No Dia Nacional do Combate ao Colesterol, 8 de
agosto, esclareça as principais dúvidas sobre o assunto!Adobe Stock
O colesterol é uma gordura essencial para o organismo, pois participa da formação de membranas celulares, produção de hormônios, síntese de vitamina D e ácidos biliares, além de contribuir para o revestimento dos neurônios. No entanto, níveis elevados de colesterol, especialmente do tipo LDL, podem levar à formação de placas nas artérias, aumentando o risco de doenças cardiovasculares, como aterosclerose, infarto do miocárdio e derrame.
A
seguir, o médico nutrólogo Nataniel Viuniski, membro do Conselho para Assuntos
Nutricionais da Herbalife, ajuda a esclarecer os principais mitos e verdades
sobre o tema!
Todo colesterol é ruim.
MITO.
O
colesterol é uma substância gordurosa necessária para a produção de hormônios,
vitamina D e substâncias que ajudam na digestão dos alimentos. Existem dois
tipos principais de colesterol: o LDL (lipoproteína de baixa densidade) e o HDL
(lipoproteína de alta densidade). O LDL é frequentemente chamado de “colesterol
ruim” porque pode se acumular nas artérias e formar placas que causam doenças
cardíacas. O HDL, conhecido como “colesterol bom”, ajuda a eliminar o LDL das
artérias. Consumir alimentos como nozes, abacate, peixes gordurosos, azeite de
oliva, entre outros, pode aumentar os níveis de HDL no corpo.
Apenas pessoas com sobrepeso têm colesterol alto.
MITO.
Qualquer
pessoa pode ter colesterol alto, independentemente do peso. “Somente 1/3 do
colesterol da alimentação contribui para o aumento das gorduras no sangue, os
outros 2/3 são produzidos pelo próprio organismo. Assim, fatores genéticos,
dieta, nível de atividade física e outros hábitos de vida influenciam os níveis
de colesterol”, coloca o nutrólogo. Portanto, é importante que todas as pessoas
monitorem seus níveis de colesterol regularmente por meio de exames de sangue.
Há uma relação direta entre o consumo de alimentos ricos em colesterol e
o aumento de seus níveis no sangue.
EM
TERMOS.
Apesar
de haver uma recomendação para os pacientes que apresentam altos níveis de LDL
no sangue evitarem o consumo de alimentos com colesterol, são os alimentos
ricos em gorduras saturadas e trans os que têm maior impacto nesse sentido.
“Portanto, recomenda-se reduzir a ingestão de frituras, manteiga e produtos de
panificação industrializados, além de carnes gordurosas para controlar melhor
os níveis de colesterol LDL no sangue, e priorizar os vegetais”, orienta
Viuniski.
Todos os tipos de gorduras aumentam o colesterol.
MITO.
Nem
todas as gorduras são prejudiciais. As gorduras insaturadas, encontradas em
alimentos como peixes, nozes, sementes, abacates e óleos vegetais, podem ajudar
a reduzir os níveis de LDL e aumentar os níveis de HDL. Já as gorduras
saturadas e trans, presentes em alimentos fritos, processados e
industrializados, devem ser evitadas.
Pacientes com colesterol alto apresentam sintomas.
MITO.
O
quadro de colesterol alto geralmente não apresenta sintomas, porém níveis
elevados de colesterol é considerado com um importante fator de risco para a
saúde. Muitas pessoas podem ter níveis elevados de colesterol sem saber, até
apresentarem problemas sérios, como um ataque cardíaco ou derrame. Por isso, é
essencial fazer exames de sangue regulares.
Um estilo de vida saudável e ativo ajuda a controlar o colesterol.
VERDADE.
Mudanças no estilo de vida podem ser muito eficazes para baixar o colesterol, como a adoção de uma dieta saudável, a prática de exercícios físicos regulares, a perda de peso, assim como evitar o tabagismo e limitar o consumo de álcool. Estudos clínicos atestam que suplementos de ômega 3 podem ajudar a controlar as gorduras no sangue*. No entanto, mesmo adotando essas medidas, alguns pacientes ainda podem precisar usar medicamentos para controlar os níveis de colesterol. “Cada caso deve ser muito bem avaliado pelo médico, que deverá orientar o paciente de maneira individualizada”, finaliza Viuniski.
* Bernasconi, A., Martinez, A. M., & Roessler, J. L. (2024). "Omega-3 Supplementation and Lipid Profile Improvement: A Meta-Analysis of Randomized Clinical Trials." The American Journal of Clinical Nutrition, 119(2), 243-252.
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