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quinta-feira, 8 de agosto de 2024

Saiba qual a diferença dos miomas que causam infertilidade

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Casos são identificados com mais de 50 mil exames ginecológicos transvaginal no HSPE nos últimos cinco anos 

 

O Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) realizou mais de 51 mil exames ginecológicos transvaginal entre os anos de 2019 e 2023. Dentre outros problemas, o exame detecta miomas uterinos que são tumores benignos constituídos por células musculares que acometem 40% das mulheres após os 40 anos. Nesse mesmo período, foram detectados mais de oito mil casos do mioma submucoso, tipo da doença que pode dificultar a implementação do embrião no útero, ou seja, levar a um quadro de infertilidade.

A causa do problema é desconhecida, mas sabe-se que seu crescimento depende de fatores hormonais. A maior parte dos quadros de miomas são pequenos e assintomáticos, não trazendo nenhum prejuízo na qualidade de vida das mulheres e sem necessidade de tratamento. Porém, quando presentes, podem causar cólicas abdominais, sangramento menstrual aumentado, tanto em volume como duração, e, em casos mais severos, podem levar a anemia. Em casos graves da doença, pode acometer outros órgãos, como, por exemplo, bexiga e intestino, com aparecimento de aumento da frequência urinária ou constipação.

Além do tipo submucoso, há outros que não interferem, em sua maioria, na fertilidade da mulher, como o subserosos, que são os mais comuns e aparecem na parede externa do útero, e os intramurais, que podem aparecer na parte interna do órgão.

Diferente do que se imagina, mioma não é câncer. A possibilidade de evolução para uma neoplasia é bastante rara, sendo menor que 1% na literatura. A prevenção e o diagnóstico precoce são as melhores possibilidades perante a doença. “A suspeita clínica é fundamental e por isso a importância da consulta ginecológica anual com exame físico adequado. Como exame complementar, a ultrassonografia pélvica, preferencialmente, por via transvaginal, é o principal exame solicitado para o diagnóstico do quadro. Em casos selecionados, outros exames podem ser solicitados, como ressonância magnética ou histeroscopia. Exames de sangue para constatação de anemia, além de exames hormonais também podem ser necessários para descartar outras causas possíveis para os mesmos sintomas ginecológicos”, explica o médico Rodrigo Tadeu Russo Gonçalves, chefe da Seção de Ginecologia do HSPE.

O tratamento dos miomas uterinos deve ser individualizado, dependendo do tamanho, da localização e presença de sintomas associados. É possível cuidar de casos com medicamentos como anti-inflamatórios, anti-hemorrágicos, anticoncepcionais hormonais, com a implantação do DIU ou ainda com métodos minimamente invasivos. É possível que o tratamento seja por meio de cirurgia convencional abdominal. A depender do desejo reprodutivo, a opção de retirada do útero junto também deve ser analisada.

  


Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de São Paulo - Iamspe



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