Ana Carolina Gil Tunussi
divulgação
Tratamento trouxe possível chance de cura para Ana Carolina Tunussi, de 33 anos, com linfoma não-Hodgkin, e melhorou a qualidade de vida da paciente
Após três anos do diagnóstico de linfoma não-Hodgkin de grandes células B, Ana Carolina Gil Tunussi acaba de renovar as esperanças de cura. A paciente, que já passou por diferentes tratamentos oncológicos sem sucesso, foi uma das primeiras a se submeter a uma nova terapia celular da Gilead e Kite Oncologia disponível no país. Após o Tratamento, Ana se encontra em remissão da doença e os sinais do câncer desapareceram.
Desde o diagnóstico em 2021, Ana Carolina, que é enfermeira pediátrica e oncológica, em São Paulo (SP), fez diversos ciclos de quimioterapia, quimioterapia intratecal – cuja administração é realizada via punção lombar - e radioterapia, além de transplante de medula óssea. Todos estes procedimentos não tiveram resultados positivos e a paciente teve recidiva do câncer hematológico.
Ana Carolina cogitou, então, desistir do tratamento e entrar com cuidados paliativos, mas o incentivo dos profissionais médicos à terapia CAR-T cell foi decisivo para os resultados atualmente alcançados.
Foi a partir deste momento que ela passou a perceber que o diagnóstico de câncer não é uma sentença de morte. “Daqui a 10 anos, espero ter conquistado meu espaço, minhas coisas que pararam, formar uma família e ser mãe”, conta ela, que participou do Congresso Todos Juntos Contra o Câncer (TJCC) na capital paulista.
Ana Carolina foi tratada com uma terapia celular da farmacêutica Kite, aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e disponível no Brasil desde agosto do ano passado. A terapia de células CAR-T é um tipo de terapia celular com Receptor de Antígeno Quimérico (CAR), na qual as células T são alteradas para melhorar a capacidade do sistema imunológico de atacar as células cancerosas.
No caso da terapia recebida pela enfermeira paulista, é indicada para o tratamento de pacientes adultos com linfoma de grandes células B (LGCB), recidivado ou refratário após tratamento de primeira linha, e linfoma folicular (LF), recidivado ou refratário após duas ou mais linhas de terapia sistêmica 1.
Diferentes estudos clínicos2 têm demonstrado como a terapia avançada CAR-T traz um prognóstico positivo em relação ao aumento de sobrevida de pacientes diagnosticados com vários subtipos de linfoma não-Hodgkin, apresentando queda nas taxas de recidiva. "Temos históricos de pacientes que estão há seis anos sem a doença. Sem o tratamento da terapia celular, o prognóstico destes pacientes com recidiva de câncer hematológico era de meses de sobrevida, como demonstram as análises dos ensaios ZUMA-13.
Além disso, atualizações de longo prazo
do ZUMA-54 (linfoma folicular) e ZUMA-75 (segunda
linha de linfoma de grandes células B), que foram
apresentadas no último Encontro Anual da Sociedade Americana de Hematologia
(ASH), demonstram que na segunda linha, por exemplo, 54% dos pacientes estão
vivos há quatro anos após a infusão de Yescarta®”, relata Douglas Vivona, diretor médico
de Terapia Celular da Gilead e Kite Oncologia.
Promoção de acesso e agilidadepara combater a doença
Para Vanderson Rocha, professor titular da Universidade de São Paulo (USP) e coordenador Nacional de Terapia Celular da Oncologia D´Or, da Rede D´Or, a terapia celular ajuda a resgatar pacientes em momentos que não teriam mais possibilidade de vida. Por isso, a comunidade médica está tentando aplicá-la em uma linha anterior de tratamento, como segunda opção, e defende a ampliação do acesso a este tratamento.
“A terapia CAR-T surgiu como uma última opção de tratamento para este tipo do câncer. Se o paciente entra em remissão logo no início da infusão das células CAR-T, como é o caso da Ana Carolina, isso contribui para a qualidade de vida satisfatória, sem complicações e que ajuda os pacientes a levarem uma vida normal”, explica o especialista, que também participado Congresso TJCC. A luta contra o câncer é uma corrida contra o tempo, então ganhar agilidade no tratamento é um dos fatores determinantes para o sucesso do combate à doença.
Ana Carolina segue confiante na remissão do câncer hematológico e na futura cura, que geralmente significa que a doença permanece em remissão completa por, pelo menos, cinco anos. “O paciente que tem um tumor mais agressivo e que pode fazer a terapia celular vai ter menos desgaste e não vai precisar passar por tantas etapas. Acredito que em um futuro breve, a terapia celular vai ser indicada muito mais rapidamente. Então haverá menos sofrimento e mais perspectiva de vida”, comenta.
“Eu nunca vou ter como agradecer meus
médicos porque a vida não tem preço. Então como você agradece
alguém que te deu o direito de viver. Quanto
tempo mais? Não importa. Mas eles deram o direito de
eu comemorar uma remissão depois de três anos de tratamento”, finaliza a
paciente.
Prêmio MerulaSteagall: reconhecimento dos promotores da saúde
Neste ano, durante o 11º Congresso
Todos Juntos Contra o Câncer, haverá a segunda edição do Prêmio Merula
Steagall, da qual Gilead e Kite Oncologia são apoiadoras. A premiação foi
criada em homenagem à fundadora do Movimento Todos Juntos Contra o Câncer e
reconhece
profissionais e instituições engajadas no enfrentamento ao câncer no Brasil por meio da inovação,
transformação da realidade na saúde e impacto qualitativo na jornada de cuidados em Oncologia.
Kite
www.kitepharma.com
Gilead Sciences, Inc. - empresa biofarmacêutica que busca e conquista avanços
Referências:
1 Yescarta® (axicabtageno ciloleucel) Bula Ao Profissional De Saúde - aprovada pela ANVISA em 25/10/2022.
2 Locke, F.L. et al. Axicabtagene CILOLEUCEL as second-line therapyfor large B-celllymphoma. New EnglandJournal of
Medicine, 386(7),pp. 640–654.
2 Clinicaltrials.gov. Efficacy of Axicabtagene Ciloleucel Compared to Standard of Care Therapyin Subjects With Relapsed/ Refractory Diffuse Large B Cell Lymphoma (ZUMA-7). NCT03391466. Available at: Link. Acessado em setembro/2024.
3Curative Potential of Axicabtagene Ciloleucel (Axi-Cel): an Exploratory Long-Term Survival Assessment in Patients With Refractory Large B-Cell Lymphoma from ZUMA-1.
4 Axicabtagene Ciloleucel (Axi-Cel) in Patientswith Relapsed/Refractory IndolentNon-Hodgkin Lymphoma: 4-Year Follow-Up from the Phase 2 ZUMA-5 Trial.
5 Improved Overall Survival With Axicabtagene Ciloleucel vs Standard of Care in Second-Line LargeB-Cell Lymphoma Among the Elderly: A Subgroup Analysis of ZUMA-7.