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sexta-feira, 5 de abril de 2024

Hora de almoço não é de trabalho: por que é importante fazer a pausa adequada para uma alimentação tranquila

Fazer o intervalo correto serve para descansar a mente e nutrir o corpo; benefícios corporativos garantem a variedade e saúde das refeições

 

Brasileiros têm, em média, 39 horas por semana de expediente, de acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), carga horária maior que a média mundial (38,2 horas). As pessoas trabalham na maior parte do tempo em que estão acordadas, tornando os intervalos – como o horário de almoço – um momento quase sagrado. 

Segundo uma pesquisa realizada pela Up Brasil, a fim de revelar comportamentos no trabalho home office, 79% dos trabalhadores preferem preparar suas próprias refeições em casa durante o expediente, uma tendência que destaca o desejo de desfrutar de uma alimentação caseira e saudável, além de proporcionar uma pausa revigorante. Já 21% optam por pedir delivery pela conveniência e a praticidade, permitindo que os profissionais economizem tempo, mantenham o foco em suas atividades profissionais e se alimentem com a variedade necessária. 

“Assim como é difícil dissociar a vida profissional da pessoal, com a saúde não é diferente. Muitos fatores relacionados ao trabalho podem impactar no bem-estar do funcionário, e como eles passam sua hora do almoço é um excelente exemplo. As empresas e o RH precisam respeitar e incentivar a pausa, ajudando na manutenção da saúde mental e de uma alimentação adequada”, gerente sênior de cultura e DHO na Up Brasil, Marinildes Queiroz. 

A alimentação é um dos principais cuidados de saúde e é capaz de proporcionar mais qualidade de vida, além de trazer benefícios físicos e mentais. A má nutrição é um fator de risco para problemas cardiovasculares, por exemplo, responsáveis por cerca de 400 mil mortes por ano no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. 

A especialista defende que as empresas sejam aliadas nessa conscientização. “Para as pessoas que já estão buscando por uma qualidade na alimentação, cabe aos contratantes oferecer benefícios que ajudem nesse processo. Eles podem ajudar as companhias a motivar seus colaboradores na adoção de um estilo de vida mais equilibrado. O papel do vale-alimentação e do vale-refeição, por exemplo, vai muito além de uma questão financeira. Envolve oferecer uma ampla variedade de escolhas de alimentos e refeições, permitindo flexibilidade na utilização e acesso a diversas redes de supermercados e restaurantes”, comenta Queiroz. 

Com o acesso a multibenefícios, as pessoas podem se alimentar conforme seus hábitos. Em 2023, no Brasil, quase 30 milhões de pessoas se declararam vegetarianas, segundo pesquisa da Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB) e do Ibope. Também cabe às empresas oferecer nutricionistas em seus planos de saúde corporativos para ajudar na orientação adequada a cada escolha. Promover debates e campanhas internas sobre a importância das pausas para se alimentar, o impacto da saúde na vida pessoal e profissional e doenças relacionadas à má alimentação também é uma ferramenta. 

“Mudanças alimentares também devem estar no radar do RH ao abordar esse tema entre seus funcionários. Depois de tantas reflexões provocadas pelos desafios dos últimos anos, não é mais possível deixar de lado a individualidade, a saúde e a qualidade de vida no trabalho. O engajamento na função, a satisfação com a empresa e produtividade no ofício dependem diretamente do bem-estar do empregado”, conclui.
 

Up Brasil


Parque Dom Pedro é o próximo local da ação Banho Solidário, em São Paulo

Veículo VUC com os boxes para banhos

Com apoio da Lorenzetti, edição de Páscoa acontecerá em 7 de abril

 

O projeto Banho Solidário Sampa, já reconhecido nas ruas de São Paulo e apoiado pela Lorenzetti, está programando uma nova ação para este domingo, 07 de abril. A iniciativa cidadã ocorrerá no Parque Dom Pedro II - no gramado que fica atrás da saída do metrô - a partir das 10 horas da manhã. Com o objetivo de atender mais de 100 pessoas em situação de rua, o projeto também oferecerá uma estrutura dedicada ao cuidado de animais de estimação, proporcionando banho e secagem simultâneos. A ação também distribuirá ovos de Páscoa para as pessoas em situação de rua.

Fundada em novembro de 2019, a ONG Banho Solidário Sampa começou as atividades durante a pandemia e registra mais de 3,7 mil banhos, 6,2 mil pessoas atendidas por meio das iniciativas, mais de 29 mil lanches distribuídos nas ações de banho, mais de 3,5 mil cortes de cabelo; 36 mil peças de roupas e calçados, 3 mil cobertores e 3,9 mil livros doados aos assistidos.

Para a execução do projeto social, o Banho Solidário desenvolveu e fabricou um VUC (Veículo Urbano de Carga) especialmente projetado para ser autossustentável e ecologicamente correto, utilizando energia elétrica gerada por placas solares e utilização de água limpa para os banhos. Após a atividade, o VUC retorna para a base operacional, onde a água pós-banho é descartada na rede de esgoto da Sabesp, recebendo a devida higiene com água, detergente e desinfetantes. Os boxes foram revestidos com polipropileno, que impede o acúmulo de água suja em cantos e frestas. Assim, toda a infraestrutura elétrica e hidráulica foi pensada para um banho confortável e quentinho. Um box especial foi pensado para ter acessibilidade e receber assistidos em cadeiras de rodas.

O projeto Banho Solidário é mantido a partir de campanhas de doação, seja a partir de doadores individuais ou empresariais. Como exemplo, a Lorenzetti realizou a doação de duchas, torneiras, aquecedores de água a gás, pressurizadores e painéis de iluminação em LED.

O movimento necessita de apoio para arrecadar roupas íntimas novas. As contribuições individuais vão desde itens para higiene até a ação “Adote um Banho”, em que doações a partir de R$ 40 garantem o banho de, pelo menos, quatro pessoas. Para saber mais, acesse: https://linktr.ee/banhosolidariosampa.

Dados alarmantes. A população em situação de rua no país aumentou mais de 935% nos últimos dez anos, é o que aponta o levantamento do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), com base em dados do CadÚnico (Cadastro Único) do Governo Federal. O número de pessoas cadastradas saltou de 21.934 em 2013 para 227.087 até agosto de 2023. Este número ainda pode ser maior, considerando que muitas destas pessoas não realizaram o cadastro. Crises econômicas e a pandemia são alguns dos fatores apontados pelo Ipea para o crescimento acentuado.


Agenda do Banho Solidário Sampa:


07/04 Parque Dom Pedro

21/04 CEAGESP

  

Lorenzetti
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A importância da Inteligência Artificial na personalização de experiências

Entenda como o uso das novas ferramentas tecnológicas podem impactar de maneira positiva um negócio


A mais recente pesquisa “Global Views On A.I. 2023” traz à tona sentimentos mistos dos brasileiros em relação à Inteligência Artificial (IA). Enquanto grande parte dos respondentes expressa apreensão quanto ao uso de produtos e serviços baseados em IA, uma porcentagem significativa, 66% dos entrevistados, manifesta entusiasmo com as possibilidades oferecidas pela tecnologia. Além disso, 64% das pessoas estão convencidas de que os benefícios trazidos pela IA superam suas desvantagens. Esse panorama reflete que há cautela, mas uma expectativa otimista quanto ao seu impacto futuro.

De acordo com Georgia Roncon, especialista em gestão empresarial, marketing e co-fundadora da Wizzi, plataforma de inteligência artificial que oferece sugestões de destinos personalizados e roteiros únicos para cada viajante, com opções de voos, hospedagens e passeios agilizam e enriquecem as experiências de uma viagem, a inteligência artificial está redefinindo os padrões de interação entre empresas e clientes, desempenhando um papel crucial na personalização da experiência do consumidor. “À medida que o mundo se torna mais conectado, a capacidade de oferecer experiências customizadas é um diferencial e uma expectativa dos clientes”, conta. 

A IA permite que as empresas não só atendam, mas superem essas expectativas, ao analisar grandes volumes de dados para entender as preferências e comportamentos dos usuários, possibilitando a oferta de produtos, serviços e comunicações altamente relevantes e personalizadas em escala.

"O impacto da inteligência artificial na experiência do cliente é imenso, transformando completamente a maneira como interagimos e nos relacionamos com marcas e serviços", afirma. Ela conta que, com opções de voos, hospedagens e passeios personalizados, a IA agiliza e enriquece a experiência de viagem, oferecendo roteiros únicos que se adaptam a cada viajante. 

Essa capacidade de customizar detalhadamente cada aspecto de uma viagem é apenas um exemplo de como a inteligência artificial pode ser aplicada para transformar e melhorar significativamente a interação cliente-empresa em diversos setores. Outro ponto importante é o CRM (gestão de relacionamento com o cliente), que pode trazer grandes vantagens na qualidade de conexão com o consumidor quando usufrui das possibilidades que a inovação oferece.   

“A personalização, impulsionada pela inteligência artificial, vai além de simples recomendações, tornando-se uma ferramenta vital para construir uma relação duradoura e significativa com os clientes”, conclui a especialista. Empresas que adotam essa tecnologia não apenas proporcionam uma experiência mais rica e envolvente para o consumidor, mas também estabelecem uma vantagem competitiva no mercado.  



Georgia Roncon - Empreendedora com experiência no mercado de turismo e profissional de marketing focado em resultados, comunicadora e pesquisadora de UX com habilidades em planejamento de marketing integrado, estratégia de entrada no mercado, gerenciamento de projetos e inovação. É uma pensadora global, apaixonada por comportamento de audiência e tendências culturais. Possui Bacharelado em Português e Inglês pela UECE, dois MBAs em Gestão de Negócios e Marketing pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) e um Mestrado em Comunicação e Mídia pela Lynn University nos Estados Unidos.


Wizzi
Para mais informações, acesse o site
instagram @wizzi_turismointeligente


Alívio fiscal para portadores de doenças graves: Direito à Restituição do Imposto de Renda

A Lei 7.713/1988 oferece uma possibilidade pouco divulgada, mas significativa, para a restituição do Imposto de Renda para portadores de doenças graves que são aposentados e pensionistas do serviço público, ou INSS, como também militares inativos.

De acordo com o advogado tributarista Fabrício Klein, contribuintes nessas condições podem requerer a isenção e a restituição dos valores pagos nos últimos cinco anos, desde que certas condições sejam atendidas.

"Esta é uma medida de justiça tributária que reconhece as dificuldades enfrentadas por aqueles que vivem ou vivenciaram alguma das enfermidades previstas pela respectiva lei", afirma Klein.

A restituição é aplicável aos contribuintes que já pagaram o imposto sobre seus proventos de aposentadoria ou pensão do serviço público, bem como do INSS, ou benefícios de militar inativo e posteriormente obtiveram o diagnóstico de uma das doenças listadas na Lei 7.713. O processo envolve a reivindicação do direito à isenção e a solicitação de restituição dos valores indevidamente pagos durante os cinco anos anteriores à obtenção do diagnóstico.


Para que a restituição seja concedida, dois requisitos principais devem ser cumpridos:

1 - Ser Aposentado, Pensionista ou Militar Inativo: O contribuinte deve receber renda proveniente de aposentadoria ou pensão do INSS ou serviço público, assim como, benefícios de militar inativo.

2 - Diagnóstico de doença constante na Lei 7.713: O contribuinte deve ter sido diagnosticado com uma das doenças listadas no Art. 6º XIV da Lei 7.713, comprovado por documentação médica.

"A possibilidade de restituição oferece um alívio significativo, permitindo que os recursos sejam melhores empregados na melhoria da qualidade de vida desses contribuintes", ressalta o especialista em direito tributário.

É importante destacar que o prazo prescricional de cinco anos para a propositura de ação de repetição de valores descontados inicia-se a partir da data da entrega da declaração anual de renda. Isso significa que as ações ajuizadas em março e abril de 2024 permitem a restituição dos valores pagos a título de Imposto de Renda de todo o ano de 2018.


Informações adicionais sobre a isenção e restituição do Imposto de Renda:

- A isenção é vitalícia e não se limita a nenhuma data de validade, mesmo que conste na documentação médica;

- A isenção não é automaticamente concedida aos contribuintes. É necessário fazer uma solicitação formal, acompanhada dos documentos necessários, e cada caso é avaliado individualmente pelo órgão responsável ou pelo Poder Judiciário;

- A legislação tributária permite a restituição dos valores pagos nos últimos cinco anos quando for comprovada a existência no passado da doença e a renda seja decorrente de aposentadoria, pensão ou reforma. 

 

Fabrício Klein - advogado e dirige o escritório Fabrício Klein Sociedade de Advocacia, que tem atuação em nível nacional. Mestre em Economia, Pós-Graduado em Direito Civil e em Direito e Economia, todos pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), é também Pós-graduado na modalidade Master in Busisness Administration pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e Professor de cursos de graduação e Pós-graduação em Brasília e Porto Alegre.


3ª Feira de Estágio da Prefeitura de São Paulo e CIEE acontece nesta terça-feira (9/4), na Praça das Artes

A meta é preencher mais de 2 mil vagas disponíveis em diversas áreas de formação na administração municipal

 

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Gestão, vai realizar no dia 9 de abril, das 10h às 18h, na Praça das Artes, a 3ª Feira de Estágio da Prefeitura de São Paulo em parceria com o CIEE. Serão oferecidas mais de 2 mil vagas de estágio para estudantes de nível superior em várias áreas de atuação.

 

Será um dia destinado ao atendimento de pessoas interessadas em estagiar na Prefeitura de São Paulo. Vinte e três pontos de atendimento, entre secretarias municipais e órgãos da administração direta, participarão com vagas nas áreas de Engenharia, Arquitetura, Medicina, Enfermagem, Administração, Pedagogia, Comunicação, Direito, Artes Visuais, Ciências Sociais, Tecnologia da Informação, Secretariado e História entre outras.

 

Os interessados poderão conversar com os representantes das unidades de Recursos Humanos, entender como é o estágio nas secretarias e órgãos, ter informações de valor de bolsa-estágio e benefícios, além de poder realizar o cadastro, ou mesmo, atualizar os dados existentes no Centro de Integração Empresa-Escola – CIEE.

 

Hoje os estudantes têm duas oportunidades de horários de 4 horas e 6 horas, ampliando não apenas a possibilidade de aprendizado como de rendimento.

 

Segundo Humberto Casagrande, CEO do CIEE, o evento é uma oportunidade para que os estudantes tenham dimensão das secretarias municipais e funcionamento da cidade. “A Prefeitura de São Paulo conecta, anualmente, milhares de estudantes ao mundo do trabalho e não se trata apenas de uma experiência profissional, mas também de cidadania para os estagiários que contribuem para a gestão da cidade mais populosa do País”, conta.

 

Para Marcela Arruda, secretária municipal de Gestão, “A Feira de Estágios tem sido uma oportunidade, não só para que os jovens possam ter um caminho aberto para o futuro mercado de trabalho, mas para que também possam conhecer a administração pública e se candidatar às vagas disponíveis na Prefeitura. São estes os dois principais propósitos da Feira de Estágios: o incentivo ao jovem no início de sua jornada profissional, contribuindo com o desenvolvimento socioeconômico da cidade de São Paulo, e criação desta ponte entre as novas gerações, o governo, e o valor da cidadania empenhada no serviço público”.


 

Programa de Estágio na Prefeitura:


A Prefeitura Municipal de São Paulo conta atualmente com 10.458 estagiários na administração direta. Deste total, 8.920 (85%) são mulheres e 1.538 (15%) homens. Além disso, 42% são negros, negras e afrodescendentes. A idade mínima para estagiar na PMSP é de 16 anos, mas predomina-se a faixa etária entre 20 a 29 anos (46%). Pessoas com mais de 50 anos também participam do Programa de Estágio da Prefeitura de São Paulo e ocupam mais de 4% das vagas no momento.

 

Serviço:

3ª Feira de Estágio Prefeitura de São Paulo e CIEE

Quando: 09/04/2024

Horário: 10h às 18h

Endereço: Praça das Artes, Avenida São João, 281 – Centro

O estudante também pode fazer sua inscrição antecipada e evitar filas no link https://sigevent.pro/feiraestagioscieepmsp/visitantes/index.php?id_edicao=2&linguagem=portugues

O estágio é supervisionado/orientado por profissionais dos quadros da Prefeitura, possibilitando a experiência prática educacional e complementando a formação teórico-acadêmica dos (as) estudantes.

 

Requisitos para participar da Seleção:

Ensino Médio/Técnico: início possibilitado a partir do 1º semestre até o penúltimo (observar idade mínima de 16 anos).

Nível Superior: início possibilitado a partir do 1º semestre até o penúltimo do curso.

 

Bolsa Auxílio e Auxílio Transporte

O estágio é remunerado por meio de bolsa-estágio, conforme a carga horária:

 

Ensino Médio: Bolsa-estágio de 4 horas diárias - R$ 700,00

 

Ensino Superior:

- Bolsa-estágio para carga horária de 4 horas - R$ 1.000,00

- Bolsa-estágio para carga horária de 6 horas - R$ 1.500,00

A bolsa-estágio de 6 horas conta com o benefício de Auxílio Transporte no valor atual de até R$ R$ 220,00 mensais e Auxílio Refeição no valor de R$ 26,53 ao dia.

A bolsa-auxílio de 4 horas conta com o Auxílio Transporte no valor de até R$ 220,00 mensais


Prática de Hacktivismo deverá superar erros humanos e serviços de ciberinteligência em 2024, aponta Thales Group

 

Recente estudo realizado pela Thales Group, empresa mundialmente conhecida no ambiente de Segurança da Informação, indica que a prática de Hacktivismo deverá superar os erros humanos e serviços de ciberinteligência em 2024. O levantamento “Navigating New Threats and Overcoming Old Challenges” contou com análises de 37 segmentos industriais em 18 países e quase 3 mil respondentes.

 

Embora outros tipos de ataques tenham crescido no período e possam representar alguma mudança no futuro, a fonte principal dos ataques ainda está restrita ao uso de malwares, ransomwares e phishing, podium, mantido nesta ordem desde 2021.

 

Outro fator interessante apresentado refere-se à percepção dos riscos relacionados ao uso de Inteligência Artificial no ambiente de segurança.

 

“É inegável que, como o próprio nome do relatório já indica, novas formas de ameaça estão sendo apresentadas diariamente e há uma forte tendência do aumento de riscos para o ambiente de Tecnologia da Informação, especialmente quando da aplicação de Inteligência Artificial neste ambiente, o que torna ainda mais relevante e exigente a posição do Chief Artificial Intelligence Officer (CAIO)”, comenta Henrique Rocha, sócio do Peck Advogados.

 

Ainda de acordo com o estudo, a divisão dos riscos mais preocupantes ocorre conforme gráfico.

 

O relatório indica também que o erro humano ainda é um dos maiores causadores de comprometimento de dados, representando 31% das vezes em que o incidente ocorreu, e que 93% das companhias consultadas afirmaram que estão aumentando os investimentos em segurança da informação.

 

Apesar de as empresas estarem vivenciando a Inteligência Artificial, apenas 22% dos respondentes disseram que preveem integrar IA Generativa em seus produtos ou serviços nos próximos 12 meses. E os maiores alvos dos atacantes foram aplicações em SaaS, ambiente em nuvem e gerenciamento de infraestruturas em nuvem como alvos principais.


“Os desafios apresentados são inegáveis e empresas brasileiras ou internacionais devem estar preparadas para o enfrentamento dos incidentes, mantendo seus protocolos de resposta atualizados, parceiros e CSIRT treinados, bem como garantindo rápidas e adequadas interações junto às autoridades cabíveis”, ressalta Rocha.



Caso Moro: entenda consequências da possível cassação do mandato do senador

Político é acusado de abuso de poder econômico durante a pré-campanha eleitoral de 2022. Especialista do CEUB esclarece impactos políticos do julgamento


O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) suspendeu o 2º dia de julgamento da cassação do mandato do senador Sergio Moro (União Brasil), que é alvo de Ações de Investigação Judicial Eleitoral sobre abuso de poder econômico durante a pré-campanha eleitoral de 2022. Os suplentes eleitos na chapa também são alvos das ações: Luis Felipe Cunha e Ricardo Augusto Guerra.  

Depois do relator do caso, desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souza, votar contra a cassação e o desembargador José Rodrigo Sade discordar, o TRE-PR voltará a julgar as ações na próxima segunda-feira (8). Seja qual for o resultado, ainda cabe recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O professor de Direito Penal do Centro Universitário de Brasília (CEUB) Víctor Quintiere esclarece trâmites do julgamento e comenta possíveis impactos políticos. 

 

Confira a entrevista na íntegra:

 

Existe um teto de gastos para o período pré-campanha?

VQ: Há uma estipulação por parte do TSE de teto de gastos para campanhas presidencial e senadores da república. No primeiro turno da eleição de 2022, o teto para presidentes seria de R$ 88 milhões. Já para senador do Paraná, cerca de R$ 4,5 milhões. Esses tetos são pré-determinados para evitar competições desarrazoadas, injeções de dinheiro de forma descabida. 

 

O argumento da defesa de que Sergio Moro não se elegeu no Paraná pela suposta pré-campanha mais robusta se sustenta?

VQ: Para o relator, não houve o que se falar em uma suposta pré-campanha mais robusta em virtude dessa fase histórica em que ele saiu de pré-candidato e teria migrado no decorrer dos prazos eleitorais para a chapa de senador. Já para o primeiro integrante que abriu a divergência, o argumento da defesa não se sustentaria, argumentando que teria ocorrido uma desproporção em virtude dessa caminhada do atual senador Sergio Moro. 

 

Caso o mandato venha a ser cassado, quais as consequências políticas para Moro? Ele pode voltar a concorrer a algum cargo?

VQ: Primeiro, o senador perderia o cargo. Pode ser considerado inelegível durante tempo fixado em lei e não poderá voltar a concorrer a cargo público enquanto perdurarem os efeitos da condenação. Isso pode ocorrer em virtude dessa repercussão do processo. O efeito imediato é o término do mandato como Senador da República. 

 

Quais são as implicações das decisões do TRE e, possivelmente, do TSE?

VQ: Em face do acórdão do TRE, é possível se discutir a questão junto ao TSE. Seja se a conclusão for pela manutenção do senador em seu cargo, seja pela exclusão. Obviamente o recurso será interposto pelo respectivo interessado. Se favorável à defesa, os autores da ação recorrerão. Se desfavorável à defesa, a defesa do senador deve protocolar esses recursos.

 

Quais impactos políticos esse julgamento tem provocado e ainda pode provocar após a decisão?

VQ: Destaco impactos políticos importantes, em especial porque estamos diante de um país dividido em termos de política. Confio nas instituições, tanto no TRE como no TSE, que julgará o caso muito provavelmente. A técnica, a jurisprudência e a segurança jurídica devem ser tratadas de forma adequada, ficando muito claro para a população que não podemos ter favoritos e inimigos, mas sim questões técnico-jurídicas que são submetidas aos tribunais e a respectiva conclusão, independentemente de partido ou da ideologia.

 

O setor público brasileiro não cabe mais no PIB

Recentes matérias na imprensa chamaram a atenção para alguns problemas crônicos do Brasil. Uma delas revela que o Poder Judiciário consome 1,61% do PIB nacional. É quatro vezes mais do que a média (0,4%) dos 53 países analisados no estudo e representa mais da metade do valor nominal investido anualmente em polícias. A outra, mostra que o Brasil, depois de ter caído 25 posições, desceu mais 10 e agora ocupa o vergonhoso 104º lugar entre 180 países no Índice de Percepção da Corrupção de 2023, ranking da ONG Transparência Internacional. 

É inquestionável a importância do Poder Judiciário para o Estado Democrático de Direito, mas também é inegável que, mesmo consumindo tantos recursos públicos, o sistema judiciário vem se enfraquecendo. Enquanto isso, a corrupção – mal antigo - consome 2,30% do PIB e seu combate débil passa à sociedade a falsa impressão de que o crime compensa. 

A questão merece análise ampliada. É só parte do problema. O país ainda não acordou para o gigantismo do setor público, que compromete de 12,8% a 13,4% do PIB. É muito mais do que a média (9,8%) dos 37 países da OCDE. Essa diferença significa de R$ 310/R$ 370 bilhões por ano. A máquina, cara e improdutiva, foi engordada com a desenfreada criação de municípios após a Constituição de 1988. Até então, o Brasil possuía 4.121 municípios; hoje tem 5.570, aumento de 35%. A maioria dos novos municípios se mantém unicamente graças ao Fundo de Participação dos Municípios e ao Fundo de Participação dos Estados. 

Os gastos públicos só crescem. De janeiro de 2001 a dezembro de 2015, os gastos da União saltaram de R$ 205 bi/ano para R$ 1,15 trilhão/ano. O incremento nessas despesas foi de 463%, ou 2,77 vezes a inflação do período (IPCA), de 166,9%. Esse aumento custou ao país nada menos que R$ 606,85 bi/ano, número que fala por si. 

No mesmo período, o número de funcionários públicos federais cresceu 35%, quase o dobro do que aumentou a população: 18,82%. As despesas com o funcionalismo público correspondiam, em 2022, a 12,80% do PIB. É mais de 30% dos gastos com educação, saúde e saneamento, que somam 9,63% do PIB. O déficit atuarial previdenciário dos servidores públicos atingiu R$ 6 trilhões, valor equivalente a 93% da dívida pública líquida. 

Em 15 anos, de 2002 a 2015, os gastos tributários da União saltaram de R$ 431 bi (12,8% PIB) para R$ 1,03 trilhão (17,5% do PIB). Entretanto, os benefícios fiscais que deveriam ser concedidos para reduzir as desigualdades regionais, Constituição Federal de 88, estão longe de cumprir seu papel. Isso porque os governos destinaram apenas 33,9% das renúncias fiscais para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, e privilegiando Sul e Sudeste, justamente as regiões mais desenvolvidas, beneficiadas com 66,09% desses gastos. 

O resultado: mesmo sendo a 9ª economia do planeta, no ranking mundial do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), estamos hoje na 87ª colocação. E entre os 30 países do mundo com maior carga tributária, o Brasil apareceu em último lugar no Índice de Retorno do Bem-Estar Social (IRBES) de 2021. 

Vamos mal na educação. No PISA-2022, o Brasil ficou na 65ª posição entre 81 nações. E no Relatório Global/WEALTH Report 2023, figura como nação líder em concentração de renda entre mais de 191 países analisados. 

O setor público nacional já não cabe mais no PIB. O Brasil precisa acordar e mudar de rumo porque a conta está chegando. E é muito alta.

 

 

Samuel Hanan engenheiro com especialização nas áreas de macroeconomia, administração de empresas e finanças, empresário, e foi vice-governador do Amazonas (1999-2002). Autor dos livros “Brasil, um país à deriva” e “Caminhos para um país sem rumo”. Site: https://samuelhanan.com.br

Todos no mesmo barco: A surpreendente verdade sobre igualdade no trabalho e na vida

Em um mundo cada vez mais conectado, a máxima de que "você não é melhor que ninguém, nem pior que ninguém" ressoa com particular relevância tanto dentro quanto fora dos muros corporativos. Essa frase, embora simples, carrega em si uma profundidade que desafia a competição desenfreada e o individualismo exacerbado, aspectos frequentemente associados ao ambiente de trabalho moderno e à sociedade de consumo.

Dentro das empresas, a cultura de competição pode muitas vezes estimular a inovação e a busca por excelência. No entanto, quando mal administrada, pode também gerar um ambiente tóxico, marcado por estresse, insegurança e uma constante sensação de inadequação. Em contraste, a adoção de uma visão que reconhece o valor intrínseco de cada indivíduo, independentemente de sua posição ou desempenho, pode promover um ambiente mais colaborativo e saudável.

Fora do ambiente corporativo, a comparação constante alimentada pelas redes sociais amplifica essa dinâmica, criando uma pressão quase insuportável para se adequar a padrões muitas vezes inatingíveis de sucesso, beleza e felicidade. A mensagem de que "você não é melhor, nem pior que ninguém" surge, então, como um antídoto necessário contra a incessante busca por validação externa.

Adotar essa perspectiva requer uma mudança cultural significativa, tanto em nível pessoal quanto organizacional. Envolve reconhecer e valorizar as diferenças, compreendendo que cada pessoa traz consigo uma combinação única de habilidades, experiências e perspectivas. Essa diversidade, longe de ser um obstáculo, é na verdade uma fonte rica de inovação e criatividade.

Além disso, reconhecer que não somos melhores nem piores que os outros nos libera para celebrar nossas conquistas sem desmerecer as dos outros e para aprender com nossos fracassos sem nos definir por eles. Essa abordagem promove uma maior resiliência e uma orientação mais positiva tanto para o sucesso quanto para o fracasso.

No entanto, implementar essa visão não é tarefa fácil. Exige lideranças comprometidas com a promoção de uma cultura de inclusão e respeito mútuo, bem como indivíduos dispostos a questionar e, quando necessário, reajustar suas próprias crenças e comportamentos.

O verdadeiro desafio, portanto, não está em superar os outros, mas em transcender a nossa própria tendência para a comparação e competição. Ao fazê-lo, podemos descobrir que o caminho para o sucesso e a realização pessoal não precisa ser pavimentado à custa dos outros, mas sim em parceria com eles.

Em última análise, a lição de que "você não é melhor que ninguém, nem pior que ninguém" nos convida a repensar as bases sobre as quais construímos nossas relações pessoais e profissionais. Ao abraçar essa perspectiva, podemos não apenas melhorar o ambiente em nossas empresas, mas também contribuir para uma sociedade mais justa, compreensiva e genuinamente conectada.

Fica a dica!


Francisco Carlos - CEO Mundo RH


Como declarar empréstimo no Imposto de Renda? Especialistas tiram essa e outras dúvidas

Quem solicitou crédito em 2023 deve ficar atento para não errar na declaração; veja documentos necessários e dicas para evitar golpes 



O Imposto de Renda é uma das principais obrigações do brasileiro. Mesmo sendo exigida todos os anos, ainda existem muitas dúvidas a respeito do que declarar. Além do atraso, as pessoas hesitam por não saberem detalhes de como deve ser feita a declaração, especialmente se, ao longo do ano, houve transações como empréstimos (a resposta é sim, eles precisam ser declarados).

 

Por isso, especialistas defendem que deixar para última hora é um risco, aumentando as chances de o cidadão não se atentar e cair na malha fina. Em 2023, no último dia de enviar a declaração, mais de 500 mil contribuintes não tinham concluído o procedimento, segundo dados da Receita Federal. Neste ano, a entrega poderá ser feita a partir de 15 de março e, se não for finalizada até a data limite, prevista para 31 de maio, pode gerar multas. 

 

Veja, a seguir, dicas importantes para preencher o IR 2024. Confira: 

 

Empréstimos devem ser declarados


Todo ano essa dúvida surge em meio à declaração do Imposto de Renda. Empréstimos que ultrapassem R$ 5 mil devem ser declarados, sejam eles pessoais, consignados ou até mesmo o cheque especial.

 

“Montantes inferiores aos R$ 5 mil estabelecidos pela receita não precisam ser informados. A partir desse valor, é obrigatório constar na declaração. Nesta categoria estão contemplados todos os tipos, incluindo aquela ajuda de parentes e amigos. Lembrando que as duas partes precisam informar a transação”, explica Thaíne Clemente, executiva de Estratégias e Operações da Simplic, fintech de crédito pessoal online.

 

Para fazer a declaração corretamente, basta clicar na opção Dívidas e Ônus Reais, no sistema do IR da Receita Federal, e declarar do que se trata o empréstimo. Também é necessário informar o CPF ou CNPJ de quem tomou, em quantas parcelas foi financiado e o saldo devedor até o dia 31 de dezembro de 2023.

 

“Em relação ao consignado, concentre-se nas informações das parcelas pagas, não no valor total do empréstimo. Utilize os documentos relacionados a esses pagamentos fornecidos pela instituição financeira”, explica Davi Aragão, consultor contábil e jurídico da iCred, fintech sergipana que facilita o acesso ao crédito e empréstimo pessoal.

 

Lembre-se das fontes de receita e despesa


Entre os documentos, inclua na declaração todas as fontes de renda, como salários, aluguéis e investimentos, se houver. “Esteja ciente também das despesas dedutíveis, como gastos médicos, educação, previdência privada, entre outras. Eles podem impactar consideravelmente no valor do imposto devido”, completa Davi.

 

Evite Golpes


Em 2023, a Receita Federal emitiu alertas sobre fraudes durante o período de entrega da declaração. Um exemplo de tentativa de golpe acontecia via e-mail; nela, os criminosos utilizavam indevidamente o nome da Receita Federal, afirmando que ocorreu um erro na declaração e fazendo o uso de links maliciosos. A recomendação da instituição é não clicar em links suspeitos.

 

“É comum que os fraudadores se utilizem da falta de instrução dos contribuintes, principalmente a população de faixa etária mais avançada, pois costumam ter menos familiaridade com ambientes virtuais. Fique sempre atento aos meios de comunicação oficiais da Receita, ao Centro de Atendimento Virtual (e-CAC) e ao site institucional. Para evitar que suas informações sejam usadas indevidamente, não acesse arquivos ou links duvidosos”, conclui Aragão.

 

Simplic

iCred


RH 5.0: transformação no setor de Gestão de Pessoas e tendências para 2024

 Primeiro Hospital Digital do Brasil ressalta como o modelo, principalmente após a pandemia, sofreu alterações significativas no ambiente de trabalho

 Foto: banco de imagem

A pandemia de Covid-19 trouxe aos setores mudanças significativas em seus modelos de trabalho e tecnologia, o que gerou grandes impactos para empresas de todo o mundo. No Brasil, o número de pessoas que trabalham em casa aumentou cerca de 53,5% após a pandemia, conforme dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). 

Para o setor de gestão de pessoas, em especial, transformações desde a forma de contratação, retenção de talentos e até mesmo na administração dos dados para engajamento dos colaboradores no cenário corporativo foram sentidas. Com isso, surgiu o RH 4.0 e 5.0, mostrando as renovações no modelo de trabalho. 

Com RH 4.O, é falado em automação de processos e tecnologias para facilitar o dia a dia dos profissionais desta área. Já nas habilidades esperadas de um profissional de RH 5.0, o foco está completamente no bem-estar e desenvolvimento pessoal dos colaboradores, valorizando a diversidade e inclusão, o trabalho em equipe, a transparência nas comunicações e uso da Inteligência Artificial para otimizar a rotina. 

Diante do conceito mais recente, o RH 5.0, que está em pauta na área de gestão de pessoas, quanto mais estudo, preparação e insumos os profissionais de RH retém, menos preocupações com mudanças repentinas e quebras de expectativas terão que enfrentar. Para isso, a Vitta empresa de tecnologia que tem o propósito de transformar fundamentalmente o sistema de saúde no país, pertencente ao grupo Stone, separou alguns pontos que terão maior importância para os próximos anos e deverão ser levados em consideração:
 

Diversidade e Inclusão: equipes diversas são importantes para que novas ideias surjam e mentes mais abertas ganhem espaço no mercado de trabalho, com mais oportunidades em todos os setores. Além disso, o RH precisa pensar em meios de transformar a empresa em um ambiente de equidade, garantindo recursos para que todos os colaboradores estejam no mesmo nível.
 

Adaptabilidade para a geração Z: nem sempre é fácil se adaptar à nova geração, mas é papel do profissional de desenvolvimento de pessoas entender as novas necessidades que surgem junto com a entrada desse grupo no mercado de trabalho, e identificar quais oportunidades são possíveis de serem criadas, aproveitando os antigos recursos e inovando junto com a sociedade.
 

Benefícios com foco na saúde física e mental: os benefícios são cruciais para atrair e reter talentos, além de ser um fator de motivação para aceitar uma nova proposta e de decisão para permanecer naquele trabalho ou buscar outras oportunidades. Muito requisitados, os benefícios de saúde tem grande peso, afinal, a sociedade passou a entender que caso não haja espaço para cuidar da saúde no presente, terá que cuidar no futuro por obrigação.
 

Flexibilidade e novos formatos de trabalho: Novos tempos exigem novas adaptações, e a flexibilidade tem sido cada vez mais uma pauta importante na decisão de propostas de emprego. O modelo de trabalho home office ou híbrido, traz uma melhora na qualidade de vida, evitando o estresse e gasto de tempo em transportes públicos e trânsito.
 

Plataformas de automatização de processos: Assim como já vem acontecendo, é esperado que em 2024 os trabalhos manuais continuem sendo cada vez mais automatizados, através de plataformas que visem facilitar o trabalho do RH e de plataformas unificadas, que evitam as burocracias e a necessidade de muitos softwares que dificultam o trabalho no dia a dia.
 

Inteligência Artificial: a IA terá grande impacto contribuindo positivamente para construção de relatórios com dados mais atualizados, com menor tempo de respostas, o que torna os insights mais úteis. Além disso, algumas ferramentas baseadas em IAs poderão auxiliar na detecção de fraudes de planos de saúde, que prejudicam todo o sistema.
 

Treinamento de lideranças e metas focadas na estratégia do negócio: O foco no treinamento da liderança é o ponto mais importante para que toda a equipe de trabalho se desenvolva e sinta-se à vontade para compartilhar suas ideias com seus líderes, e haverá dois pontos em 2024: definir as metas com assertividade e preparar as lideranças para definirem planos de ação em conjunto com suas equipes.



Vitta


Violência contra mulheres: uma ameaça constante para a sociedade

 

Inúmeras mulheres estão aprisionadas em uma gaiola invisível e silenciosa de violência

 

A recente história envolvendo Natália Schincariol, que denunciou ameaças, ofensas e agressões físicas perpetradas por seu ex-marido, Luís Cláudio Lula, filho do atual presidente da República Lula, é não apenas triste, mas também ilustrativa. O seu depoimento foi considerado coerente e verossímil pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), que determinou medidas protetivas urgentes, incluindo a proibição de aproximação a menos de 200 metros de Natália, bem como a restrição de acesso aos locais frequentados por ela e a proibição de qualquer forma de contato. Além disso, foi ordenado que ele se afastasse do local de residência compartilhado. 

O comportamento de agressão e covardia é não só desonroso, mas também intolerável. Aqueles que o praticam devem ser responsabilizados pelo que fizeram, independentemente de sua posição social – incluindo filhos de presidentes da República. 

A violência contra as mulheres emerge como uma das mais graves violações dos direitos humanos, apresentando-se como um desafio substancial tanto para a polícia e sistema de justiça criminal, quanto para as políticas públicas. 

A Lei n.º 11.340/06, comumente conhecida como "Lei Maria da Penha", representa um avanço considerável na luta pelos direitos das mulheres desde sua promulgação. Esta legislação estabelece medidas para conter a violência doméstica e familiar contra a mulher, tendo o potencial de interromper a convivência entre agressor e vítima por meio de medidas protetivas. 

Apesar de o Brasil dispor de uma das cinco melhores legislações do mundo nesse contexto, infelizmente ainda ocupamos posições destacadas nos rankings globais de violência contra as mulheres. Segundo dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH), o Brasil figura como o quinto país mais violento para as mulheres, ficando atrás apenas de El Salvador, Colômbia, Guatemala e Rússia. É uma realidade trágica e vexatória. 

Diariamente, testemunhamos inúmeras mulheres, como Natálias, Marias, Carolinas, Isabelas, Verônicas e tantas outras, que estão aprisionadas em uma gaiola invisível e silenciosa de violência, que perdem suas vidas simplesmente por serem mulheres. É essencial assegurar uma proteção eficaz às vítimas de violência doméstica e fazer com que os agressores compreendam que as mulheres estão respaldadas e protegidas pela lei, mesmo quando os crimes não são flagrados. O grande desafio reside no fato de que, na maioria das vezes, o agressor é o próprio parceiro e a violência ocorre no ambiente doméstico. Começa gradualmente, com insultos, gritos e agressões físicas, muitas vezes mantidas por longos períodos devido a ciúmes e possessividade. Quando esses casos vêm à tona, o pior já aconteceu e muitos entram para as estatísticas de feminicídio. É um enredo conhecido, mas tristemente real. 

O desejo das vítimas é por uma proteção efetiva, que garanta, de fato, o direito à vida, acima de tudo. 

Às mulheres que se encontram nessa situação, deixo aqui mais uma recomendação: quando se sentirem em risco, dirijam-se a uma delegacia, denunciem, antes que seja tarde demais e figurem nas estatísticas de mais vítimas de feminicídio.

 

Raquel Gallinati - delegada de polícia e diretora da Associação dos Delegados de Polícia do Brasil. Mestre em Filosofia. Pós-graduada em Ciências Penais, Direito de Polícia Judiciária e Processo Penal.


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