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quarta-feira, 5 de junho de 2024

7 passos para obter a Cidadania Italiana

Passaporte italiano é considerado o mais poderoso do mundo, com livre acesso a 194 países, incluindo os EUA. Cerca de 15% da população brasileira faz jus ao benefício. Mas, é preciso comprovar vínculo. Busca pelo reconhecimento cresceu 35%.

 

O sonho de viver na Europa atrai milhares de pessoas que querem mudar de vida e buscar melhores oportunidades de trabalho, estudo e desenvolvimento pessoal. Atualmente, o passaporte italiano ocupa o 1º lugar no ranking dos mais poderosos do mundo. Os dados são do Henley Passport Index (Classificação Global de Passaportes), baseado em informações exclusivas da Associação Internacional de Transporte Aéreo – IATA. Dentre as vantagens, destaca-se o livre acesso a 194 países, sem a necessidade de visto específico, incluindo os EUA e o Canadá.


De acordo com a embaixada italiana no Brasil, cerca de 15% da população brasileira tem direito à dupla cidadania italiana. O Ministério das Relações Exteriores da Itália revela que, nos últimos três anos, a solicitação de passaportes italianos pelos brasileiros aumentou 35%. Mas, não basta ter um italiano na árvore genealógica para ter esse direito, previsto na legislação, assegurado. É crucial apresentar os documentos que comprovem esse vínculo e seguir certos ritos burocráticos, para usufruir desse benefício. Para auxiliar os interessados nessa busca, a Nostrali Cidadania Italiana elaborou um guia rápido, com um passo a passo para o reconhecimento e obtenção da Cidadania Italiana. Confira!

 

 

01. Saiba se você tem direito à Cidadania Italiana:


O primeiro passo é confirmar se você tem direito de se tornar um cidadão italiano. Para isso, basta conferir se a sua situação se enquadra em uma das descritas abaixo.


●     Jus sanguinis: Transmitida a partir do(a) ascendente italiano(a) - nascido na Itália - aos seus descendentes (desde que não tenha havido perda da cidadania italiana por aquisição de cidadania estrangeira) sem interrupção e sem limite de gerações. A única exceção é quanto à a descendência materna. Se a mulher teve filhos antes de 01/01/1948, somente os filhos dela (e seus descendentes), nascidos a partir desta data, podem solicitar a cidadania italiana através do Consulado.


●     Casamento: pessoas casadas com italianos, em regime civil, por pelo menos 03 anos, se não tiverem filhos legítimos ou 01 ano e 05 meses se tiverem filhos.


●     Residência: A Lei Italiana de Naturalização permite que qualquer estrangeiro se torne um cidadão se tiver residência fixa e legalizada na Itália por 10 anos ou mais. Essa é a regra para brasileiros.

 

02. Busca de Documentos:

Depois de confirmar o seu direito como um ítalo-descendente, é necessário reunir os documentos que vão embasar a sua solicitação, o quê é uma exigência da lei italiana. Em cada processo, o tipo de documento exigido pode variar, mas os principais e mais comuns são:

●     Certidões de nascimento (do solicitante até o ascendente);

●     Certidão Negativa de Nacionalidade;

●     Certidão de Óbito do italiano da família (se houver);

●     Certidões de Casamento desde o italiano até o requerente.

 

Toda a documentação deve estar atualizada e emitida em “inteiro teor”, ou seja, a versão mais completa do registro no cartório. Os documentos também precisam ser apostilados, para terem uma data de validade.

 

03. Revisão e Retificação dos documentos:

O processo de reconhecimento da cidadania italiana é cheio de etapas, pois não pode deixar brechas para dúvidas sobre a sua legitimidade. Por isso, sempre que for apontado algum erro na documentação, ele deve ser corrigido, para evitar problemas maiores no futuro. Uma das formas mais assertivas, na condução desse trâmite, é contar com uma assessoria especializada. Dessa forma, processos que podem demorar até 15 anos, podem ser concluídos em menos de 02 anos, em média.

 

04. Tradução e Apostilamento: O passo seguinte, depois de confirmar a veracidade de todos os documentos, é fazer a sua tradução e o apostilamento. Isso, no entanto, não pode ser feito por conta própria, se você não tiver a credencial de tradutor juramentado. Esses profissionais têm a autorização da Junta Comercial do Estado Italiano para traduzir documentos oficiais, como se fosse uma espécie de selo de autenticação.

 

Graças ao acordo de Haia, é possível encontrar tradutores brasileiros que são juramentados pelo estado italiano. Já o processo de apostilamento pode ser feito apenas em um cartório e deve ser um para cada tipo de documento (Certidão e Tradução).

 

05. Escolha a forma de reconhecimento:

Com todos esses documentos e traduções em mãos, é o momento de escolher qual será a sua forma de reconhecimento. Isso quem define é você, de acordo com as suas preferências e condição financeira. Existem três formas de fazer isso:


●     Direto na Itália: é a forma mais rápida. Você reúne toda a documentação e informações e viaja para a Itália, para cumprir os requisitos definidos por lei;


●     Via Judicial: uma boa alternativa contra a demora das filas no consulado italiano. O processo dura entre 24 e 36 meses e não é necessário sair do Brasil. O processo começa a correr na justiça italiana assim que você der entrada nele;


●     Via Consulado Italiano: é a forma mais comum de todas e também a mais demorada. Você precisa enviar toda a documentação para o consulado italiano da sua região e entrar em uma fila de espera. Atualmente, a conclusão desses processos tem demorado de 10 a 15 anos, conforme o consulado.

 

06. Aguardar o Resultado:

Como explicado anteriormente, o tempo médio de espera para o resultado vai depender da forma de reconhecimento escolhida. O governo italiano disponibiliza o aplicativo ‘Giustizia Civileonde você pode acompanhar todas as atualizações referentes ao seu processo se for feito pela via judicial.

 

07. Obrigações com a Itália, caso se torne um cidadão italiano:

A única obrigação de brasileiros que conquistam a cidadania italiana, mas preferem morar noutro país, é manter o seu cadastro familiar (AIRE) atualizado, acrescentando, sempre que necessário, as informações abaixo:


●     Mudanças de endereço;

●     Estado civil;

●     Nascimento de filhos;

●     Casamento, divórcio ou viuvez.

 

David Manzini - Logo percebeu uma oportunidade de empreender, assessorando brasileiros interessados na obtenção da cidadania italiana. Assim, fundou a “NOSTRALI”, termo que significa ‘nosso local’ ou ‘originário da nossa terra’. Manzini é uma das maiores autoridades do tema no Brasil e, hoje, lidera uma equipe multidisciplinar com mais de 100 colaboradores que, além de advogados especializados, incluí até historiadores e pesquisadores na área de genealogia. Parte da equipe compõe um escritório próprio na Itália, em Pistoia, na região da Toscana, outro diferencial, que possibilita excelência técnica e agilidade nos processos (as assessorias similares costumam terceirizar esse serviço). Reconhecer a cidadania italiana é um processo jurídico, altamente burocrático e minucioso, que envolve inúmeros detalhes, para ser bem sucedido. Antes de buscar o auxílio de uma assessoria, é fundamental checar a sua reputação e o respaldo técnico que está habilitada a oferecer”, alerta o CEO da Nostrali. Sua equipe já contribuiu para a concessão de 15 mil cidadanias italianas.



Fonte: Nostrali Cidadania Italiana
(54) 3533–4740
@nostralicidadaniaitaliana


É namoro ou união estável?

 

Contrato de namoro serve para blindar o patrimônio e para que o relacionamento não seja considerado união estável


Recentemente, o jogador do Palmeiras Endrick firmou um contrato de namoro com a namorada, a modelo e influenciadora digital Gabriely Miranda. O feito ganhou as páginas dos noticiários, já que foram reveladas algumas cláusulas estipuladas por Gabriely, como proibições de vícios e mudança drástica de comportamento.    

A modalidade vem sendo cada vez mais utilizada por casais de namorados desde que foi inserida na legislação, em 2013, no artigo 104 do Código Civil. Diferente do contrato de união estável, o objetivo do contrato de namoro é impedir que o relacionamento seja configurado como união estável, pois embora a convivência seja pública e a depender do caso até duradoura – como nas situações em que os namorados viajam juntos, participaram de reuniões familiares ou até mesmo moram juntos –, ambos não possuem a intenção de constituir uma família, pelo menos não até aquele presente momento. 

 “O contrato serve para esclarecer que as partes não têm a intenção de constituir uma família para que lá no futuro nenhum dos dois venha requerer união estável ou partilha de bens durante o período do namoro. O casal até pode vir a morar junto, mas o contrato deixa claro que não há intenção de formar uma família”, esclarece a advogada Vanessa André Paiva, especialista em Direito de Família e Sucessões, sócia do escritório Paiva & André Sociedade de Advogados.   

A advogada enfatiza a importância de se contar com o auxílio profissional na elaboração do conteúdo e das cláusulas que se pretende estabelecer, além do devido registro em cartório, para que tenha eficácia plena.   

“Assim como em todo contrato, é importante observar algumas questões no momento da elaboração, como a boa-fé, autonomia da vontade, deve prever objeto lícito de acordo com a lei, a moral e os bons costumes, sua função social, além do princípio que rege todos os contratos pacta sunt servanda (cumprimento dos contratos)”, ressalta.  

Segundo ela, entre os casais mais jovens tem sido comum o estabelecimento de algumas regras, como monogamia, formas de tratamento e até multa em caso de traição.   

Ao redigir o contrato, é importante que o casal deixe tudo bem definido, a começar pelos bens adquiridos por cada um durante a fase do namoro para que lá na frente, caso o relacionamento termine, um deles não entre com uma ação na justiça para pedir o reconhecimento do vínculo e, consequentemente, a divisão dos bens.  

 

Fonte: Vanessa André Paiva - advogada especialista em Direito de Família e Sucessões; pós-graduada e mestra em direito; professora de Direito de Família; autora de obras jurídicas e sócia administradora do escritório Paiva & André Sociedade de Advogados.


Energia Solar: Especialista esclarece todas as dúvidas para você fazer a transição energética em sua casa

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De acordo com a Absolar, o Brasil atingiu a marca de 2 milhões de residências que contam com instalações de energia solar fotovoltaica nos telhados, totalizando uma potência instalada de 13 gigawatts (GW). São Paulo é o estado que lidera o ranking, com 385,4 mil residências com centrais solares, enquadradas como microgeração distribuída, ou seja, aquelas com até 75 quilowatts (kW) de capacidade instalada. Rio Grande do Sul (303,2 mil), Minas Gerais (291,8 mil), Paraná (176,5 mil) e Bahia (173,5 mil) vêm na sequência.

São vários os motivos que levam cada vez mais pessoas aderirem à energia solar em suas casas, entre elas destacam-se os benefícios financeiros e ambientais. Financeiramente falando, o sistema solar permite reduzir o orçamento mensal gerado com o consumo de energia elétrica. Mesmo que o sistema tenha sido adquirido através de um financiamento, geralmente as parcelas ficam mais baratas do que a conta de energia elétrica. Além disso, o consumidor não fica exposto aos reajustes periódicos das concessionárias. Em 2015, por exemplo, alguns estados reajustaram os valores das taxas e tarifas em mais de 30%. Também não há tarifações adicionais de bandeira como aconteceu, por exemplo, em 2020, com a crise hídrica que onerou bastante as faturas de energia elétrica. Em se tratando do meio ambiente, a energia solar não emite CO2 e nem gasta água para a sua produção. Diferente do que muitas pessoas pensam, a placa é totalmente reciclável e tem uma vida útil de mais de 30 anos.

Embora o sistema fotovoltaico seja simples, sua instalação exige alguns cuidados, como orienta Rodrigo Bourscheidt, fundador e CEO da Energy+, rede de tecnologia em energias renováveis. ”Se o sistema for instalado sobre um telhado, é necessário fazer uma boa avaliação estrutural para ver se ele aguenta as placas. Também uma boa avaliação elétrica para ver suporta a potência do inversor instalado. Tudo isso tem que ser feito antes, pois os maiores problemas que acontecem nas instalações são identificados após a venda e a entrega dos produtos, durante a instalação, e muitas vezes não tem muito como resolver”, diz  Bourscheidt. “É muito importante que seja feito todo o diagnóstico da instalação, que envolve estrutura civil, estrutura física do telhado e a estrutura elétrica para, entendendo tudo isso, fazer a aquisição, a compra e, posteriormente, a instalação do sistema”, acrescenta o executivo.

Uma dúvida comum dos consumidores é saber se a incidência de luz solar na região da residência influencia na qualidade de energia produzida pelo sistema fotovoltaico. De acordo com Bourscheidt, o Brasil tem a melhor incidência solar do mundo. “Se eu pego o pior endereço do Brasil em incidência solar, ele é muito superior ao melhor endereço da Alemanha, por exemplo, em captação de energia solar”, compara. “Então mesmo que a região tenha menos incidência solar, isso será compensado com uma quantidade maior de placa solar, mas ainda assim, vale muito a pena o investimento para a transição energética da residência”, completa.

Com toda a estrutura pronta para receber o sistema solar, chegou a hora de avaliar quantos paineis fotovoltaicos serão necessários para abastecer a residência. Para fazer este cálculo, a empresa primeiro analisa quanto aquela casa consome mensalmente de energia. Depois é feito um levantamento sobre a incidência solar no local onde fica a residência, a inclinação e a direção que está o telhado. Por exemplo, um telhado voltado para o leste produz menos energia do que o telhado voltado para o norte. “Com todas essas informações em mãos, é possível fazer o cálculo da quantidade de painéis para abastecer a casa. Hoje uma residência pequena consome em média 500 kWh, e uma residência maior, 1.000 kWh. Então, 500 kW vai girar entre 8 a 10 placas e 1.000 kW entre 15 a 20 placas”, explica Rodrigo.

O próximo passo é saber quanto terá que desembolsar para custear o sistema de energia solar. Um projeto entre 8 a 10 placas fica em torno de R$ 15 mil a R$ 20 mil, e com 15 a 20 placas, em torno de R$ 30 mil a R$ 32 mil reais. “Fazendo uma conta simples, por exemplo, em São Paulo, Paraná e Santa Catarina, onde o preço médio do kWh é R$ 0,85, uma casa que consome 1.000 kWh, gera uma economia mensal de R$ 850,00, ou seja, o morador terá seu retorno financeiro em 36 meses”, diz o CEO da Energy+.

Cada dia mais o futuro está se tornando sinônimo de sustentabilidade e nesse cenário a energia solar ganha cada vez mais espaço. “Utilizar esse tipo de produção é contribuir para um mundo melhor e mais sustentável, além de representar um alto desenvolvimento tecnológico. Em breve, é possível que a energia renovável seja tão ou mais utilizada que a energia fóssil, e isso será maravilhoso”, conclui Bourscheidt.

 

Energy+


Recorde de queixas contra planos de saúde e a necessidade de mudanças no sistema

Nos últimos dez anos, o Brasil testemunha um aumento alarmante nas queixas de consumidores contra planos de saúde. Nessa última década, as reclamações cresceram absurdos 374%, de acordo com dados recentes da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), órgão que regulamenta a saúde suplementar no país. O número reflete uma crise que se agrava no setor e que preocupa cada vez mais, visto que, em 2024, a tendência de alta continua, com um aumento de 35% nas queixas apenas nos primeiros quatro meses do ano. 

Apesar de haver regulamentação e de ANS ter como missão garantir a qualidade dos serviços prestados pelas operadoras de planos de saúde no Brasil, o órgão tem experenciado esse significativo aumento de queixas ano após ano. Em 2011, foram registradas cerca de 10 mil reclamações. Em 2021, esse número saltou para aproximadamente 47 mil, o que representa o aumento de 374%. Em 2024, de janeiro a abril, foram registradas 104 mil reclamações, comparadas a 77 mil no mesmo período do ano anterior, representando um aumento de 35%.  Trata-se de elevação exponencial e que não só reflete a insatisfação dos consumidores, como também levanta importantes questões sobre a qualidade e a transparência dos serviços prestados pelas operadoras de saúde suplementar no Brasil. 

Para compreender o cenário, é fundamental elencar os principais motivos das queixas desses consumidores. Elas ocorrem em diversas categorias e nas mais diferentes áreas de atendimento. Contudo, as que mais se repetem levam em conta quatro razões: negativa de cobertura, reajustes abusivos, demora no atendimento, e a rede credenciada. 

A principal reclamação dos consumidores está relacionada com a negativa de cobertura para procedimentos médicos, exames e tratamentos. Muitas vezes, as operadoras alegam que o procedimento não está previsto no contrato ou que não é necessário do ponto de vista médico, deixando o beneficiário sem o necessário atendimento. 

O aumento abusivo nas cobranças das mensalidades é outra queixa bastante frequente, especialmente para idosos. Muitos consumidores relatam que os reajustes são desproporcionais e inviabilizam a continuidade do plano. 

Igualmente recorrente tem sido a queixa pela demora na autorização de procedimentos, bem como na marcação de consultas. Quem busca esse tipo de atendimento tem pressa e, em muitos casos, a espera pode comprometer a saúde do paciente. 

Por fim, mas tão problemática quanto as queixas anteriores, é a redução da rede credenciada, com a exclusão de hospitais, clínicas e médicos, o que também gera bastante insatisfação. Os consumidores se veem obrigados a buscar atendimento fora da rede, arcando com custos adicionais. 

Esses problemas e outros tantos que se transformam em reclamações dos consumidores trazem impactos diretos em suas vidas. Isso porque muitos acabam adiando ou até mesmo desistindo de tratamentos essenciais, o que pode levar ao agravamento de doenças e condições crônicas. Além disso, os reajustes abusivos podem levar ao cancelamento do plano, o que deixa os consumidores sem cobertura em momentos críticos. 

Vale destacar ainda que a negativa de cobertura também impõe um fardo financeiro significativo aos consumidores, que muitas vezes precisam arcar com os custos de tratamentos e procedimentos por conta própria. Isso pode levar ao endividamento e à insegurança financeira, especialmente em casos de doenças graves e de longa duração, com consequências para sua saúde.

Para além de todo esse cenário, o aumento das queixas afeta a confiança dos consumidores no sistema de saúde suplementar. A percepção de que os planos de saúde não cumprem suas obrigações contratuais pode levar à desconfiança e à insatisfação generalizada, prejudicando de vez a relação entre operadoras e beneficiários. 

Para tentar frear o crescimento constante e preocupante do número de queixas, a ANS tem adotado algumas medidas, como a criação de canais de atendimento ao consumidor e a aplicação de multas às operadoras que descumprem as normas. No entanto, muitos especialistas acreditam que essas medidas são insuficientes. 

Em outra via, o Poder Judiciário também tem sido acionado com frequência para resolver disputas entre consumidores e operadoras. Em muitos casos, os tribunais têm decidido a favor dos consumidores, obrigando as operadoras a cobrirem os procedimentos negados. 

Apesar de serem caminhos positivos para consumidores, tais medidas não são definitivas. O desafio de diminuir as queixas e tornar mais harmoniosa e justa a relação beneficiário e plano de saúde é enorme e para vencê-lo, existem algumas soluções a serem propostas. 

A revisão da regulamentação é uma delas. Uma revisão das normas que regem os planos de saúde, com o objetivo de torná-las mais claras e justas para os consumidores, seria de grande valia para a redução das queixas. Uma fiscalização mais rigorosa por parte da ANS, com aplicação de penalidades mais severas para as operadoras que descumprem as regras também serviria como inibidor de abusos por elas cometidos. A criação de mecanismos de mediação e arbitragem para resolver disputas de forma mais rápida e menos onerosa seria outra interessante solução. E, junta-se a essas a educação do consumidor, com campanhas de conscientização para informá-los sobre seus direitos e como proceder em casos especiais, como a negativa de cobertura, por exemplo. 

A informação, aliás, sempre é recurso fundamental. A ANS disponibiliza informações detalhadas sobre os direitos dos beneficiários em seu site oficial. Os consumidores devem ler e tomar conhecimento, assim saberão detalhes como obrigações da operadora de plano de saúde contratada, coberturas previstas e outros dados relevantes. 

Com o conhecimento, o consumidor terá mais segurança e, em caso de negativa de cobertura ou outros problemas com o plano de saúde, deverá registrar suas reclamações junto à ANS e aos órgãos de defesa do consumidor, como o Procon. Essas queixas são essenciais para que as autoridades possam fiscalizar e tomar medidas contra as operadoras que descumprem as normas.

Em casos mais graves, pode ser necessário ao consumidor buscar assistência jurídica para garantir o cumprimento dos direitos previstos no contrato do plano de saúde. Advogados especializados em direito do consumidor podem oferecer orientação e suporte em processos judiciais.

 

Os índices crescentes de reclamações indicam claramente que há problemas estruturais no setor de saúde suplementar no Brasil. A negativa de cobertura, os reajustes abusivos e a demora no atendimento são questões que precisam ser abordadas de forma urgente. A ANS, o Poder Judiciário e as próprias operadoras de planos de saúde têm um papel crucial na busca por soluções que garantam a qualidade e a acessibilidade dos serviços de saúde para todos os brasileiros. É necessário haver interesse de todas as partes para frear a quantidade imensa de reclamações, justamente em um setor vital.

 

Natália Soriani - especialista em Direito da Saúde e sócia do escritório Natália Soriani Advocacia



Desvendando o futuro dos eletrodomésticos: como a Inteligência Artificial já está revolucionando nossas casas

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Quem está por dentro de todas as inovações que o mercado de eletrodomésticos está colocando ao alcance dos consumidores, já sabe: estamos tendo o privilégio de testemunhar em primeira mão a transformação que a inteligência artificial está trazendo para os lares brasileiros. Com a introdução de novos recursos de inteligência em produtos conectados, os eletrodomésticos das novas gerações estão se tornando verdadeiros aliados na simplificação das tarefas domésticas.
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Os mais recentes lan
çamentos para lavanderia, por exemplo, são um ótimo retrato dessa revolução. Equipados com sensores avançados de IA e diversos outros recursos inteligentes, eletrodomésticos como lavadoras e secadoras mais modernos aprendem com o usuário, otimizando cada ciclo de lavagem e secagem, detectando tipo e peso dos tecidos, nível de sujeira na água e distribuição do sabão e amaciante de forma automática para maximizar a eficiência e minimizar o desperdício. 

A integração com um ecossistema completo de casa inteligente permite ainda que os consumidores controlem seus eletrodomésticos de forma remota, recebendo notificações sobre o status das tarefas e acessando dicas úteis para melhorar o desempenho. Isso não só economiza tempo, mas também proporciona uma experiência mais personalizada e conveniente. 

Além de se adaptar aos hábitos dos usuários, os equipamentos com IA podem até mesmo prever suas necessidades – seja ajustando automaticamente a temperatura e umidade das roupas no tambor, ou adaptando o processo de secagem à temperatura ideal como forma de economizar tempo e prolongar a vida útil de todos os tipos de tecido. A IA segue tornando nossas vidas mais fáceis e eficientes. 

À medida que continuamos a inovar e explorar novas possibilidades, estamos apenas começando a entender todo o potencial que a inteligência artificial pode alcançar para facilitar nossas vidas. Estou animada para ver como essas tecnologias continuarão a evoluir, transformando nossas casas em espaços mais inteligentes, conectados e intuitivos.

 

Gabriela Potiens - gerente de produtos de Home Appliances da Samsung Brasil.



Shopping centers estimam alta de 4,2% nas vendas para o Dia dos Namorados

Empreendimentos esperam movimentar cerca de R$ 4,4 bilhões para a data comemorativa


A Pesquisa de Expectativas de Vendas para o Dia dos Namorados, da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), aponta uma estimativa de crescimento de 4,2% sobre a mesma data de 2023. Com isso, o setor espera movimentar cerca de R$ 4,4 bilhões no período de 6 a 12 de junho. O levantamento foi realizado com os shoppings entre os dias 21 a 28 de maio de 2024, com o objetivo de entender as perspectivas do setor em relação à comercialização, fluxo de visitantes, ticket médio, entre outros indicadores para a data. De acordo com os dados coletados, 81% dos shoppings participantes da pesquisa demonstraram otimismo em relação ao desempenho esperado para o período.


Ticket médio - A perspectiva é que em 2024 o ticket médio seja de R$ 220,49, o que representa um aumento de 3,7% em relação ao Dia dos Namorados de 2023. Entre os produtos que mais devem se destacar na data comemorativa para o público feminino, encontram-se: Perfumaria e Cosméticos (87%), Joalheria (77%), Vestuário (73%), Chocolates e Doces (71%), Calçados (69%) e Bolsas e Acessórios (65%). Já entre o público masculino, os produtos que mais devem se destacar na data comemorativa são: Calçados (65%), Perfumaria e Cosméticos (65%), Vestuário (65%), Artigos Esportivos (63%), Relógios e Acessórios (59%) e Bebidas (30%).


Visitantes - Para 68% dos respondentes, o fluxo de visitantes será superior em relação à 2023. Para os que esperam um aumento do fluxo, o incremento será em média de 4,1%.


Ações para atrair o público - Para o Dia dos Namorados de 2024, os shoppings promoverão experiências como Música ao Vivo (30%) e Decoração Temática/ Espaço Instagramável (27%). Entre as tradicionais campanhas promocionais, estão: Compre e Ganhe (26%), Sorteio (20%) e Ganhe e Concorra (16%). Os brindes mais citados são: Chocolates, Bebidas, e, ainda, Perfumaria e Cosméticos. Para as promoções de sorteios, os prêmios são variados, entre eles: carro, viagem, vale compras e vale jantar.


"O cenário econômico atual e o endividamento das famílias são alguns dos fatores externos que podem limitar o consumo na data comemorativa. No entanto, mesmo com essa percepção, os shoppings estão otimistas com a expectativa de aumento de público e de vendas e esperam bons resultados para o período", comenta o presidente da Abrasce, Glauco Humai.


Processo trabalhista: Conheça os 5 motivos mais comuns levados à justiça

 

Presente como um dos assuntos mais trabalhados atualmente na justiça, os processos trabalhistas são a pauta desde reuniões de executivos que planejam o compliance corporativo, até conversas entre colaboradores. Muitas vezes, erros comuns e evitáveis podem levar a processos, trazendo consequências negativas para a reputação da organização, assim como pode afetar suas finanças.

 

Isso também é o que revela um estudo da Neoway, empresa de inteligência de dados, com base em informações dos sistemas de Justiça do país – de acordo com o estudo, os processos trabalhistas custaram R$ 94,5 bilhões para empresas de cinco estados brasileiros. O valor equivale a mais de duas vezes o PIB de Sergipe e supera toda a riqueza gerada em outros oito estados.

 

O trabalhador, por sua vez, além de ser afetado financeiramente, também pode sofrer emocionalmente devido a processos que tendem frequentemente a se tornar exaustivos e demorados.

 

Para entender quais os principais motivos que levam aos processos trabalhistas, veja abaixo os 5 erros mais frequentes e como eles podem ser evitados:

 

1. Horas Extras e Jornada de Trabalho

 

Um dos erros mais comuns é a má gestão das horas extras e a jornada de trabalho. A legislação brasileira, em regra geral, estabelece que a jornada de trabalho não deve exceder 8 horas diárias e 44 horas semanais. No entanto, a falta de registro correto das horas trabalhadas ou a ausência de marcação de ponto pode resultar em processos.

 

Para evitar isso, é essencial utilizar sistemas de controle de ponto eficientes e garantir que todos os funcionários registrem suas horas corretamente, além de outra opções como acordo de banco de horas e compensação, que pode ser uma alternativa para as empresas para diminuir o risco de pagar horas extras.

 

2. Adicional de Insalubridade

 

O não pagamento do adicional de insalubridade é outro motivo frequente de processos trabalhistas. Trabalhadores que operam em ambientes insalubres, como aqueles expostos a ruídos excessivos, poeira ou manuseio de cimento, entre outros, têm direito a este adicional.

 

As empresas devem realizar avaliações regulares, através de empresas especializadas em medicina e segurança do trabalho, das condições de trabalho e assegurar que todos os funcionários expostos a ambientes insalubres recebam o devido adicional, que pode variar entre 10%, 20% e 40% sobre o valor do salário mínimo, a depender das atividades exercidas. 

 

3. Intervalo para Refeição e Descanso

 

A legislação trabalhista prevê um intervalo mínimo de uma hora para refeição e descanso em jornadas superiores a seis horas. A falta desse intervalo ou a inexistência de um local adequado para refeição são causas comuns de processos.

 

Para evitar problemas, as empresas devem garantir que todos os funcionários tenham acesso a pausas regulamentares, com as devidas anotações em cartões de ponto, e a um refeitório adequado no local de trabalho.

 

4. Pagamentos por Fora e Informalidade

 

Realizar pagamentos por fora da folha de pagamento é um erro grave que pode gerar passivos significativos. Este tipo de prática, além de ser ilegal, pode resultar em ações trabalhistas que buscam a regularização dos valores pagos.

 

Adotar uma política transparente de remuneração e incluir todos os pagamentos na folha oficial é essencial para evitar este tipo de problema. Afinal, “quem paga mal, paga duas vezes”, já diz o ditado popular.

 

5. Falta de Benefícios e Respeito à Convenção Coletiva

 

A não concessão de benefícios previstos em convenções coletivas também é uma fonte comum de litígios trabalhistas. Muitos empregadores negligenciam a obrigatoriedade de seguir as convenções coletivas do setor, o que pode levar a processos.

 

É crucial que as empresas estejam sempre atualizadas e cumpram todas as cláusulas das convenções coletivas vigentes para evitar passivos trabalhistas.

 

Prevenir processos trabalhistas requer muito mais dos empregadores, exigindo involuntariamente uma gestão cuidadosa e atenção redobrada para o cumprimento rigoroso das normas trabalhistas.

 

É imperativo que grandes empresas invistam em programas de compliance trabalhista, treinamento contínuo e auditorias regulares para identificar e corrigir possíveis falhas.

 

Dessa forma, além de evitar processos movidos contra a empresa e melhorar muito a reputação da empresa, também haverá a melhora no ambiente de trabalho e a promoção de um relacionamento mais harmonioso com seus colaboradores.

 

 

Flavia Derra Eadi de Castro - Head de Compliance Trabalhista e LGPD na RGL Advogados


Dia Mundial do Meio Ambiente: parceria de reflorestamento e inclusão social chega a Ponta Grossa


No Dia Mundial do Meio Ambiente, a Cocari (Cooperativa Agropecuária e Industrial), o Banco CNH, a Tratorcase, a Tratornew, o IAT (Instituto Água e Terra) e a APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), anunciam a inauguração de uma estufa sustentável em Ponta Grossa, parte do projeto Cultivando Cidadania que promove a preservação ambiental por meio do plantio e cultivo de mudas nativas, destinadas para o reflorestamento.

A construção da estufa, com recursos provenientes do Banco CNH, parceiro do projeto encabeçado pela Cocari, foi parte central da iniciativa. O local já está em funcionamento e atua como um viveiro, sendo a base para a recuperação de áreas degradadas e a preservação da biodiversidade local, com ênfase nas matas ciliares e áreas de preservação legal, essenciais para a proteção dos recursos hídricos, fauna e flora. “A Cocari promove o projeto Cultivando Cidadania há 15 anos, e já são mais de 60 alunos beneficiados com o programa e mais de 1,3 milhão de mudas produzidas, e nos sentimos orgulhosos de trazer para Ponta Grossa, juntamente com os parceiros este importante projeto de inclusão social e preservação ambiental. Recebemos as primeiras mudas na semana passada e demos início a esse importante trabalho de restauração, inclusão e conscientização ambiental”, explica o presidente da Cocari, Dr. Marcos Antonio Trintinalha. O viveiro, uma área de serviço e um depósito de ferramentas foram construídos dentro do terreno da APAE, totalizando uma área exclusiva de 92,5m².

Com o objetivo de aumentar anualmente a produção de mudas de plantas nativas no viveiro, garantindo a disponibilidade de espécies essenciais para a recuperação ambiental, o segundo passo é a destinação das mudas aos produtores cooperados e clientes dos parceiros, para incentivar o reflorestamento nas propriedades rurais. Também é oferecida orientação técnica especializada para a implantação de florestas, focando na recuperação de áreas degradadas e de preservação permanente.

“Esses investimentos são para o Banco um reconhecimento aos parceiros que buscam contribuir para desafios reais do produtor rural frente ao reflorestamento, à preservação e à manutenção das suas matas ciliares. Sabemos da dificuldade na manutenção dessas áreas para o pequeno agricultor e apoiar projetos como esse que gera mudas qualificadas, suporta com consultorias técnicas e ainda promove inclusão é a forma de valorizarmos a Sustentabilidade na nossa cadeia de valor”, afirma Heberson De Goes, presidente do Banco CNH.


Responsabilidade social e inclusão

O projeto não apenas beneficia o meio ambiente, mas também destaca a inclusão social e o desenvolvimento profissional, com alunos da APAE passando a fazer parte do quadro de colaboradores da Cocari, assim como já acontece nas outras Apaes pertencentes ao projeto.

“Esta parceria proporciona a alunos especiais a oportunidade de ingressar no mercado de trabalho. Através deste projeto, os alunos desenvolvem habilidades profissionais, sociais e intelectuais, contribuindo significativamente para a renda familiar e promovendo sua autonomia e dignidade”, explica a responsável pelo projeto na Cocari, Dayane X. R. de Carvalho.


Cultivando Cidadania

Com foco na integração de pessoas com deficiência no mercado de trabalho e na preservação do meio ambiente, o projeto Cultivando Cidadania é realizado nas demais cidades com a parceria da empresa Bayer e com apoio do Instituto Água e Terra (IAT).

Participam cerca de 60 alunos, que são contratados como colaboradores da Cocari. A produção das mudas acontece em viveiros construídos nas Apaes de Mandaguari e Cambira, no Paraná, de Cristalina, em Goiás, e de Paracatu, em Minas Gerais.

Parte das mudas é comercializada por meio de outra iniciativa da Cocari, a Campanha Cocari Solidária. Nesta campanha, interessados adquirem vales-muda nas entidades sociais participantes e concorrem, no final do ano, ao sorteio de prêmios. As mudas também são distribuídas gratuitamente para recomposição de matas ciliares e áreas de Reserva Legal das propriedades de produtores cooperados da Cocari. 



Banco CNH

Cocari


Dia do Meio Ambiente: preservação e cultivo da terra também se aprendem na escola

Educação ambiental é uma das competências recomendadas pela UNESCO

 

Tema deste ano do Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de junho), a importância da terra para a vida é um dos conteúdos práticos que são trabalhados nas escolas como parte da educação ambiental. Nesse contexto, o envolvimento dos alunos em hortas comunitárias, noções de agricultura e atividades de reciclagem são alguns dos aprendizados que as escolas podem promover ao longo do Ensino Básico e serão essenciais para o futuro, de acordo com a UNESCO.

A entidade recomenda a inclusão de princípios de Educação para o Desenvolvimento Sustentável (EDS) como elementos centrais do currículo básico até 2025. A conclusão foi publicada em um estudo de 2021, em que a entidade revelou que mais da metade dos planos e currículos escolares de 50 países não abordam o tema da mudança climática e apenas 19% deles tratam sobre biodiversidade.

Além de metodologias pedagógicas de aprendizagem, como o ensino, treinamento profissional e engajamento cívico, a UNESCO defende a adoção de EDS que desenvolvem habilidades cognitivas, aprendizagem social e emocional, habilidades de colaboração, resolução de problemas e construção de resiliência.


Dia do Meio Ambiente o ano inteiro

Para a Escola Lourenço Castanho, rede de Ensino Básico de São Paulo, a educação ambiental já faz parte do conteúdo curricular desde o Ensino Infantil e se estende até o Fundamental.

“Atividades ambientais acontecem durante todo o ano. Não paramos no dia 5 para falar sobre o Dia do Meio Ambiente, mas temos projetos bimestrais, semestrais e anuais com os alunos que têm ligação com essa proposta. Os mais novos têm os primeiros contatos com árvores frutíferas e hortas, e os mais velhos, do Ensino Fundamental, estudam formas de agricultura urbana”, disse Gabriela Kogachi, diretora da Lourenço Castanho da unidade Alto da Boa Vista.

No Ensino Infantil, as crianças começam a participar de projetos ambientais ligados ao cotidiano. “Elas vão para o Mercado Municipal de Santo Amaro, entram em contato com os fornecedores de frutas, e no espaço Sabor de Fazenda, observam formas diferentes de plantio de árvores, temperos e flores. Na atividade, eles acabam provando um lanche feito com alimentos plantados no local”, detalha.

Na escola, existe uma horta comunitária onde os estudantes podem cultivar plantas e podem levar temperos e hortaliças. “Na volta das férias, eles vão seguir para outra etapa de cultivo”, acrescenta.

Na Escola Lumiar, alunos do Fundamental 2 (4º e 5º anos) desenvolveram um projeto multidisciplinar sobre fenômenos naturais mediado pela tutora Serena Santos, que envolveu Ciências da Natureza e Língua Portuguesa. O trabalho foi realizado no primeiro trimestre, com 19 alunos, e foi motivado pela curiosidade de entender por que havia tanta ocorrência de desastres ambientais acontecendo no Brasil e no mundo, explica Serena.

“O grande questionamento deles, conversando com o mestre Yacov Rodrigues (Ciências da Natureza), era sobre o que eram desastres naturais e não naturais. Estudando fenômenos como tufões, deslizamentos de terra e cobertura vegetal, começaram a avaliar que desastres também são causados pela falta de cuidado humano com o meio ambiente.”

As conclusões foram transformadas em um podcast chamado Podpato, onde eles explicam as causas e consequências dos eventos climáticos. “Foi um sucesso. Eles ficaram muito engajados no projeto mesmo depois que ele acabou. Agora que está havendo essa ocorrência tão séria do Rio Grande do Sul, eles estão tentando entender por que a cidade alagou daquela forma. É um interesse coletivo e foi resultado de um grande trabalho.”


Meta de desenvolvimento sustentável

Para os estudantes do 3º ano, Gabriela explica que o contato com o meio ambiente se dá por meio de projetos onde eles conhecem a geografia da cidade e as hortas urbanas onde crescem várias espécies de plantas. “Esse ano, eles vão explorar as atividades dessas hortas e oferecer água saborizada ou chá das plantas que cultivaram na Mostra Cultural da escola.”

Neste ano, os alunos vão participar de projetos de hortas comunitárias urbanas que se relacionam com a ODS 11 (meta de tornar as cidades e comunidades sustentáveis) da ONU. “Os temas ambientais são permanentes na escola”, reforça a diretora.


DCPC

A preocupação com o meio ambiente é um tema recorrente para as crianças, disse Vitor Azambuja, cofundador e diretor criativo da metodologia De Criança Para Crianças (DCPC). “Eles já têm contato com eventos climáticos extremos, como a inundação do sul do Brasil. Nos vídeos, eles transmitem a necessidade de uso consciente dos recursos e já tem a mentalidade de preservação. São opiniões diretas e puras”, comenta.

O DCPC desenvolveu um método de aprendizado com base na criatividade. Nas salas de aula, o professor media o tema da base curricular a ser trabalhado e os alunos criam histórias com roteiro, narração e desenhos que são enviados à plataforma do DCPC para ser transformados em animações. O DCPC já produziu mais de 2.500 animações a partir de desenhos, roteiros e narrações de crianças da rede pública de ensino fundamental 1 (6 a 12 anos).

Entre as animações com temática ambiental, estão o “Sol salva el planeta (https://www.youtube.com/watch?v=plgjiMPU7Qg)”, animação feita por crianças espanholas sobre a história de Sol, uma menina que age para defender o meio ambiente.

Em português, o vídeo “Carta aos humanos: A vida da natureza (https://www.youtube.com/watch?v=uCxzKc6bhds)” mostra como os animais terrestres e marinhos, além das árvores, sofrem com a destruição de seu habitat e pedem às pessoas que a parem de destruir o meio ambiente.

E o vídeo “O planeta reflorestado (https://www.youtube.com/watch?v=5I1uGTrTYIM)” mostra a luta de Matilda, uma super-heroína com poderes para enfrentar pessoas que poluem a atmosfera e a sua luta com o super vilão que é o principal poluidor do planeta. 

 


Lumiar


Sobre o De Criança para Criança (DCPC)
O programa De Criança para Criança (DCPC) oferece um leque de metodologias de educação híbrida para escolas de todo o mundo. Do futuro para a escola, a proposta é oferecer às crianças a oportunidade de serem protagonistas, colocando-as no centro da aprendizagem. Através de uma plataforma simples, os professores são orientados a serem mediadores, fazendo com que os próprios alunos desenvolvam conhecimento sobre temáticas diversas. A partir de discussões, constroem coletivamente histórias, fazem desenhos e gravam locuções relativas às narrativas criadas, que posteriormente serão transformadas em animações feitas pelo DCPC, expandindo os horizontes educacionais.
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