação Alimentar 

Em caso de intoxicação, os sintomas mais comuns incluem:

- Dores abdominais

- Vômitos e diarreia

- Febre

- Náuseas 

Se os sintomas persistirem por mais de 48 horas ou se houver sinais graves como febre alta ou sangue nas fezes, é recomendável procurar ajuda médica imediata.


Estácio
estacio.br


Situações traumáticas podem causar sequelas irreversíveis para o cérebro, afirma neurocientista

De acordo com um estudo divulgado na American Society on Aging, cerca de 90% dos indivíduos vão enfrentar pelo menos um evento traumático em sua existência

 

O trauma é uma resposta emocional e fisiológica a uma experiência extremamente estressante, ameaçadora ou dolorosa. Caso não seja tratada, essa condição pode acarretar diversas consequências físicas e mentais, que em alguns casos podem ser irreversíveis. De acordo com um estudo divulgado durante uma palestra da American Society on Aging (Sociedade Americana para o Envelhecimento), cerca de 90% dos indivíduos vão enfrentar pelo menos um evento traumático em sua existência. 

Segundo a neurocientista da BrainEstar, Drª Emily Pires, no cérebro o trauma é registrado em diversas áreas, principalmente no hipocampo, amígdala e no córtex pré-frontal. “Situações traumáticas podem causar mudanças profundas e, em alguns casos, deixar sequelas duradouras no cérebro. O trauma crônico ou intenso pode levar a alterações na estrutura e na função cerebral, afetando áreas como o hipocampo, a amígdala e o córtex pré-frontal, responsáveis pela memória, pela regulação emocional e pela tomada de decisões”, explica a neurocientista, acrescentando que essas experiências traumáticas podem alterar a química cerebral e até mesmo a conectividade entre as áreas neurais. 

“Os traumas podem levar a sintomas como hipervigilância, resposta exacerbada ao estresse, ansiedade, dificuldade de concentração, entre outros. Essas alterações afetam o cotidiano, influenciando o comportamento, o humor, o sono e as relações sociais. É como se o cérebro permanecesse ‘em alerta’, percebendo ameaças mesmo em situações seguras. Essas alterações podem fazer com que a lembrança traumática persista de maneira vívida e difícil de controlar”, esclarece. 

Essas sequelas no cérebro podem ser identificadas através do eletroencefalograma quantitativo (qEEG), também conhecido como ‘mapeamento cerebral’. “O qEEG pode ajudar a identificar padrões de atividade cerebral atípicos em pessoas que passaram por situações traumáticas. Comumente, observamos uma hiperatividade em ondas rápidas (beta e alfa beta) em regiões associadas ao sistema límbico, bem como uma desregulação de ondas lentas (como o teta) em regiões frontais. Esses padrões indicam uma resposta de estresse e uma dificuldade de regulação emocional”, comenta Emily Pires. 

De acordo com o especialista em neurofeedback e diretor técnico da BrainEstar, Profº Faria Pires, tratar o trauma é essencial para evitar que essas experiências continuem a afetar negativamente a vida da pessoa. “O trauma não tratado pode levar a problemas de saúde mental, como depressão, transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) e até problemas físicos devido ao estresse crônico”, relata. 

Uma alternativa eficaz para ajudar o cérebro a regular e reorganizar essas atividades desbalanceadas é através do tratamento com o Neurofeedback. “Com o Neurofeedback o paciente aprende a modular as ondas cerebrais, promovendo uma ativação adequada em regiões afetadas pelo trauma. Isso ajuda a reduzir sintomas de ansiedade, melhorar a qualidade do sono, regular emoções e diminuir a hipervigilância”, afirma. 

Essa técnica tem comprovação científica e eficácia comprovada por pesquisadores de diversos países como Estados Unidos, Inglaterra e Canadá. O Neurofeedback também é utilizado pela comunidade médica em geral como um apoio para diagnósticos e tratamentos de doenças.  




BrainEstar
Rua Carlos Maria Auricchio, nº 70, no Royal Park, em São José dos Campos.
www.brainestar.com.br


Hematoma Subdural Crônico: Um panorama sobre causas, sintomas e tratamento

 A doença que acometeu o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva que precisou ser operado em caráter de urgência, trata -se de um hematoma subdural crônico (HSDC), um tipo de hemorragia intracraniana, onde o sangue se acumula lentamente entre as camadas que recobrem o cérebro. Esta condição geralmente surge de um trauma leve na cabeça, especialmente em adultos mais idosos, e se manifesta gradualmente ao longo de semanas ou até meses.

A causa principal do HSDC é um trauma leve na cabeça, que pode parecer insignificante no momento do incidente. Esse trauma pode causar a ruptura de pequenas veias entre a superfície do cérebro e sua camada de proteção (a dura-máter) levando a um sangramento lento.   O que ocorre é que esse sangramento pode expandir lentamente pressionando o cérebro .

Alguns fatores facilitam o aparecimento deste hematoma e  incluem:

  • Idade: Os idosos são mais suscetíveis devido à atrofia cerebral.
  • Terapia anticoagulante e antiplaquetária: Medicamentos que impedem a coagulação do sangue podem exacerbar as tendências de sangramento.
  • Consumo crônico de álcool: O uso excessivo de álcool também pode levar a atrofia cerebral.

Vale ressaltar que os sintomas de um HSDC podem variar dependendo do tamanho do hematoma e da velocidade com que ele se desenvolve. Alguns dos sintomas comuns incluem: Dores de cabeça persistentes, enjoos e vômitos , confusão mental , fraqueza ou dormência nos membros, problemas de equilíbrio e coordenação, convulsões, e sonolência repentina.

O diagnóstico de um HSDC geralmente envolve uma combinação da história clínica, exame físico e exames de imagem. Os exames mais comuns incluem tomografia computadorizada (TC) e ou ressonância magnética (RM), que podem ajudar a visualizar o acúmulo de sangue.  

Já o tratamento de um HSDC depende do tamanho e da gravidade do hematoma. As opções incluem: Observação – para hematomas pequenos e assintomáticos que podem ser monitorados com exames de imagem regulares para garantir que não haja aumento do sangramento  até finalmente serem absorvidos; Medicamentos - em alguns casos, podem ser usados para reduzir o tamanho do hematoma; e Cirurgia – hematomas grandes ou sintomáticos geralmente requerem intervenção cirúrgica para drenar o sangue e aliviar a pressão sobre o cérebro. Os procedimentos comuns incluem a trepanação ou a craniotomia.

O prognóstico para pacientes com HSDC varia amplamente dependendo da rapidez do diagnóstico e tratamento, assim como a idade e a saúde geral do paciente. Com o tratamento adequado, muitos pacientes recuperam completamente.

 

Dr. Gustavo Agra - Neurocirurgião do Biocor/Rede D’Or

Cuidados com os dentes durante as férias podem evitar problemas futuros

Saúde bucal em dia ajuda a ter um recesso mais tranquilo e sem imprevistos 

 

As férias são um momento de descanso, mas os cuidados com a saúde bucal não devem ser esquecidos. Com viagens, alimentação fora de casa e alterações na rotina, os dentes ficam mais vulneráveis a problemas como cáries, inflamações e até traumas, especialmente em atividades ao ar livre.

Uma pesquisa do IBGE revelou que apenas 53% dos brasileiros mantêm hábitos básicos de higiene bucal, como escovar os dentes e usar fio dental regularmente. Durante as férias, essa falta de cuidado pode aumentar, levando a complicações que poderiam ser evitadas.

O Dr. José Todescan Júnior, especialista em Prótese Dental e membro da International Federation of Esthetic Dentistry (IFED), a prevenção é indispensável, mesmo fora da rotina habitual. “Os dentes permanentes são para toda a vida, e situações como quedas ou impactos podem causar danos irreversíveis. Por isso, manter cuidados regulares é essencial, especialmente em períodos de mudanças nos hábitos diários”, explica.


Traumas dentários: o que fazer em situações de urgência

Acidentes durante as férias podem levar a traumas dentários, como avulsão (quando o dente sai completamente da boca) ou fraturas. O Dr. Todescan esclarece que, nesses casos, a rapidez na ação faz toda a diferença. “Se um dente for avulsionado, ele deve ser recolocado no alvéolo imediatamente e o paciente deve procurar um cirurgião-dentista. É importante não limpar a raiz com gaze ou outros materiais, pois isso pode comprometer o reimplante”, orienta.

Caso não seja possível recolocar o dente, ele recomenda armazená-lo em soro fisiológico, leite ou até mesmo dentro da boca do paciente até conseguir atendimento. “O tempo é determinante para o sucesso do reimplante. É uma situação de urgência, que exige uma resposta rápida para preservar o dente”, acrescenta.

Nos casos em que ocorre quebra de parte do dente, é essencial localizar e preservar o fragmento. “O fragmento deve ser colocado em soro fisiológico, leite ou até na própria boca, e o paciente deve procurar o dentista imediatamente. A chance de colagem ou restauração diminui se houver demora no atendimento”, explica o especialista.

Já quando o trauma causa sangramento interno, o tratamento de canal é indispensável. “Sempre que o dente apresentar sangramento interno, é necessário tratar o canal. Além disso, em casos de escurecimento após pancadas, mesmo sem fraturas visíveis, o extravasamento de sangue pode ser a causa. Nesses casos, o acompanhamento clínico e radiográfico é fundamental para avaliar a vitalidade do dente”, detalha.


Prevenção para férias mais tranquilas

Mesmo em períodos de descanso, manter uma rotina básica de higiene bucal é fundamental. Escovar os dentes após as refeições, utilizar fio dental regularmente e evitar excessos no consumo de alimentos açucarados e bebidas ácidas são medidas que ajudam a prevenir complicações.

Dr. Todescan reforça que traumas dentários são situações de urgência. “O sucesso do tratamento depende diretamente de um atendimento rápido. Procurar o dentista sem demora pode evitar a perda do dente ou complicações mais graves”, afirma.

A atenção à saúde bucal durante as férias é essencial para evitar problemas que poderiam comprometer não apenas o sorriso, mas também o bem-estar do período de descanso. 

 



José Todescan Júnior - Atuando com excelência na área de Odontologia há mais de 33 anos, José Todescan Júnior é especialista em Prótese Dental, Odontopediatria e Endodontia pela USP. Membro da IFED (International Federation Esthetic Dentistry) e da Associação Brasileira de Odontologia Estética e membro da ABOD (Associação Brasileira de Odontologia Digital), ele acredita que o profissional que se aperfeiçoa em diversas áreas pode escolher sempre o melhor para os pacientes. Para mais informações, acesse o LinkedIn.


Clínica Todescan
site, LinkedIn e Instagram

 

APESAR DE PROIBIDAS NO BRASIL, CÂMARAS DE BRONZEAMENTO ARTIFICIAL AINDA TÊM ADEPTOS

Especialistas da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) alertam sobre risco de câncer de pele e orientam sobre a prevenção da doença.


Segundo uma pesquisa realizada pela Iarc (sigla em inglês para Agência Internacional para Pesquisa do Câncer), braço da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a pesquisa na área oncológica, o risco de câncer de pele aumenta em cerca de 75% quando as pessoas fazem uso de câmaras de bronzeamento artificial antes dos 30 anos. O órgão elevou o nível de alerta da prática difundida em diversos países. No Brasil, apesar de serem proibidas desde 2009 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), as câmaras de bronzeamento artificial ainda são comercializadas. E ainda têm adeptos.

Em novembro deste ano, dois estabelecimentos fabricantes desses equipamentos foram interditados na Grande São Paulo em uma operação conjunta da Anvisa com a polícia, sendo apreendidas 30 câmaras.O Dr. Rodrigo Munhoz, médico oncologista e coordenador do Comitê de Tumores de Pele da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), explica que a exposição à radiação ultravioleta (UV) por meio do bronzeamento artificial é extremamente prejudicial à pele, podendo causar queimaduras, o envelhecimento precoce e até o desenvolvimento de tumores.

“A regulamentação para as câmaras de bronzeamento artificial varia conforme o país e no Brasil elas são proibidas”.O desejo de uma pele com aparência bronzeada, no entanto, leva às pessoas a se submeterem a sessões de bronzeamento artificial em clínicas clandestinas, adverte o médico oncologista: “Mesmo assim, há alternativas mais seguras que promovem o bronze temporário, como o bronzeamento a jato, no qual é aplicado um spray na camada superior da pele, e cremes autobronzeadores, que não requerem a exposição à radiação UV. De todo modo, há pessoas que podem ter alergia a esses produtos”.

Câncer de pele - Durante as comemorações do Dezembro Laranja, mês de conscientização sobre o câncer de pele, os especialistas da SBOC também esclarecem sobre esse tipo de tumor, que é o mais frequente no Brasil. Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) estimam 180 mil novos casos de câncer de pele anualmente no País, destes, até 95% são diagnósticos de câncer não-melanoma e em torno de 5% de câncer melanomas.

O médico oncologista Antonio Carlos Buzaid, membro da SBOC, detalha que há diferenças entre o câncer não-melanoma e o melanoma: “Eles nascem de células diferentes. Enquanto o melanoma nasce de células que produzem a melanina, o melanócito, os outros cânceres de pele são mutações devido à exposição solar, mas em outros tipos de célula da pele”. Ele também conta que o melanoma é mais agressivo e quanto mais profundo, maior a chance de ele entrar nos canais linfáticos ou nos vasos sanguíneos e se espalhar, ameaçando a vida do paciente. “Então, quanto mais precoce o diagnóstico, maior a chance de cura”, afirma. 

Em aspectos gerais, o desenvolvimento do câncer de pele está relacionado à exposição à radiação UV sem proteção adequada e a um histórico da doença na família. Munhoz orienta que as pessoas evitem se expor ao sol nos períodos com radiação mais nocivas (das 10 às 16 horas) e não se submetam a câmaras de bronzeamento artificial. 

“Para se expor ao sol, é necessário usar protetor solar com fator de proteção solar mínimo de 30, o qual deve ser reaplicado a cada 2 horas ou sempre após entrar no mar ou piscina, e vestir roupas, boné ou chapéu e óculos escuros para proteger as áreas mais expostas”, diz o coordenador do Comitê de Tumores de Pele da SBOC. “O ideal é deixar o protetor solar ao lado da escova de dente para se lembrar de aplicar o protetor solar na pele já de manhã”, sugere ele. 

Os especialistas chamam a atenção a sinais como feridas que não cicatrizam, manchas ou nódulos na pele de crescimento rápido e pintas com ardência ou sangramento. Os critérios ABCDE ajudam a identificar pintas suspeitas e que devem ser mostradas para um médico dermatologista. Tais critérios dizem respeito a pintas com Assimetria, Bordas irregulares, com Cor mais escura, com Diâmetro variável e de Evolução constante. Além disso, tumores de pele podem surgir em áreas pouco expostas ao sol, como palmas das mãos e plantas dos pés. 

Caso esses sinais sejam notados, os especialistas orientam que um dermatologista seja procurado. “A campanha é importante, mas a gente precisa lembrar que todos os meses são laranja”, conclui Buzaid.


Em alta performance: como aproveitar o verão sem lesões

Pexels
Especialista dá dicas para evitar lesões e melhorar o desempenho na atividade física para se preparar para o verão 

 

Com a chegada do final de ano e o aumento nas metas físicas de curto prazo, muitas pessoas acabam exagerando na intensidade dos exercícios, elevando as chances de lesões musculoesqueléticas. Para aproveitar o verão e os treinos de forma saudável, a professora de Fisioterapia do Centro Universitário Una em Uberlândia, Jéssica Garcia Jorge, compartilha quatro dicas importantes que ajudam a melhorar a performance e a prevenir lesões. 

 

1. Não exagere na busca por resultados rápidos 

Para aqueles que desejam “recuperar o tempo perdido,” aumentar muito a carga ou o tempo de prática pode ser tentador, mas pode ser prejudicial. Em vez disso, Jéssica recomenda explorar diferentes modalidades. “Misturar atividades como dança, lutas e esportes variados proporciona novos estímulos ao corpo, acelerando o metabolismo e ajudando a alcançar os objetivos com mais segurança”, explica. A orientação de um profissional especializado também é fundamental para garantir que os exercícios sejam feitos da forma correta. 

 

2. Prepare seu corpo antes dos exercícios 

O aquecimento é uma etapa essencial para evitar lesões e melhorar o desempenho durante o treino. “O aquecimento gera uma vascularização muscular, preparando o tecido para a carga e o movimento, enquanto a mobilização das articulações aumenta a lubrificação intra-articular, protegendo contra lesões”, destaca Jéssica. Esse preparo inicial ajuda a proteger tanto os músculos quanto as articulações. 

 

3. Aumente a intensidade progressivamente 

Equilíbrio é a chave para progressos seguros. Jéssica aconselha evitar o aumento simultâneo de várias variáveis, como carga e tempo de treino, pois a sobrecarga sem supervisão pode desgastar o sistema musculoesquelético. “Se pretende aumentar a carga, não aumente o volume de repetições ao mesmo tempo, pois isso pode elevar o risco de lesões”, recomenda. 

 

4. Conte com o apoio de um fisioterapeuta 

Para quem busca intensificar o treino sem riscos, contar com a orientação de um fisioterapeuta pode fazer toda a diferença. “A individualização dos cuidados é uma forma eficaz de prevenção, já que leva em conta a condição física e as necessidades específicas de cada pessoa”, reforça Jéssica. Com acompanhamento especializado, é possível obter resultados de forma mais segura e personalizada.  

Essas dicas ajudam a aproveitar o verão e as metas de final de ano com mais segurança e saúde, garantindo que o bem-estar seja uma prioridade na rotina de exercícios. 


Saiba como o planejamento reprodutivo pode ser um aliado na sua jornada de parentalidade, ajudando você a decidir o momento certo de formar ou aumentar a sua família

 

 

Em um mundo em constante transformação, o planejamento reprodutivo é uma ferramenta poderosa para mulheres e casais que desejam tomar decisões conscientes sobre a chegada de novos membros à família. Mais do que uma escolha biológica, é a oportunidade de decidir se e quando engravidar, assim como quantos filhos ter e como tê-los.

 

Com o avanço da medicina reprodutiva, é possível adiar a gravidez com segurança e criar um planejamento que respeite os sonhos e projetos de vida de cada pessoa.

 

Planejar a reprodução vai além de uma questão biológica. É uma ferramenta de liberdade para a mulher que deseja formar sua família no momento mais adequado, seja em função da carreira, dos estudos ou por escolhas pessoais”, explica a Dra. Paula Marin, especialista em reprodução humana assistida.


 

Adiar a gravidez com segurança

 

Imagine uma mulher de 34 anos que sonha em fazer um doutorado. Ela sabe que a fertilidade feminina declina com o tempo e teme encontrar dificuldades para engravidar nos próximos quatro anos, até terminar seu projeto acadêmico. Ao conversar com seu ginecologista, ela é orientada a buscar um especialista em reprodução humana assistida.

 

Paula Marin destaca que esse encaminhamento no momento certo é fundamental, pois o especialista pode apresentar soluções como o congelamento de óvulos, permitindo que ela concentre seus esforços nos estudos enquanto preserva a possibilidade de ser mãe no futuro, quando estiver pronta.

 

Esse tipo de aconselhamento leva em consideração não apenas a idade e os aspectos biológicos, mas também os desejos e projetos individuais de cada mulher. O objetivo é oferecer segurança e tranquilidade para que a mulher não precise escolher entre sonhos pessoais e a maternidade”, reforça a Dra. Marin.

 

 

Planejando uma família com mais de um filho?

 

Outro exemplo da importância do planejamento reprodutivo é o de um casal que deseja ter três filhos, com espaço de três anos entre cada um. O primeiro bebê nasceu quando a mulher tinha 36 anos. Para garantir que o sonho de uma família maior possa ser realizado no ritmo desejado, o casal busca orientação com um especialista em reprodução humana assistida.

 

Paula Marin explica que, neste caso, há a possibilidade de congelar óvulos ou embriões, assegurando a qualidade reprodutiva ao longo dos anos. “O planejamento reprodutivo é essencial para que esse casal possa formar sua família em etapas. A reprodução humana assistida pode tornar isso possível de maneira organizada e segura, prevenindo o que denominamos infertilidade secundária, que é a dificuldade de o casal engravidar novamente após já ter concebido uma vez”, pontua a especialista.

 

 

Um convite ao diálogo e à informação

 

Paula Marin destaca que o planejamento reprodutivo deve ser encarado como uma parceria entre o paciente e os profissionais de saúde. Ginecologistas desempenham um papel fundamental ao identificar situações que demandam atenção especializada e ao encaminharem os pacientes ao especialista em reprodução humana assistida.

 

Quando trabalhamos em conjunto, conseguimos oferecer soluções personalizadas, que respeitam os objetivos e os sonhos de cada paciente. O planejamento reprodutivo é uma ferramenta poderosa para que mulheres e casais tomem as rédeas de suas vidas e planejem seu futuro”, finaliza.

 



Dra. Paula Marin - especialista em reprodução humana assistida, referência em congelamento de óvulos na cidade de São Paulo. Com uma abordagem acolhedora e individualizada, ela ajuda pacientes a realizarem o sonho de formar uma família no momento mais adequado.
https://www.instagram.com/dra.paulamarin/


Cansaço de fim de ano ou falta de vitaminas?

Entenda como diferenciar os sintomas 

Os tratamentos podem incluir suplementação ou simples mudanças alimentares e comportamentais

 

Com a chegada do fim do ano, o cansaço excessivo, a dificuldade de concentração e até alterações no humor tornam-se queixas frequentes. Para muitos, esses sintomas são atribuídos à correria das festas ou à exaustão acumulada ao longo do ano. Contudo, a endocrinologista Dra. Nathalia Ferreira alerta que, em alguns casos, esses sinais podem indicar deficiências vitamínicas ou minerais que precisam de atenção.


De acordo com a médica, as deficiências mais comuns estão relacionadas à vitamina D, ao complexo B, vitamina C e a minerais como ferro, magnésio, zinco e selênio. “Daí a importância de sempre fazer exames laboratoriais para realmente chegar a um diagnóstico adequado. Outro fator de atenção é que grupos específicos, como idosos, pacientes bariátricos ou aqueles que possuem problemas de absorção intestinal, estão mais predispostos a essas deficiências”.

A endocrinologista também alerta para o uso prolongado de medicações que interferem na absorção de nutrientes. “Medicamentos como os inibidores de bomba de prótons (omeprazol) e metformina são conhecidos por diminuir a absorção de algumas vitaminas. Assim, a avaliação médica torna-se ainda mais essencial para identificar possíveis causas e determinar o melhor tratamento”.

 


Abordagens podem variar


Segundo Dra. Nathalia, os tratamentos variam de acordo com o diagnóstico de cada paciente. A reposição nutricional, por exemplo, pode ser feita de diferentes maneiras, desde suplementos orais até aplicações intramusculares ou endovenosas, dependendo da gravidade do caso.


“O tratamento sempre será baseado tanto nos resultados laboratoriais quanto nos sintomas do paciente. Mas, em muitas situações, uma alimentação equilibrada ou a simples exposição solar podem ser suficientes para corrigir deficiências leves, como as de vitamina D", esclarece Dra. Nathalia.


Além disso, ajustes nas medicações que prejudicam a absorção de nutrientes podem ser recomendados. “Se identificarmos que o problema está relacionado ao uso de certos remédios, podemos sugerir alternativas ou complementos para minimizar os impactos”, pontua a endocrinologista.


O mais importante é não se apressar em atribuir o cansaço do fim de ano apenas ao estresse ou à rotina agitada. Uma avaliação médica detalhada pode revelar que pequenas mudanças, seja na dieta, na exposição ao sol ou na suplementação de vitaminas e minerais, podem ser a chave para recuperar a energia e a disposição. 





Dra. Nathalia Ferreira - Membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), a Dra. Nathalia Ferreira possui Mestrado em Endocrinologia na USP de São Paulo e o título de Nutrologia pela Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN). Além disso, a médica possui ainda um curso de Especialização em Ultrassonografia de Tireoide e se apresenta como a autora de dois Ebooks: “Mãe, estou virando mocinha?” e “Receitas saudáveis e práticas”.


Dezembro Laranja: verão, sol intenso e o risco de câncer de pele

Com as altas temperaturas e o aumento da exposição solar nas férias, os riscos para a saúde da pele se intensificam

 

Em 2024, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) celebra 11 anos do “Dezembro Laranja”, campanha que teve início em 1999 como uma ação de conscientização sobre os riscos do câncer de pele e a importância da proteção solar. Desde 2014, a iniciativa adotou o formato atual, com o mês dedicado à prevenção, reforçando os cuidados necessários durante o verão. Com o tema “Proteger a pele é proteger a saúde”, a campanha deste ano destaca os riscos do sol mais intenso e das longas exposições típicas da estação.

Segundo a pesquisa Estimativa 2023 – Incidência de Câncer no Brasil, o câncer de pele não melanoma é o mais frequente no país, representando 31,3% dos tumores malignos registrados. Apesar de menos agressivo que o melanoma, ele pode causar deformações severas e impactar a qualidade de vida quando não tratado.

O câncer de pele é dividido em dois tipos principais: melanoma e não melanoma. entenda:


Câncer de pele melanoma:

Origina-se nas células produtoras de melanina, pigmento que dá cor à pele. É mais frequente em pessoas de pele clara e corresponde a 3% das neoplasias malignas de pele. Apesar de raro, é o mais agressivo e com maior potencial de metástase.


Câncer de pele não melanoma:

É o tipo mais comum no Brasil e apresenta alta taxa de cura quando diagnosticado precocemente. Embora tenha baixa mortalidade, pode causar mutilações expressivas se não tratado adequadamente.

“Embora o câncer de pele seja o mais frequente no Brasil, o melanoma exige atenção especial devido à sua gravidade, enquanto o não melanoma, mais comum, também demanda cuidado para evitar complicações desnecessárias,” explica o Dr. Aldo Toschi, dermatologista do IBCC Oncologia.


Fatores de risco

Qualquer pessoa pode desenvolver câncer de pele, mas alguns grupos estão mais vulneráveis:

  • Pele, cabelos e olhos claros ou albinas;
  • Indivíduos com histórico familiar ou pessoal da doença;
  • Pessoas que trabalham sob exposição direta ao sol;
  • Usuários de câmaras de bronzeamento artificial;
  • Pacientes em tratamento com imunossupressores.

Dr. Toschi destaca que a média de idade para diagnóstico tem diminuído: “Jovens estão mais expostos ao sol de forma intensa e desprotegida, o que aumenta os casos em pessoas mais novas.”

A exposição excessiva ao sol também pode causar envelhecimento precoce e lesões oculares, além de aumentar os riscos de câncer de pele.


Como identificar?

Os sintomas mais comuns incluem:

  • Manchas que coçam, descamam ou sangram;
  • Sinais ou pintas que mudam de tamanho, cor ou forma;
  • Feridas que não cicatrizam em até quatro semanas.

Essas alterações ocorrem principalmente em áreas expostas, como rosto, pescoço, orelhas, ombros e braços. “Ao notar qualquer sinal suspeito, procure um dermatologista para diagnóstico precoce e início do tratamento,” reforça Dr. Toschi.


Prevenção

A melhor forma de combater o câncer de pele é a prevenção. Algumas dicas essenciais:

  • Use protetor solar com FPS 30 ou superior, reaplicando a cada duas horas;
  • Evite exposição ao sol entre 10h e 16h;
  • Use chapéus, roupas leves e óculos com proteção UV;
  • Não utilize câmaras de bronzeamento artificial.

“A exposição moderada ao sol é benéfica para a síntese de vitamina D, mas o excesso é cumulativo e prejudicial,” reforça Dr. Toschi.


Diagnóstico precoce salva vidas

O câncer de pele tem altas taxas de cura quando detectado precocemente. Consultas regulares com dermatologistas e autoexames são ferramentas indispensáveis.

O Dr. Aldo Toschi, membro titular da SBD e coordenador de dermatologia do IBCC Oncologia, foi um dos pioneiros a utilizar a dermatoscopia digital e a padronizar o exame de mapeamento corporal total, ambas ferramentas essenciais para a detecção precoce do câncer de pele. Além disso, o grupo do IBCC reúne especialistas como dermatologistas, cirurgiões oncologistas, radioterapeutas, geneticistas e oncologistas clínicos, que trabalham em equipe para oferecer diagnóstico preciso e os tratamentos mais modernos para os cânceres da pele.

O Dezembro Laranja é um convite para adotar práticas de proteção solar e conscientizar-se sobre a importância do cuidado com a pele. “Proteger a pele é, antes de tudo, preservar a saúde e prevenir complicações que podem ser evitadas com atitudes simples,” conclui Dr. Toschi. Aproveitar o verão de forma segura é possível, desde que a exposição ao sol seja feita com responsabilidade e proteção adequada.

 

IBCC Oncologia
https://ibcc.org.br/


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