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quinta-feira, 8 de agosto de 2024

Pesquisa busca avançar no tratamento de crianças e adolescentes com fissura labiopalatina com alinhadores transparentes

Ortodontia é crucial para trazer estética e conforto mastigatório aos pacientes; estudo será conduzido ao longo de 18 meses em centro de atendimento vinculado ao SUS no Paraná 

 

No Brasil, a fissura labiopalatina afeta aproximadamente um a cada 650 bebês nascidos, exigindo um tratamento multidisciplinar para pacientes e suas famílias. Essa estatística do Ministério da Saúde (2010) coloca o país acima das médias globais, que estimam que um em cada 1,7 mil recém-nascidos no mundo tenham essa má-formação, segundo estudo realizado no Reino Unido. São famílias que lutam por acolhimento, mas que veem, ao longo dos anos, avanços nos tratamentos que trazem novas esperanças. 

“A fissura ocorre ainda no ventre da mãe, no primeiro trimestre da gestação, entre a 4ª e a 12ª semana, devido a uma falha na fusão de algumas estruturas que posteriormente vão dar origem à face, ao lábio e ao palato do bebê”, explica a ortodontista especializada no atendimento a pacientes fissurados, Talita Miksza. A especialista esclarece ainda que, na maioria dos casos, essa má-formação acontece de forma isolada, mas pode estar associada a alguma síndrome. Estudos indicam que a condição é multifatorial, ou seja, não possui uma causa específica e vários fatores podem contribuir para essa predisposição, como fatores genéticos ou ambientais, incluindo o consumo de álcool, tabagismo e o uso de certos medicamentos durante a gestação.

As fissuras labiopalatinas não apenas afetam a estética, mas também causam problemas maiores, como má nutrição, distúrbios respiratórios, dificuldades na fala e audição, infecções crônicas e alterações na dentição. Esses impactos também podem ocasionar problemas emocionais, sociais e de autoestima para os pacientes. Considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um problema de saúde pública, a má-formação conta com um projeto de lei em tramitação para obrigar o Sistema Único de Saúde (SUS) a oferecer serviços gratuitos de cirurgia plástica reconstrutiva, além de tratamento pós-operatório. “O tratamento após a cirurgia é tão importante quanto o procedimento cirúrgico, que requer uma abordagem multidisciplinar envolvendo especialistas em cirurgia plástica, otorrinolaringologia, odontologia, fonoaudiologia, entre outros”, explica Talita. 


Inovação no tratamento

Tendo a odontologia como uma etapa crucial do tratamento, o Centro de Atendimento Integral ao Fissurado Labiopalatal (CAIF), em Curitiba-PR, atualmente administrado pelo Complexo Hospitalar do Trabalhador da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa), está conduzindo uma pesquisa com o apoio da ClearCorrect, fabricante de alinhadores ortodônticos transparentes. Neste levantamento, os alinhadores serão usados juntamente com o scanner intraoral Virtuo Vivo, que auxilia na captação de imagens em 3D dos pacientes.

“Estamos apoiando esse projeto de pesquisa, oferecendo tratamento ortodôntico a um grupo de 24 jovens com idades entre 13 a 24 anos. Esses pacientes passam por múltiplas cirurgias ao longo do crescimento, e a fase de tratamento ortodôntico corretivo, na adolescência, é essencial para trazer estética e conforto mastigatório. Todas as condições ortodônticas apresentadas por eles podem ser tratadas eficientemente com alinhadores transparentes, tornando o tratamento mais confortável, prático e facilitando a higienização e alimentação desses pacientes”, avalia a diretora de Pesquisa Clínica da ClearCorrect e especialista, mestre e doutora em Ortodontia, Waleska Furquim.

O trabalho iniciou em junho e a expectativa é que dure 18 meses, podendo se estender, visto que os casos são geralmente complexos. 

“Temos o prazer de apoiar essa pesquisa inovadora, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida desses jovens. Nosso compromisso vai além de fornecer produtos de alta tecnologia. Buscamos colaborar com iniciativas que promovam avanços significativos na saúde e bem-estar da comunidade”, complementa o vice-presidente da ClearCorrect, Pablo Prado. 



ClearCorrect
www.clearcorrect.com.br

 

Mitos e verdades sobre o colesterol

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No Dia Nacional do Combate ao Colesterol, 8 de agosto, esclareça as principais dúvidas sobre o assunto!

 

O colesterol é uma gordura essencial para o organismo, pois participa da formação de membranas celulares, produção de hormônios, síntese de vitamina D e ácidos biliares, além de contribuir para o revestimento dos neurônios. No entanto, níveis elevados de colesterol, especialmente do tipo LDL, podem levar à formação de placas nas artérias, aumentando o risco de doenças cardiovasculares, como aterosclerose, infarto do miocárdio e derrame. 

A seguir, o médico nutrólogo Nataniel Viuniski, membro do Conselho para Assuntos Nutricionais da Herbalife, ajuda a esclarecer os principais mitos e verdades sobre o tema!

 

Todo colesterol é ruim.

MITO.

O colesterol é uma substância gordurosa necessária para a produção de hormônios, vitamina D e substâncias que ajudam na digestão dos alimentos. Existem dois tipos principais de colesterol: o LDL (lipoproteína de baixa densidade) e o HDL (lipoproteína de alta densidade). O LDL é frequentemente chamado de “colesterol ruim” porque pode se acumular nas artérias e formar placas que causam doenças cardíacas. O HDL, conhecido como “colesterol bom”, ajuda a eliminar o LDL das artérias. Consumir alimentos como nozes, abacate, peixes gordurosos, azeite de oliva, entre outros, pode aumentar os níveis de HDL no corpo.

 

Apenas pessoas com sobrepeso têm colesterol alto.

MITO.

Qualquer pessoa pode ter colesterol alto, independentemente do peso. “Somente 1/3 do colesterol da alimentação contribui para o aumento das gorduras no sangue, os outros 2/3 são produzidos pelo próprio organismo. Assim, fatores genéticos, dieta, nível de atividade física e outros hábitos de vida influenciam os níveis de colesterol”, coloca o nutrólogo. Portanto, é importante que todas as pessoas monitorem seus níveis de colesterol regularmente por meio de exames de sangue.

 

Há uma relação direta entre o consumo de alimentos ricos em colesterol e o aumento de seus níveis no sangue.

EM TERMOS.

Apesar de haver uma recomendação para os pacientes que apresentam altos níveis de LDL no sangue evitarem o consumo de alimentos com colesterol, são os alimentos ricos em gorduras saturadas e trans os que têm maior impacto nesse sentido. “Portanto, recomenda-se reduzir a ingestão de frituras, manteiga e produtos de panificação industrializados, além de carnes gordurosas para controlar melhor os níveis de colesterol LDL no sangue, e priorizar os vegetais”, orienta Viuniski.

 

Todos os tipos de gorduras aumentam o colesterol.

MITO.

Nem todas as gorduras são prejudiciais. As gorduras insaturadas, encontradas em alimentos como peixes, nozes, sementes, abacates e óleos vegetais, podem ajudar a reduzir os níveis de LDL e aumentar os níveis de HDL. Já as gorduras saturadas e trans, presentes em alimentos fritos, processados e industrializados, devem ser evitadas.

 

Pacientes com colesterol alto apresentam sintomas.

MITO.

O quadro de colesterol alto geralmente não apresenta sintomas, porém níveis elevados de colesterol é considerado com um importante fator de risco para a saúde. Muitas pessoas podem ter níveis elevados de colesterol sem saber, até apresentarem problemas sérios, como um ataque cardíaco ou derrame. Por isso, é essencial fazer exames de sangue regulares.

 

Um estilo de vida saudável e ativo ajuda a controlar o colesterol.

VERDADE.

Mudanças no estilo de vida podem ser muito eficazes para baixar o colesterol, como a adoção de uma dieta saudável, a prática de exercícios físicos regulares, a perda de peso, assim como evitar o tabagismo e limitar o consumo de álcool. Estudos clínicos atestam que suplementos de ômega 3 podem ajudar a controlar as gorduras no sangue*. No entanto, mesmo adotando essas medidas, alguns pacientes ainda podem precisar usar medicamentos para controlar os níveis de colesterol. “Cada caso deve ser muito bem avaliado pelo médico, que deverá orientar o paciente de maneira individualizada”, finaliza Viuniski.




* Bernasconi, A., Martinez, A. M., & Roessler, J. L. (2024). "Omega-3 Supplementation and Lipid Profile Improvement: A Meta-Analysis of Randomized Clinical Trials." The American Journal of Clinical Nutrition, 119(2), 243-252.

 

Dispareunia: dor durante o sexo não é normal e tem tratamento

Em artigo, ginecologista da Unimed Araxá explica as causas desta disfunção que atinge até 20% das mulheres

 

A sexualidade é um processo complexo coordenado pela saúde física, neurológica e vascular, bem como pela sociedade, religião e experiência pessoal, incorporando o relacionamento com o parceiro. A disfunção sexual tem alta prevalência entre as mulheres na menopausa e a atividade sexual diminui com a idade. No entanto, não se sabe ao certo se as disfunções nessa fase se devem à diminuição dos níveis hormonais ou ao avançar da idade. 

A dispareunia é a dor recorrente ou persistente durante a relação sexual. Ela afeta de 10% a 20% das mulheres e leva à disfunção sexual, sofrimento no relacionamento, diminuição na qualidade de vida, ansiedade e depressão.

 

Causas

A dispareunia tem várias causas:

- hipoestrogenismo, que ocorre na perimenopausa e pós-menopausa e pós-parto, levando a atrofia vaginal;

- vulvodinia é uma dor crônica, na região da vulva que pode interferir no ato sexual.;

- vaginite, infecção vaginal de várias etiologias;

- disfunção do assoalho pélvico;

- endometriose;

- vaginismo, que é a contração involuntária do assoalho pélvico;

- história de abuso sexual ou trauma;

- doenças dermatológicas como líquen escleroso, líquen plano, dermatite;

- história de quimioterapia ou uso de progesterona, inibidores de aromatase, tamoxifeno.

 

Entendendo melhor

Dentre tantos fatores causais de dispareunia, vamos falar sobre o declínio da função ovariana na perimenopausa e pós-menopausa, levando à anovulação e à diminuição dos níveis circulantes de estradiol, de uma faixa de 50 pg/ml a 300 pg/ml (na fase folicular precoce e na fase folicular tardia do ciclo menstrual, respectivamente) para menos de 30 pg/ml. Essa redução do estradiol na circulação na perimenopausa tem consequências estruturais e funcionais para o trato reprodutivo e tecidos circulantes. 

A perda do estrogênio contribui para redução do fluxo sanguíneo em geral. É atenuada pela vasocongestão, com alterações típicas nos pequenos e grandes lábios, adelgaçamento da mucosa do clítoris, da vagina e involução paralela do corpo cavernoso.

 

Tratamento

Para o tratamento é necessária uma avaliação clínica abrangente. Esta inclui história psicossocial e exame médico completo. Testes laboratoriais também devem ser indicados. A relação do impacto físico, psicológico e emocional sobre a função sexual deve ser considerada. 

A partir desta avaliação o tratamento será de acordo com a causa da dispareunia, o que pode incluir:

- lubrificantes vaginais

- analgésicos tópicos

- fisioterapia do assoalho pélvico

- estrogênio tópico

- terapia cognitiva-comportamental

- dilatadores vaginais

- injeções de toxina botulínica

- terapia da atrofia com radiofrequência vaginal e vulvar

- terapia com laser.

 

Pós-menopausa

A dispareunia pós-menopausa que ocorre concomitantemente com a atrofia vaginal e está fortemente associada à falta de estrogênio no trato genital. No entanto, uma percentagem significativa de mulheres na pós-menopausa apresenta dor dispareúnica, que não é causada por hipoestrogenismo. É provável que outros tipos de dispareunia que ocorrem na pré-menopausa também ocorram em mulheres na pós-menopausa. É necessária uma investigação para abordar adequadamente esta questão. Uma mudança de perspectiva em direção a uma abordagem multiaxial focada na dor é proposta para pesquisas futuras sobre dispareunia em mulheres na pós-menopausa.

 


Ingrid Chaves Maneira - ginecologista


Agosto Dourado - o mês dos cuidados com a amamentação

A Importância da amamentação nos primeiros meses para proteger o bebê de doenças, promover a nutrição, desenvolvimento cognitivo, desenvolvimento da cavidade oral, desenvolvimento facial e da fala


 Agosto é conhecido como o "Agosto Dourado", um mês dedicado à conscientização e incentivo à amamentação. A fonoaudióloga Dra. Lourena Costa, especialista em Neurodesenvolvimento, explica a importância e os benefícios dessa prática para os bebês e as mães. 

A amamentação é fundamental para a nutrição e o desenvolvimento do recém-nascido. Segundo a Dra. Lourena, o aleitamento materno oferece todos os nutrientes que o bebê necessita, além de atuar como a primeira forma de imunização até que ele receba as primeiras vacinas. "O aleitamento materno além de nutrir com tudo o que o recém-nascido precisa e ser a primeira forma de imunização até as primeiras vacinas, também promove um vínculo com a mãe, dando ao bebê conforto, segurança e o regulando emocionalmente."

 

Benefícios da amamentação


Os benefícios da amamentação são inúmeros tanto para o bebê quanto para a mãe. Dra. Lourena destaca que a amamentação protege o bebê de diversas doenças, promove melhor nutrição, desenvolvimento cognitivo, desenvolvimento da cavidade oral, desenvolvimento facial e da fala. Além disso, evita nova gravidez quando em aleitamento materno exclusivo, protege contra o câncer de mama, tem menor custo financeiro, promove o vínculo afetivo entre mãe e filho e melhora a qualidade de vida da família. Ela ressalta ainda que "o leite materno é um alimento completo para o bebê, protege contra inúmeras infecções e está sempre pronto e na temperatura certa para o bebê."

 

Desenvolvimento da fala e linguagem


A sucção no seio materno é um fator crucial para o desenvolvimento da fala e linguagem do bebê, pois movimenta os músculos e estruturas da cavidade oral e da face, responsáveis pela articulação dos sons da fala. Dra. Lourena enfatiza que, se essa dinâmica de estimulação não ocorre, as estruturas não estarão preparadas para novas funções, como mastigação e, posteriormente, a fala. Ela recomenda a ajuda e orientação de um profissional quando há dificuldade ou impossibilidade de aleitamento materno.

 

Importância da posição do bebê


A posição do bebê durante a amamentação é igualmente importante, influenciando na sua sucção e deglutição. Dra. Lourena explica que um bebê mal posicionado pode ter dificuldade na manutenção da pega, na sucção e extração do leite, tornando o momento mais difícil e cansativo para ambos. A postura da cabeça do bebê deve estar sempre mais elevada que o restante do corpo para evitar engasgos e outras intercorrências.

 

Desafios comuns e como superá-los


Os desafios mais comuns durante a amamentação, como demora para a descida do leite, dificuldade na pega, ingurgitamento mamário, bico do peito plano ou invertido e baixa produção de leite, podem ser tratados com a avaliação e acompanhamento de profissionais especializados, como fonoaudiólogos e médicos.

 

Apoio da fonoaudiologia


Dra. Lourena destaca o papel da fonoaudiologia no apoio às mães e bebês que enfrentam dificuldades na amamentação. A fonoaudiologia promove orientação e manejo do aleitamento materno, ajudando nas dificuldades de pega, posição e rotinas da amamentação, além de realizar o teste da linguinha, exame neonatal obrigatório. Ela também recomenda técnicas específicas para a extração e armazenamento do leite materno, permitindo que as mães continuem amamentando mesmo após o retorno ao trabalho.

 

Mitos sobre amamentação


Existem muitos mitos sobre a amamentação que precisam ser desmistificados. Um dos mais comuns é que o leite materno é fraco, o que não é verdade. Dra. Lourena reforça que o leite materno é o melhor alimento para os bebês, rico em nutrientes necessários em cada fase do aleitamento exclusivo. Outro mito é que mulheres com bico plano ou invertido não conseguem amamentar, quando, na verdade, existem técnicas e recursos que podem auxiliar nesse processo com a ajuda de profissionais.

 

Alimentação da mãe


A alimentação da mãe também influencia a qualidade do leite materno. A fonoaudióloga recomenda uma dieta rica em frutas, cereais integrais, legumes, verduras, peixe bem cozido e muita água, evitando alimentos processados, leite de vaca, laticínios e carne vermelha.

 

Confira o que é e quais são os principais sintomas e tratamentos da Doença Falciforme

Com o objetivo de aumentar o conhecimento e a compreensão do público sobre a doença e os desafios vivenciados pelos pacientes, seus familiares e cuidadores a respeito da Doença Falciforme, o médico hematologista do Hospital Edmundo Vasconcelos (HEV), Vitor Fernandes Paiva, esclarece que a enfermidade é uma condição genética que afeta a forma e a função dos glóbulos vermelhos do sangue.

"Ao invés de serem redondos e flexíveis, os glóbulos vermelhos doentes assumem uma forma de foice, que dá origem ao nome falciforme. Essa forma anômala dificulta a circulação do sangue, podendo obstruir os vasos sanguíneos e causar diversos problemas de saúde", detalha o médico.

O hematologista aponta que os sintomas da doença falciforme variam de pessoa para pessoa, mas os mais comuns incluem dor intensa nos ossos e articulações, episódios frequentes de fadiga, palidez e icterícia (amarelamento da pele e dos olhos), além de uma maior propensão a infecções.

"O diagnóstico da doença falciforme é feito por meio de um exame de sangue chamado eletroforese de hemoglobina, que detecta a presença da hemoglobina S, característica dessa doença. Esse exame é atualmente realizado em recém-nascidos através do teste do pezinho, permitindo um diagnóstico precoce e início do tratamento desde cedo, mas pode ser realizado a qualquer momento ao longo da vida", afirma o hematologista do HEV.


Existe cura?

O especialista esclarece que a doença falciforme não tem cura universalmente disponível. No entanto, segundo ele, o transplante de medula óssea e a terapia gênica podem ser a cura para alguns pacientes, embora sejam procedimentos complexos e restritos a um grupo específico.

"Para a maioria dos pacientes, o tratamento inclui medicamentos para controlar a dor, prevenir crises, transfusões de sangue regulares e o uso de hidroxiureia para reduzir a frequência das crises dolorosas", detalha Vitor Fernandes Paiva.

Para o hematologista do HEV, a principal forma de prevenção é o aconselhamento genético para casais que têm história familiar da doença e estão planejando ter filhos. "Esses casais podem fazer testes sanguíneos para avaliar o risco de transmitirem a doença para os filhos. Além disso, o diagnóstico precoce e acompanhamento adequado são fundamentais para a gestão da doença e a melhoria da qualidade de vida dos pacientes", orienta o especialista.

 


Hospital Edmundo Vasconcelos
www.hpev.com.br

 

Crianças e adolescentes também podem apresentar colesterol alto; entenda!

Alimentação inadequada, falta de atividade física e obesidade figuram entre os principais fatores para a doença, destacam especialistas do CEJAM


Uma preocupante realidade tem sido observada na saúde de crianças e adolescentes do Brasil. Segundo uma revisão de estudos realizada por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em 2023, mais de um quarto (27,4%) deles apresentam níveis elevados de colesterol, conforme parâmetros estabelecidos pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). 

Apesar da má reputação, o colesterol é uma gordura essencial para o bom funcionamento do organismo humano. Ele está presente em várias estruturas corporais, além de desempenhar um papel primordial na formação de hormônios, vitamina D e ácidos biliares. 

No geral, existem três tipos de colesterol: HDL, conhecido como "colesterol bom", que atua na limpeza das artérias; VLDL, que transporta triglicerídeos - outro tipo de gordura - na corrente sanguínea, quando em altas quantidades; e LDL, o temido "colesterol ruim", que se acumula nas paredes das artérias formando placas de gordura, podendo causar diversas doenças. 

A mesma pesquisa da UFMG destaca que cerca de 1 em cada 5 jovens brasileiros possui alteração justamente na LDL. “O colesterol alto entre crianças e adolescentes é uma condição que pode ser influenciada por diversos fatores. Entre as principais causas, destacam-se uma dieta rica em gordura saturada e trans, histórico familiar e sedentarismo”, afirma Conceição Sena, nutricionista do CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”. 

Normalmente, 70% do colesterol do corpo é produzido pelo próprio organismo e os outros 30% são obtidos a partir da alimentação, o que faz com que a alta ingestão de alimentos gordurosos elevem os níveis de colesterol além do normal. 

"A ingestão excessiva de fast food e uma variedade de alimentos ultraprocessados diariamente podem prejudicar. Esses alimentos, caracterizados por seu baixo valor nutricional e altos níveis de gordura, são exemplos comuns do dia a dia que contribuem para o aumento dos níveis de colesterol", esclarece a profissional. 

Os sintomas de colesterol não são visíveis, por isso é importante que os pais agendem exames regulares para seus filhos. “No dia a dia, é preciso também observar a rotina alimentar e incentivar de forma positiva a manter um peso saudável”, afirma a nutricionista. 

A especialista esclarece ainda que, nessas duas fases da vida, os pais desempenham um papel crucial na hora de proporcionar uma alimentação adequada e balanceada aos filhos. "É fundamental limitar o consumo de alimentos processados e incentivar a ingestão de produtos in natura, como vegetais, verduras, frutas, grãos integrais, fibras e proteínas com baixo teor de gordura." 

Vale lembrar que o excesso de colesterol pode levar crianças e adolescentes a complicações de saúde futuras, incluindo o aumento do risco de desenvolver condições como hipertensão, dislipidemia, diabetes tipo 2 e diferentes doenças cardiovasculares. Os perigos são particularmente elevados quando associados à obesidade. 

O Atlas Mundial da Obesidade, documento recentemente publicado pela Federação Mundial de Obesidade, estima que, até 2035, o Brasil poderá ter até 50% das suas crianças e adolescentes na faixa etária entre 5 e 19 anos apresentando quadros de obesidade ou sobrepeso, o que pode aumentar ainda mais os riscos de saúde entre esses grupos. 

"A obesidade pode desencadear várias inflamações e provocar mudanças na estrutura do coração. Essa condição, além de impulsionar o aumento do colesterol, também eleva a probabilidade de surgimento precoce de problemas cardíacos, aumentando o risco de um infarto no futuro", acrescenta o Dr. Antônio Babo, cardiologista do CEJAM. 

Pensando nisso, o médico também recomenda a adoção de uma alimentação balanceada desde a infância como ponto chave para estabelecer bons hábitos alimentares. “Da mesma forma, a prática regular de atividades físicas deve ser incentivada. Ambas as medidas têm contribuições significativas para o controle do peso, redução da pressão arterial, colesterol e melhoria da saúde mental.”



CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”
@cejamoficial

 

7 crenças falsas que desestimulam a amamentação

Atrasar a amamentação pós-nascimento eleva em até 80% o risco de morte neonatal no primeiro mês de vida 

 

Com a Lei nº 13.435/2.017, o mês de Agosto passou a simbolizar a luta pelo incentivo à amamentação, sendo chamado de Agosto Dourado (relacionado ao padrão ouro de qualidade conferido ao aleitamento materno). O Ministério da Saúde destaca o leite materno como o meio mais importante de nutrição para bebês de até 6 meses de vida, e sinaliza que a mortalidade de crianças de até 5 anos de idade pode reduzir em cerca de 13% por conta do aleitamento materno. 

A boa notícia é que os índices de amamentação materna vêm crescendo no Brasil, segundo o Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI), realizado pelo Ministério da Saúde, cujos números representam um progresso em relação aos dados históricos, com um aumento de quase 13 vezes no índice de amamentação exclusiva em crianças menores de quatro meses, e de cerca de 16 vezes em crianças menores de seis meses, desde 1986. 

Contudo, o país ainda está distante das metas da Organização Mundial da Saúde (OMS) para 2030: 70% de forma exclusiva, tanto na primeira hora de vida como nos primeiros seis meses; e 80% no primeiro ano.

 

Falta de apoio e de informação geram insegurança: segundo Carlos Moraes, ginecologista e obstetra pela Santa Casa/SP e médico do Hospital Albert Einstein, muitas mães ainda enfrentam desafios na amamentação, apesar dos benefícios comprovados. 

“Ainda que seja fundamental orientar a mulher sobre a amamentação no pré-natal, não são todos os médicos que o fazem. Somando a desinformação ao estado emocional mais vulnerável e à falta de apoio social, a mãe acaba se sentindo pressionada e acuada, comprometendo ainda mais a amamentação”, lamenta o especialista em Perinatologia pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein e membro da FEBRASGO. 

Considerando este cenário, especialistas reuniram 7 desinformações que invalidam a amamentação como um ato natural da maternidade, desestimulando a prática:

 

A fórmula infantil é tão completa quanto o leite maternoMito: rico em anticorpos, o leite materno é o único que aumenta a imunidade da criança, ajuda a combater alergias e infecções respiratórias, além de diminuir riscos de doenças crônicas, como diabetes, obesidade e hipertensão.

 

Até mesmo o neurodesenvolvimento do bebê tem impacto com a amamentação: em um estudo, pesquisadores da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, concluíram que o mio-inositol, uma molécula encontrada no leite materno, está diretamente ligada à formação das conexões neurais dos bebês. “Ou seja, somente o leite materno pode prover estes benefícios à criança”, reforça Carlos Moraes.

 

Amamentar na primeira hora de vida é indiferente à saúde do bebêMito: o aleitamento materno na primeira hora de vida é fator protetor contra a mortalidade neonatal. De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), quanto mais se atrasa o início da amamentação, maior é o risco de morte no primeiro mês de vida. 

“Atrasar o aleitamento materno entre 2 e 23 horas após o nascimento do bebê eleva em 40% o risco de morte nos primeiros 28 dias de vida. Já o atraso de 24 horas ou mais aumenta esse risco em 80%”, alerta Carlos Moraes.

 

É necessário amamentar de 3 em 3 horasMito: segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), não é obrigatório estabelecer um horário fixo para a amamentação: o recomendado pela instituição é que o bebê seja amamentado em livre demanda, isto é, sem restrições de horários e de duração da mamada. “Nos primeiros meses de vida, inclusive, a frequência costuma ser maior e com horários mais irregulares”.

 

A amamentação afeta a intimidade do casalDepende: segundo uma revisão de estudos entre mulheres que voltaram a ter relações sexuais até 6 semanas após o parto, 58,2% delas não amamentaram, contra 38,7% das que amamentaram. 

Conforme Claudia Petry, pedagoga com especialização em Sexualidade Feminina pela Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) e membro da SBRASH; é comum que a fase da amamentação, cheia de oscilações hormonais e emocionais, afete o lado sexual da mulher, que acaba se concentrando mais no papel de mãe do que de esposa. 

“Daí, cabe ao casal perceber a necessidade de nutrir e cultivar sua relação, seja com momentos de beijos e carícias, ou mesmo com um filme a dois durante o sono do bebê. Ou seja, amamentar a criança jamais será motivo de perda da intimidade, se o casal souber preservar sua conexão”, pontua Claudia Petry.

 

Quando congelado, o leite materno perde nutrientesMito: congelar o próprio leite é um hábito muito comum, principalmente quando a mulher volta a trabalhar ou mesmo em caso de ingurgitamento mamário. No entanto, o processo requer cuidados. 

“O leite retirado, cuja duração é de até 15 dias, precisa ser guardado em frasco de vidro que tenha tampa de plástico. A higienização correta é feita com água fervente no recipiente por 15 minutos, seguida de secagem com pano limpo e repouso para que seque por completo, de modo natural”, explica Carlos Moraes. 

Outra dica importante, segundo ele, é usar a tampa do frasco para anotar o dia e a hora que o leite foi tirado. “Ao oferecer para o bebê, o leite deve ser descongelado em banho-maria, sem ferver, apenas esquentando a ponto de tirar o gelo. Lembrando que, uma vez descongelado, o leite não deve ser congelado novamente”.

 

A prótese de silicone atrapalha a amamentaçãoDepende: de acordo com Luís Maatz, cirurgião plástico pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC/FMUSP), o silicone utilizado atualmente é composto por um material biocompatível, possui alta coesividade e sua superfície externa é mais resistente. 

“O ideal é que a prótese seja colocada via inframamária (incisão embaixo das mamas), ou pela via axilar, não havendo cortes na glândula nem nos ductos mamários. Dessa forma, seja na produção do leite como no seu trajeto ao mamilo, não há contato direto com a prótese”.

 

Quem fez redução de mama não pode amamentarDepende: segundo Luís Maatz, que também é cirurgião de Reconstrução Mamária no Hospital Sírio-Libanês, na maior parte dos casos, as dúvidas relacionadas à redução mamária e à amamentação surgem por conta do corte de determinados ductos mamários. 

“Entretanto, a formação de novos ductos ocorre posteriormente. Quanto maior o intervalo entre a mamoplastia e o período de amamentação, maior a probabilidade de poder amamentar normalmente”, esclarece Maatz. 

Por fim, para superar os desafios, é essencial que as mães recebam apoio adequado de familiares, profissionais de saúde e da sociedade como um todo. “Campanhas de conscientização, políticas públicas favoráveis e ambientes de trabalho que respeitem as necessidades das lactantes são fundamentais para promover e sustentar a prática da amamentação”, finaliza Carlos Moraes.

 

Saiba qual a diferença dos miomas que causam infertilidade

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Casos são identificados com mais de 50 mil exames ginecológicos transvaginal no HSPE nos últimos cinco anos 

 

O Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) realizou mais de 51 mil exames ginecológicos transvaginal entre os anos de 2019 e 2023. Dentre outros problemas, o exame detecta miomas uterinos que são tumores benignos constituídos por células musculares que acometem 40% das mulheres após os 40 anos. Nesse mesmo período, foram detectados mais de oito mil casos do mioma submucoso, tipo da doença que pode dificultar a implementação do embrião no útero, ou seja, levar a um quadro de infertilidade.

A causa do problema é desconhecida, mas sabe-se que seu crescimento depende de fatores hormonais. A maior parte dos quadros de miomas são pequenos e assintomáticos, não trazendo nenhum prejuízo na qualidade de vida das mulheres e sem necessidade de tratamento. Porém, quando presentes, podem causar cólicas abdominais, sangramento menstrual aumentado, tanto em volume como duração, e, em casos mais severos, podem levar a anemia. Em casos graves da doença, pode acometer outros órgãos, como, por exemplo, bexiga e intestino, com aparecimento de aumento da frequência urinária ou constipação.

Além do tipo submucoso, há outros que não interferem, em sua maioria, na fertilidade da mulher, como o subserosos, que são os mais comuns e aparecem na parede externa do útero, e os intramurais, que podem aparecer na parte interna do órgão.

Diferente do que se imagina, mioma não é câncer. A possibilidade de evolução para uma neoplasia é bastante rara, sendo menor que 1% na literatura. A prevenção e o diagnóstico precoce são as melhores possibilidades perante a doença. “A suspeita clínica é fundamental e por isso a importância da consulta ginecológica anual com exame físico adequado. Como exame complementar, a ultrassonografia pélvica, preferencialmente, por via transvaginal, é o principal exame solicitado para o diagnóstico do quadro. Em casos selecionados, outros exames podem ser solicitados, como ressonância magnética ou histeroscopia. Exames de sangue para constatação de anemia, além de exames hormonais também podem ser necessários para descartar outras causas possíveis para os mesmos sintomas ginecológicos”, explica o médico Rodrigo Tadeu Russo Gonçalves, chefe da Seção de Ginecologia do HSPE.

O tratamento dos miomas uterinos deve ser individualizado, dependendo do tamanho, da localização e presença de sintomas associados. É possível cuidar de casos com medicamentos como anti-inflamatórios, anti-hemorrágicos, anticoncepcionais hormonais, com a implantação do DIU ou ainda com métodos minimamente invasivos. É possível que o tratamento seja por meio de cirurgia convencional abdominal. A depender do desejo reprodutivo, a opção de retirada do útero junto também deve ser analisada.

  


Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de São Paulo - Iamspe



Flórida destaca-se com três das dez melhores cidades para iniciar um negócio em 2024

Recentemente, um estudo conduzido pelo USA Today revelou que três cidades da Flórida se posicionaram entre as dez melhores localidades para iniciar um negócio em 2024. As cidades destacadas no estudo foram Miami, ocupando a 2ª posição, Jacksonville, na 7ª, e Tampa, na 10ª.

Miami, por exemplo, é a líder nacional em novas aberturas de negócios, com cerca de 7.350 empresas a mais do que as que encerraram atividades. A cidade apresenta a maior taxa de entrada de empreendimentos do país e, em janeiro de 2024, registrou a menor taxa de desemprego. Esses fatores fazem de Miami um destino altamente atraente para novos empreendedores.

De modo geral, as cidades da Flórida estão se destacando em vários indicadores importantes para a criação de novos negócios, como o aumento líquido de empresas, a taxa de novas aberturas, a geração de empregos e o crescimento do PIB. A combinação de uma economia estável, baixas taxas de desemprego e um ambiente favorável ao empreendedorismo faz dessas cidades opções ideais para novos empreendedores. No entanto, é importante notar que a manutenção de um negócio a longo prazo ainda é um desafio, especialmente em Miami.

Enquanto outras cidades, como Austin, no Texas, lideram as classificações gerais devido a fatores como o crescimento do PIB e a porcentagem de emprego em startups, cidades da Flórida como Miami, Jacksonville e Tampa oferecem uma combinação única de oportunidades econômicas e uma vibrante cena de startups. A presença dessas três cidades na lista das dez melhores evidencia a crescente reputação do estado como um ambiente acolhedor para negócios.

Para os novos empreendedores, a Flórida apresenta uma proposta atraente com suas oportunidades econômicas, ambiente favorável para startups e estabilidade econômica. Este cenário positivo reforça a importância de considerar essas cidades como potenciais locais para estabelecer novos empreendimentos.

Além disso, há diversas opções de vistos que facilitam a vida de brasileiros que desejam morar e trabalhar legalmente na Flórida. Vistos como o EB-3, destinado a trabalhadores qualificados e não qualificados; o EB-2, para profissionais com grau avançado ou habilidade excepcional; o E-2, para investidores de determinados países; o EB-5, que requer um investimento substancial em um novo negócio; e o L-1, para transferência de executivos ou gerentes dentro de uma mesma empresa, são alguns dos caminhos disponíveis. Essas opções não só incentivam a imigração legal e qualificada, mas também contribuem para o fortalecimento do ambiente de negócios na região.

Portanto, seja através das oportunidades oferecidas pelas cidades da Flórida ou pelas facilidades proporcionadas pelos diversos vistos de trabalho e investimento, o estado se consolida como um destino preferencial para empreendedores brasileiros em busca de novas oportunidades e de um ambiente propício para o crescimento e sucesso de seus negócios.

 



Daniel Toledo - advogado da Toledo e Advogados Associados especializado em Direito Internacional, consultor de negócios internacionais, palestrante e sócio da LeeToledo PLLC. Para mais informações, acesse o site. Toledo também possui um canal no YouTube com mais de 300 mil seguidores com dicas para quem deseja morar, trabalhar ou empreender internacionalmente. Ele também é membro efetivo da Comissão de Relações Internacionais da OAB Santos, professor honorário da Universidade Oxford - Reino Unido, consultor em protocolos diplomáticos do Instituto Americano de Diplomacia e Direitos Humanos USIDHR.



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Quebrando barreiras: a importância da liderança feminina nas organizações

Nos últimos anos, a discussão sobre a importância da liderança feminina no ambiente corporativo tem ganhado destaque, especialmente numa realidade competitiva e diversificada. A presença de mulheres em cargos de liderança não só promove a igualdade de gênero, mas também traz diversos benefícios para as organizações, como inovação, empatia e uma maior diversidade de perspectivas. 

No entanto, há também muitos desafios. De acordo com uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas, após 24 meses do período de licença-maternidade, mais da metade das mulheres não está mais no mercado de trabalho, padrão que se repete até 47 meses após a licença. Ou seja, esses dados evidenciam os desafios que muitas mulheres enfrentam para conciliar a carreira com a maternidade. Infelizmente, essa não é uma realidade isolada, pois afeta consideravelmente a participação feminina em cargos de liderança.

 A falta de apoio institucional e cultural contribui para que muitas mulheres abandonem suas carreiras ou não consigam progredir. Estudos apontam que, embora a participação feminina no mercado de trabalho tenha aumentado, os cargos de liderança ainda são majoritariamente ocupados por homens. Por exemplo, uma pesquisa do Instituto Ethos revela que apenas 13,6% dos cargos executivos em empresas brasileiras são ocupados por mulheres. 

Muitas organizações ainda não reconhecem plenamente os benefícios da liderança feminina. Diversos estudos demonstram que a presença de mulheres em cargos de liderança traz vantagens significativas para as empresas. A McKinsey & Company, por exemplo, aponta que empresas com maior diversidade de gênero em suas lideranças têm 21% mais chances de alcançar uma lucratividade acima da média. Além disso, a inclusão de mulheres em posições decisórias contribui para a criação de ambientes de trabalho mais inclusivos e empáticos, beneficiando todos os colaboradores. 

Para que mais mulheres possam trilhar o caminho da liderança, é fundamental que as empresas criem um ambiente de trabalho que apoie e incentive o desenvolvimento profissional feminino. Isso inclui políticas de flexibilidade no trabalho, programas de mentoria e a promoção de uma cultura organizacional que valorize a diversidade. Além disso, é essencial oferecer suporte específico para mulheres que são mães, reduzindo o impacto das jornadas duplas ou triplas e permitindo que elas possam equilibrar suas responsabilidades profissionais e pessoais. 

Assim, a promoção da liderança feminina é também uma estratégia inteligente para o crescimento e sucesso das empresas. Ao criar condições para que as mulheres alcancem posições de liderança, as organizações não só aumentam sua diversidade e inovação, mas também constroem um ambiente de trabalho mais justo e inclusivo. O caminho ainda é longo, mas com esforços conjuntos, é possível transformar o ambiente corporativo em um espaço onde todas as mulheres possam prosperar. 



Tatiany Martins - vice-presidente comercial e de marketing da Pitzi, empresa que oferece proteção e seguro para smartphones no Brasil, em parceria com varejistas e fabricantes – pitzi@nbpress.com.br



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Dia dos Pais 2024: pesquisa de preços e compra planejada garantem saúde financeira

Especialista em finanças pessoais explica como a data afeta a economia geral do país 

 

No próximo dia 11 de agosto, celebra-se o Dia dos Pais. No Brasil, a comemoração surgiu nos anos 1950, a partir de um concurso que fazia homenagem aos pais. Diante da grande repercussão na imprensa, a data passou a ser comemorada em todo segundo domingo do mês de agosto. Atualmente, este é um dos dias comemorativos com maior relevância para o comércio.

De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o Dia dos Pais de 2024 deve impulsionar o varejo, superando as vendas do ano passado em 4,7%. A previsão é de um volume financeiro da ordem de R$ 7,7 bilhões gastos nas compras para a data, com roupas, calçados e perfumes liderando a lista de presentes.



especialista em finanças pessoais, João Victorino, explica que apesar do sucesso comercial evidente do Dia das Mães em todos os anos, o Dia dos Pais também está com um destaque cada vez maior na lista de datas comemorativas no Brasil, promovendo grande mobilização do varejo. As pessoas estão mais motivadas a investir em presentes, o que faz com que as lojas se empenhem, colocando uma variedade maior de produtos e preços.



A evolução do papel dos pais na dinâmica familiar
Ao longo das décadas, a participação paterna na dinâmica familiar teve uma mudança significativa. Em 1950, quando começaram as comemorações do Dia dos Pais, as famílias eram geralmente maiores (com uma média de 6 filhos) e a estrutura familiar seguia um modelo conhecido como tradicional, com o pai sendo o chefe e principal provedor, cabendo à mãe os cuidados domésticos e dos filhos. 

Mais de setenta anos depois, as famílias agora têm em torno de 1 a 2 filhos, e o pai não é mais exclusivamente o provedor da casa, compartilhando as responsabilidades domésticas e financeiras com a mãe (ou mesmo fazendo as tarefas domésticas enquanto ela mantém um trabalho que traz renda para a família). Essa transformação demográfica e cultural também impacta a dinâmica financeira das famílias.

Segundo João, famílias menores tendem a ter diferentes prioridades e desafios financeiros em comparação com as grandes famílias de meados do século passado. Com a mudança do papel do pai, que agora compartilha mais as responsabilidades financeiras e domésticas, o planejamento financeiro se tornou ainda mais importante para garantir a saúde financeira familiar e a realização de objetivos de longo prazo.



Cuidados com o bolso
Compreender essas mudanças históricas e sociais ajuda a contextualizar a importância do planejamento financeiro, especialmente em datas comemorativas como o Dia dos Pais, onde o consumo tende a aumentar. “É normal se empolgar ao escolher um presente para quem amamos, principalmente os membros da família. Porém, é fundamental não comprar por impulso ou gastar uma quantia que fuja do seu orçamento, pois isso trará consequências a longo prazo, como dívidas difíceis de serem quitadas”, reforça João.

O especialista destaca que planejar as compras antecipadamente é essencial para datas comemorativas como o Dia dos Pais. Isso permite comparar preços em diferentes lojas, físicas ou online, e escolher a melhor opção. Assim, as chances de encontrar descontos e promoções aumentam, ajudando a economizar no presente. Por outro lado, para que isso funcione, é necessário um planejamento financeiro.

“Recomendo que as pessoas saibam quanto ganham e quanto gastam. Assim, é possível reservar uma determinada quantia para a compra dos presentes, sem comprometer os objetivos de criar um fundo de emergência e de investir para o seu futuro. Dessa forma, você terá dinheiro disponível para comprar os presentes com antecedência em datas especiais”, afirma.

Além disso, João ressalta que comprar com antecedência e de forma planejada pode evitar decisões por impulso e também uma geração de dívidas, garantindo que as celebrações não comprometam a saúde financeira da família. Para ele, ter um momento de celebração verdadeiro pode ser muito mais importante para o pai do que a camisa que você vai dar de presente.

Neste sentido, o especialista deixa uma sugestão: “Escolha um restaurante que ele goste e faça uma homenagem verdadeira. Esteja 100% atento nele nesse dia, desligue o celular e bate um papo com seu velho, sem interrupções e de coração aberto, Aposto que ele vai se surpreender e adorar”, finaliza.

 

João Victorino - administrador de empresas, professor de MBA do Ibmec e especialista em finanças pessoais, formado em Administração de Empresas, tem MBA pela FIA-USP e Especialização em Marketing pela São Paulo Business School. Após vivenciar os percalços e a frustração de falir e se endividar, a experiência lhe trouxe aprendizados fundamentais em lidar com o dinheiro. Hoje, com uma carreira bem-sucedida, João busca contribuir para que pessoas melhorem suas finanças e prosperem em seus projetos ou carreiras. Para isso, idealizou e lidera o canal A Hora do Dinheiro com conteúdo gratuito e uma linguagem simples, objetiva e inclusiva.



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